Maracanã

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segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Rita Lee - Amor e sexo

Sexo...


Sexo por Maria Aparecida Torneros da Silva Publicada em 04/05/2005

que coisa é essa...estranha coisa...
impulso cruel acima da razão
tormento animal essa pulsão
que busca o gozo , incauto prazer...

que doidice é essa... esse refazer
de sedução e abandono, buraco negro
onde somem as defesas e se plantam híbridas sementes...

se, pelo sexo, tu mentes...
se, por ele, tu te afogas...
se, em nome dele, tu me buscas
se, por causa dele, tu me sentes...

que loucura é essa... esse desperdiçado sentimento
esse bota-fora de hormônios renascentes,
essa expedição de mensagens biológicas,
tantas explicações, todas ilógicas,
por serem tão somente,
pura e simplesmente,
o lugar da neutralidade física,
do desejo de matar a fome de amor,
a sede de acariciar, a necessidade de ser querido...

que maluquice é essa... esse gesto tão dolorido
de prender-se à fantasia, quando tudo passa, levando a dor
pra bem longe de cada história, mandando embora
pros confins, todos os fins...

sexo é amplexo
é falta de nexo
é tu e eu sem acordo
é o meu solitário fardo
carregado nas entranhas
nas lembranças estranhas
das noites cujo sono é sonho
e cujo sonho é abandono...

sexo tem preço
tem fim no ápice
tem começo
no beijo
tem gosto no cálice
do líquido espesso
tem cheiro no hálito
da boca ávida
de sorver o encanto
de encontro atávico

se eu me despir do sexo
sou apenas o sonho
sou a alma
sou a chama leve
para que alguém me eleve
ao cume em breve
onde pousa a águia
e se renova a pele
para se tornar outro ser

e, até poderia ser
somente um cântico
que soasse prático
ensinando a quem quisesse
a transformar-se em gente...

sexo faz gente nascer...
sexo faz gente morrer...
sexo faz a gente compreender
o incompreensível
________________________________

Sexo por Maria Aparecida Torneros da Silva Exibido 920 vezes


Tim Maia É Primavera

Quando o inverno chegar... na viagem da Vida...

Quando   o  inverno  chegar... na viagem da Vida...
 
Ando   buscando um  amor  para o inverno da vida.  A voz  de Tim  Maia ressoa dentro de mim... Reescrevo minha própria vida... Minha primeira viagem internacional foi em 1972, fui trabalhar no Japão.


Depois, em 1993, estive em Jacksonville, na Flórida, em casa de uma tia, levei meu filho, então adolescente.

No início de 99 fui conhecer a Argentina, onde voltei em 2006 e 2007, e vou de novo em março próximo.


Em 2005, durante o carnaval, fui ao Chile, adorei Santiago, Valparaiso e Viña del Mar.


Em 2008, passei alguns dias de outono em Nova York. Fazia um certo frio suportável, apenas uma noite, o termômetro marcou zero graus e o sistema de calefação do apartamento em que eu estava funcionou automaticamente.

O melhor daquele período foi que pude observar as cores da vegetação, amarela, rósea, alaranjada, em certos tons esmaecidos de um verde mutante. Também, o clima era de perplexidade econômica, iniciava-se a tal crise efeito dominó, as informações eram desencontradas, o mercado despencava, Obama fazia sua campanha, os sentimentos dos americanos oscilavam entre a má surpresa e a boa esperança. Felizmente, parece, um ano depois, eles já se organizam e superam a fase mais difícil.


Em 2009, na primavera, passei quase um mês viajando por três paises europeus. Espanha, Portugal e França. Na península ibérica, por duas semanas, percorri e conheci diversas cidades, de carro e de ônibus, tendo tido a chance de ver as flores alegrando as beiras das estradas, e o céu muito azul anunciando o tempo de florescer. Também senti frio, umas poucas vezes, o tal frio suportável, utilizando casacos, botas, gorros e até luvas.

Em Paris, vivi dias inesquecíveis, aprendi o máximo que pude sobre a cultura francesa, no primeiro contato com seu povo. Deslumbrei-me com tudo, e voltei disposta a falar a língua, a qual estudo já há alguns meses.

Em agosto de 2010, fui ao Uruguai, conheci Montevidéo, Sacramento, Punta del Leste.

Programei voltar à Europa, em 2011 e a viagem foi de 25 dias. Incluí a Itália no roteiro, pois aquele país, com sua história e seu ar romântico, me estimularam a curiosidade e o envolvimento emocional. Voltei a Paris e à Lisboa.

Em maio próximo, por obra do Deus Amor,  vou de novo a Paris, com um casal de amigos, vou encontrar meu "amour" e voltaremos juntos ao Brasil.

Preciso também conhecer o sul da Espanha, a  bela Andaluzia. Granada, Sevilha, Córdoba, Almeria, Torremolinos, Alicante e já penso em ir em agosto e setembro deste 2012.

Gosto de viajar no momento do clima temperado. Parece que me sinto melhor, concluí, fora das estações extremas, verão e inverno. Há qualquer coisa de profundamente equilibrado em estações como primavera e outono. Quem sabe é como a maturidade apaziguadora?


Portanto, já que eu vivo no Rio de Janeiro e tenho que viver os dias tórridos do verão carioca, tentando compensar o calorão para conseguir ultrapassar os picos de canícula, também posso me deixar acarinhar por alguns poucos dias de inverno verdadeiro que acontece debaixo do Equador, em minha terra tropical.


O intenso brilho da estação fogosa, enseja muitos amores de verão, os que sobrevivem desde os dezembros até os carnavais, e se alimentam de samba e suor, praia e chope. Não resistem à pasmaceira das estações temperadas.


Já os amores de inverno, estes são os realmente profundos. Quando as pessoas resolvem ser fiéis e se dedicam aos seus parceiros , eleitos dos seus corações, se definem como tranquilas de alma e corpo, esbanjando modos de viver em paz, aninhadas nos braços dos seus amados e amadas. Vivo o instante de me render ao amor do meu inverno. Já o encontrei, ou melhor, ele me achou... e tudo caminha para que nos façamos companhia um ao outro, nos dias frios que , na nossa velhice, já não serão solitários como imaginamos antes.

Na primavera da vida, esperamos que o verão nos queime de desejos para que depois, ao chegar o outono, saibamos vive-lo com leveza e a sensação do quanto já vivenciamos e aprendemos sobre cada sentimento.

Aí, quando nos surpreende o inverno, aquela fase da aposentadoria, da liberdade para saborear a vida sem correria, vamos em busca enfim do aconchego permanente e eterno de alguém que nos acolha em seu carinho e nos permita também aconchegar seu espaço em nossos braços.


Acho que os próximos outonos, e por muitas primaveras, seguiremos, juntos,  viajando, conhecendo lugares e povos.


Mas, nos verões, não posso abrir mão do fogo das areias e das caminhadas pela beira mar.

Quanto aos invernos, meu  amor, ainda bem , que terei sempre a sua companhia, e já o elegi, meu cobertor de orelha! 


Marie Cida Torneros

L5 & Serge Lama Femme, femme, femme

Barbra Streisand - live - Yentl Medley. (A Piece of Sky)

JULIO IGLESIA- Ne Me Parle Plus D'amoure (en françait album).

sábado, 28 de janeiro de 2012


Marie


Marie et le touareg...



Tuaregue


Un "Touareg" dans ma cour ...Um "tuaregue" no meu quintal ( conto publicado no meu livro Contra-ataque do amor, em 2010)



Un "Touareg" dans ma cour ...Um "tuaregue" no meu quintal ( conto publicado no meu livro Contra-ataque do amor, em 2010)


OK, donc la chaleur de plus de 40 degrés l'été de 2010 échauffe la tête de tout chrétien, et encore moins un «pèlerin gitan,« que je tape capable de sentir le cœur fondu comme une glace pisse, chacun cherche un mendiant, mon mystérieux visiteur promenades à me jeter ces derniers temps.


Est-ce un "Touareg" est venu visiter ma cour, sans plus, peut provenir du Sahara, enveloppé dans son manteau qui couvre la tête, mais elle laisse ouverte la partie inférieure d'un œil audacieux, qui me fait attendre et adoucissantes . Il est grand et fort, sourit du coin des lèvres, engourdissement et une voix parle en langue des signes, à faible pente bips d'une langue à déchiffrer. Les gestes communs aux adolescents effrayés. Utilise l'argot de savoir ce pas, essayer de traduire comme je peux et ne peut donc besoin de comprendre le pourquoi de sa venue à moi, mes années dans la chaleur des mécréants, quand je pensais avoir tout vu et j'ai été laissé avec presque rien à apprendre ainsi.


Parfois je pense que c'est un ancien esprit d'essayer de communiquer quelque chose de surnaturel. Bien sûr, que, bien qu'il n'ait jamais officiellement intervenue ébouillanter sables des déserts africains, je n'imagine pas combien il est coûteux d'être un mirage quand l'esprit fou des rêves d'oasis vertes, les vents qui rafraîchissent les organes en sueur, gorges assoiffées des eaux arrosé de liquide rafraîchissant .


Le plus dur, c'est quand vous devriez être surpris par la dure réalité après la vision fantastique du rêve, et découvre que ces images ne sont pas plus que la production prodigieuse délicieux et l'imagination défensive dans le sol infertile, ou plutôt un survivant bonne attitude, à un moment crucial et dévastatrice, la folie qui se passe à travers un désert, où l'infini est tout, c'est tout l'horizon, le ciel et le sol de sable est presque rien, et le monde se résume à des jours et des nuits de solitude, propice à la méditation et le jeûne.


Eh bien c'est pas celui apparu dans ma cour "Touareg"?


A du mal à croire que je ressentais sa présence très lentement. D'abord, j'ai regardé sa marche maladroite d'aller autour de mon jardin, il avait l'impression qu'il me voulait comme une femme de prendre la bosse d'un chameau. Mais souvenez-vous qu'au Maroc, par exemple, ils échangent une femme chameaux précieux, et j'ai vu une histoire niché là-haut, à Marrakech, où ils sont entrés un pincement.


J'ai vu alors, comme une créature volé, enlevé par une origine berbère musulmane, avec son siège antique de douteux et de possessivité. C'était sa chance de me conduire à l'une de ces tentes en peluche avec des oreillers, si doux et soyeux, me donner à boire des jus ou aphrodisiaques qui m'a amené à manger des dattes séchées comme si elles étaient des raisins frais. Puis je me suis habitué à porter des robes qui adhèrent à mes courbes, mais pas de signaler les détails de mes contours. J'ai été inspiré en burka, colliers et boucles d'oreilles d'Alice pour me protéger du mauvais oeil, rouge ongles peints, j'ai soulevé mon cou vers le bleu et je me suis concentré sur les espoirs de ce qui pourrait arriver à tout moment.


Voyagé dans la mayonnaise, après tout, que mes amis disent que tant que je causeuses, il ya des périodes entre la récolte et il y en a d'autres, de la force intense de la nature, quand il pleut dans notre jardin. C'est ce que j'ai conclu, "il pleut dans mon jardin, un guerrier du désert, intense et passionnant, viens à mon jardin et je veux dire."


Que puis-je attendre ou offrir? Je me demande si prendre un café, boisson commune dans le Brésil, la terre, un peu différent de votre habitude de tisanes, et son goût vif pour la menthe. Il abord pour ramasser la tasse qui a le symbole d'une équipe de football, est à craindre que l'affiliation religieuse, me demander ce qu'elle est dirigée vers le haut pour le rouge et le blanc. Hésité à tenir l'objet, où vous servir la boisson chaude, sombre et parfumée, je viens de commander le «génie» de la machine à café qui ont répondu à un de mes trois souhaits que je suis en droit à une matinée ensoleillée de ce vendredi. Une gorgée de café est l'odeur de ma carte d'accueillir les visiteurs venus de loin.


Faites bien comprendre qui peut prendre sans crainte dans la Chine ancienne, est l'héritage de mon père et la coquille est un club traditionnel de Rio, qui vit dans le coeur de tous les fans pas un fanatique. Je me réfère à l'Amérique, pourquoi la guilde ont une affection particulière. Il se détend, hoche la tête en remerciement à Allah, boire d'un trait, donne-moi la tasse, mais sournoisement, ses doigts de mon côté, un geste qui dure une seconde avec préméditation, ce qui me donne un courant électrique provoquant un frisson extra-corporelle, en secouant mon foie et Wandering Spirit, réunissant les extrêmes qui servent de fils de terre, me connecter à quelque chose de si nouveau et surprenant, la suite.


J'essaie de revenir à mon état émotionnel conscient de l'équilibre. Rien, je flotte à la merci de cette réalisation est assumé, les auras et l'énergie me confondre. Je fais appel à mon étude de la puissance positive de l'esprit », sapeca" discours d'un professeur d'université, je dis qu'il est dans le pays des étrangers, parler de nos distances, des impossibilités de conserver tout type de relation, n'oubliez pas que nous sommes comme la Terre et le Soleil, Christian et les musulmans, vous remercier pour votre visiteur inattendu, je peux encore l'entendre dire qu'il rêvait avec moi, mais je entrer, fermer la porte, je me cache derrière la fenêtre, tire les rideaux. Je change. Je suis impatient de se désister.


J'ai été fatigué de conversations d'hommes d'endroits éloignés. Je connais déjà les ficelles des Américains, Italiens, Français, Portugais, Brésiliens d'autres villes, l'espagnol, et maintenant, j'ai juste manqué que, comme un habitant de ces nomades de manière disparate à me vaincre avec leur persévérance, comme ils disent, le Je mange par les banques.


Beaucoup d'heures et de jours plus tard, j'ose à revoir ma cour. Il est la figure de lui. Hautaine, debout, enveloppé dans le manteau de la tête, sourire contenu, regard dirigé à ma porte. - Tu es toujours là, "Touareg"? Vous n'allez pas loin? (Je demande, entre timides et curieux)


Sa réponse est une course dans ma direction. Un sort avec les vents venant du sable qui traverse ma solitude. Son étreinte exploser une bombe à l'intérieur, je ne peut pas contenir une explosion, un avant-goût de la salive vieille me prend, mes gémissements sont caractéristiques de courses dans la jungle, quand la proie est toujours la pensée d'échapper au chasseur audacieux, je pense que la fraîcheur de l'entrelace la chaleur de vos doigts, ne savent pas qui je suis ou qui il est.


Il «a pris».


Il a envahi ma maison, entra avec ses chansons où je me protéger contre le harcèlement de l'homme, vous me connaissez si bien que je ne sais pas comment lui refuser son premier baiser, où il vole dans la cuisine près de l'évier, cette scène m'a rappelé le film "Fatal Attraction". Mais l'un des terrains de Mouammar Kadhafi, serait connaître la signification d'un film comme la voie nord-américaine de la vie? Ce moment magique, j'ai pensé: "Je suis ...", fu, après tout, n'est pas tous les jours qu'un" Touareg "lignée princière, semblant plus intelligents, comme cette chanson que Gal Benjor enregistrée en 70 ans, il bien sur la manière dont un écrivain d'histoires fantastiques. Je m'abandonne.


Cependant, je ne demande qu'une chose. Et il répond à ma demande, stupéfait, mais ludique. C'est la première fois que j'ai assisté à son rire. Il rit, ravi, avant de remplir ce mendier à la hauteur de la folie, qui mène déjà nous à la quatrième. Par coïncidence, je l'avoue, dans mon lit, des oreillers moelleux et la même couleur de la tente où je pensais qu'il le ferait.


Je me sens me pincer avec plaisir, me mord avec colère, me secoue avec l'animalité. Demandez-moi de prouver que ce qui se passait réellement n'était pas un mirage du désert et nous étions éveillés. - Pincez-moi, pour savoir si je suis encore vivant!


A partir de ce jour où j'ai l'odeur musquée qui rend la brise à travers la fenêtre de ma chambre, bureau, exécutez la porte ouverte et je regarde en arrière là-bas, souvent silencieuse, dans d'autres, avec des paroles chuchotées, en attente de quitter le viennent à nouveau, à vivre ce que nous vivons, et les rêves, oui, ce qui est juste en rêver, halluciner dans la chaleur d'un été torride qui nous a réunis.


Il existe vraiment et il vit dans ma cour, la garde, a l'air de «mon maître», je pense qu'il est venu de prendre soin de moi. Est-ce un mirage? Dans l'ombre de la nuit, il disparaît dans la lumière du jour, il réapparaît ... comme le soleil "Touareg" m'éclairer ... moi et me réchauffe à la maison à vivre ...



                                      
Cida Torneros

                                        
Février 2010




Em português:


Um “tuaregue” no meu quintal...

Tá certo que o calor de mais de 40 graus deste verão de 2010 esquenta a cabeça de qualquer cristão, o que dirá de uma “cigana peregrina”, como eu, do tipo capaz de sentir o coração derretido como um sorvete mijão, a cada olhar de pedinte, que o meu misterioso visitante anda a me lançar, ultimamente.

É que  um “tuaregue” passou a visitar o meu quintal, sem mais nem menos, vindo talvez desde o Saara, envolto em manto que lhe cobre a cabeça, mas lhe deixa livre o fundo de um olho atrevido, que me espreita e faz enternecer.  Ele é alto e forte, sorri com o canto dos lábios, tem voz anestesiante e fala através de linguagens de sinais, em tom baixo emite sons de um idioma que tento decifrar. Faz gestos comuns a adolescentes assustados. Usa até gírias que nem conheço direito, tento traduzir, como posso e consigo, pois necessito compreender os porquês das suas vindas a mim, no calor dos meus anos incrédulos, quando eu pensava que já tinha visto de tudo e não me restava aprender quase nada além.

Às vezes penso que ele é um espírito antigo querendo me comunicar algo de sobrenatural.  Claro, que, apesar de nunca ter pisado oficialmente nas areias ferventes dos desertos africanos, não me é custoso  imaginar como sejam as miragens, quando a mente ensandecida sonha com oásis verdejantes, ventos que refrescam corpos suados, águas que dessedentam gargantas sequiosas de líquido revigorante.

O duro deve ser quando se é surpreendido pela cruel realidade após a visão fantástica do sonho, e se descobre que aquelas imagens deliciosas não passaram de produção prodigiosa e defensiva de imaginação fértil em solo infértil, ou melhor, uma grande postura sobrevivente, em momento crucial e devastador, a loucura que é atravessar um deserto onde o infinito é tudo, o horizonte é tudo, o céu e o chão de areia são quase nada, e o mundo se resume a dias e noites de solidão, propícia à meditação e ao jejum.

Pois não é que no meu quintal apareceu um “tuaregue”?

Custei a crer, fui sentindo sua presença bem devagarinho. Primeiro, observei seu andar desengonçado a circundar o meu jardim, tive dele a impressão de que me queria como uma mulher para se levar na corcova de um camelo. Mas, lembrei que  no Marrocos, por exemplo, eles trocam as mulheres por camelos valiosos, e me vi metida numa história pra lá de Marraquesh, onde entraria numa roubada.

Eu me vi, então,  como uma roubada criatura, abduzida por um berbere de origem mulçumana, com sua questionável e milenar sede de possessividade. Era a sua chance de me conduzir a uma dessas tendas recheadas com almofadas, tão macias e sedosas, dando-me sucos afrodisíacos para beber ou me induzindo a comer tâmaras secas como se fossem uvas frescas. Habituei-me então a usar vestidos que aderissem às minhas curvas mas que não denunciassem detalhes dos meus contornos. Inspirei-me nas burkas, aliciei colares e brincos para me protegerem dos maus olhados, pintei de vermelho as unhas dos pés, ergui meu pescoço em direção ao azul e me concentrei na espera do que poderia acontecer a qualquer instante.

Viajei na maionese, afinal, como dizem minhas amigas tão namoradeiras quanto eu, há períodos de entre safra e há outros, de intensa força da natureza, em que chove na nossa horta.  Foi o que concluí, “tá chovendo na minha horta, um guerreiro do deserto, intenso e instigante, vem ao meu quintal e diz que me quer”.

O que posso esperar ou lhe oferecer? Pergunto se toma café, bebida comum na terra brasilis, um pouco diferente dos seus habituais chás de ervas e seu apurado gosto pela menta. Ele, a princípio, ao pegar a caneca que tem o símbolo de um time de futebol, teme que seja uma inscrição religiosa, pergunta-me do que se trata apontando o desenho vermelho e branco. Titubeia ao segurar o objeto, onde lhe  sirvo a bebida quente, escura e perfumada, que acabo de ordenar ao “gênio” da cafeteira elétrica que atendeu um dos meus três pedidos a que tenho direito nesta manhã ensolarada de uma sexta-feira. Um gole de café cheiroso é meu cartão de boas vindas ao visitante que veio de longe.

Esclareço que pode pegar sem susto na porcelana antiga, é herança do meu pai e o escudo é de um tradicional clube carioca, que mora no coração de todo torcedor não fanático. Refiro-me ao América, agremiação pela qual tenho carinho especial. Ele relaxa, acena para Alah em agradecimento, bebe de um só gole, devolve-me a xícara, porém, maliciosamente, encosta seus dedos nos meus, num gesto que dura um segundo premeditado, o que me passa uma corrente eletrificada causadora de um arrepio extra-corpóreo, sacudindo-me as entranhas e o espírito vagante, unindo extremos que funcionam como fios terra, ligando-me a algo tão novo quanto surpreendente, a partir de então.

Tento voltar ao meu estado emocional de equilíbrio consciente. Nada, ando flutuando ao sabor da materialização que este ser assumiu, sua aura e energia me confundem. Apelo para meus estudos de poder positivo da mente,“sapeco”  discurso de professora universitária, digo que ele está em terra de estranhos, falo de distâncias nossas, impossibilidades para mantermos qualquer tipo de relacionamento, lembro que somos como a Terra e o Sol, Cristãos e Mulçumanos, agradeço sua visita inesperada, ainda consigo ouvi-lo falar que sonhou comigo, mas entro, fecho a porta, escondo-me atrás da vidraça, cerro as cortinas. Fico muda. Aguardo que desista.

Ando cansada de conversas de homens de lugares distantes. Já conheço as manhas dos americanos, italianos, franceses, portugueses, brasileiros de outras cidades, espanhóis, e agora, só me faltava essa, um habitante tão nômade, de costumes tão díspares a me conquistar com sua perseverança, como dizem por aí, a me comer pelas beiras. 

Muitas horas e dias depois, ouso olhar de novo o meu quintal. Lá está o vulto dele. Altivo, de pé, manto enrolado na cabeça, sorriso contido, olhar direcionado à minha porta. – Ainda estás aí, “Tuaregue”? Não vais embora? ( pergunto, entre tímida e curiosa)

Sua resposta é uma corrida em minha direção. Um feitiço vindo com os ventos arenosos perpassa a minha solidão. Seu abraço me detona uma bomba interior, não consigo conter a explosão, um gosto de antiguidade me toma a saliva, meus gemidos são característicos de corridas na selva, quando a presa ainda pensa em fugir do caçador atrevido,  acho que um frescor se entremeia ao calor dos nossos dedos, não sei mais quem sou ou quem é ele.

Ele me “pegou”.

Invadiu minha casa, adentrou com seus cânticos o lugar onde me protejo dos assédios humanos, sabe tanto de mim que nem sei como negar-lhe o primeiro beijo, que ele me rouba na cozinha, junto da pia, cena que me fez recordar o filme “Atração fatal”. Mas alguém das terras de Muamar Kadafi, saberia o significado de um filme tão way of life norte americano?  Nesse instante mágico, penso comigo: “estou fu...”,  afinal, não é todo dia que um “tuaregue” de linhagem principesca, com ares de mandingueiro, como o daquela música do Benjor que a Gal gravou nos anos 70, surge assim no caminho de uma escritora de contos fantasiosos. Rendo-me.

Entretanto, só que lhe  peço uma única coisa. E ele atende ao meu pedido, aturdido, mas galhofeiro. É a primeira vez que eu  testemunho sua sonora gargalhada. Ele ri, extasiado, antes de cumprir o que lhe  imploro, no auge da doidice, que já nos conduz ao quarto. Coincidentemente, reconheço, na minha cama, as mesmas almofadas macias e coloridas da tenda onde imaginei que ele me  levaria.

Sinto que me belisca com prazer, morde-me com fúria, sacode-me com animalidade. Pedi que me provasse que aquilo estava realmente acontecendo, não era miragem do deserto e que estávamos acordados. – Belisca-me, pra saber se estou mesmo viva!

A partir desse dia, quando sinto o odor almiscarado que a brisa faz entrar pela janela do meu quarto-escritório, corro até a porta, abro e o revejo ali, muitas vezes, mudo, noutras, com palavras sussurradas, à espera de que o deixe entrar novamente, para que vivamos o que nos cabe viver, e sonhemos, sim, o que nos é direito sonhar, no calor alucinante de um tórrido verão que nos uniu.

Ele existe mesmo e tá morando no meu quintal, montando guarda, tem ares de “meu dono”, acho que veio para tomar conta de mim. Será miragem?  Na sombra da noite, ele some, na luz do dia, reaparece... como o Sol o “Tuaregue” me ilumina...me aquece e me devolve a sede de viver...  

                                      Cida Torneros
                                        Fevereiro 2010

Argelia y su Música

Paulinho da Viola - Meu Mundo é Hoje

Marisa Monte e Paulinho da Viola // Sofrimento de Quem Ama (Alberto Lonato)

Paulinho da Viola - Coisas do Mundo Minha Nêga

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Contardo e eu


Manhã outonal de maio e a leitura do conto de amor

Manhã outonal de maio e a leitura do conto de amor

A manhã está friorenta, mas ensolarada. minha secretária chega e eu a abraço efusivemente. é seu aniversário. ela está comigo há quase 30 anos. já virou minha irmã de vida que dá tantas voltas e ela me acompanha em cada virada, cada mudança, ela me ajuda a arrumar as caixas a ajeitar os livros nas novas casas de uma cigana inquieta, que é o que eu sou. ontem, fui buscar o livro do psicanalista-escritor. avisei a ele que sou boa leitora. iniciei há pouco mais de uma hora a leitura do seu conto de amor. parei na volta dele para nova york levando uma cópia de um quadro. achei que era um bom ponto para interromper a leitura que, ele me avisou que pega..
e tá "pegando", ele tinha razão. como ele, também sou contadora de histórias, de gente estranha e de gente da família. toda família tem muita história a ser contada. a nossa, dele e minha é de imigrantes, ancestrais que ficaram pela Europa e outros que vieram fazer a América. invejo a Nicoletta, personagem do livro, nem sei bem porque. afinal , convivi com minha avó espanhola e herdei dela o gosto pela literatura. do meu avô português, tenho a composição nata, como ele, faço poesias, me redescubro nas palavras, cantando sentimentos e submergindo em mundos sonhados, enquando deixo para os leitores as sensações de pseudo-realidade. a manhã me escapa de repente, vou ao jardim, minha mãe toma sol, entre as rosas que ela plantou. um rosa cor de rosa se abriu para nós, a vermelha também, com inveja, supostamente, e vemos juntas, que há um botão solene, da amarela, pronto para se abrir, isso deve acontecer amanhã...
o dever me chama, o trabalho fora me convoca. preciso me travestir de executiva e ganhar a rua. tenho que ir ao encontro da tal responsabilidade sobrevivente. ouvirei declarações materiais inconsistentes, delas vou retirar a essência e esquecer a maquiagem supérflua. importante é fazer parte da transformação que as obras oferece às comunidades carentes. sou assessora de uma empresa que toca o tal plano de aceleração do desenvolvimento, no Rio de Janeiro. acelero o meu tempo. corro.
à noite, quando voltar à casa da minha mãe, onde moro há pouco tempo, vou retomar a leitura do conto de amor.
mas, a sensação de calor da mão do escritor, quando nos cumprimentamos ontem, ainda esquenta minha necessidade de compreender os momentos da vida. terei sido alguém que foi buscar um livro, um conto, uma história, na fonte.
mas a história dele, é como a minha, como a dos personagens do seu livro, auto-retratados, desde o contador na primeira pessoa, coisa que sabemos fazer e bem.
egos auto-retratados, em pinturas imaginadas e criadas para extravazar o inconsciente lotado de lembranças antigas.
a manhã me deixa e lá vou eu à cata de mais uma tarde de outono, que, depois, com certo pudor, tentarei repensar ou ressentir, para que meu coração se aquiete, meu corpo me surpreenda tão cansado ou tão satisfeito pelo chamado dever cumprido.
cumprirei as tarefas de escrever, entrevistar, concluir, externar, compor, enquanto, dentro de mim, questões permanecem irrespondíveis, e, a minha secretária aniversariante, acaba de me lembrar de olhar a lua esta noite, pois na noite passada, esqueci de ver como estava linda, ela me chama a atenção por essa falha, e eu me pergunto: por que esqueci de ver a lua ontem, justo na noite em que trouxe comigo o livro do conto de amor, e ainda, como prêmio, a dedicatória de carinho e amizade do escritor-psicanalista, além, do presente que foi seu aperto de mão tão "caliente"?
olho de novo minha mãe no jardim, recostada, olhando as flores, os gatos deitados à sua volta e o vaso de flores sobre a mesa da varanda, com as tulipas vermelhas, que ganhei domingo do meu filho e nora, totalmente abertas para saudar o sol, imagem inesquecível, penso, oferta de deuses atrevidos, que me querem provar a importância do calor da vida e do calor de mãos que se apertam, numa noite de lua nova. emociono-me. sei que é consequência do conto de amor que estou lendo. preciso correr com o dia e continuar a leitura. esse livro já está me pegando. o autor me avisou.
Cida Torneros

Jô Soares entrevista Contardo Caligaris 09/06/2011

Contardo Calligaris - Fronteiras do Pensamento

Trailer: "A mulher de vermelho e branco", de Contardo Calligaris

Maria Eugênia - Folhetim ( ao vivo DVD Coisa Musical )

Soy de Brasil y soy de España!


Todas las mañanitas - Placido Domingo (tenor) y Ana María Martínez (sopr...

Todas las mañanitas, dúo habanera de la Zarzuela Don Gil de Alcalá, Manu...

Coral Andres Segovia - El abanico

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Deolinda-Fado Toninho

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OT2 - Gala 12 - Mais um Fado no Fado - Camané e Fábia

camané mais um fado no fado

Fado: Marla Amastor canta "Mais um fado no fado"

Passione Instrumental - Una Furtiva Lacrima

Gary Karr - Una furtiva lágrima (Contrabajo)

MARY FAHL Una furtiva Lacrima

Sous le ciel de Paris

Detalhes

CRÔNICA
DETALHES
Maria Aparecida Torneros
Como profetizou o Rei Roberto, o tempo pode até transformar todo o amor em quase nada, mas um dia , muitos anos depois, você acorda e não é que lembra dele, por um detalhe, um movimento qualquer do dia-a-dia que faz com que sua lembrança volte, de repente, mesmo que o sentimento tenha se escafedido, o cara reaparece por uma frase que alguém disse, ressuscitado pela magia da memória que devolve o encanto por algum milésimo de segundo. E você se pergunta: onde ficou aquela criatura que me despertou a tal paixão avassaladora daqueles dias da minha mocidade?
Aliás, em tempos de tanto botox, tanta cirurgia plástica, tanta academia, haja “curves”, para conter o avanço da velhice sobre a juventude que se torna objeto de cultivo raro… por seu bom humor e inconsequencia, muito mais do que por sua contaminação de beleza, leveza, soltura de gestos, falta de dores musculares, ou coisa que o valha, pensemos, em contrição e com certa compaixão por nossa caminhada em mundo tão visual, onde parece até que ter peitos e coxas, bundas e faces, etc, etc, conservados em formol, daria a chave para abrir as portas do paraíso…
Como não se curvar diante daquele pequeno detalhe que alguém nos legou para florescer, exatamente, 20, 30, 40 anos depois, como se fora um feitiço virando contra o enfeitiçado? Aí, o som daquela voz antiga volta como num filme, o brilho de certo olhar insistente e pedinte ressurge das cinzas, o desenho de uma boca, de um nariz e até o contorno dos dedos dos pés podem oferecer registro póstumo para um amor que já morreu, uma daqueles transformado em “quase nada”, que, como diz a própria canção , o próprio “quase também é mais um detalhe…
Aí, melhor embarcar na sucessão de “quases”, deixar-se levar pela emoção revivida, anunciar ao velho coração que “tá tudo bem”, que pode se permitir reviver, rememorar, talvez o gosto de um velho beijo, quem sabe o calor de um abraço que virou nada, até a sensação da presença de alguém que a vida já levou para o outro lado, e a gargalhada, seu eco, sua marca, suas piadas, a luz da sua passagem em nossas vidas, pode ser de gente que está viva, nos deu momentos sublimes, e saiu por aí, casando e descasando, como todos nós, buscando pares novos para velhos desejos de sermos felizes…
E estar feliz é exatamente isso, é ter boas recordações, viver intensos encontros, continuar na luta em função de armazenar detalhes tão pequenos que um dia, ora, pode ser hoje e agora, nos tornam pessoas grandes, profundas, maduras, agradecidas por termos lembrancinhas de amores passados, pérolas de brilhos rejuvenescidos, tesouros interiores.
São tantass coisinhas miúdas, patrimônio nosso de cada dia, como o “pão nosso”, como o detalhe nosso, aquele que deixamos marcado em gente que nos ama ou já amou, nos recorda, e até nos reaparece numa manhã de terça-feira, como um presente que o correio deixou de entregar, levou anos na prateleira, e lá vem ele, exatamente no instante em que a gente descobre que estar vivo para reviver, é uma chance única, só nos resta agradecer…
Cida Torneros, jornalista e escritora, mora no Rio de Janeiro, onde edita o Blog da Mulher necessária

Comentários

Anabela de Araújo on 16 novembro, 2010 at 19:06 #
Obrigada pela partilha, Cida.
GOSTEI.
Parabéns!
Bjissss


regina on 17 novembro, 2010 at 12:41 #
Ah, O AMOR, e suas tramas, seus personagens e seus enredos… sempre haverá tempo para ele!!!!
Beijos Cida!


José Manuel on 21 novembro, 2010 at 10:56 #
Obrigado prezada Amiga pela partilhe de um texto muito interessante. Peço perdão pelo atraso na resposta.
Beijinho, bom domingo e feliz semana.

CASTANHOLAS

CIDA TORNEROS



Castanholas

Ora bolas!
Como enrolas
o novelo da vida
quando amolas
o fio da lâmina
o corte do tempo
a ultrapassagem...
Sem sacanagem,
se me consolas
porque não colas
tua pele na minha?
Por que não tocas
as castanholas?
Prometo-te,
dançarei lindinha,
te encantarei,
e no encanto,
no entanto,
não te pouparei
de ouvires meu canto
saído do fundo d alma,
dizendo "olé", com espanto...
Mas, vem com calma,
segura o pranto,
parte para o abraço
que para ti eu faço
um novo "quebranto"
e te ponho "santo"
de coração feliz,
de cabeça boa,
de corpo satisfeito,
com o sexo e o momento
de rir à toa,
sem sofrimento...
Baila comigo,
meu amigo,
baila minha canção
de ser inteiro, enfim,
dentro de mim...

Cida Torneros
Publicação: www.paralerepensar.com.brr 15/09/2006

Coral Andres Segovia - Color Esperanza

Coral Andres Segovia - El dia que me quieras

Coral Andres Segovia - Ave Maria en el morro

Coral Andres Segovia - Libre

Coral Andres Segovia - A mi manera

Coral Andrés Segovia - Piel canela

Sorriso


Coral Andres Segovia - Poetas Andaluces

Aguaviva: cantaré

Aguaviva: poetas andaluces, versión original

Sevilla Tiene Una Cosa Que Solo Tiene Sevilla..

Andalucía

Flamenco - Directed by Carlos Saura

Adrian Galia · Carmen - Gades - Habanera - Tabacalera·.mp4

Carlos Saura's Carmen (Tabacalera) - Cristina Hoyos & Laura Del Sol

El amor brujo (de Saura),wedding, Antonio Gades, Cristina Hoyoa (1986)

Sevillanas De Carlos Saura - Actuales

Paola Flores Flamenco Arabe

CANTE Y BAILE FLAMENCO

Patrizio Buanne - 'Parla Piu Piano'

Gianni Morandi - Parla piu piano

Roberto Alagna - Una furtiva lagrima

"Una furtiva lagrima" Saimir Pirgu -Teatro Dell'Opera Roma February 2011

UNA FURTIVA LAGRIMA -clip-

UNA FURTIVA LAGRIMA

http://ouricoelegante.blogspot.com/2011/01/historinha-musical-una-furtiva-lagrima.html



L'elisir d'amore - Ópera de Gaetano Donizetti


Baseado no libreto de Scribe para a ópera Le Philtre, de Auber, por sua vez baseado em In Filtro, de Silvio Malaperta.


Primeira apresentação: 12 de maio de 1832.


Ato 2 -Una Furtiva Lagrima


Sinopse

Adina, uma bela, jovem e rica, na sua casa de fazenda, lê histórias de amor para suas amigas, sem acreditar em nenhuma delas. Sobre Tristão e Isolda, com o filtro mágico do amor, reafirma sua descrença dizendo que, felizmente, nada existe que prenda o coração de uma mulher a um homem. Suas amigas riem de Nemorino, um jovem camponês, que está próximo e é apaixonado por Adina.

Chega um destacamento militar sob o comando do sargento Belcore que também é pretendente da jovem fazendeira. Esta gosta do seu estilo decidido e é inclinada a ter o seu amor, para desespero de Nemorino. À aldeia chega o Dr. Dulcamara, um médico ambulante, que entre vários medicamentos, oferece um elixir que resolve tudo milagrosamente. O ingênuo Nemorino, lembrando-se da história contada por Adina, pergunta ao esperto e espalhafatoso Dr. Dulcamara se ele possui algo semelhante. Dulcamara detesta perder dinheiro e, imediatamente, lhe oferece um poderoso Elixir do Amor, na verdade um vinho tinto comum. "Ao ingerir alguns goles, qualquer homem, em 24 horas, terá nos seus braços, completamente apaixonada, a mulher que ama", diz ele. Nemorino dá a ele todo o dinheiro que lhe resta. Ao ficar sozinho, bebe o Elixir e passa a cantar e a dançar furiosamente, despertando a atenção de Adina que chega surpreendendo-se com a energia do rapaz que é normalmente triste e cabisbaixo e por quem ela também tem um certo afeto.


Nemorino, entretanto, fica indiferente o que leva Andina a dizer-se disposta a casar com Belcore que partirá em breve com as tropas. Nemorino ri e dança mais agitado, despertando a ira de Adina que decide casar-se no mesmo dia. Isto provoca desespero em Nemorino já que não haverá tempo para o remédio fazer efeito. Assim ele pede a Adina que adie por 24 horas o casamento, mas ela não concorda.


No segundo ato, os convidados estão reunidos para o casamento. Nemorino vendo que perderá a amada, resolve tomar mais do Elixir do Amor. Não tendo dinheiro - Dulcamara não vende fiado - alista-se na tropa de Belcore, recebe um adiantamento, converte em mais um frasco do Elixir que bebe imediatamente. Nisto chega a notícia que morrera um tio de Nemorino deixando-lhe uma grande fortuna. Sem saber do acontecido, ele é assediado por todas as moças da aldeia interessadas na herança. Ele pensa que é efeito do Elixir.


Adina, sabendo que Nemorino, agora indiferente, alistara-se por amor, implora para que ele fique, comprometendo-se a restituir o soldo que obtivera no alistamento. Neste jogo de indiferenças e aproximações, acabam os dois ficando juntos completamente apaixonados, favorecendo o sucesso de Dulcamara que termina o espetáculo vendendo todo o seu estoque de numerosos frascos do fabuloso Elixir do Amor.


(Informações do blog "o que é meu é nosso")

Una furtiva lágrima, uma das canções mais lindas que conheço

Compositor: Gaetano Donizetti
Título original: L'elisir d'amore
Estreno: Teatro de la Canobbiana de Milán
Fecha: 1832 - 12 de mayo
Ambientación: Italia rural, en una época indeterminada
Argumento: Un breve preludio en dos partes nos introduce en el primer acto.
La rica y encantadora Adina tiene dos pretendientes: el sencillo campesino Nemorino, que es demasiado tímido para confesarle su amor, y el sargento Belcore, que ha recibido la orden de hospedarse en la casa de Adina, a la que comienza a cortejar con impaciencia.
Adina se burla del pobre Nemorino, que la ama fielmente y no puede sacarse de la cabeza una historia que le ha contado Adina y en la que se hablaba de un elixir de amor que procuró a un tal Tristán el amor de Isolda.
Entonces llega el coche de un viajero destacado.
Todos los habitantes del pueblo, curiosos, lo rodean. El coche pertenece a Dulcamara, un curandero que pregona a los cuatro vientos su fama y ofrece una multitud de extraños remedios.
Nemorino le pregunta si no hay un elixir para el amor. Naturalmente que Dulcamara tiene uno. De todos modos cuesta todos los ahorros de Nemorino y tendrá efecto sólo 24 horas después (o sea, cuando el curandero se haya marchado del lugar).Sin embargo, los primeros efectos se producen de inmediato: el vino tinto común, pues no se trata de otra cosa , pone a Nemorino muy alegre. Canta y baila como nunca y de repente, deja de interesarse por Adina. Por eso ésta decide, por despecho y por aparentar, casarse de inmediato con el sargento Belcore. Cuando aparece el notario, Adina declara repentinamente que ya no tiene prisa, a pesar de que su prometido debe irse a la guerra a la mañana siguiente.
Nemorino está tan satisfecho con el elixir que quiere comprar otro frasco. Puesto que no tiene más dinero, Dulcamara se lo niega. Sin embargo, Nemorino, que ha espabilado, encuentra una solución: se alista en el ejército y con el dinero que recibe compra otro frasco.
Adina se siente cada vez más atraída por él, sobre todo porque cree que Nemorino quiere ir a la guerra a causa de su indiferencia. Pero Nemorino se muestra más esquivo que antes, porque ahora cree firmemente en los efectos del elixir; ¡incluso ha observado una lágrima oculta en los ojos de Adina! A esa lágrima le canta un aria, en el estilo del bel canto, que se ha hecho famosísima: «Una furtiva lagrima».
Nemorino se asombra del éxito rotundo del elixir; todas las jóvenes se pelean por él, quieren estar en su compañía, lo agasajan. Se han enterado (antes que el mismo Nemorino) de que ha muerto su tío, que le ha dejado en herencia una gran fortuna.
Por último, Adina, que todavía no sabe nada de la suerte de Nemorino, no puede quedarse como simple espectadora. Compra su libertad en el regimiento y se arroja en sus brazos para que no se marche a la guerra.
Belcore se consuela rápidamente. Y el curandero hace el mejor negocio de su vida, pues todo el pueblo quiere poseer el extraordinario elixir de amor.
Fuente:
http://www.hagaselamusica.com/clasica-y-opera/pera/el-elixir-del-amor/

Demis Roussos - Una Furtiva Lagrima - Cyprus(2007)

=NANA MOUSCOURI ''UNA FURTIVA LAGRIMA''.wmv

Una furtiva lagrima // Svetlana Kushnerova, mezzosoprano and piano

José Carreras Sings - Una Furtiva Lagrima (Donizetti) - "A tribute To Ma...

Placido Domingo - Una Furtiva Lagrima

Tito Schipa - Una Furtiva Lagrima

ENRICO CARUSO "Una furtiva lagrima" 1902

Una furtiva lagrima - (Pavarotti)

Salaam Aaya - Veer

Gipsy kings & Alabina habibi ya nour el ein rare version

Nancy Ajram - Ya Habibi Yalla

Bem Bem Maria - Gipsy Kings (Live)

Bem, Bem María (gipsy king).

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Flávio Venturini - ESPANHOLA

Te amo, espanhola!

 




Espanha , cuida de mim..
Maria Aparecida Torneros da Silva


Espanha, me chama, me canta, me espanta

me encanta e me pranteia, na canção e na saudade

tua misteriosa magia me entontence e invade,


Espanha, me apanha na curva do mar da Galícia,

me embarca no porto rumo a Barcelona, me esvazia

do pote de euforia e me faz dançar em Andaluzia...


Espanha, me puxa e me prende, me fascina e ilumina,

me engana e me mostra teu lado mais duro, tuas dores

que toureias nas praças dos milhares de amores

que se vão, se superam, se matam e renascem, qual sina

dos navegantes buscadores de terras, de mundos distantes,


Espanha, me põe um sinal de bruxaria na testa, me empresta

tua poesia, tua arte, teus pintores, tuas infinitas cores,

me traz de volta ao céu, e me deixes provar do inferno

que tua força maior, terror dos temores, das bombas,

das guerras, os ditadores de mierda, injustiças e abandonos...


Espanha, cuida de mim, de ti mesma, dos teus muitos donos.
 
Postado por Blog da Mulher Necessária às 04:52 0 comentários
 
 
 





Te amo, espanhola


Bailaora, volteias, frenética,

aos olhos dos homens encantas...

Sapateias, patética,

sempenteias os dedos, braços alados,

teus males de amor e paixão, espantas...

Apertas as castanholas sonoras,

és, então,de todas as senhoras,

a que centraliza os amados...

Eles te desejam, te comem com olhares...

Esbanjas sedução, pedem que não pares,

não deixes de sapatear estonteantemente...

Tentadora, passeias, poética,

pelo tablado carregando babados,

és flor entreaberta, és luz intensamente....

Palmas, eles te acompanham, sonhadores,

são teus amantes no flamengo que agitas,

enredados na tua magia cigana,

cada um deles te quer como troféu,

na fantasia da dança, que incitas,

podes levá-los em direção ao céu,

e ao seres amada, assim, humana,

gritas olé, em atitude mundana!!



E tua alma de bruxa, de fada, de feiticeira,

faz do Amor de cada um deles, o teu prazer,

já não podes estancar a sede crescente e festeira,

de bailar, de superar-se, de enlouquecer...

" El Surco" - Eva Ayllón canta a Chabuca Granda

EL DUEÑO AUSENTE canta CHABUCA GRANDA

Chabuca Granda - Cardo o ceniza

CHABUCA GRANDA "El Puente de los Suspiros" - guitarra: Alvaro Lagos

Chabuca Granda - "Ese arar en el Mar"

CHABUCA GRANDA José Antonio

chabuca granda dejame que te cuente limeña en vivo

Chabuca Granda - Fina Estampa

Amor de mis amores (Julio Iglesias )

AMOR DE MIS AMORES - MARIA DOLORES PRADERA

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Diane & Jack Tribute

Somethings Gotta Give

Un Hombre y una Mujer 20 Años Después

20 ans dèja.rm

Francis Lai: Richard Berry and Liliane Davis - Un Homme et une femme (20...

Francis Lai - Plus Fort Que Nous - Un Homme et Une Femme by Lelouche

UN HOMME ET UNE FEMME (Un uomo e una donna ) Claude Lelouche

Un homme et une femme (1966) - Scène du restaurant

Mireille Mathieu - Un Homme Et Une Femme

(1967) Mireille Mathieu Les yeux d'amour

Mireille Mathieu - L'hymne a l'amour

Mireille Mathieu - Je ne suis rien sans toi

Mireille Mathieu - Cést si bon

Yves Montand - A Paris

Roberto Carlos ao vivo em Copacabana - Paula Fernandes - By verinhaapedone

Eu te adoro, meu amor Paula Fernandez com Roberto Carlos em Copacabana

Rio de Janeiro


Du Flore


Sou filha do Sol


Benjamin Biolay - Dans Ta Bouche

Benjamin Biolay - Tu Es Mon Amour

Benjamin Biolay "La femme de ma vie" avec paroles BO:"Pourquoi tu pleure...

Chanson de la pluie - Chiara Mastroianni & Benjamin Biolay

Benjamin Biolay - Qu'est-ce que ça peut faire?

Non Monsieur. je n'ai pas 20 ans_Juliette Gréco

Celine Dion - Quand On N'a Que L'amour

Gallerie Laphaiette, Paris


les photos de Marie a Minas Gerais