Maracanã

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domingo, 10 de maio de 2009

Mamãe Cidinha...










Quando uma mulher se torna mãe, como eu, aos 28 anos, acontece mesmo uma rebordoza na vida da gente. A chegada do meu filho me trouxe uma nova forma de olhar a vida e me fez mais humilde diante do mundo. Tudo que eu achava que já sabia, de repente vi, que ia mesmo era aprender com aquele menininho ali, nos meus braços, tão indefeso a me passar força para lutar.
Hoje é Dia das Mães, no Brasil, meu bebê já tem 31 anos, mas meu coração, todos os dias, pula de contentamento, por ver o quanto esse guri crescido me faz feliz.
Como ele não mora comigo, a casa está infestada de fotos dele, por todos os cômodos, e o vejo, a todo instante, a cada olhada que dou nos muitos momentos registrados e guardados, tanto na memória quanto nas imagens.
A lembrança que me veio hoje cedo é do seu primeiro dia na escolinha do Maternal, aos dois anos e meio. Quando o deixei lá, com meu coração apertadinho, ele chorando, e o portão se fechou, meu tesourinho infantil foi entregue aos cuidados das "tias" e eu fui trabalhar. Voltei para buscá-lo, na hora combinada, e elas me disseram que o meu queridinho tinha chorado muito e que ao ser perguntado sobre o que queria fazer, para se distrair, brincar talvez com os coleguinhas, só ouviram repetidas vezes, da vozinha lamentosa,a seguinte frase: - Eu quero minha mãe Cidinha!
A vida seguiu, ele acabou não ficando naquele ano na escolinha, frequentou só por 3 ou 4 dias e não se adaptou. Preferi esperar mais um ano para matriculá-lo noutra, até porque ele tinha a vó Norma, minha mãe, para cuidá-lo enquanto a mãe Cidinha corria ao trabalho, viajava a serviço e lhe reservava as férias para, juntos, sairem por aí, e ela ter a chance de lhe mostrar um pouco do mundo. Na verdade, ele é que me apresentou um novo mundo ampliando minha capacidade de amar.
Eu sou a mãe Cidinha mais feliz do mundo, viu, meu Leozinho?

beijo

mamãe

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