aqui tem música, poesia, reflexões, homenagens, lembranças, imagens, saudades, paixões, palavras,muitas palavras, e entre elas, tem cada um de vocês, junto comigo... Cida Torneros
Maracanã
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
Veneza sem nós! Ainda!
Veneza sem nós! Ainda!
Há séculos, Veneza sobrevive, com símbolos que remetem a amores eternos e passionais como o de Romeu e Julieta. Através das suas histórias de carnavais mascarados, de intenso mercantilismo e trocas de produtos medievais, deixando-se levar pelo vagaroso traçado de gôndolas por entre seus canais, Veneza ultrapassa festivais de cinema, reorganiza mentalidades, cristaliza sonhos de paixões avassaladoras, cenas de lua de mel, magias de casais que a ela recorrem com esperanças de momentos inesquecíveis.
Considerada a cidade mais romântica do mundo, é cenário de turismo afetivamente compartilhado por pessoas de todos os lugares do planeta, que sonham pelo menos ir a Veneza, um dia durante toda a vida.
Ela nos espera, pacientemente, afundada, dizem os experts, em problemas ambientais graves, mas com seus ares de soberba inconsequencia para estudiosos do seu planejamento urbano inconcebível para os séculos XX e XXI.
Mesmo assim, Veneza não perdeu o glamour. Com certeza, eu a incluirei numa próxima viagem a Europa, esperando encontrar alguém especial que a valorize como eu. Um mago da idade Média estará,por essas horas a movimentar seus pendores extra-sensoriais e decerto premedita os instantes em que a Veneza lendária se livrará do estigma de ter sobrevivido sem nós, por tantos séculos.
A cidade viverá então um renascer de possibilidades, já que abriga saudosas lembranças, e há, no seu entorno, a mescla possível quando se mistura realidade e fantasia, nossa presença encherá de alegria a tal Veneza que parece triste.
Assim foi cantada tantas vezes, por Charles Aznavour, quando alguém volta a ela, solitário e nostálgico. "Venezia sin ti " é o titulo da famosa canção em espanhol, apontando para o fato de que estar naquela cidade italiana recordando alguém, deve ser mesmo uma tortura emocional, uma prova de fogo ou a suprema sensação do abandono.
Chegar a Veneza como a personagem Rosalba, do filme Pão e Tulipas, fugindo da vida cansativa de dona de casa incompreendida pela família, e extasiar-se com a manhã na Praça s. Marco, traduz o encantamento que a cidade tão antiga e tão misteriosa nos oferce.
Entretanto, a Veneza inconfundível pela alegria do seu carnaval que, a nu, é mesmo tão vestido quanto se oculta em castelos de velas mágicas, e age, no amor, sob o feitiço de máscaras de renda e plumas, com tantas inquietações, esta é infestada de expectativas.
Suas construções nos indagam, posso ouvir : - como Veneza sobrevive ainda, sem eu e sem ti?
Logo estaremos juntos, ali, para proclamar a emoção dos que transformam sonhos em realidade, assim como eu e como tu, cavaleiro solitário que me fará a corte, cópia fiel dos velhos tempos. Eu e tu, em Veneza, finalmente, juntos.
Cida Torneros
Há séculos, Veneza sobrevive, com símbolos que remetem a amores eternos e passionais como o de Romeu e Julieta. Através das suas histórias de carnavais mascarados, de intenso mercantilismo e trocas de produtos medievais, deixando-se levar pelo vagaroso traçado de gôndolas por entre seus canais, Veneza ultrapassa festivais de cinema, reorganiza mentalidades, cristaliza sonhos de paixões avassaladoras, cenas de lua de mel, magias de casais que a ela recorrem com esperanças de momentos inesquecíveis.
Considerada a cidade mais romântica do mundo, é cenário de turismo afetivamente compartilhado por pessoas de todos os lugares do planeta, que sonham pelo menos ir a Veneza, um dia durante toda a vida.
Ela nos espera, pacientemente, afundada, dizem os experts, em problemas ambientais graves, mas com seus ares de soberba inconsequencia para estudiosos do seu planejamento urbano inconcebível para os séculos XX e XXI.
Mesmo assim, Veneza não perdeu o glamour. Com certeza, eu a incluirei numa próxima viagem a Europa, esperando encontrar alguém especial que a valorize como eu. Um mago da idade Média estará,por essas horas a movimentar seus pendores extra-sensoriais e decerto premedita os instantes em que a Veneza lendária se livrará do estigma de ter sobrevivido sem nós, por tantos séculos.
A cidade viverá então um renascer de possibilidades, já que abriga saudosas lembranças, e há, no seu entorno, a mescla possível quando se mistura realidade e fantasia, nossa presença encherá de alegria a tal Veneza que parece triste.
Assim foi cantada tantas vezes, por Charles Aznavour, quando alguém volta a ela, solitário e nostálgico. "Venezia sin ti " é o titulo da famosa canção em espanhol, apontando para o fato de que estar naquela cidade italiana recordando alguém, deve ser mesmo uma tortura emocional, uma prova de fogo ou a suprema sensação do abandono.
Chegar a Veneza como a personagem Rosalba, do filme Pão e Tulipas, fugindo da vida cansativa de dona de casa incompreendida pela família, e extasiar-se com a manhã na Praça s. Marco, traduz o encantamento que a cidade tão antiga e tão misteriosa nos oferce.
Entretanto, a Veneza inconfundível pela alegria do seu carnaval que, a nu, é mesmo tão vestido quanto se oculta em castelos de velas mágicas, e age, no amor, sob o feitiço de máscaras de renda e plumas, com tantas inquietações, esta é infestada de expectativas.
Suas construções nos indagam, posso ouvir : - como Veneza sobrevive ainda, sem eu e sem ti?
Logo estaremos juntos, ali, para proclamar a emoção dos que transformam sonhos em realidade, assim como eu e como tu, cavaleiro solitário que me fará a corte, cópia fiel dos velhos tempos. Eu e tu, em Veneza, finalmente, juntos.
Cida Torneros
terça-feira, 24 de agosto de 2010
domingo, 22 de agosto de 2010
Um domingo, 22 de agosto!
começa o domingo, quando vejo, já está no meio, passam das 11 da manhã... preparo-me para atravessar a baía, vou comer o cozido da d. Néa, mãe da Dê, minha amiga também jornalista...tempo de inverno ensolarado, o Rio continua lindo, como diria o Gil, mas a violência ainda incomoda...muito...e tome de upps, pra garantir espaços de esperança em terras de malboro...far west fora do cinema americano, melhor ligar pra minha mãezinha, já vou passar por lá e dar beijinho na cabeça branca, respeitosa, experiente, apaziguada pelos anos, minha velhinha risonha e braba, que ainda me dá broncas como se eu fosse só a "sua menina... um gosto de domingo paira no ar de agosto, e com que gosto eu penso nas mães e meninas, cúmplices do seu próprio tempo, festival de batons, bijus, bolsas, botas, sapatos, risadas, gargalhadas, bem ao estilo dominical.. pouco chocolate, digamos, ou melhor, façamos um trato, menos que ele engorda, menos porque é preciso perseverar contra os pneuzinhos, seremos fortes, juntas, venceremos a gula...
avança o domingo, já estou atrasada, andei no facebook a postar canções, recados, curtindo amigos, divagando sonhos e fantasias, fuxiquei mensagens alheias, perdi-me em saudades adolescentes, cuidei do cãozinho cego que vive aqui em casa, corri... aliás, tô correndo...preciso aproveitar a segunda parte deste domingo de agosto...a gosto do freguês, com sabor de inverno ensolarado, aquecido em amizades e promessas de aconchego...ainda bem...
Cida Torneros
avança o domingo, já estou atrasada, andei no facebook a postar canções, recados, curtindo amigos, divagando sonhos e fantasias, fuxiquei mensagens alheias, perdi-me em saudades adolescentes, cuidei do cãozinho cego que vive aqui em casa, corri... aliás, tô correndo...preciso aproveitar a segunda parte deste domingo de agosto...a gosto do freguês, com sabor de inverno ensolarado, aquecido em amizades e promessas de aconchego...ainda bem...
Cida Torneros
sábado, 21 de agosto de 2010
EU SOU...
amante do mundo, observante dos seres vivos, admiradora do mistério humano, sensibilizada pela natureza do universo, poeta, escritora, jornalista.
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
Opiniões sobre o livro: A MULHER NECESSÁRIA
Opiniões sobre o livro: A MULHER NECESSÁRIA
1) Rosana Melo, jornalista, RJ
" Oi, Aparecida,
Estou devorando o seu livro. Leio todo dia a caminho do trabalho. Adorei a crônica sobre sua avó e seu tio e a que dá título a obra. Está maravilhoso, o seu livro. Parabéns!
Bjs,
Rosana
2) Ana Fonseca, estudante de Jornalismo, Universidade Estácio de Sá
" sim, eu tenho uma tia jornalista super cronista que acaba de lançar um livro bacanérrimo - faço propaganda sim! - e de leitura super leve e agradável. parabéns pra titoca mais escritora desse mundão! :)
de alguma maneira, eu quero ser que nem a dona maria aparecida torneros "quando eu crescer"... huehuehue. talvez eu passe essa aura perua dela - que eu acho que combina muito bem com a personalidade dela e tudo mais, mas não com a minha... -, mas definitivamente eu quero ser criadora de oportunidades.
essa mulher aí ralou foi muito, de reporterzinha a chefe de redação! e rala até hoje horrores como assessora de imprensa! e olha que ser assessora não é nada fácil... tem que aturar cada cidadão que não vou nem contar...!
parabéns, titoca cidinha! o lançamento foi coisa fina, viu? huehuehue... foi lindo, tava super cheio e o carinho envolvia a gente assim que a gente entrava pela porta da livraria. muito gostoso mesmo! e obrigada por me inserir em mais esse capítulo da sua vida, viu? muito orgulho!
te amo, titoquinha escritora!
3) Theo Drummond, poeta e publicitário
" Ôi Cida, querida amiga! Estava para escrever para dizer quanto foi agradável nosso almoço e quanto tive satisfação de revê-la. Estou lendo "A Mulher Necessária" e gostando muito. Você é ótima, escrevendo e sob todos os ostros aspectos (rsrsrsrs)...Já recomendei o livro para duas amigas, que certamente irão gostar também. Não esqueça do que falamos sobre a promoção:use os sites mais variados para falar do livro e dizer onde encontrá-lo. tá?
Gostei muito da crônica "O mistério da fêmea..." Você é bárbara.
Beijos da Lena e do
Théo Drummond
4) No site do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio de Janeiro:
"A crônica que dá nome ao livro, “A mulher necessária”, é um divertido exercício sobre a volta da cronista à psicanálise. Há artigos e resenhas sobre Fidel (publicado no site do Pravda), o lado militar de Che Guevara, o palhaço Carequinha, o colunista Joaquim Ferreira dos Santos, cronista tipicamente carioca. O texto “Tem alguém acordado aí” está no blog de Al Gore, sobre a necessidade de salvar o planeta.
Do jornal baiano A Tarde, onde trabalhou, são extraídos textos sobre assuntos diversos do cotidiano nacional, tanto político como social, registrando fatos como a lavagem do Bonfim, a agressão à doméstica carioca Sirlei, a reflexão sobre a cidade de São Paulo como ponto de encontro de gente de todo o país, além de considerações sobre pessoas importantes da história do Brasil, como Getúlio Vargas, José do Patrocínio, Tom Jobim, Marina Silva, Dilma Rossef, Jango Goulart e Leonel Brizola, entre muitos outros.
Também há artigos publicados no site do Observatório da Imprensa que analisam a mídia, a profissão de jornalista, o vácuo deixado na TV pela morte do comediante Bussunda, o lançamento na mídia do CD Carioca, de Chico Buarque de Holanda, e ainda análises sobre o “monstro” da Áustria e uma leitura da reportagem com o rabino Henry Sobel, na revista Época, entre outras."
5) Luiza Xavier ( jornalista, Curitiba)
Minha amiga querida,
Dediquei parte deste fim de semana curitibano frio e chuvoso - sim, o recolhimento também é fundamental - para ler seu livro-presente. Que lindo.
Sei que muitas das crônicas estão nos blogs, mas livro será sempre "a casa da palavra", mesmo que os amantes radicias da tecnologia apregoem o seu fim definitivo (meu ex-marido, profissional de informática, sentia um prazer especial ao me provocar dizendo que os livros iriam acabar logo logo e que nosso filho aprenderia a ler em telas de computador - argh!).
Thiago (ah os amores necessários!) me "flagrou" rindo emocionada com uma de suas crônicas e expliquei que você, a autora-amiga e absolutamente necessária para o mundo das letras e dos amigos estejam eles onde estiverem, já tinha estado aqui em casa e que dera de presente a ele uma caixa de lápis de cor.
Ele lembrou e saiu-se com esta: "ah, a Aparecida. Esse é o nome dela porque ela é bem conhecida, né?". Crianças e sua sabedoria ainda intocada pela hipocrisia mundana. Aparecer, ser conhecido e famoso no "bom sentido" do termo. Foi a associação que ele fez.
É isso, claro, ele está certíssimo mais uma vez. Outro nome não te caberia mais adequado. Que você siga crescendo, aparecendo, sendo conhecida Brasil e mundo afora.
Beijos e uma semana maravilhosa.
Luiza Xavier
Onde encontrar o livro:
LIVRARIAS SARAIVA e ARLEQUIM (CENTRO DO RIO)
http://www.arlequim.com.br/WebForms/wfrLoja.aspx
1) Rosana Melo, jornalista, RJ
" Oi, Aparecida,
Estou devorando o seu livro. Leio todo dia a caminho do trabalho. Adorei a crônica sobre sua avó e seu tio e a que dá título a obra. Está maravilhoso, o seu livro. Parabéns!
Bjs,
Rosana
2) Ana Fonseca, estudante de Jornalismo, Universidade Estácio de Sá
" sim, eu tenho uma tia jornalista super cronista que acaba de lançar um livro bacanérrimo - faço propaganda sim! - e de leitura super leve e agradável. parabéns pra titoca mais escritora desse mundão! :)
de alguma maneira, eu quero ser que nem a dona maria aparecida torneros "quando eu crescer"... huehuehue. talvez eu passe essa aura perua dela - que eu acho que combina muito bem com a personalidade dela e tudo mais, mas não com a minha... -, mas definitivamente eu quero ser criadora de oportunidades.
essa mulher aí ralou foi muito, de reporterzinha a chefe de redação! e rala até hoje horrores como assessora de imprensa! e olha que ser assessora não é nada fácil... tem que aturar cada cidadão que não vou nem contar...!
parabéns, titoca cidinha! o lançamento foi coisa fina, viu? huehuehue... foi lindo, tava super cheio e o carinho envolvia a gente assim que a gente entrava pela porta da livraria. muito gostoso mesmo! e obrigada por me inserir em mais esse capítulo da sua vida, viu? muito orgulho!
te amo, titoquinha escritora!
3) Theo Drummond, poeta e publicitário
" Ôi Cida, querida amiga! Estava para escrever para dizer quanto foi agradável nosso almoço e quanto tive satisfação de revê-la. Estou lendo "A Mulher Necessária" e gostando muito. Você é ótima, escrevendo e sob todos os ostros aspectos (rsrsrsrs)...Já recomendei o livro para duas amigas, que certamente irão gostar também. Não esqueça do que falamos sobre a promoção:use os sites mais variados para falar do livro e dizer onde encontrá-lo. tá?
Gostei muito da crônica "O mistério da fêmea..." Você é bárbara.
Beijos da Lena e do
Théo Drummond
4) No site do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio de Janeiro:
"A crônica que dá nome ao livro, “A mulher necessária”, é um divertido exercício sobre a volta da cronista à psicanálise. Há artigos e resenhas sobre Fidel (publicado no site do Pravda), o lado militar de Che Guevara, o palhaço Carequinha, o colunista Joaquim Ferreira dos Santos, cronista tipicamente carioca. O texto “Tem alguém acordado aí” está no blog de Al Gore, sobre a necessidade de salvar o planeta.
Do jornal baiano A Tarde, onde trabalhou, são extraídos textos sobre assuntos diversos do cotidiano nacional, tanto político como social, registrando fatos como a lavagem do Bonfim, a agressão à doméstica carioca Sirlei, a reflexão sobre a cidade de São Paulo como ponto de encontro de gente de todo o país, além de considerações sobre pessoas importantes da história do Brasil, como Getúlio Vargas, José do Patrocínio, Tom Jobim, Marina Silva, Dilma Rossef, Jango Goulart e Leonel Brizola, entre muitos outros.
Também há artigos publicados no site do Observatório da Imprensa que analisam a mídia, a profissão de jornalista, o vácuo deixado na TV pela morte do comediante Bussunda, o lançamento na mídia do CD Carioca, de Chico Buarque de Holanda, e ainda análises sobre o “monstro” da Áustria e uma leitura da reportagem com o rabino Henry Sobel, na revista Época, entre outras."
5) Luiza Xavier ( jornalista, Curitiba)
Minha amiga querida,
Dediquei parte deste fim de semana curitibano frio e chuvoso - sim, o recolhimento também é fundamental - para ler seu livro-presente. Que lindo.
Sei que muitas das crônicas estão nos blogs, mas livro será sempre "a casa da palavra", mesmo que os amantes radicias da tecnologia apregoem o seu fim definitivo (meu ex-marido, profissional de informática, sentia um prazer especial ao me provocar dizendo que os livros iriam acabar logo logo e que nosso filho aprenderia a ler em telas de computador - argh!).
Thiago (ah os amores necessários!) me "flagrou" rindo emocionada com uma de suas crônicas e expliquei que você, a autora-amiga e absolutamente necessária para o mundo das letras e dos amigos estejam eles onde estiverem, já tinha estado aqui em casa e que dera de presente a ele uma caixa de lápis de cor.
Ele lembrou e saiu-se com esta: "ah, a Aparecida. Esse é o nome dela porque ela é bem conhecida, né?". Crianças e sua sabedoria ainda intocada pela hipocrisia mundana. Aparecer, ser conhecido e famoso no "bom sentido" do termo. Foi a associação que ele fez.
É isso, claro, ele está certíssimo mais uma vez. Outro nome não te caberia mais adequado. Que você siga crescendo, aparecendo, sendo conhecida Brasil e mundo afora.
Beijos e uma semana maravilhosa.
Luiza Xavier
Onde encontrar o livro:
LIVRARIAS SARAIVA e ARLEQUIM (CENTRO DO RIO)
http://www.arlequim.com.br/WebForms/wfrLoja.aspx
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
terça-feira, 17 de agosto de 2010
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
quinta-feira, 12 de agosto de 2010
Bethania, feita na Bahia!
Bons ventos a trazem, sempre, ao céu da música popular brasileira. Sua voz e interpretação nos acompanham, há décadas, com os dons da ressurreição, aquela certeza inconfundível do quanto esta artista é mesmo iluminada. Maria Bethania é patrimônio nacional, é uma consquistadora, sedutora, tem qualquer coisa de sagrado na sua aura pré-destinada a encantar ouvidos e corações, espalhados no mundo todo. Claro, ela venceu mais uma vez, destacando-se como a grande homenageada na festa da música do Brasil, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro.
Um dia, eu a vi, pela primeira vez. Era 1970, ela atravessara a baía de Guanabara para se apresentar no Diretório Acadêmico da Universidade Federal Fluminense. Eu era aluna de Jornalismo, fui com a turma assistir, vi uma jovem magricela, calças brancas, cabelos presos em coque na nuca, muitos colares, descalça, movimentando-se no palco, com tanta força e garra, que, além de me comover, parecia que me revirava por dentro, era um escândalo aquela interpretação de Carcará. Furacão baiano, era pegar ou largar. Peguei!
Dali em diante, virei "tiete", acompanhei sua carrreira, tinha a companhia da minha amiga Marion Monteiro ( Bombom) para nos embevecermos, juntas, muitas vezes, sentadas no chão do Teatro da Praia, em Copacabana, e vê-la impregnar nossas vidas de uma energia incomparável. São tantas histórias que guardo dela, em minha vida, pequenos relicários com as mensagens que a Betha me passa, e que, tenho certeza, alcança milhares de seres que se envolvem com sua voz, suas canções, os poemas declamados, o sorriso maroto, os cabelos esvoaçantes, os pés desnudos, olhares misteriosos, instantes de enlevo e reflexão, puro sentimento, ou seja, arte no sentido lato-sensu, sem tirar nem pôr.
O mano Caetano, este é um fiel escudeiro, talentoso sim, compôs no exílio "Betha, Betha, Bethani, please send me a letter", e tantas homenagens ela merece, claro, é uma cantadora que nos enche de magia, ela é feita na Bahia, é cheia de encantos, pudera, é filha de Iansã, é filha da mãe Menininha, ela é tudo isso e mais alguma coisa.
Era um domingo entardecendo, eu nem tinha lido o jornal, há poucos anos, então, um anjo de plantão me mostrou no segundo caderno, lá pelas seis da tarde, que ela se apresentaria, em fim de temporada, naquela noite, no Canecão, com o show Maricotinha.
Deu-me um arrepio, liguei para a casa de shows, reservei um dos poucos lugares que sobravam ainda. Vesti-me na correria. Tomei um táxi, desde Vila Isabel, pedi pressa ao motorista, cheguei lá, acomodei minha ansiedade de adolescente madura, ela surgiu, eu revivi tudo, uma vida inteira de segredos em torno da sua arte.
Mais uma vez, "peguei" Bethania, como costumamos todos, pegá-la no "tempo, tempo", ela é atemporal, ela continua sendo a melhor pegada musical confirmada, mais uma vez, na festa da nossa canção brasileira. Salve Ela!!
Cida Torneros
Um dia, eu a vi, pela primeira vez. Era 1970, ela atravessara a baía de Guanabara para se apresentar no Diretório Acadêmico da Universidade Federal Fluminense. Eu era aluna de Jornalismo, fui com a turma assistir, vi uma jovem magricela, calças brancas, cabelos presos em coque na nuca, muitos colares, descalça, movimentando-se no palco, com tanta força e garra, que, além de me comover, parecia que me revirava por dentro, era um escândalo aquela interpretação de Carcará. Furacão baiano, era pegar ou largar. Peguei!
Dali em diante, virei "tiete", acompanhei sua carrreira, tinha a companhia da minha amiga Marion Monteiro ( Bombom) para nos embevecermos, juntas, muitas vezes, sentadas no chão do Teatro da Praia, em Copacabana, e vê-la impregnar nossas vidas de uma energia incomparável. São tantas histórias que guardo dela, em minha vida, pequenos relicários com as mensagens que a Betha me passa, e que, tenho certeza, alcança milhares de seres que se envolvem com sua voz, suas canções, os poemas declamados, o sorriso maroto, os cabelos esvoaçantes, os pés desnudos, olhares misteriosos, instantes de enlevo e reflexão, puro sentimento, ou seja, arte no sentido lato-sensu, sem tirar nem pôr.
O mano Caetano, este é um fiel escudeiro, talentoso sim, compôs no exílio "Betha, Betha, Bethani, please send me a letter", e tantas homenagens ela merece, claro, é uma cantadora que nos enche de magia, ela é feita na Bahia, é cheia de encantos, pudera, é filha de Iansã, é filha da mãe Menininha, ela é tudo isso e mais alguma coisa.
Era um domingo entardecendo, eu nem tinha lido o jornal, há poucos anos, então, um anjo de plantão me mostrou no segundo caderno, lá pelas seis da tarde, que ela se apresentaria, em fim de temporada, naquela noite, no Canecão, com o show Maricotinha.
Deu-me um arrepio, liguei para a casa de shows, reservei um dos poucos lugares que sobravam ainda. Vesti-me na correria. Tomei um táxi, desde Vila Isabel, pedi pressa ao motorista, cheguei lá, acomodei minha ansiedade de adolescente madura, ela surgiu, eu revivi tudo, uma vida inteira de segredos em torno da sua arte.
Mais uma vez, "peguei" Bethania, como costumamos todos, pegá-la no "tempo, tempo", ela é atemporal, ela continua sendo a melhor pegada musical confirmada, mais uma vez, na festa da nossa canção brasileira. Salve Ela!!
Cida Torneros
Bethania...grande vencedora
Quinta-feira, 12 de agosto de 2010 - 07h25 Última atualização, 12/08/2010 - 08h39
Maria Bethânia é destaque no 21º Prêmio da Música Brasileira
Foto: Bruna Prado/Futura Press Maria Bethânia foi a grande vencedora do Prêmio de Música Brasileira
Da Redação
entretenimento@band.com.br
A cantora Maria Bethânia foi o grande destaque da 21ª edição do Prêmio da Música Brasileira na noite dessa quarta-feira, dia 11. Ela foi a vencedora nas categorias melhor cantora de MPB e melhor disco de MPB pelo álbum “Encanteria”.
Além de Bethânia, estiveram presentes à festa artistas como Caetano Veloso, Nelson Sargento e Aldir Blanc. O cantor Erasmo Carlos e a cantora Zélia Duncan chamaram atenção ao se cumprimentarem com um selinho.
Realizada no no Theatro Municipal, no Rio de Janeiro, a cerimônia homenageou a sambista Dona Ivone Lara.
Veja os premiados em cada categoria:
Pop/rock/funk/hiphop
Melhor Grupo: Paralamas do Sucesso
Melhor Disco: "Rock N’ Roll" de Erasmo Carlos
Melhor Cantor: Caetano Veloso
Melhor Cantora: Zélia Duncan
Projeto Especial: Dolores Duran
Disco Eletrônico: "Ultrasom", de Siri
Música Erudita: "Debussy", de Nelson Freire
Disco Infantil: "Adriana Partinpim 2"
Disco Língua Estrangeira: "Tributo a Ella Fitzgerald", de Jane Duboc
DVD: Fernanda Takai, com "Luz Negra"
Concurso de Interpretação Dona Ivone Lara: Tony Daniel, com "Acreditar"
Instrumental
Melhor Grupo: Letieres Leite e Orkestra Rumpilezz
Melhor Disco: "Luz da Aurora", de Yamandu Costa e Hamilton de Hollanda
Melhor solista: Yamandú Costa
Canção Popular
Grupo: Trilogia
Dupla: Zezé de Camargo e Luciano
Disco: "Coração do Homem Bomba ao Vivo", de Zeca Baleiro
Cantor: Cauby Peixoto
Cantora: Rita Ribeiro
Projeto Visual: Ocimar Versolato, por Ney Matogrosso
Arranjador: Mario Adnet por Afrosamba Jazz
Regional
Grupo: Orquestra Frevo Diabo
Dupla: Chitãozinho & Xororó
Disco: "Alma Caboca", de Ana Salvagni
Cantor: Targino Gondin
Cantora: Elba Ramalho
Voto Popular
Cantor: Juraildes da Cruz
Cantora: Daniela Mercury
Revelação do Ano: Letieres Leite & Orkestra Rumpilezz
Canção: "Feita na Bahia", de Roque Ferreira interpretada por Maria Bethânia
Samba
Grupo: Casuarina
Disco: "Tantinho canta Pandeirinho da Mangueira"
Cantor: Tantinho
Cantora: Alcione
MPB
Grupo: 4Cabeça
Disco: "Encanteria", de Maria Bethânia
Cantor: Ney Matogrosso
Cantora: Maria Bethânia
Maria Bethânia é destaque no 21º Prêmio da Música Brasileira
Foto: Bruna Prado/Futura Press Maria Bethânia foi a grande vencedora do Prêmio de Música Brasileira
Da Redação
entretenimento@band.com.br
A cantora Maria Bethânia foi o grande destaque da 21ª edição do Prêmio da Música Brasileira na noite dessa quarta-feira, dia 11. Ela foi a vencedora nas categorias melhor cantora de MPB e melhor disco de MPB pelo álbum “Encanteria”.
Além de Bethânia, estiveram presentes à festa artistas como Caetano Veloso, Nelson Sargento e Aldir Blanc. O cantor Erasmo Carlos e a cantora Zélia Duncan chamaram atenção ao se cumprimentarem com um selinho.
Realizada no no Theatro Municipal, no Rio de Janeiro, a cerimônia homenageou a sambista Dona Ivone Lara.
Veja os premiados em cada categoria:
Pop/rock/funk/hiphop
Melhor Grupo: Paralamas do Sucesso
Melhor Disco: "Rock N’ Roll" de Erasmo Carlos
Melhor Cantor: Caetano Veloso
Melhor Cantora: Zélia Duncan
Projeto Especial: Dolores Duran
Disco Eletrônico: "Ultrasom", de Siri
Música Erudita: "Debussy", de Nelson Freire
Disco Infantil: "Adriana Partinpim 2"
Disco Língua Estrangeira: "Tributo a Ella Fitzgerald", de Jane Duboc
DVD: Fernanda Takai, com "Luz Negra"
Concurso de Interpretação Dona Ivone Lara: Tony Daniel, com "Acreditar"
Instrumental
Melhor Grupo: Letieres Leite e Orkestra Rumpilezz
Melhor Disco: "Luz da Aurora", de Yamandu Costa e Hamilton de Hollanda
Melhor solista: Yamandú Costa
Canção Popular
Grupo: Trilogia
Dupla: Zezé de Camargo e Luciano
Disco: "Coração do Homem Bomba ao Vivo", de Zeca Baleiro
Cantor: Cauby Peixoto
Cantora: Rita Ribeiro
Projeto Visual: Ocimar Versolato, por Ney Matogrosso
Arranjador: Mario Adnet por Afrosamba Jazz
Regional
Grupo: Orquestra Frevo Diabo
Dupla: Chitãozinho & Xororó
Disco: "Alma Caboca", de Ana Salvagni
Cantor: Targino Gondin
Cantora: Elba Ramalho
Voto Popular
Cantor: Juraildes da Cruz
Cantora: Daniela Mercury
Revelação do Ano: Letieres Leite & Orkestra Rumpilezz
Canção: "Feita na Bahia", de Roque Ferreira interpretada por Maria Bethânia
Samba
Grupo: Casuarina
Disco: "Tantinho canta Pandeirinho da Mangueira"
Cantor: Tantinho
Cantora: Alcione
MPB
Grupo: 4Cabeça
Disco: "Encanteria", de Maria Bethânia
Cantor: Ney Matogrosso
Cantora: Maria Bethânia
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
sábado, 7 de agosto de 2010
Repùblica oriental do Uruguai, minha primeira vez e o encanto da Casa Pueblo!
Uma onda de frio polar me recebeu na pacata (aparentemente) cidade de Montevideo. Para uma carioca acostumada ao Rio 40 graus, tem sido um ritual vestir tantas roupas para sair as ruas e conhecer o Uruguai, ou parte dele, jà que eu e minha amiga Katia decidimos ir tambèm a Colönia Sacramento e a Punta del Leste, em datas diferentes, o que nos possibilitou entrar em contato com parte da història do paìs, e com o mundo internacional que domina Punta e seus cassinos.
O domìnio portuguës em Colónia è como um resquìcio de um mundo de muitas lutas. Espanhòis, portugueses, argentinos, uruguaios, brasileiros, todos andaram por estas terras com ganas de fincar suas bandeiras definitivas.
A nossa antiga Provìncia Cisplatina è lugar de muitos campos, muito gado, capital pouco povoada, populacao que enfrenta alem da onda de frio, suas mazelas economico-sociais e tenta seu lugar ao sol, o mesmo sol que ilumina seu emblema nacional, com o complemento das cores azul e branco. Um moderno aeroporto, na capital Montevidèo nos dà sinal de que as coisas estao mudando por aqui, ainda que a passos lentos, mas seguros. Uma explosáo de torres sendo construidas em Punta del Leste nos dao conta do capital investido em lugar de fama mundial, prazeroso balneario do Atlantico Sul.
Apos 5 dias, tento fazer um pequeno balanco e o que me comove, sem pestanejar, è mesmo a visita que fiz à Casa Pueblo, do artista Carlos Paez Villarò. Um encanto me tomou a alma e o coracáo.
Saì de là, com seu livro na máo, o que ele escreveu sobre episodio em que esteve envolvido seu filho Carlito Miguel, nos anos 70, sobre o aviáo que se perdeu nos Andes, do qual o rapaz foi sobrevivente.
A expressao poètica da sua obra-casa, os quadros, as ceramicas, sua semelhanca com mestres como Picasso, Gaudi, Miro, Dali, por exemplo, envolvem os visitantes com a profundidade dos que sabem interpretar o mundo, na beira de um mar insistentemente4 azul, perdidamente plàcido, estonteantemente inspirador.
Acho que para uma primeira vez, degusto as horas que me sobram ( volto ao Brasil no domingo 8) com a sensacao importante de ter vindo ao lugar certo na hora certa, senti-me quase em casa, so nao provei do mate amargo, mas de resto, comi parrilhada, provei seu bom vinho nativo, ouvi sua mùsica, apreciei seus costumes, observei sua gente e me apaixonei por seu artista de punta Balea.
Em tempo, agradeci sua onda polar, mesmo assim, pois pude aquecer com reflexoes o mesmo pensamento que me faz questionar o quanto os paises da Amèrica Latina sao berco de povos lutadores, sonhadores, guerreiros, sobreviventes e mesmo assim seguem sendo encantadores, como o pueblo uruguaio...
Cida Torneros
O domìnio portuguës em Colónia è como um resquìcio de um mundo de muitas lutas. Espanhòis, portugueses, argentinos, uruguaios, brasileiros, todos andaram por estas terras com ganas de fincar suas bandeiras definitivas.
A nossa antiga Provìncia Cisplatina è lugar de muitos campos, muito gado, capital pouco povoada, populacao que enfrenta alem da onda de frio, suas mazelas economico-sociais e tenta seu lugar ao sol, o mesmo sol que ilumina seu emblema nacional, com o complemento das cores azul e branco. Um moderno aeroporto, na capital Montevidèo nos dà sinal de que as coisas estao mudando por aqui, ainda que a passos lentos, mas seguros. Uma explosáo de torres sendo construidas em Punta del Leste nos dao conta do capital investido em lugar de fama mundial, prazeroso balneario do Atlantico Sul.
Apos 5 dias, tento fazer um pequeno balanco e o que me comove, sem pestanejar, è mesmo a visita que fiz à Casa Pueblo, do artista Carlos Paez Villarò. Um encanto me tomou a alma e o coracáo.
Saì de là, com seu livro na máo, o que ele escreveu sobre episodio em que esteve envolvido seu filho Carlito Miguel, nos anos 70, sobre o aviáo que se perdeu nos Andes, do qual o rapaz foi sobrevivente.
A expressao poètica da sua obra-casa, os quadros, as ceramicas, sua semelhanca com mestres como Picasso, Gaudi, Miro, Dali, por exemplo, envolvem os visitantes com a profundidade dos que sabem interpretar o mundo, na beira de um mar insistentemente4 azul, perdidamente plàcido, estonteantemente inspirador.
Acho que para uma primeira vez, degusto as horas que me sobram ( volto ao Brasil no domingo 8) com a sensacao importante de ter vindo ao lugar certo na hora certa, senti-me quase em casa, so nao provei do mate amargo, mas de resto, comi parrilhada, provei seu bom vinho nativo, ouvi sua mùsica, apreciei seus costumes, observei sua gente e me apaixonei por seu artista de punta Balea.
Em tempo, agradeci sua onda polar, mesmo assim, pois pude aquecer com reflexoes o mesmo pensamento que me faz questionar o quanto os paises da Amèrica Latina sao berco de povos lutadores, sonhadores, guerreiros, sobreviventes e mesmo assim seguem sendo encantadores, como o pueblo uruguaio...
Cida Torneros
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
domingo, 1 de agosto de 2010
A alquimia da diáspora
artigo pubicado no jornal A Tarde, Bahia, 13/07/06
A alquimia da diáspora
APARECIDA TORNEROS
O jornalista José do Patrocínio, mestiço, filho de um padre branco
com uma negra escrava, defensor dos seus irmãos da África, tribuno
eloqüente, era como um animal selvagem a urrar contra a caçada
tempestuosa da escravidão.
Por isso, foi chamado "O Tigre da Abolição", pelos seus discursos e
artigos publicados no jornal Gazeta de Notícias, no período que
antecedeu a assinatura da lei Áurea, em 1888.
A agressão contra homens e mulheres roubados das suas terras e
tribos, a quem não restou outra sina que não fosse a adaptação e o
sofrimento, como compensação ou lição, impregnou nosso povo com sua
alma sedutora.
Por toda a América, sua influência é um fato, sendo que no Brasil, a
conquista da sua liberdade não invalida as seqüelas sociais advindas
da segregação.
Mesmo assim, os negros africanos transformaram a sua diáspora em
verdadeira alquimia cultural.
Legaram, além da vivacidade de olhos de jabuticaba e sorrisos de
nuvem branca, os tons de pele mais luminosos, resultantes dos amores
que conquistaram nos corações e nas camas.
Ainda, como trovadores da idade moderna, injetaram a ginga à música
nacional, o sabor à cozinha, o colorido à vestimenta.
A identidade que ora se discute em Salvador, passa certamente, pela
complexidade de seus ritmos além da religiosidade envolvente dos seus
rituais inconfundíveis e abençoantes.
Há um crescente movimento direcionado para a África atual, a buscar
soluções e compadecimentos que despertem o resto do mundo para o seu
desenvolvimento, onde se lute contra a injustiça, a exploração, a
doença epidêmica, a orfandade de uma infância herdeira de tantas
guerras civis.
Nesse caldeirão fervente, engajam-se atores, atrizes, cantores,
líderes de banda, intelectuais, unindo-se em prol da valorização de
uma população a quem os colonizadores devem tanto.
A África, ainda muito explorada, é o lugar do mundo onde as novas
gerações nascem predestinadas à injustiça.
Mudar esse quadro é o grande desafio.
Questão de química social e econômica, responsabilidade compartilhada
entre países ricos e pobres, como resgate histórico do continente afr
icano.
Quanto à negritude brasileira, nossa melhor bandeira é da aceitação
da mistura sangüínea, da miscigenação cultural e religiosa,
eliminando os radicalismos porque há um coração africano pulsando em
cada peito brasileiro, assim como se inflama um vodu tribal em cada
oração popular na América Central. Na canção gospel ou blue
norteamericano, ouve-se o lamento do escravo fugitivo.
Verdadeiros alquimistas da nova era, os negros africanos forjam nos
sonhos da liberdade e da justiça, o direito à riqueza de um futuro
digno. Esse mesmo futuro que merecem todos os povos afro-descendentes
espalhados pela terra, a começar no Brasil, pela Bahia
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