Em algum do lugar do passado de cada um, ficou um desejo que se frustrou. Mas, foi preciso seguir em frente. Saudades acumuladas se transformaram em vidas novas que refeitas e superadas, cicatrizaram feridas, reconstruiram caminhos e o mundo ganhou novas cores.
Assim é o movimento saudável da resolução dos nossos conflitos interiores, caímos e levantamos, recomeçamos a andar, ainda que claudicantes, enfrentamos abandonos, solidões, noites insones de choros profundos, mas saudamos o amanhecer, quando um sol de esperança renasce em nossos olhos, iluminando alma sensível, sofrida, mas, cujas amarguras se superam com mais amor e mais luta.
O ciclo pode parecer louco, mas, no fundo, é a salvação da espécie.
Realmente, Dolores Duran, na canção da fossa, revelou que não se ama porque se quer, mas que se pudesse esqueceria, sim, porque esquecer é o único caminho para sobreviver.
Quando não se consegue esquecer , se morre um pouco mais depressa...
Cida Torneros
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