Desde Menina, a figura de VARGAS me marca muito. Eu tinha 4 anos naquele dia 24 de agosto de 1954. Lembro do choro da minha mãe e da minha avó. A comoção na capital carioca. Um Brasil revolto. Confuso. Politicamente intrigante e aquela sensação de que havia morrido um pai da nação ainda que mais tarde fui aprender que fora antes um ditador e um político nacionalista de muita aceitação popular. Em termos percentuais VARGAS marcou sua passagem pelo poder com muitos feitos. Leis e conquistas para as classes trabalhadoras. Seu suplício pessoal que o levou ao atentado à própria vida rende Teses, livros, filmes, pesquisas e ainda Hoje, sessenta anos depois, dúvidas e especulações.
Getúlio é figura lendária na história da República Brasileira. É Pai do trabalhismo. É homem controverso. Tem um carta testamento que é documento e digno testemunho do seu projeto de Brasil.
Vale lembrar que o retrato do velhinho rendeu música de sucesso no auge da sua popularidade e sua morte gerou um Brasil órfão de lideranças com jeito de paternidade protetora. VARGAS que minha família chorou marcou muitas gerações. O Getúlio ditador se apagou e surgiu o perseguido e injustiçado. Também o benfeitor e articulista internacional além do dirigente capaz de ser amado por seu povo. Ele deve se pode ser lembrado hoje como um poderoso chefe de estado traído que soube responder com o sacrifício da vida e surpreendeu aliados e adversários na contramão da vida brasileira. Um gaúcho de São Borja que sacudiu o país com um tiro no peito que até hoje atinge a nossa história.
Cida Torneros
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