Salve as meninas, no Siri, na sexta de agosto, ao gosto!!!
Salve as meninas, no Siri, na sexta de agosto, ao gosto!!!
Uma cena revivida. Ponto de ônibus, três pessoas esperam pela condução que levará uma delas, para o outro lado da baía. Os três aguardam que o bus de Niterói passe até quase meia noite. E lá vem ele, outros passageiros também vão embarcar na viagem de volta pra casa. Quantas vezes, depois do trabalho, da escola ou da mesa do buteco, nós esperamos por um transporte que nos leve com o cansaço...ou pra caminha ou para o segundo tempo da noite que pode mesmo ser uma criança.
Salve as meninas, no Siri, na sexta de agosto, ao gosto!!!
Uma cena revivida. Ponto de ônibus, três pessoas esperam pela condução que levará uma delas, para o outro lado da baía. Os três aguardam que o bus de Niterói passe até quase meia noite. E lá vem ele, outros passageiros também vão embarcar na viagem de volta pra casa. Quantas vezes, depois do trabalho, da escola ou da mesa do buteco, nós esperamos por um transporte que nos leve com o cansaço...ou pra caminha ou para o segundo tempo da noite que pode mesmo ser uma criança.
Salve as meninas, no Siri, na sexta de agosto, ao gosto!!!
Cheguei cedo no Siri, restaurante que frequento, na Vila Isabel, pertinho de casa, há mais de 30 anos. Aliás, busquei o Osmar, o "meu" garçom, como eu o chamo, durante estas décadas. A casa começava a lotar, noite de sexta, a cariocada esticando na alegria de festejar o fim de semana que chegou. Troca de torpedos, telefonemas, vou direcionando as meninas do grupo que precisam saber como saltar na Felipe Camarão, ou no Metrô Sans Peña, e caminhar pela Major Ávila.
De repente, surge Erika. Uma alegria imensa rever a guria que me chama de "mummy" desde seus tempos de estagiária, na comunicação social da prefeitura do Rio. Então, o bando de borboletas inicia seu pouso na noite da sexta de agosto. Começam os trabalhos, reunião que não acontecia há mais de meses, caramba, Eliane, Sonia, cadê a Márcia, e a Bia casou?, a Tania, nem sinal dela, tem gente nova no pedaço, Sonia traz amigas, eu convidei a Lydia que chega com champanha ( mas é pra abrir no baile que irá em seguida, na festa de aniversariantes do mês). Todas compreendemos, ora, no buteco , nem combina. Seguem os pedidos, Osmar fica tonto, e tome fotos, e tome gargalhadas, e tome de se contar alegrias e tristezas em ritimo de frenetic dance days... Sou a mais jovem do grupo? rs...com certeza, pois é como me sinto ali, no meio delas, algumas foram alunas, ou companheiras de trabalho, outras estou conhecendo agora, mas com aquela sensação de que já nos cruzamos por aí, nas esquinas da vida.
Ou terá sido nos pontos de ônibus? Eliane, a fotógrafa, fala da linda filha Maria Clara, que vimos nascer e hoje já tem 15. Minha nossa, o tempo corre, e este buzão pra Nicty que não chega, a prima da Erica chegou de Bom Jesus, tá lá esperando para curtirem a noite que começa exatamente na meia noite de sexta para sábado. Lydia, vestida para bailar, já levantou acampamento, pegou o táxi e foi sacudir o esqueleto, depois de falar dos dois filhos, mostrar fotos feitas pelo Dani, que quer ser fotógrafo quando crescer. Soninha precisa comer comida. Nada de pastéizinhos e chope. Ela passou por uma cirurgia recentemente, toma suco e se alimenta. A mesa ficou pequena, de repente, Osmar, arranja mais cadeiras. Chegaram mãe e filha, chegou a da pulseira que parece com a minha. Eliane, fotografe as jóias das coroas, pulseiras, anéis, brincos e o colar da Lydinha, que arrazo.
Conversa animadíssima, que tal falar dos meninos, e tome de contar casos, historinhas, as antigas , a gente enfeita, as novas, a gente exagera no conto, tem muita viagem pintando, um brinde à Escócia, à Espanha, à Inglaterra, Erika fica na dúvida, morar em Londres ou em Dublin? Soninha precisa voltar ao Porto e definir sua nacionalidade dupla, é também portuguesinha. Já a Erika, com seu sangue italiano, claro, é descoberta por um audaz navegante, em plena noite, o Marcelo, também jornalista, que invade a área protegida, Osmar, mais uma cadeira pro "gajo", que vem cortejar a amiga, que ele reecontrou por acaso e faro. Maravilha ele ter chegado, assim, alguém vai bater fotos para todas aparecerem, Eliane ajeita a máquina possante e tome polca, a noite é mesmo uma menina.
Ah, Lydia come bolinhos de bacalhau, eu estou em momento diet, porque não quero ultrapassar certo peso x, e nem como nada y, mas não dispenso os pastéis e uns chopinhos, equilibradamente. Pede a conta, parece que o último buzao pra Nicty passa agora, vamos levar Erika no ponto. É um beija-beija, uma gargalhada, uma loucura de passa cartão, fecha a conta, quem comeu o que?, quem bebeu isto ou aquilo, ah, mas a Erikinha marcou no guardanapo o número de chopes consumidos pela mesa, e confere. Sucos, água tônica, aquele ar de sobriedade enquanto estamos todas ( e o intruso!) a cruzar informações profissionais, pessoais, etc. etc.
Quem é quem? vamos botar ordem no estabelecimento. Dividam-se as tarefas, a mim, como escrivã da frota, cabe-me produzir a presente ata. Alguém fecha os trabalhos, solenemente. Não vale olhar pra trás, vamos para o ponto do ônibus, tchau Osmar, até a próxima. Na rua dos Artistas, quem sabe no Antigamente, da Ouvidor, ou noutro lugar a ser remarcado, para nossa alegria, tudo bem.
Aí vem o bus. Erika embarca, mas me passa um torpedo em seguida. Adoro você, Cida, muito boa a nossa reunião!
Respondo só às duas da madrugada, ok, Filhinha, bjs...e descubro pelo face que Lydia já voltou da gafieira, que Soninha tá em casa, que Eliane estár com o namorado, também alpinista, com quem vai no vôo das sete passar o fim de semana em Belo Horizonte.
O bus que levou a Erika sumiu no belo horizonte. Era uma meninada no ponto, Marcelo caminha comigo e me deixa na porta da vila onde moro, já não me parece tão intruso, digamos que foi uma testemunha consentida do encontro do clube das meninas do chope, e além de ser coleguinha, amigão da Erika, vai viajar com a namorada brevemente para a Itália, em aí, começa tudo outravez, quando nos veremos para contar as aventuras pelo mundo?
Os ecos das meninas no Siri, na sexta de agosto, ressoam em mim, ao gosto, ao tempero, da boa energia que formamos, estando juntas ou em pontos estratégicos de lugares da aldeia global. Aeroportos, estações de trem, pontos de ônibus, olha lá a meninada se movimentando, eta mulherada bem disposta a enfrentar os caminhos da vida.
Precisei dormir algumas horas e nesta manhã de um sábado lindo, eis-me aqui, cumprindo meu dever. Senhoras, Senhores, declaro encerrada a ata, e registrada a reunião de 24 de agosto, das meninas do chope, tenho dito!
Cida Torneros
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