Maracanã

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terça-feira, 30 de setembro de 2008

A Star is Born ( Nasce uma estrela) por Carla Marinho

Tenho na minha coleção particular a versão de 1937, maravilhosa. O filme é realmente um cult, que não podemos perder, por isso, reproduzo aqui o texto de Carla Marinho, que descreve este clássico do cinema hollywoodiano.
Aparecida Torneros




Cinema é paixão


A Star is Born - Nasce uma estrela





CARLA MARINHO é formada em letras, poetisa e amante do cinema clássico

Raramente emociono-me com filmes. Mais raro ainda é emocionar-me lembrando de um ao ver outro. Assisti recentemente “A Star is Born” com direção de William A. Wellman, versão de 1937. O filme retrata a ascensão de Esther Blodgett/Vicki Ester ao estrelato, graças a ajuda de um astro em decadência, Norman Maine.
A Star is Born, traz uma Esther jovem, sonhando com o estrelato, até que, incentivada por sua avó, segue em direção a Hollywood, passando por dificuldades, vendo portas se fechando e o dinheiro acabar-se como acontece com tantos que tentam e voltam apenas com a frustração na mala. Na pensão onde se hospeda, conhece um jovem aspirante a diretor, e tornam-se amigos. Ele consegue para ela uma vaga de garçonete numa festa hollywoodiana. Vendo aí uma possibilidade de conhecer pessoas influentes, ela segue até lá, interpretando e se mostrando para os diretores enquanto serve canapés. Até que conhece Norman Maine, que fica encantado com a "garçonete" que quer ser atriz. Ele se apaixona por ela e resolve ajuda-la, apresentando-a ao chefe dos estúdios, que lhe concede um teste. Esther passa no teste e estrela um filme ao lado de Norman. O filme de ambos faz estrondoso sucesso, mas a carreira dele vai escada abaixo: a bebida começou a afetar sua interpretação. Apesar disso, os dois se casam.
Vicki torna-se uma estrela, e Maine cai no esquecimento, afogando-se cada vez mais na bebida. Ela ganha um Oscar, ele interna-se para se tratar, mas ao sair da Clínica é abordado num bar, e ao ser maltratado por um "velho amigo", volta à bebida mais uma vez. Ao ver que estava prejudicando a carreira da esposa, toma uma decisão difícil, mas que a fará livrar-se dele e voltar-se totalmente para o estrelato.
Nesta versão temos Janet Gaynor e Fredric March nos papéis principais. O filme concorreu a 8 Oscars neste ano, ganhando somente o de Melhor história original, apesar de terem seus astros principais concorrido ao de melhor atriz e ator. Mas para mim foi impossível ver e não me lembrar de sua segunda versão, a que trouxe Judy Garland de volta às telas em 1954. Comparar cenas, relembrar-me de outras, e verificar que enquanto temos uma boa interpretação de Janet Gaynor, mais comedida e técnica, temos em Judy uma entrega total que nos faz esquecer completamente a anterior.
Algo da história foi mudado, o que é natural, pois foram-se quase 20 anos de uma versão para outra, acrescentadas as músicas (no papel destinado a Judy há músicas belíssimas como "The man that got away",que toca quando Maine a encontra no bar, com seus amigos). Emocionaram-me certas cenas, sobretudo àquela em que Maine, já no final do filme, escuta deitado Esther dizer que vai abandonar sua carreira por amor ao marido. Vendo Janet em cena, mais uma vez lembrei da interpretação de Judy para a mesma cena: comovendo-nos, com sua decisão de defender seu amor deixando de lado o seu sonho de sucesso, com lágrimas nos olhos, convencendo-nos que é esta a única opção para a sobrevivência de ambos. E quando vi Maine dirigindo-se para o mar, já tomado da decisão, lembrei-me da ausência da voz usada na cena da segunda versão, cantando para ambos, um canto de dor para o homem, de esperança para a mulher. De emoção para todos nós que sabíamos tragicamente o que viria a seguir.
Não gosto muito de comparações, e evito fazêlas, tratam-se ambas de ótimas versões. As duas histórias são bem desenvolvidas, roteiro de ponta, ótimos diálogos, talvez uma versão estendida demais (porém necessária) em 1954, duas atrizes estupendas e companheiros de cena à altura... mas mesmo assim peco. É quando a memória liga-me uma a outra positivamente, como um complemento. Como se talvez achasse que, se houvesse pelo menos a voz de Judy Garland na primeira versão, pudesse então acha-la imbatível.


domingo, 28 de setembro de 2008

Denise Gui agitando o lançamento em Niterói


A jornalista Denise Guimarães agitou o lançamento do livro A Mulher Necessária em Niterói, que acontece no dia primeiro de outubro, quarta-feira, a partir das 19 horas, no Matita Café, em Santa Rosa.

Poema para Denise Gui








Poema para Denise Gui
(Setembro/2007)
Ela é assim mesmo
surpreendente, eficiente e rápida...
na cozinha, fera, no coração, sincera...
Aprendi a tê-la como amiga
mais do que isso, me fiz da família,
seu jeito de criatura ávida,
guerreira da sobrevivência, boa filha,
irmã de coração imenso, me instiga...
Ela é assim mesmo
envolvente, de olhar profundo e forte,
tem um quê que a torna especial e única,
aglutina pessoas no coração e na profissão,
enfrenta barras, casamentos, cirurgia, trabalho...
Ela é assim mesmo
aliciadora de maiores sentidos, protetora...
Aprendi a tê-la como escudo e espelho,
senti desde cedo o bater de um lindo coração
que ressoou no meu, tão amigo, ato falho,
pensei que o futuro era isso mesmo, união...
E entre nós duas, mais do que amor, amizade e respeito,
tem uma integração de bem maior, bem além das pequenices...
Talvez até ainda tenhamos nossas necessárias criancices...
mas, o melhor de tudo é que somos mulheres inteiras,
sabemos ir e onde ir com o coração destemido, corajosas,
ela é mesmo assim e como eu, seguimos airosas, faceiras,
pra rimar e pra sofisticar o português, língua que comentamos,
porque o jornalismo nos une, a amizade nos fortalece,
e Ele, o nosso Pai maior, é que no presenteia
e oferece tantos momentos felizes
que temos tido, nos tantos anos...
Aparecida Torneros

Ela é carioca.. ( eu também!!!)

http://blognoblat.com.br/musicadodia/Julho08/audio08.wma


Composição: Vinicius de Moraes / Antonio Carlos Jobim

Ela é carioca, ela é carioca
Basta o jeitinho dela andar
Nem ninguém tem carinho assim para dar
Eu vejo na cor dos seus olhos
As noites do Rio ao luar
Vejo a mesma luz, vejo o mesmo céu
Vejo o mesmo mar
Ela é meu amor, só me vê a mim
A mim que vivi para encontrar
Na luz do seu olhar
A paz que sonhei
Só sei que sou louco por ela
E pra mim ela é linda demais
E além do mais
Ela é carioca, ela é carioca

Zíngara




Zingara

Na minha mão,
lê o meu destino
vê quanto desatino
em viver no desalinho
do desapego do teu coração...

Na minha eternidade
olha a perpetuação do sonho
submundo do amor risonho
idealizado desde a mocidade....

Na minha linha da vida
descobre o intervalo propício
plenitude, felicidade merecida,
momentos de encontro e doação,
sinal de bom casamento, a princípio...

Na minha linha do amor, um vício,
põe olhos fortes, contemplação,
vê se ali tu estás ainda, ciganinha,
magia, reflete como espelho brilhante
na minha palma, o desejo incessante...

Tua face sai da minha energia, precipício,
onde jogas a alma no vazio da dúvida,
e no futuro insólito, visão quiromântica,
transparece teu nome, por fim, fulgurante,
entre os dedos, entre nós, o nosso início...

Teus olhos buscam a a aventura romântica
que nos unirá um dia, porque está escrito,
consegues ler na minha pele e te reconheces...

Mas, se nada disso podes ver, nada me reveles,
deixa-me viver na esperança vã, crendo no mito,
mente, engana, enfeitiça, ilude a este ser aflito,
nem deixes que eu perceba a tua falsa predição,
ainda que nunca tenhas tua alma presa à minha,
a esperança do teu amor já terá valido à pena...

Aparecida Torneros

Tereza e Diana, 10 anos sem elas na Terra ( em 2007)




09 de Setembro de 2007


Uma coincidência me intrigou, precisamente há 10 anos, quando perdemos quasesimultaneamente, duas mulheres que a mídia nos trazia diariamente, sob olharesmúltiplos, e, elas, antes de partirem, tinham estado juntas, como um prenúnciomisterioso do futuro encontro nos céus dos sonhos que cultivaram enquantoviveram no planeta Terra. Houve tempo para que ajudassem e muito aos sofredores do mundo. Madre Tereza nos deixou em 5 de Setembro de 1997 e a Princesa Diana partiradias antes, em 31 de Agosto. Recorro a um texto de autoria do estudioso espírita Divaldo Franco pararememorar o encontro das duas, nesta e noutra vida, se for o caso. Ele nosconta: "Certo dia, a princesa Diana, vai procurar madre Teresa de Calcutá,abrindo-lhe o coração. Falou-lhe de suas angústias, do vazio que sentia em seuíntimo, muito embora, a sua, fosse uma vida de glamour. E confessou-lhe odesejo de fazer parte de sua ordem religiosa. A madre comoveu-se ante o relato, cheio de ternura e confiança, e viu muitadoçura e bondade na alma daquela mulher simples, porém muito rica e famosa. E com grande carinho, buscou orientar-lhe, disse-lhe que ela era uma princesa e,como tal, não poderia pertencer à sua ordem religiosa, de extrema pobreza.Então, a madre lhe disse: - Diana, você pode doar esse amor as crianças indefesas. Na sua posição, vocêpode auxiliar multas delas, que sofrem... a caridade pode ser exercida, emqualquer lugar onde nos encontremos...

A princesa voltou para o seu palácio e daí, em diante, dedicou-se a visitarcrianças vítimas da aids, essa enfermidade tão cruel, e auxiliou, com enormecarinho, crianças mutiladas pelas minas das guerras... desde então, encontrou aalegria de ser útil, o prazer de servir. Md. Teresa tudo acompanhava pelos informes da tv, da imprensa. E entreaquelas duas mulheres, elos de amor passaram a existir. O tempo correu. Alguns meses depois, a princesa, amiga dos sofredores, a rosada Inglaterra, como era conhecida mundialmente, veio a desencarnar num acidenteque chocou a todos. A madre, muito abalada, ao saber do fato, apressou-se a tomar providências e acancelar compromissos, a fim de comparecer ao funeral, dias depois: Algo, porém,alterou-lhe os planos. Sua saúde, muito instável, levou-a à cama. Alguns diasse passaram, e madre Teresa veio também a falecer." Diana e Teresa cumpriram, ambas, missões aparentemente díspares, no mundo doshomens,mas, se é que se pode definir assim, legaram exemplos de superação dassuas vidas pessoais, dedicando-se a causas dos que precisavam de abraços,carinho, aconchego, compreensão, olhar de afeto, mãos amigas. Agora, que relembramos os dez anos passados sem as duas, por aqui, na verdade,as temos presentes, e me pergunto ainda, qual terá sido o momento mais preciosoda troca das suas energias, dentro ou fora dos seus corpos, quando se viramdiante de um misterioso destino que as uniu em amor ao próximo, em vivênciasidentificadas com a pobreza e a injustiça, ou, que, num gesto de desprendimentoespiritual, ultrapassaram distâncias aparentes para lembrar aos seres humanosque não importa quem sejamos, mas sim o que podemos fazer diante da injustiça eda dor que acomete a humanidade em seres palácianos em moradores de rua. Teresa e Diana, duas mulheres do nosso tempo, e duas almas que, em algummomento se completaram no mistério da doação para nos trazer tanta reflexão , mesmo dez depois que se foram. aparecida torneros

Madre Tereza de Calcutá: Nunca te detenhas




Nunca te detenhas


(Madre Tereza de Calcutá)

Tem sempre presente, que a pele se enruga,que o cabelo se torna branco,que os dias se convertem em anos,mas o mais importante não muda !
Tua força interior e tuas convicções não têm idade.

Teu espírito é o espanador de qualquer teia de aranha.
Atrás de cada linha de chegada, há uma de partida.

Atrás de cada trunfo, há outro desafio.
Enquanto estiveres vivo, sente-te vivo.

Se sentes saudades do que fazias, torna a fazê-lo.
Não vivas de fotografias amareladas.

Continua, apesar de alguns esperarem que abandones.
Não deixes que se enferruje o ferro que há em você.

Faz com que em lugar de pena, te respeitem.
Quando pelos anos não consigas correr, trota.

Quando não possas trotar, caminha.

Quando não possas caminhar, usa bengala.
Mas nunca te detenhas!

sábado, 27 de setembro de 2008

Grande e já saudoso Paul Newman!!!

http://br.youtube.com/watch?v=H39CxyNfNOM&eurl=http://oglobo.globo.com/pais/noblat/

Perdemos o ator Paul Newman, o marido fiel!

Paul e Joanne ( foto de 1958)


Reuters
LOS ANGELES (Reuters) - O lendário astro de cinema e humanista Paul Newman, cujos brilhantes olhos azuis, beleza e talento fizeram dele um dos principais atores de Hollywood em seis décadas, morreu, disse seu porta-voz neste sábado. Ele tinha 83 anos e estava lutando contra o câncer.
Em seguida, alguns fatos sobre Newman:
* Newman foi indicado ao Oscar pela atuação nos filmes "Gata em Teto de Zinco Quente", "Desafio à corrupção", "O Indomado", "Rebeldia Indomável", "Ausência de Malícia", "O Veredito", "O Indomável-Assim é Minha Vida" e "Estrada para Perdição", e também pelo filme "Rachel, Rachel", em que dirigiu sua esposa Joanne Woodward. Ele ganhou o Oscar de melhor ator em 1986 pela atuação em "A Cor do Dinheiro".
* Ele criou a linha de produtos alimentícios Newman's Own em 1982, começando com tempero para saladas e, em seguida, acrescentando outros itens como pipoca, condimentos, molho de macarrão, suco de limão, cereal e molho para carne. Os produtos geraram mais de 200 milhões de dólares em doações para caridade. Newman também fundou acampamentos para crianças com doenças graves e uma fundação de combate ao uso de drogas.
* Casado desde 1958 com uma ganhadora do Oscar, a atriz Joanne Woodward, Newman teve um dos raros casamentos duradouros de Hollywood. Questionado sobre o segredo, Newman disse que não tinha razão para buscar mais nada: "Eu tenho bife em casa. Por que deveria sair por aí procurando hamburguer?"
* Newman era conhecido pelas brincadeiras. Há relatos de que ele serrou a cadeira do diretor George Roy Hill pela metade e de que colocou 300 pintinhos no trailer do diretor Robert Altman.
(Texto de Bill Trott)

Leila Pinheiro: Catavento e Girassol




O colo, o ombro, a voz e o horizonte de Leila Pinheiro

Ao vivo, eu a vi e ouvi, num domingo memorável, bem no alto da montanha, na Boa Vista, tendo a vista da floresta da Tijuca a me circundar, enquanto a voz de anjinho paraense, repetia canções velhas conhecidas da minha idade gostosa como as mangas maduras da terra dela.
O Rio, naquele almoço com música, no Museu do Açude, estava mais iluminado do que nunca antes, quando a pequenina e doce cantadeira desfilou rosário de intimidades entre nós, público carente de amizades sólidas, pessoas fugidias da violência e do tédio, a buscar a paz do reencontro com a natureza, com a beleza, com a grandeza da mensagem mais pura e dadivosa.
Ali, me revi como mulher do mesmo tempo que o dela, a Leila Pinheiro, criaturinha pródiga de sentimentalidades várias, de quem eu fui comprar, no dia seguinte, os cds playes de canções mais antigas, trocando considerações com meu dileto irmão, seu fã há décadas, sobre o "Catavento e o girassol , um dos seus clássicos.
Não bastasse essa emoção revivida, não é que ela me surpreende nos últimos dias, com a gravação de um delicioso apanhado aconchegante intitulado "nos horizontes do mundo".
Primeiro, assisti o especial com Chico Pinheiro, que a entrevistou no seu estúdio carioca, cheia de charme, ao piano, com fundo de girassóis e clima de artista no seu local de trabalho, com direito a confidências que desnudaram até a "Renata Maria", música do Chico Buarque, especial pra ela, cujo tema se confunde com o imaginário do beijo do "muso" compositor numa linda mulher misteriosa na praia do Leblon. Fica a pergunta, ninguém tem certeza, mas se a tal senhora osculada pelo Chico for realmente a musa inspiradora, o que importa é que a sutileza dos seus versos delineados por uma Leila, nos conduz, ou melhor, nos desliza a imaginação: " tão fulgurante visão não se produz duas vezes num mesmo lugar, mas que danado fui eu enquanto Renata Maria saía do mar".
Ô Leilinha, com jeito especial de cantar a vida, tinha que me fazer buscar imediatamente, mais uma vez, pelo seu produto de fino gosto, nas lojas, e adquirir meu pequeno tesouro, com pressa de ouvir, na solidão solene dos rituais de alma leve? Pois foi assim mesmo. Está sendo, há alguns dias, chego em casa e ligo o som. Não precisa dizer que viajo? E flutuo, no seu horizonte.
Para surpresa do meu colo vazio, recebo o conforto dos abraços enviados a esmo, por tantos e tantas, que cruzam minha vida, enquanto a voz da cantora experiente, me embala. Minha alma busca o sonhado ombro aconchegante da harmonia humana, essa utopia possível, que eu reecontro na voz da Leila.
Aparecida Torneros, sexta chuvosa, Rio de Janeiro, agosto, 2005, ouvindo a Leila

Dia primeiro de outubro, quarta-feira, em Niterói!!!


Vai ser dia primeiro de outubro, no Café Matita, em Santa Rosa, Niterói.

O livro "A mulher necessária " vai atravessar a Baía de Guanabara e ser lançado na cidade de melhor qualidade de vida que a gente conhece.
A Ghirlayne, jornalista e dona do pedaço, vai nos receber com o maior carinho.
O endereço é rua Santa Rosa 184, lj A.
A partir das 19 horas, com direito a autógrafos e pequena palestra sobre o livro, além de desconto garantido. Os salgadinhos, a escritora está oferecendo, ok?
Vocês merecem! Até lá, pois amo Niterói, terra onde cursei jornalismo, na UFF.
Aparecida Torneros

A lista, música do Oswaldo Montenegro

http://www.youtube.com/watch?v=aV99ypbCidw

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Maria Aparecida Torneros, a autora de "A Mulher Necessária"


Sou carioca, descendente de espanhóis, portugueses e índios.
Vivo na terra de Noel Rosa, adoro o Rio de Janeiro, boto fé no seu povo, no seu senso de humor, apesar dos pesares.
Lugar pra caminhar, escolho a pista Cláudio Coutinho, na Urca.
Se for pra rezar, gosto da Capelinha N.Sra. da Conceição, em Ramos.
Quando quero devorar um prato vou no Lamas, no Flamengo, e me entupo do seu tradicional filé com fritas, sem culpas...
Pôr do Sol, o do posto Seis, em Copa, no alto da pedra, no Forte de Copacabana, olhando o oceano Atlântico e imaginando no outro lado, a costa africana.
Se for para ouvir samba, é só dar uma chegadinha na Lapa, num show da minha amiga Tania Malheiros, por exemplo.
Quando a poesia musical afeta os neurônios, é hora de me reunir à família e assistir ao show do Oswaldo Montenegro, pedindo pra ele cantar "A Lista", evidentemente.
Uma ida ao cine Odeon, numa segunda-feira, meio escondida do mundo, é tudo de bom.
No Paço Imperial, além do chá com as tortas do Bistrô, não dá pra resistir e deixar de comprar um filminho em dvd, da Audrey Hepburn, na Arlequim.
Quando a saudade do meu pai aperta, vou na terça-feira, no convento de Santo Antonio, no Largo da Carioca, lugar onde muitas vezes assistimos, juntos, à missa.
Se tem cinema para o professor, nada como aproveitar a tarde de sábado, e curtir com a Reja e a Zazá, uma corteSia no Rio Design.
O sorriso do filho amado é alento interior permanente.
Família reunida é alegria na certa. Viagem a Salvador é presente dos deuses, e o Bonfim ( e a LU) sempre tá me esperando, com festa.
Quando o trabalho me leva para o interior do Estado do Rio, penso como esses lugares são tão lindos e ricos, com tanto sol, tanto mar e tanta serra.
Em Sampa, o Horácio me hospeda no Braston, há mais de 20 anos. E nada mais delicioso como a pizza do Mancini.
Uma ligação de Nova York, no meio da madrugada, é o carinho do Vittorio, que sabe me fazer feliz e sonhar com a Itália, para onde iremos viajar qualquer dia desses.
O maior tesouro que busco juntar é colecionar bons amigos e amigas, respeitosos, sinceros, presentes e solidários.
Não posso esquecer do meu gato Fetiche. Afinal, ele me escuta melhor até que o Arruda, que é meu maravilhoso analista.
Ah, falar do livro, bem...eu juntei uma porção de artigos e crônicas e ousei publicar.
Alguma coisa me diz que o pessoal está gostando de ler e eu, de saber disso.
Que bom, adoro escrever e sou uma escritora compulsiva. Humildemente, confesso.
Daí que recomendo a leitura vagarosa, em pequenas doses. Devagar , devagarinho, como canta meu vizinho, o Martinho, sim, o da Vila, claro!
Cida Torneros

Lançamento do livro "A Mulher Necessária" em Niterói


Marta Suplicy em dois tempos





Marta Suplicy em dois tempos ( artigo publicado no livro "A Mulher Necessária")

* Aparecida Torneros


Lembro bem dela, lindinha, jovem, num show matutino dirigido à mulher dos anos passados, que se modernizava e ganhava espaço na televisão, num seriado que se colocava na vanguarda do feminino. Era o tempo da Gabi, no bom dia para a nova mulherada que ia à luta por seus direitos e mudava suas atitudes num frenético ritmo de ultrapassar o tempo perdido.A performance do programa trazia então a mulher que falava de sexo para outras mulheres que falavam de filhos. Mulher que dizia do direito de buscar o prazer que todas as senhoras teriam, apesar de se sentirem transgredindo suas histórias de repressão e pecado. Dali, a terapeuta sexual fez seu trampolim para uma vida política, como toda e qualquer vida de homem ou mulher que se embrenha pelo labirinto da exposição pública, o enfrenta com altos e baixos, passa pelo crivo assustador da aprovação e desaprovação constantes, vira personagem de novela quase real, cujo enredo oscila do sátiro ao grotesco.
Ela, Marta Suplicy, ministra do Turismo, que já foi deputada e prefeita da maior cidade do País, parece ser mesmo desprendida e pioneira, e, como tal, talvez nem tenha sequer medido as conseqüências do seu comentário até certo ponto tão comum no imaginário popular, mas de intensa infelicidade na boca de uma senhora que comanda justamente as nuances da indústria turística nacional.
Estamos nos tempos em que as mulheres falam o que pensam e fazem o que falam. Todas (permitam-me os homens que fale do meu gênero) sabemos o preço que pagamos por expor nossa sede prazerosa de viver com dignidade. Se há um efeito estufa no caminho que nos leva ao exercício da feminilidade plena, também o há, não tenhamos dúvida, no tratamento diferenciado que as palavras assumem em bocas pintadas de batom, ou em lábios que se movimentam sobre nós de pescoços engravatados, de homens que assumem ou escondem vidas conjugais duplas ou prevaricam na corrupção cultural tentando escapar dos “grampos” telefônicos sorrateiros.
A ministra falou sem grampear seu impulso e errou na medida da maquiagem no seu discurso.
Devia ter sido mais afoita, num mundo tão masculino, onde “relaxar e gozar” ainda parece privilégio de quem domina mercados. Ela se equivocou, ao considerar que todo o estresse dos viajantes com seus compromissos em rebuliço pelos atrasos e cancelamento de vôos, fosse passível de ser minimizado freudianamente.
Entretanto, não há como esquecer que ela é pioneira da fala clara sobre os problemas ocultos de grande parte do público feminino, que, no fundo, riu das caras e bocas que os homens fizeram ao ouvir uma mulher se apropriar, talvez indevidamente ainda, da expressão que lhes parecia propriedade absoluta. Depois do seu pedido formal de desculpas, perguntei-me, em surdina, quem terá desculpado primeiro, e quem carregará para o questionamento do inconsciente a eterna dúvida sobre o direito de soltar-se das tensões e atingir o prazer dos múltiplos desejos cultivados em sonhos e esperanças de felicidade.

( este artigo foi publicado originalmente no jornal A Tarde, da Bahia, em 2007)
* Aparecida Torneros é jornalista e reside no Rio de Janeiro

Anônima


Anônima

assim ela passa

sem nome, um rosto a mais

na multidão, lá vai, com seu passo apressado...

tem olhos que buscam o chão e o céu, passeiam...

seus olhos passeiam sobre as pessoas que a circundam...

ela passa e seus olhos passeiam..ela se vai...se perde...

mistura-se ao mundo, suas cores se diluem, seus pés se apagam,

seus braços se borram de tantos outros braços, sem afagos,circundam...

suas pernas se apressam, seu rosto se contrai em ânsias de ser compreendido...

terá ela um coração partido?será ela um ser de sentido bem vivido?

terá ela a dúvida do ato falho e surpreso?

que grito terá ela na garganta deixado preso?

quantas vezes terá sonhado com a luz do infinito?

ou terá se rendido à desilusão de descrer de tanto mito?

lá vai ela, passa, passeia, na passarela da avenida em trânsito

ela me faz emergir em transe, cada vez que sua testa franze,

seu semblante me indica preocupação, tensão, correria, difuso âmbito,

ela está nas ruas como está nos bares, nas noites, como nos dias,

ela é parte integrante da desintegração da espécie, é criatura passante,

é ávida de maratona, é pululante, pulsante, equilibra-se nos saltos, arfante...

assim, ela me perpassa os olhos, me deixa lembrança, ainda que expressa,

como o café com pressa, qualquer segundo cometa que me ultrapassa, lépido,

sou como seu espelho retrovisor, mal ela se vai, sua imagem some, em mim,

quase nada ficou, talvez um rastro de luz, talvez a saudade dela, o épico,

da sua passagem, trago assim, o lamento bobo de não saber seu nome, intrépido,

me disponho a nomeá-la , apelidá-la, chamá-la como se convida com um psiu,

pois ela já está distante agora, além de mim, quem mais será que a viu?


poesia de Aparecida Torneros

John Lennon ( lembrando Yoko)

http://www.youtube.com/watch?v=PaLfDnShEn0&feature=related

Erasmo Carlos: Mulher ( lembrando Narinha)

http://www.youtube.com/watch?v=eN8JisKBLzw&feature=related

Mulheres, o Sexo Forte, cinema, estréia...que promete bombar!







Marido rico, casa enorme, tempo para se cuidar, eventos badalados para freqüentar e uma jovem e saudável filha para criar. Aos olhos de um desavisado, a vida de Mary Haines (Meg Ryan) parece perfeita.

A relação com a melhor amiga, a editora de uma badalada revista de moda Sylvia (Annette Bening), porém, parece um pouco distante desde que Mary começou a ter problemas no casamento. A fofoca que tem atormentado a vida de Mary é que seu marido, Steven, engatou um caso com uma bela vendedora de perfumes. Primeiro ela tenta ignorar o fato, mas suas outras amigas, incluindo a mãe de quatro filhos Edie e a lésbica Alex, já sentiram o cheiro da traição no ar.

Agora, ela precisa decidir quais serão seus próximos passos, mas contará com a ajuda das fiéis escudeiras e ainda descobrirá o quanto tem sido ausente com sua filha Molly.

Mulheres, o Sexo Forte é uma refilmagem do clássico As Mulheres, de 1939, e, em termos de produções atuais, difícil não relacionar a trama com as aventuras das amigas inseparáveis de Sex and The City.

Assim como o longa original, a nova versão tem um elenco formado apenas por mulheres.

Freud implica ( com as mulheres)


Freud implica ( com as mulheres)


( baseada em texto de Ana Cristina Reis)


E como implica!!! Esse homenzinho muito inteligente e implicante chegou para confundir e não para explicar. Objeto de teses aos milhares, o texto de Freud, que por si só, não esgota o inesgotável questionamento sobre a psique humana, com certeza, tem o mérito inquestionável de provocar reações nos inconscientes incomodados com o mistério da vida e com as diferenças comportamentais entre machos e fêmeas.


Artigo recente da jornalista Ana Cristina Reis pôs mais lenha na fogueira e provocou reações nos seus leitores do jornal O Globo, quando ela recebeu uma avalancha de emails masculinos em sua maioria “instando a falar sobre as neuras femininas”. A articulista aceitou o desafio e respondeu com as considerações a seguir, suas, evidentemente, mas muito interessantes, para se repensar nossa cultura quanto ao que o pai da psicanálise falou sobre as mulheres. Ela escreveu: “E desta vez, sem muita ajuda de Freud – seja porque ele pensou pouco nas mulheres, seja porque não entendi o que ele escreveu sobre elas. Portanto, o que se segue são considerações advindas da observação:


1) Mulheres que só têm prazer se relacionando com homens imprudentes, galinhas e de caráter duvidoso. Sofrem do complexo “ligações perigosas”. Depois de muito padecer, tentam achar um sujeito legal. Geralmente não conseguem. Então dizem que o mercado só tem homem casado ou gay. Dependendo de onde procuram, o quadro é esse mesmo.


2) Não só alguns homens só gostam de se relacionar com mulheres mais novas. Há mulheres que procuram homens mais velhos e não é golpe do baú. Elas buscam o homem/pai. Seja porque o pai foi omisso, seja porque foi presente demais.


3) Algumas das mulheres que não viveram bem a relação com o pai enfrentam dificuldades no sexo. Não gozam. No máximo acham que têm orgasmo, mas é algo clitoriano, rápido, pouco eficaz. Não confiam nos homens, não se soltam.


4) Algumas amam demais. Viram mães dos maridos, se anulam, fazem tudo para agradar. E o que conseguem? Desprezo e pena a médio prazo. Solidão a longo prazo.


5) Algumas amam de menos. Por medo de amar demais.” Dá para sentir o quanto o tema sexualidade feminina encerra de espaços vazios a serem observados, como fez a jornalista em cinco resumidas conclusões que ela mesmo ressalta que poderiam ser dez ou mais.


Há uma infinita possibilidade de considerações possíveis a serem tecidas a partir da vivência de cada mulher no universo inteiro. Cada uma, em que pese sua cultura, seu contexto social e econômico, sua formação religiosa, sua história pessoal, seguramente terá muito mais que dez observações sintéticas a relatar sobre os sentimentos que a impulsionam a amar e viver. Em sua maioria, no mundo todo, nem sequer terão lido Freud, e, se tivessem lido, talvez não fizesse a menor diferença para minimizar a inquietação natural resultante pela busca de desvendar seu próprio mundo.


Para cada Eva, jovem ou madura, deve existir um Adão resolvido a levá-la a um paraíso sonhado. Assim diz a lenda bíblica. No mais, é bom repetir o aforisma freudiano: “quase se pode dizer que a mulher inteira é um tabu”. O que significa que o grande psicanalista e pensador não conseguiu mesmo foi desvendar o tabu. Apenas implicou com ele!

Aparecida Torneros

em 08/05/05

As minhas necessárias consultoras de beleza...




Lina e Norma que me transformam em star...rs
A elas dedico crônica antiga...que reproduzo abaixo:
O creme da juventude
A vendedora insistiu. Veio entregar o creme para rejuvenescimento da pele, marca famosa, encomendado pela minha eterna vaidade, para rostos com mais de 45 anos, em pleno fim de tarde de um domingo preguiçoso e extemporâneo.

Descobri que precisava me aprontar e rapidinho. Estava abandonada, caseira e largadona. Vesti depressa uma pantalona estampada e a blusinha amarela.Um par de argolas enormes, o rabo de cavalo, nenhum batom. Cara lavada, desci para pegar e pagar o santo remédio que cura o tempo.

Subi o elevador, com o pote mágico na mão, vitoriosa por fazer parte da legião feminina que se cuida para ser bonita apesar da idade que avança. Larguei o creme da juventude na bancada do banheiro, depois eu uso. Quando tiver saco.

Naquela horinha certa, quando sobreviverem em mim as certezas excusas de que preciso estar linda para agradar os outros. Sub-entende-se nesses outros, os homens , os companheiros, os amigos, os candidatos a namorados, os \"ex\", para quem não se deve deixar cair a peteca nunca, por conta de lamentarem nos ter perdido algum dia.

Mas, francamente, nada fiz nesse domingo que não fosse refestelar-me assistindo filmes, lendo livros e jornais, ouvindo boa música, escrevendo alguns trabalhos, cozinhando o trivial na base do engordiet... E, o ato de receber a tal encomenda, própria para maiores de 45, me inoculou uma ponta de \"deprê\" que preciso expulsar com energia.

Sozinha, se buscar as rugas no espelho, encontro. Sozinha, se procurar lembranças tristes, descubro-as, infelizmente. Sozinha, se questionar as razões do isolamento consentido, será fácil ler as respostas de múltipla escolha.

Agora, que já disponho de uma nova arma para encobrir as rugas, preciso ainda sepultar amargas recordações, abrir uma janela na torre onde me encastelo nas noites de domingo e sair por aí.

Quero dançar de novo o \"paso double\", justo aquele compasso a dois, que, em algum lugar do meu coração deva estar ensaiando atribular-se com os quesitos da soma de sentimentos humanos, menos egoístas e mais compartilhados. Talvez eu acabe com esse arremedo depressivo, no instante em que tiver o gesto nobre de aceitar o amor, de novo, no meu coração. Deixar que ele entre e me absolva.

Considerar que nada vale uma pele bem cuidada num rosto que esconde a fuga das paixões profundas. A pele por mais linda que seja, é superfície. Vou ligar de novo para a simpática representante comercial dos comésticos. Preciso perguntar pelo produto revolucionário: - Vocês têm algo especial para amaciar as entranhas, limpar as impurezas da alma e apagar as marcas de quebradeira do coração, que fomos adquirindo, e teimam em aparecer tão fortes, principalmente nas noites de domingo?

Aparecida Torneros
RJ, domingo, 20 hs, novembro, 2005

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

A Mulher Necessária: lançamento em Niterói
















Texto de um email enviado pelo saudoso jornalista Artur da Távola:
"Cida:
Seu texto é suave, verdadeiro, vai no essencial e a sensibilidade explode em anjos benfazejos.
Grato por enviá-lo.
Trouxe-me reflexões, agradecimento, e alegria interior.
Ademais, seres como duendes, napéias, fadas, misteriosamente me despertam curiosidade e sutilezas provenientes do Mistério. Eles existem, sabia? Inclusive uma bruxinha de meio metro que esconde as coisas em nossas mesas de trabalho, gavetas etc
Fraternalmente
Artur da Távola "

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Bilhete de amor e as aves migratórias...per amore


http://www.youtube.com/watch?v=ndXN1pJ8VJQ&feature=related


como poderia esquecer vc?impossivel. VC é muito especialbeijos carinhososestou doido para estar um pouco com vce te amar intensamente




de muito longe, chega-me um bilhete de amor
fez-me lembrar das aves migratórias
a saudade dos lugares distantes e histórias
onde o amor se faz presente, na saudade...
meu amor me manda beijos e carinho,
tenho dele os sabores, tantas memórias,
de mim, ele guarda a loucura do amor intenso,
como as aves que buscam no universo imenso
novo aconchego e cada novo ninho,
seu bilhete de amor me resplandece,
pois se ele diz que não me esquece,
quem sou eu para deixá-lo distante?
busco voar em sua direção e vou encontrá-lo
dia desses, pousarei no seu peito arfante,
com beijos e abraços, sorrisos, vou amá-lo..
voaremos juntos pelo céu do nosso encontro,
seu bilhete de amor está a me transformar
em ave voadora, sou aquela que começa a migrar
em direção ao ninho que ele me prepara
em algum lugar desse mundo, com tanto carinho,
e meu coração, finalmente, no dele, se ampara...

Aparecida Torneros

Agradecimento especial à equipe Arlequim!




Eles me cobriram de atenção e carinho. Nota 10 para a equipe Arlequim!

Viva a Primavera no Hemisfério Sul!!!


Em Niterói, almoço em prol do Remanso Fraterno, obra do espírita Raul Teixeira











Lena atravessou comigo de barca e fomos até Charitas, para almoçarmos em São Francisco, onde, no dia 2 de setembro, aconteceur um almoço em benefício do Remanso Fraterno, obra social dirigida pelo espírita Raul Teixeira.
Eu o saudei e ofereci meu livro. Lena adorou comer comida japonesa pela primeira vez e viajar de barca também pela primeira vez.
As palavras do grande palestrante e mestre foram de aconchego e era o dia do meu aniversário. Quando voltamos, fui para a Arlequim, no Paço Imperial, lançar o livro no Rio de Janeiro...
Mas, fiquei sonhando em fazer isso em Niterói, logo...e agora, no dia primeiro de outubro, convido a todos e todas, para uma ida ao Café Matita, em Santa Rosa, a partir das 19 horas, estarei lá, abraçando cada um, com carinho e amizade.
Aparecida Torneros



Afinal, Helô me deu o caleidoscópio que ela fez...


Helô esteve no Rio e me deu o prometido caleidoscópio esta semana...é lindooooooooooo

nem pensem invejar...rs

Aparecida Torneros




Caleidoscópio


Um sonho de segundos, e o colorido vai passando como num mundo mágico, aos nossos olhos, formando figurinhas brilhantes, flores e cabalas, à medida que os pedacinhos de vidro se movem diante da luz, em espectro sonhador. Helô, a eterna hyppie, me mostrava suas criações, naquelas tardes de Búzios, na casa da Cris, quando eu precisava ver mesmo as cores da vida renovada. Saudade de pintar o mundo com a ilusão de um bom caleidoscópio. Ilusão de ótica, olhar de criança encantada, lá iam meus pensamentos enveredando pela alegria que pode ser tão intensa quando se valoriza um ângulo profundamente especial.
É assim que busco ver os momentos todos. Tão efêmeros na sua beleza abundante, enquanto o milagre da vida acontece para que valorizemos os encontros com os sonhos, mesmo acordados para uma realidade que pode ser dura à nossa volta.
No grande caleidoscópio do universo, os elementos vão mudando de lugar, matematicamente ordenados em crescimento eterno. O bing-bang da explosão originária de que tanto falam os cientistas, nos trouxe essa misteriosa luz para nos fazer criaturas extasiadas com o inexplicável, o espaço que continua a se expandir, os mundos que ainda nos são tão desconhecidos, os planos acima e abaixo que devem ser as tais morados da casa do Pai, como um dia se referiu o Mestre Jesus, numa de suas parábolas tão divulgadas pela fé enquanto nossas figurinhas se enroscam em torno de nossos ínfimos umbigos, a nos ligar ao tempo e ao espaço.
Helô, que um dia encontrei em Buenos Aires, é aquela pessoinha de vida migrante, a mesma que conta histórias da Amazônia, do Morro de São Paulo, que confecciona luminárias e micro-oratórios, como o que tenho aqui comigo, do tamanho de uma caixa de fósforo, com um São José segurando o menino Deus, no colo da fantasia, envolto em pedrinhas brilhantes, colocadas meticulosamente pelas mãos da artista, aquela que sabe presentear com delicadeza dos seus dedos cada vez que cria seu mundinho particular e o divide conosco.
Pois é, como a Helô é a única criatura que conheço que ainda produz caleidoscópios, encantando crianças e adultos, ela me provoca vontades infantis de sair correndo pelos campos, cheirar flores e observar passarinhos, admirar borboletas, deixar que o gosto da chuva me ensope a língua, me encha a boca, no descompromisso quase impossível de viver a liberdade de ser.
Saúdo a saudade dela, nem sei onde está agora, talvez na Atafona do norte do Estado do Rio, talvez na casa da filha que vive na Argentina, quem sabe, novamente, produzindo artesanato pelos lados de Búzios, ou ainda, em alguma seresta de fim de tarde, na casa de amigos cantadores.
Helô me deve um caleidoscópio e vou cobrar, aliás, estou cobrando, pois, em certos minutos do meu universo pequeno e rico de perguntas sem resposta, preciso mesmo é de fixar meus olhinhos num artefato tão múltiplo de imaginação e viajar nas imagens lindas que o acaso vai formando, unindo formas, misturando cores, trocando rapidamente o lugar da geometria engenhosa de algum Deus especialista na criação de pequenas verdades, mentirinhas necessárias e brilhos com sabor de eterna infância.

Aparecida Torneros

Artigo meu sobre o pres. Lula publicado no Observatório, em 23 de setembro


leiam e comentem, please!



Notícia publicada no site Bahia de Fato e letra de música, Erasmo Carlos

Mulher
Erasmo Carlos
Composição: Erasmocarlos - Narinha
Dizem que a mulherÉ o sexo frágilMas que mentiraAbsurda!Eu que faço parteDa rotina de uma delasSei que a forçaEstá com elas...Vejam como é forteA que eu conheçoSua sapiênciaNão tem preçoSatisfaz meu egoSe fingindo submissaMas no fundoMe enfeitiça...Quando eu chego em casaÀ noitinhaQuero uma mulher só minhaMas prá quem deu luzNão tem mais jeitoPorque um filhoQuer seu peito...O outro já reclamaA sua mãoE o outro quer o amorQue ela tiverQuatro homensDependentes e carentesDa força da mulher...Mulher! Mulher!Do barroDe que você foi geradaMe veio inspiraçãoPrá decantar vocêNessa canção...Mulher! Mulher!Na escolaEm que você foiEnsinadaJamais tirei um 10Sou forteMas não chegoAos seus pés...




O post foi colocado em agosto, mas é de uma atenção tão especial do coleguinha baiano, que eu preciso mesmo agradecer...em novembro, estarei lá, Ó Pai Ó!!! rs


A Mulher Necessária

Será lançado na Bienal do Livro, em São Paulo, nesta quinta-feira, 21 de agosto, o livro de artigos e crônicas, da poetisa e jornalista Maria Aparecida Torneros, intitulado "A mulher necessária". São mais de 100 textos, distribuídos em 250 páginas, que ela escreveu ao longo de 38 anos de profissão e foram publicados em jornais como A Tarde, de Salvador, em sites como Observatório da Imprensa, em revistas e blogs.
O livro conta com três prefácios: um, do publicitário e poeta Theo Drummond, outro do jornalista baiano Vitor Hugo Soares e um terceiro escrito pelo advogado, ex-deputado e ex-ministro José Dirceu.
Aliás, no site do Zé Dirceu tem um excelente depoimento dela sobre os “idos de 68”.
O livro será lançado também, no Rio de Janeiro, em 2 de setembro. Atualmente, Maria Aparecida trabalha na Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio de Janeiro (EMOP).Em Salvador , o lançamento será em novembro.POEMAS DE APARECIDA TORNEROS AQUI

Alê, da Márcia, e Luana, da Magali, enfeitaram a tarde-noite na Arlequim, RJ











Obrigada a essas duas amigas, Márcia e Magali, com seu pessoal, Alê e Luana, dando mais alegria à noite do lançamento do "A mulher nessária". Vou pedir a ele, que é craque no desenho, para criar um cartaz sobre o livro... pedir não ofende...rs
Cida

Mamãe Norma, no lançamento no Rio, alegria, emoção, fortaleza de espírito.. sempre foi a minha Mulher Necessária













Atualmente, com quase 82, ela está claudicante, cansada...
Passou-me a vida toda a fortaleza de espírito e muita bronca carrancuda...
Até hoje, quando me chama a atenção, sinto-me uma menina sendo repreendida, mas perdôo, é seu jeito de ser mulher dura e decidida.
No lançamento, na Arlequim, ela alternou alegria, emoção e choramingo.
Mas, sobretudo, é aquela que enfrentou agruras, foi obstinada e só nos dava um conselho: estudemmmmmmmmmmmmm....rs
Aqui, estamos, mamãe, continuamos a estudar...apesar de ter soprado as velinhas dos 59...sigo seu exemplo e vou em frente...firmeeeeeeeeee....
beijos da filha Cidinha


Denise Guimarães incrementando o lançamento em Niterói




Vai ser dia primeiro de outubro, no Café Matita, em Santa Rosa, Niterói. O livro "A mulher necessária " vai atravessar a Baía de Guanabara e ser lançado na cidade de melhor qualidade de vida que a gente conhece.
A Ghirlayne, jornalista e dona do pedaço, vai nos receber com o maior carinho.
O endereço é rua Santa Rosa 184, lj A.
A partir das 19 horas, com direito a autógrafos e pequena palestra sobre o livro, além de desconto garantido. Os salgadinhos, a escritora está oferecendo, ok?
Vocês merecem! Até lá, pois amo Niterói, terra onde cursei jornalismo, na UFF.
Aparecida Torneros

Esticando no Petisco, na noite do lançamento...






Dizem que é o chope mais bem tirado da Vila Isabel...foi lá no Petisco, que a Maria Menezes me esperou para esticarmos, com outros amigos, no dia do lançamento do meu livro no Rio. Levei comigo uma rosa e enfeitei a mesa do tradicional bar...fechamos com chave de ouro a noite e com certeza, lembramos Noel Rosa...o nosso grande protetor do bairro, boêmio talentoso que nos deixou pérolas como " Feitiço da Vila"... e por falar em feitiçaria, que mulher não tem o segredo de uma delas sob o olhar ou a partir de um sorriso?

As rosas da Magda, tia Maria e Bel...



No dia 2 de setembro, quando cheguei na Arlequim, para o lançamento do meu livro " A mulher necessária" ...havia um arranjo de flores me esperando...rosas vermelhas...lindonas...
O cartão era assinado pelas três queridíssimas ...a afilhada e prima Magda, a tia Maria, irmã do meu pai Ulysses e a Bel, filha da Magdinha, jovem mergulhadora, que completou há pouco, seus 15 anos.
Elas não puderam ir, mas as rosas estiveram lá o tempo todo, enfeitando a festa ( era meu aniversário também) e as representaram com muito carinho. A foto comprova como a energia dessas rosas impregnou de amor aquele dia.

Eliane Carvalho, a fotógrafa, mãe da Maria Clara e minha ex-aluna...


Ano 2000, na Cimeira, foto de trabalho...Eu com Eliane Carvalho e equipe...

A foto é do ano 2000. A equipe era a da Comunicação Social do Gabinete do Prefeito do Rio.

Uma reunião de Chefes de Estado acontecia ali, no Parque do Flamengo, Centro da Cidade, e nós participávamos com muito trabalho, do evento. Vimos de perto figuras exponenciais da América e da Ibéria.

Marcaram-me duas: Fidel Castro e Chavez. O primeiro pela agudeza de raciocínio e carisma diante da platéia que o reverenciava, e o segundo pelo uniforme cheio de medalhas. Mas foi do primeiro ministro de Portugal, à época, que recebi o melhor sorriso, e com o pessoal da televisão espanhola, intermediei uma ótima entrevista do Prefeito Luiz Paulo Conde, transmitida ao vivo para a Europa, sobre a importância do Encontro, na cidade maravilhosa.

Tempo que me dá saudade, agora, porque o Prefeito Conde resplandecia alegria de viver numa cidade que tem essa vocação, tornar as pessoas alegres, só de olharem sua paisagem, já é um primeiro passo para a crença de que ainda é possível salvar o mundo.
Nas fotos, é possível detectar parte do clima de trabalho e júbilo.

Eu, com as meninas: Eliane, a fotógrafa, Andréa e Ludmila, jovens profissionais que tinham cedo a grande oportunidade de aprender participando de eventos macro.
Dias em que se discutia o relacionamento entre os povos latinos do continente e seus colonizadores: Espanha e Portugal.

Desses encontros, ficam muitas lições. A maior delas, a confraternização extemporânea, e a mais sábai delas: é preciso conciliar e contemporizar tantas diferenças e vaidades.
Quanto a mim, sentia que esse capítulo da vida profissional era um passo importante na caminhada, enquanto agradecia intimamente mais esta chance que a vida me oferecia, ao lado do querido Prefeito Conde e de tantos companheiros e companheiras de equipe, de quem hoje sinto saudades e muito respeito.

Aparecida Torneros
Jornalista Rio de Janeiro







Ela é doce como o mel...e é alpinista...rs

Sobe que nem lagarta pelas pedras...Sua filha Maria Clara vai pelo mesmo caminho.

Guerreira, uma graça de gente, quando foi minha aluna, há muito tempoooooo, rs, era a bonequinha da turma...continua sendo...sua alegria carioca é contagiante e suas fotos são sensacionais. coleciono algumas, e uma delas, aí estamos, juntinhas, trabalhando, pra lembrar velhos tempos...quando fomos da equipe do gabinete do prefeito Conde, juntas.