Brasilidade: é só resolver
Maria Aparecida Torneros da Silva
Brasilidade: é só resolver
Seu moço, releve aquilo que deve ao povo,
ao jagunço, à mulher rendeira,
à moça rampeira da beira da estrada.
Na escola da várzea tem bandeira
hasteada com pompa descalça
e mala sem alça
matando esperança
de tanta criança.
Meu Rei, comandante,
cavaleiro andante,
do Oiapoc ao Chuí,
a quem mais pedir?
um pouco de graça,
de menos furdunço,
no meio da praça?
Na comunidade
o comando que manda com fuzil
e escopeta é o bonde da droga
em cada cidade
de tanta maldade
violência, mutreta...
Seu moço, coragem,
que o tempo só passa
e tem muito a fazer...
Não pára, não foge,
e nem dá pra perder
o ritmo da luta,
é só rsolver...
Tem brasileiro nascendo
precisando da gente,
tem muita semente
para germinar
e crescer, tem que ter,
só vendo, muita esperança
e acerto, sabe, meu companheiro,
a razão de não poder desistir?
É que por maior que seja o aperto,
você sabe e eu também, amigão,
que qualquer que seja o erro,
se houver mesmo força e decisão,
é sempre possível achar o conserto...
Cida Torneros setembro de 2005
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