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quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Tony Bennett...82 anos e en-cantando....


Tony Bennett, nome artístico de Anthony Dominick Benedetto, (Queens, Nova Iorque, 3 de agosto de 1926) é um cantor norte-americano, considerado um dos melhores cantores populares do século XX.

Parabéns Tony Bennett

02/08/06
Autor: João Marcos Prado

Tony Bennett: o povo americano deve a ele


Na semana (precisamente na terça-feira, 1º agosto) que Tony Bennett completa 80 anos de idade, vale ressaltar algumas considerações sobre esse artista que encarna como poucos as raízes da cultura norte-americana.

Para começar tem que se dizer que Bennett é pura sinceridade no cínico mundo pop dos Estados Unidos. Nascido em Nova York, o cantor é um verdadeiro homem do povo, que nunca se esqueceu das lembranças de quando era operário em Astoria, no Queens, local onde nasceu Anthony Benedetto.

Na música, o que mais chama atenção em seus discos e nos concertos que faz não é a complexidade de suas palavras, mas a certeza de que ele enxerga um mundo no qual é bom de viver. Canta o mundo belo, das vidas comuns e sempre com entusiasmo e orgulho incomparáveis.

Em matéria sobre o seu aniversário, o diário The New York Times destacou fatos interessantes, que marcam a personalidade e principalmente a maneira humilde e otimista do músico enxergar a vida. Como no episódio em que ele mencionou humildemente o mestre do jazz, Louis Armstrong, quando, ao lado de KD Lang, interpretava a eterna ‘A Wonderful World’. No meio da apresentação, Tony disse: “Você estava certo, Pops (apelido de Armstrong)”.

Numa frase, em pouquíssimas palavras, este é exatamente um momento típico Tony Bennett, como ressaltou o jornal americano. Um homem que não esquece os standards, como Louis, que sabe que o mundo é maravilhoso, mas que alguém bem importante já havia dito isso antes dele.

O cantor é a integridade em pessoa e por isso mesmo conseguiu passar pelos altos e baixos de sua carreira musical, que conta já meio século. Uma carreira que se divide em três fases.

A primeira pode ser definida por quatro grandes sucessos seus, do início dos anos 50, ‘Because of You’, ‘Cold, Cold Heart’, ‘Blue Velvet’ e ‘Stranger in Paradise’. É a fase em que Tony mostrava tudo o que aprendeu com os vocais românticos, idealizados na década de 40 por Frank Sinatra.

Na segunda etapa artística destaca-se no início a canção ‘I Left My Heart in San Francisco’, em 1962. Em queda, o intérprete conseguiu se reerguer com músicas como ‘I Wanna Be Around’ e ‘The Good Life’, que traziam Bennett, aos 30 e poucos anos, com baladas mais maduras e que na sua voz eram pura nostalgia dos tempos passados.

Já a terceira fase se caracteriza por mais um resgate de Tony, sendo que ele novamente estava caindo no esquecimento. Importante dizer que nessa época, final dos anos 80 e começo dos 90, o cantor era representante de uma classe em extinção: os cantores como Sinatra e ele próprio.

Porém foi um ressurgimento importante para nos lembrar que Bennett vive é a personificação exata da cultura popular americana. Foi com o disco MTV Unplugged (1994) - um trabalho de panorâmica da obra do artista - e com mais uma série de álbuns tributos criados pelo cantor que muita gente voltou a ver sua importância. Entre os discos de homenagens destaca-se Perfectly Frank, (a Frank Sinatra) de 1992, e On Holiday, (a Billie Holiday) de 1996.

Seu aniversário de 80 anos deveria ser comemorado com direito a todas as festas e eventos. Tony Bennett merece isso e o povo dos Estados Unidos deve a ele. Um dia vão saber!

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