Maracanã

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terça-feira, 22 de março de 2011

Efeito Obama carioca:- Alô Rio de Janeiro, aquele abraço!!!


Efeito Obama carioca:- Alô Rio de Janeiro, aquele abraço!!!



A mídia registrou, ele passou por aqui e marcou presença...






O homem mais poderoso do mundo, no Rio de Janeiro, demonstrou ser um sujeito de espírito carioca...






Marketing, diriam muitos, uma vez que, no dia anterior ao da chegada à cidade maravilhosa, ele deu o OK, para o ataque à Líbia, enquanto se encontrava em Brasília em visita oficial à Presidenta Dilma Rousseff.










Entretanto, o fato marcante da Obama's family, no Rio, foi a descontração a que se deram direito, ele, mulher, filhas, sogra e comadre, bem ao estilo brasileiro de ser, levando na bagagem, se puder, até o papagaio de estimação.






Os jornalistas se mantinham coagidos diante de tanto aparato de segurança, mas o povo carioca, ainda em ritmo carnavalesco, acenava, fazia plantão em Copacabana, em frente ao hotel, cercava o campo de futebol do Flamengo, na Gávea, ponto de subida e descida do helicóptero da comitiva americana em seus deslocamentos pela cidade.










O que se viu foi uma empatia humana que pôs por terra a idéia de que o anti-americanismo seja a tônica maior da sensibilidade da plebe nacional.






O homem representa o tio Sam, mas quase tocou tamborim, pelo menos foi se chegando com estratégia conquistadora. Eu lembrei muito da música Chiclete com Banana.






- Alô Rio de Janeiro!! Obama saudou no Teatro Municipal.






Citou Jorge Benjor, e o nosso país tropical, arriscou palavras em português.






Lembrou do filme Orfeu Negro, que assistiu, quando menino, na companhia da sua mãe.






Obama se confessou admirador da brasilidade, e nas entrelinhas, deixou escapar uma admiração que lhe conduziu ao Rio, um certo desejo pessoal antigo, não conseguiu esconder a simpatia que a cidade lhe despertou. Sua Michelle e as meninas , igualmente, foram ver a cidade do samba, dizem que até ensaiaram uns gingados, mas a imprensa foi impedida de documentar.










O que a mídia pôde mostrar passou possivelmente o propósito comercial de aproximação que sua delegação que incluiu empresários de vários setores veio buscar em termos de investimentos em nosso país que já é do presente.






Ao declarar que o futuro chegou ao Brasil, Obama reafirmou com a devida reverência que há um novo modelo de Zé Carioca para divulgar o cartão postal brasileiro, a cidade das Olimpíadas, a mesma cidade que derrotou sua Chicago, mas que ele prometeu voltar e assistir os jogos no Rio de Janeiro.










O efeito Obama Carioca amanheceu na segunda-feira sonolenta, depois de dois dias de trânsito difícil, a cidade quase parou, muitas vias interditadas, muitos helicópteros sobrevoando nossas cabeças, notícias desencontradas, idas anunciadas ao Cristo, desmarcadas, comício na Cinelândia preparado e cancelado, um evento no Municipal, afinal, para convidados, ao estilo de show, mas com repercussão em todo o país.










Obama lembrou do futebol e do jogo Vasco e Botafogo, da tarde de domingo. Seu discurso foi certeiro, intimista, teve a tonalidade apropriada e parecia ter fechado com chave de ouro sua passagem pelo país, pois na manhã seguinte, cedo, ele, família e comitiva partiriam rumo ao Chile.










Mas eis a surpresa, agenda modificada, nove e meia da noite, Obama"s family sai de Copacabana e ruma para o Corcovado. Vão se despedir do Rio guardando em seus olhos uma das paisagens mais lindas que a terra carioca pode oferecer.






A cidade piscando, lá embaixo, iluminada, o Cristo Redentor imenso e luzente, a lua cheia completando a poesia para a memória do cidadão Obama, afro-americano, que virou "carioca"






Alô, Barack Obama, aquele abraço! Depois da sua passagem pelo Rio, a cidade nunca mais será a mesma, terá sempre um gostinho de gringo tentando bater bola com os meninos da comunidade e de presidente de States pedindo camisa do time à presidenta do Mengão!






Cida Torneros

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