Maracanã

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quinta-feira, 20 de maio de 2010

Pepa Flores, a Marisol de minha infância...













Marisol, a menina prodígio espanhola...hoje,  uma senhora sexagenária...casada com Máximo Schini e viúva de Antonio Gades, o grande bailarino...

"Corre corre caballito, trota  pela carretera", a voz da menina com as imagens rolando na telinha da sala suburbana de cinema, numa tarde de domingo, eu, ao lado da minha avó Carmen, assistindo, ambas, encantadas.

Era o início dos anos 60, eu tinha uns dez de idade, em mim, a esperança feliz e  o coração aos pulos, diante da magia daquela atriz mirim que tanto me marcou.

Cresci, amadureci, começo a envelhecer. Ela e eu temos aproximadamente a mesma idade. Acompanhei de longe sua carreira e sua vida. Sei que se casou com Antonio Gades, o grande bailarino, que foram ativistas de esquerda e tiveram três filhas.

Emocionei-me, quando a vi cantando em Carmen, o filme de Saura,  num pequeno papel,  já  mulher feita e bem séria, e  pelas notícias, vejo que  vive  para as filhas e já  é avó.

Não sei se abandonou totalmente os ofícios de cantar e atuar, mas me faz  bem buscar suas imagens  na internet e rever  momentos de seu brilho.

Pepa, a Marisol da minha infância, segue sendo  um ícone prazeroso em meus guardados de  memória sensível, gosto dela, gosto de saber que tanto encantou a tanta gente e que há  no seu caminhar  uma doce  presença que ficou em todos nós que  somos da sua geração.

                         Cida Torneros
   

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