Maracanã

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quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Jovem Obama, abençoado Obama, vitorioso Obama, salvador Obama...


Jovem Obama, abençoado Obama, vitorioso Obama, salvador Obama...

Seu nome significa "abençoado" numa das línguas nativas do Quênia.
Seu sangue representa a mistura racial de dois continentes, América e África. Sua vida pessoal é pontilhada de experiências que o fizeram conhecer, desde a infância, superação e segregação, repetidas lutas e destaques em seus estudos e na carreira política.
Desafiante do destino, esse descendente de mulçumanos, chega ao topo da jornada de uma corrida presidencial como nunca se viu antes na história dos Estados Unidos da América.
Jovem Obama, aos 47 anos, tem a vitalidade capaz de empreender transformações e ousar mudanças.
Vitorioso, Obama é declarado o novo presidente da nação americana, pela rede CNN, baseada nas projeções antes mesmo da contagem final dos votos do eleitorado que participa vibrante e demonstra isso nas ruas das cidades, em manifestações e comemorações.
Em Chicago, todos aguardam que o pleito se defina por inteiro e o Senador Barack Obama venha pronunciar seu discurso histórico.
Com ele, subirão ao palco, certamente, as energias de líderes como John e Robert Kenedy, Martin Luther King, e tantos outros cujas vidas foram sacrificadas em nome da liberdade democrática apregoada no país mais rico do mundo.
Com ele, farão coro em uníssono, milhões de negros do mundo inteiro, pela igualdade racial, pela empreitada contra a discriminação a raças, credos, opções sexuais ou classes sociais.
Obama, além de Presidente, carregará consigo o estigma de um cidadão tornado lenda, em vida, por espelhar a sede do povo americano por mudanças profundas em sua vida econômica e por contagiar sua gente e pessoas em todas as partes do mundo com suas propostas e firmes posturas diante de uma crise imensa que se prenuncia.
Salvador, Obama sabe que precisará, além do trabalho e empenho, de muita sorte, pois terá que se posicionar com equilíbrio especial para enfrentar os rescaldos da era Bush, as marcas da guerra do Iraque, a visão personalista e hegemônica do inconsciente coletivo do seu povo.
Ao que tudo indica, o iluminado Obama traz alguma estrela brilhante na cabeça ou no coração, alia-se a um carisma incontestável inerente ao seu porte elegante e sua voz impostada e grave, além, sobretudo, de contar com a torcida da maioria que o elegeu, e a simpatia dos que esperam dele uma vida melhor e mais segura, uma humanidade com valores novos e sensíveis ao elemento primordial que é o respeito pela vida.
Que a chama acesa na tocha simbólica da mão da Estátua da Liberdade clareie a mente dos conservadores permitindo que o novo Presidente e todo o seu povo tenham paz para governar e ser governado, que haja chance para negociar a melhor das políticas entre as nações, a começar pela força que virá do recomeço da própria história do povo americano.
Vida longa a Barack Obama!
Aparecida Torneros
Rio de Janeiro - Brasil

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