Maracanã

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terça-feira, 7 de outubro de 2014

bem me quer, mal me quer, a flor e o sentimento...



Um dia a gente percebe que o tempo vai correndo e o bem pode ser a boa lembrança,  porque o mal fica no esquecimento. 
Margaridas despetaladas vão medindo, simbolicamente,  o vai e vem do bem me quer e mal me quer.
Queira-se bem, aprendi com a psicanálise,  questão de auto-estimar-se e cuidar-se.
Flores no nosso caminho, há delas sempre, se olhamos em volta, com parcimônia e agradecimento pela boa sorte. 
Um mar para se admirar ,um bom vento para sentir na pele. Ontem, andei pelo Arpoador, Copacabana,  Ipanema e Leblon. Fui buscar e estreei o cartão do idoso, não paguei tarifas nas viagens de ônibus,  vi que a velhice pode ser um prêmio quando se quer bem à vida. 
Parei no Pigalle , no posto 6, almocei o salmão com brócolis e tomei uma taça de vinho branco. Comprei um chapéu panamá, num camelô,  caminhei na orla.

 Visitei uma amiga e fomos a Ipanema assistir um filme do festival, italiano, "com a graça de Deus".

Fui desfiando pétalas e agradecendo. Na volta para Vila Isabel fiz o balanço.  Sei que a vida me quer bem e como sou grata por tanto que pode parecer pouco,  mas, na minha alegria interior, na verdade, é  muito mais do que a maioria da população do mundo consegue ter ou viver. 

Falo de sentimentos e de acesso a condições básicas de vida saudável.  Falo de carinhos e de bemquereres. 
As flores são assim, nos encantam, e os sentimentos brotam como elas, precisam de luz, dedicação e amor.

Cida Torneros

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