Nickie Ferrante é um conhecido playboy, noivo de Lois Clark, herdeira de uma das maiores fortunas dos Estados Unidos. Sozinho na Europa, ele embarca no luxuoso transatlântico "Constitution" de volta à Nova York.
A bordo, conhece a bela Terry McKay, uma antiga cantora de Clube Noturno, hoje comprometida com Kenneth Bradley, um milionário. Conhecendo sua fama de conquistador, Terry se nega a ter um maior envolvimento com ele, muito embora aceite jantar em sua companhia. No restaurante do navio, os dois são alvos dos risos maldosos dos passageiros, tamanha a fama de sedutor que ele carrega.
Ao ocorrer uma parada de um dia na Ilha da Madeira, Nickie decide visitar sua avó, viúva de um antigo embaixador, que mora numa luxuosa mansão. Convidada por ele, Terry aceita acompanhá-lo nessa visita, desfrutando de um maravilhoso dia e tendo a oportunidade de descobrir nele, uma série de qualidades escondidas por trás da fachada de playboy. Tal fato faz com que ela se apaixone perdidamente por ele.
Quando o transatlântico se prepara para atracar no porto de Nova York, do convés eles olham para o Empire State Building e decidem marcar um encontro no topo do mesmo, seis meses depois, tempo que necessitam para resolverem seus atuais compromissos e se certificarem de que o que sentem um pelo outro não é algo apenas passageiro.
Ao chegar em casa em companhia de Kenneth, Terry assiste na TV uma entrevista em que Lois, ao lado de Nickie, fala de seus planos para o próximo casamento deles. Contradizendo as palavras da noiva, Nickie confessa que decidiu voltar à pintura e que só pretende se casar em seis meses. Essa sua colocação deixa Terry certa do seu amor por ela, por se tratar de uma clara alusão ao encontro marcado para o Empire State.
Disposto a mudar de vida, como prometera à Terry, Nickie se dedica de corpo e alma à pintura, a ponto de retratar sua amada valendo-se apenas das lembranças que dela guarda. Por outro lado, Terry termina seu compromisso com Kenneth e volta para sua cidade, Boston, onde retoma sua profissão de cantora.
Na data marcada, ela retorna à Nova York para seu encontro com Nickie. A poucos metros do Empire State Building, entretanto, é atropelada ao atravessar a rua, sendo hospitalizada. Ao saber da eventual possibilidade de não voltar a andar, ela desiste de procurar Nickie e aceita trabalhar, numa cadeira de rodas, como professora de canto de um grupo de crianças ligadas à igreja.
Os meses se passam até que, ao assistir a um balé, Nickie a vê sentada numa das poltronas do teatro. Ao sair de lá, começa uma busca incessante por seu endereço até que, às vésperas do Natal, ele aparece em sua casa de surpresa. Os dois conversam, ocasião em que ele lhe fala do quadro que pintara para ela, mas que, por não a encontrá-la, terminou autorizando a Galeria onde o mesmo se encontrava a cedê-lo para uma jovem paraplégica que do mesmo se encantara. A seguir, ao abrir uma porta, ele se depara com o tal quadro colocado em uma das paredes, deduzindo o que realmente a impedira de comparecer ao encontro no Empire State Building. Emocionados, os dois se abraçam.
Críticas
"Tarde Demais Para Esquecer" é um ótimo remake de "Duas Vidas", de 1939. Realizado pelo cineasta Leo McCarey que, além da direção, participou da produção e da elaboração do roteiro, o filme foi um sucesso de bilheteria, encantando principalmente os adolescentes do final dos anos 50.
A versão original, de 1939, também foi realizada por McCarey e, embora em preto-e-branco é, sem dúvida, superior a esta. Deborah Kerr e Cary Grant, no auge de suas carreiras, apresentam ótimas atuações, mas não se igualam às interpretações oferecidas por Irene Dunne e Charles Boyer em "Duas Vidas", onde demonstram ter uma química perfeita em cena. A veterana atriz Cathleen Nesbitt também se destaca no papel da avó Janou.
A inesquecível canção "An Affair to Remember", indicada ao Oscar, é uma das marcas registradas desse comovente filme.
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