Os que sobram e se vêem solteiros, na terceira fase, vão viver os novos vinte anos, com a necessidade de amar em paz, sem calamidade interior, afugentando conflitos de identidade, buscando novos pares para as novas possibilidades. Os salões ficam repletos nas aulas de dança, as excursões ganham a preferência dos grupos quarentõe ou cinquentões, a vida segue, os amores ressurgem, a maturidade floresce.
Um dia, a gente acorda, e acaba de atingir os 60 anos. Nossa, como tudo passou tão depressa, e como não aproveitar cada minuto desta fase incrível?
Almas inquietas iniciam caminhada espiritual, corpos satisfeitos já não se enganam quando buscam parceiros ou parceiras com semelhante grau de amadurecimento para curtir música, um chá da tarde, a calma de uma sessão de cinema, a viagem dos sonhos, que pode ser Veneza ou Gramado, mas que se encaixa bem com a aposentadoria e a alegria de viver.
A voz da Billie me faz acordar para a vida e me perguntar sobre o "homem que eu amo"...
Um dia, ele apareceu. Nem faz muito tempo. Nosso sonho conjunto é Paris e a música de fundo poderia ser La vie en rose... mas tem tudo a ver ouvir a incrível Billie soltar a voz, prometendo-se que ele surgirá sim, numa dessas fases dos muitos 20 anos que todos podemos viver e reviver.
Quando ele surge, como na letra da canção, talvez seja num domingo, ou não. Mas é real, a gente reconhece pela energia que dele emana. É só rastrear sua luz, embarcar no sonho dele que tão nosso, que é tão presente, pode ser que ele tenha surgido numa segunda-feira, mas ele vem, sempre vem, veio pra mim, demorou, mas chegou...
ps. Como ele é um bom sonho...tem todo direito de ir e vir...no vai e vem das nuvens do céu ou das ondas do mar...
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