Há noites que são tão curtas que deixam que os dias as atropelem. Aconteceu de novo. Às 3 e 50 despertei. E resolvi mesmo esperar a chegada de uma manhã que me traz tantas reflexões e leituras. Já reli trechos de livros na cabeceira. Já acessei os emails, e até ouvi algumas canções. Mas, quando se aproximaram as 6, bateu-me a vontade de tomar um chazinho com bolachas. Levantei-me e preparei o mimo. Voltei pra cama e me ofereci o sabor de um carinho pessoal (lembrei do meu terapeuta) cuja necessidade de se agradar pode representar um certo e necessario grau de auto estima. Principalmente para a gente solitária como eu. Agradar-se com pequenos gestos de gentileza para consigo próprio. Passar um creme na pele, escovar os cabelos lentamente, fechar os olhos, ouvir música, emprazeirar-se com sua companhia personalizada, eu comigo. E cá estou. O chá é de cidreira com mel. As bolachas de cream cracker com pouca manteiga. O afeto mora em mim. As saudades são infinitas. Passeiam por Portugal e visitam lembranças. Mas o dia clareia e os pássaros cantam, saúdam mais um milagre, a vida que segue.
Logo, voltarei a dormitar mais um pouquinho. E nos meus sonhos vou embalar mais um carinho, dizer a mim mesma que cada dia é um prêmio. Bom dia!
Cida Torneros
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