Um dia a gente percebe que o tempo vai correndo e o bem pode ser a boa lembrança, porque o mal fica no esquecimento.
Margaridas despetaladas vão medindo, simbolicamente, o vai e vem do bem me quer e mal me quer.
Queira-se bem, aprendi com a psicanálise, questão de auto-estimar-se e cuidar-se.
Flores no nosso caminho, há delas sempre, se olhamos em volta, com parcimônia e agradecimento pela boa sorte.
Um mar para se admirar ,um bom vento para sentir na pele. Ontem, andei pelo Arpoador, Copacabana, Ipanema e Leblon. Fui buscar e estreei o cartão do idoso, não paguei tarifas nas viagens de ônibus, vi que a velhice pode ser um prêmio quando se quer bem à vida.
Parei no Pigalle , no posto 6, almocei o salmão com brócolis e tomei uma taça de vinho branco. Comprei um chapéu panamá, num camelô, caminhei na orla.
Visitei uma amiga e fomos a Ipanema assistir um filme do festival, italiano, "com a graça de Deus".
Fui desfiando pétalas e agradecendo. Na volta para Vila Isabel fiz o balanço. Sei que a vida me quer bem e como sou grata por tanto que pode parecer pouco, mas, na minha alegria interior, na verdade, é muito mais do que a maioria da população do mundo consegue ter ou viver.
Falo de sentimentos e de acesso a condições básicas de vida saudável. Falo de carinhos e de bemquereres.
As flores são assim, nos encantam, e os sentimentos brotam como elas, precisam de luz, dedicação e amor.
Cida Torneros
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