Maracanã

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domingo, 5 de outubro de 2014

Os 87 anos da portuguesa Cármen Gomes







Na noite de sábado  dia 4 de outubro, fui com minha amiga Vadereleia  à  missa comemorativa dos 87 anos da d.  Cármen, a portuguesa  amiga de minha mãe  e minha mãe  postiça  de uma  vida inteira.  Primeiro passei na capelinha de nossa Sra  da Conceição  de Ramos no alto da colina de onde se avista a Igreja da Penha,  o Cristo  Redentor e o Pão  de Açúcar  além  do aeroporto Tom Jobim e de onde por toda a minha infância  e juventude  suburbanas aprendi a amar o Rio que eu amo do outro lado da zona sul.
Reencontrei gente do meu tempo e relembrei os 20 años em que vivi ali com meus pais e irmão.  Meus avós e tios,  primos  e amigos voltaram à  memória.
O importante  no entanto foi testemunhar a alegria  da d.  Cármen.  Cercada pelo filho Romeu netos Fábio  e Carolina, bisnetas, genro e nora do filho e um terceiro  bisneto a caminho o Miguel que chegará  em janeiro.
Gente carregada de amor e um astral de paz.  Histórias  fortes.  Os dois filhos que vieram com ela de navio desde a ilha da Madeira  já  estão  nos céus,  partiram cedo e não  deixaram filhos.  O que nasceu no Brasil, Romeu,  me contava da emoção  que viveu junto com ela, há  3 anos,  quando foram a Portugal para que ela reencontresse familiares.  Depois de 64 anos d.  Cármen  desceu na ilha De Madeira  e viveu o sonho de rever irmãos  conhecer sobrinhos ir também  a Lisboa e renascer  em seu Portugal.
Irmãos  seus que emigraram para a Venezuela também  foram ali encontrá-la e todos se confraternizaram na Madeira  em 2011.
Histórias  de imigrantes  que nos tocam a alma.  Bom poder fazer parte delas é aproveitar um pouco da sua aura de amor por nossa terra.  O Brasil que acolhe gente de tantos lugares distantes e aqui se tornam nossos compatriotas.
D.  Cármen  estava cercada de carinho e alegria.  Eu me senti muito feliz e pensei que nas minhas  próprias  lendas pessoais a sra  da Conceição  é  protetora e mãe  amorosa.  Agradeci emocionadamente  e voltei para a casa da minha mãe  para contar os detalhes e mostrar as fotos.  Ela não  teve condições  de ir comigo mas vibrou a cada frase ou imagem.
Em janeiro  será  sua vez de entrar nos 88.
A vida há  que ser comemorada porque é  um prêmio.  Aqui estou no domingo das eleições e nenhuma votação  é  mais importante  do que escolher o bom caminho amando e sendo amado por família e amigos. O resto é  poder Menor, ilusório  e passageiro.
Cida Torneros




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