aqui tem música, poesia, reflexões, homenagens, lembranças, imagens, saudades, paixões, palavras,muitas palavras, e entre elas, tem cada um de vocês, junto comigo... Cida Torneros
Maracanã
segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
Sob o cisne negro, o forte legado de Tchaikovsky
Sob o cisne negro, o forte legado de Tchaikovsky
No fim da tarde de sabado, fui, solitaria e ansiosa, assistir o filme Cisne Negro. Sabia que ia ver algo forte, contundente, pois o legado do grande compositor russo, Piotr IIyich Tchaikovsky, ao criar o ballet em quatro atos, baseado na versão francesa de um conto de fadas alemão, tem atravessado seculos impressionando, bailarinos e publicos diversos, por seu conteudo profundamente instado na dicotomia bem-mal.
A estreia aconteceu com uma apresentacao em Moscou a 4 de maio de 1877, no teatro Bolshoi. A segunda versao somente aconteceu em 27 de janeiro de 1895, no teatro Marijinsky, em Sao Petersburgo.
No enredo, a historia do Príncipe Siegfried que deve escolher uma noiva para casar, e, ao adentrar a floresta para caçar, vê um belo cisne a voar. Ele cuidadosamente o mira, mas, para sua surpresa, o pássaro se transforma na mais linda das moças, e ele se esconde por entre as árvores para observá-la. Incapaz de conter sua curiosidade, ele aparece e a assusta. Ele assegura que nenhum mal irá fazer para com ela e a pede que explique o fenômeno que acabara de presenciar. Impressionada por sua gentileza, Odette revela a história de sua situação. Ela conta que é uma Princesa nascida em berço de outro que foi enfeitiçada por um feiticeiro malvado e agora sua sina é ser um cisne ; apenas em algumas horas do escuro é que ela se transforma em humana. O lago em que habita foi formado pelas lágrimas de sua mãe. Ela conta que está condenada para a eternidade, e somente se um jovem virgem jurar eterna fidelidade a ela e desposá-la, só assim ela se libertará. Mas, se ele a trair, então ela permanecerá um cisne para sempre. Neste momento o feiticeiro aparece. O Príncipe apaixonado pega seu arco e flecha, mas Odette imediatamente protege o feiticeiro com seu corpo, pois sabe que se ele for morto antes do feitiço ser quebrado, também ela morrerá. O feiticeiro desaparece, e Odette se esconde na floresta. Siegfried percebe que seu destino está agora mudado. A alvorada começa a aparecer Odette é tomada mais uma vez pelo feitiço, retornando a seu disfarce de cisne. Siegfried vai embora desesperado.
Pressionado pela mae que ordena que se decida, o Principe, tem na memoria a jovem Odette, recusa todas as pretendentes, mas, ao conhecer Odile, que chega na festa, encanta-se com sua beleza e semelhanca com Odette, mas, percebe que foi vitima de um plano malvado. Sai a correr pelo meio da no meio da noite e, na beira do lago, todos os cisnes estão ansiosos pelo desaparecimento de Odette. Ela aparece e conta do plano de Rothbart, dizendo que antes do amanhecer ela deve morrer. Houve-se o barulho de um trovão. Siegfried a acha e implora seu perdão. Enquanto o amanhecer se aproxima, Rothbart aparece mais uma vez disfarçado de feiticeiro. Odette conta a Siegfried que ela deve se matar, ou então será eternamente um cisne. Siegfried, sabendo que seu destino está mudado para sempre, declara que ele irá morrer com ela, assim quebrando o poder de Rothbart. Os apaixonados se jogam no lago. Rothbart recebe um choque mortal e todo o seu poder está acabado. Enfim, o casal estará unido para sempre na vida após a morte.
A musica maravilhosa abriga um ballet nao menos maravilhoso, encenado com graciosidade por bailarinos que repetem a saga misteriosa da libertacao pela morte.
O filme Cisne Negro traz para a tela do seculo XXI o mesmo teor tenso e fantastico da luta constante entre o consciente real e o inconsciente imaginario. Uma interpretacao magnifica da atriz principal Natalie Portman, que interpreta uma bailarina obscecada pela busca da perfeicao, prisioneira da doenca emocional que se agrava durante a ascensao da sua carreira e a leva a delirios psicoticos, encarnando o drama da tematica que eleva a morte ao patamar de grande perfeicao para a interpretacao da vida em si.
O conjunto de cenas se intensifica, o esforco das bailarinas, suas vidas pessoais, os bastidores do mundo do ballet, a competicao pela assuncao de papeis principais, o sonho do estrelato, a busca do sucesso, o desencontro afetivo, muitas pressoes sobre os profissionais da danca, aquele sentimento de que sofrer torna-se necessario para superar obstaculos, pes doloridos, feridos, cansaco, medos, tensoes variadas, tudo se mistura a imagens alucinadas que a personagem passa a viver como se fossem a sua realidade, evoluindo para a catarse psicotica, a doenca esquizofrenica, e a perfeicao que ela alcanca no palco com a propria morte.
Assim, Tchaikovsky chega ao seculo XXI, trazendo atraves da sua musica o proprio tormento da sua vida criativa, pois ao morrer no auge da carreira, contaminado pela colera, o compositor do Lago dos Cisnes, presenteou geracoes com a sensibilidade magistral do quanto existe de verdade no inconsciente atormentado pelas mentiras construidas pela emocao instavel.
Varios fatores como o desequilibrio mental, a instabilidade emocional, a perda dos limites que delineiam a cerca que separa sonhos etereos de realidades pesadas, expostos na obra Cisne Negro lograram mostrar a necessidade de fazer florescer o visceral e o odiento, seduzindo plateias, abrindo as cortinas para os pesadelos semi ocultos e alem de tudo, surpreendendo aqueles que ainda acreditam que o mundo poderia ser um lugar de encontros perfeitos, tao perfeitos como deve ser o encontro com a morte, na cena final do quarto ato do ballet.
Ao sair da sala de exibicao, busquei comprar um sorvete de casquinha, caminhei por tres quadras ate a minha casa, pensando nas palavras do meu terapeuta que tinha elogiado e recomendado o filme, e fui lambendo o doce gelado em meio a reflexoes sobre o derretimento da razao, o esfacelamento das duvidas, a inconsequencia do sucesso perseguido a qualquer custo, a necessidade de alcancar a perfeicao e a minha real precisao de ser feliz com pouca coisa, pequeninos arremedos de alegria em doses homeopaticas, uma gostosa sensacao de conquista pessoal diante da impermanencia das coisas, da resignada e prazerosa paz interior, aquela que observa a tempestade mas preserva a calmaria, sem receio de ajustar velhos sentimentos e vivenciar novas emocoes, sem culpas e com muita coragem.
O filme merece ser premiado com algum Oscar, talvez o de melhor atriz, ja que ela nos passa com intensidade, justamente, a luta constante entre a realidade dura e o sonho quase impossivel.
Cida Torneros \
domingo, 27 de fevereiro de 2011
O lago dos cisnes
O lago dos Cisnes- Ballet em quatro atos baseado na versão francesa de um conto de fadas alemão.
Música: Piotr IIyich Tchaikovsky.
Coreografia: Primeira coreografia por Julius Reisinger. Segunda coreografia e de sucesso por Marius Petipa ( atos I e III) e Lev Ivanov ( ato II e IV).
Estréia: Primeira apresentação em Moscou a 4 de maio de 1877, no Bolshoi Theater (versão de Reisinger). Segunda versão a estrear somente em 27 de janeiro de 1895, no Marijinsky Theater, em São Petersburgo.
Elenco de estréia: Pierina Legnani (Odette-Odile), Pavel Gerdt (Príncipe Siegfried), Alexander Oblakov (Benno), Alexei Bulgakov (Von Rothbart).
História
Ato I: Uma campina próxima ao castelo. É tarde. O Príncipe Siegfried organizou uma caçada para celebrar seu vigésimo primeiro aniversário. Os trabalhadores tiveram folga e organizaram um piquenique que o Príncipe prometeu ir, mas este foi interrompido pela Rainha, sua mãe, que o lembrou que era seu dever nesta sua maioridade de escolher uma noiva entre seis princesas. Quando o sol vai se pondo os trabalhadores vão indo embora. O Príncipe, triste em pensar que sua liberdade iria embora foi animado por Benno, que avistou alguns cisnes. O Príncipe, pensando que a noite é uma criança, vai à busca deles, e os outros caçadores vão embora.
Ato II: Algumas horas depois, à beira do lago. Enquanto o Príncipe Siegfried adentra a floresta para caçar, vê um belo cisne a voar. Ele cuidadosamente o mira, mas, para sua surpresa, o pássaro se transforma na mais linda das moças, e ele se esconde por entre as árvores para observá-la. Incapaz de conter sua curiosidade, ele aparece e a assusta. Ele assegura que nenhum mal irá fazer para com ela e a pede que explique o fenômeno que acabara de presenciar. Impressionada por sua gentileza, Odette revela a história de sua situação. Ela conta que é uma Princesa nascida em berço de outro que foi enfeitiçada por um feiticeiro malvado e agora sua sina é ser um cisne ; apenas em algumas horas do escuro é que ela se transforma em humana. O lago em que habita foi formado pelas lágrimas de sua mãe. Ela conta que está condenada para a eternidade, e somente se um jovem virgem jurar eterna fidelidade a ela e desposá-la, só assim ela se libertará. Mas, se ele a trair, então ela permanecerá um cisne para sempre. Neste momento o feiticeiro aparece. O Príncipe apaixonado pega seu arco e flecha, mas Odette imediatamente protege o feiticeiro com seu corpo, pois sabe que se ele for morto antes do feitiço ser quebrado, também ela morrerá. O feiticeiro desaparece, e Odette se esconde na floresta. Siegfried percebe que seu destino está agora mudado. A alvorada começa a aparecer Odette é tomada mais uma vez pelo feitiço, retornando a seu disfarce de cisne. Siegfried vai embora desesperado.
Ato III: A noite seguinte, no Salão de Festas. Convidados de muitas realezas aparecem para a festa de aniversário, incluindo as seis princesas e seus dotes, de que a Rainha Mãe escolhera como elegíveis esposas para a mão de seu filho. A Rainha ordena que o entretenimento comece, e então convida as princesas a dançar. O Príncipe dança com cada uma. Sua mãe então o ordena que se decida, mas ainda com a memória de Odette, ele recusa todas, para desgosto da mãe. A fanfarra anuncia então a chegada do Barão Von Rothbart com sua filha Odile. Siegfried, que se encanta com a beleza de Odile é seduzido por sua semelhança com Odette, e declara seu amor e fidelidade a ela. Rothbart e Odile, triunfantes, revelam sua decepção, e Siegrfried percebe que foi vítima de um plano malvado. Ele corre então no meio da noite.
Ato IV: À noite na beira do lago. Todos os cisnes estão ansiosos pelo desaparecimento de Odette. Ela aparece e conta do plano de Rothbart, dizendo que antes do amanhecer ela deve morrer. Houve-se o barulho de um trovão. Siegfried a acha e implora seu perdão. Enquanto o amanhecer se aproxima, Rothbart aparece mais uma vez disfarçado de feiticeiro. Odette conta a Siegfried que ela deve se matar, ou então será eternamente um cisne. Siegfried, sabendo que seu destino está mudado para sempre, declara que ele irá morrer com ela, assim quebrando o poder de Rothbart. Os apaixonados se jogam no lago. Rothbart recebe um choque mortal e todo o seu poder está acabado. Enfim, o casal estará unido para sempre na vida após a morte.
Música: Piotr IIyich Tchaikovsky.
Coreografia: Primeira coreografia por Julius Reisinger. Segunda coreografia e de sucesso por Marius Petipa ( atos I e III) e Lev Ivanov ( ato II e IV).
Estréia: Primeira apresentação em Moscou a 4 de maio de 1877, no Bolshoi Theater (versão de Reisinger). Segunda versão a estrear somente em 27 de janeiro de 1895, no Marijinsky Theater, em São Petersburgo.
Elenco de estréia: Pierina Legnani (Odette-Odile), Pavel Gerdt (Príncipe Siegfried), Alexander Oblakov (Benno), Alexei Bulgakov (Von Rothbart).
História
Ato I: Uma campina próxima ao castelo. É tarde. O Príncipe Siegfried organizou uma caçada para celebrar seu vigésimo primeiro aniversário. Os trabalhadores tiveram folga e organizaram um piquenique que o Príncipe prometeu ir, mas este foi interrompido pela Rainha, sua mãe, que o lembrou que era seu dever nesta sua maioridade de escolher uma noiva entre seis princesas. Quando o sol vai se pondo os trabalhadores vão indo embora. O Príncipe, triste em pensar que sua liberdade iria embora foi animado por Benno, que avistou alguns cisnes. O Príncipe, pensando que a noite é uma criança, vai à busca deles, e os outros caçadores vão embora.
Ato II: Algumas horas depois, à beira do lago. Enquanto o Príncipe Siegfried adentra a floresta para caçar, vê um belo cisne a voar. Ele cuidadosamente o mira, mas, para sua surpresa, o pássaro se transforma na mais linda das moças, e ele se esconde por entre as árvores para observá-la. Incapaz de conter sua curiosidade, ele aparece e a assusta. Ele assegura que nenhum mal irá fazer para com ela e a pede que explique o fenômeno que acabara de presenciar. Impressionada por sua gentileza, Odette revela a história de sua situação. Ela conta que é uma Princesa nascida em berço de outro que foi enfeitiçada por um feiticeiro malvado e agora sua sina é ser um cisne ; apenas em algumas horas do escuro é que ela se transforma em humana. O lago em que habita foi formado pelas lágrimas de sua mãe. Ela conta que está condenada para a eternidade, e somente se um jovem virgem jurar eterna fidelidade a ela e desposá-la, só assim ela se libertará. Mas, se ele a trair, então ela permanecerá um cisne para sempre. Neste momento o feiticeiro aparece. O Príncipe apaixonado pega seu arco e flecha, mas Odette imediatamente protege o feiticeiro com seu corpo, pois sabe que se ele for morto antes do feitiço ser quebrado, também ela morrerá. O feiticeiro desaparece, e Odette se esconde na floresta. Siegfried percebe que seu destino está agora mudado. A alvorada começa a aparecer Odette é tomada mais uma vez pelo feitiço, retornando a seu disfarce de cisne. Siegfried vai embora desesperado.
Ato III: A noite seguinte, no Salão de Festas. Convidados de muitas realezas aparecem para a festa de aniversário, incluindo as seis princesas e seus dotes, de que a Rainha Mãe escolhera como elegíveis esposas para a mão de seu filho. A Rainha ordena que o entretenimento comece, e então convida as princesas a dançar. O Príncipe dança com cada uma. Sua mãe então o ordena que se decida, mas ainda com a memória de Odette, ele recusa todas, para desgosto da mãe. A fanfarra anuncia então a chegada do Barão Von Rothbart com sua filha Odile. Siegfried, que se encanta com a beleza de Odile é seduzido por sua semelhança com Odette, e declara seu amor e fidelidade a ela. Rothbart e Odile, triunfantes, revelam sua decepção, e Siegrfried percebe que foi vítima de um plano malvado. Ele corre então no meio da noite.
Ato IV: À noite na beira do lago. Todos os cisnes estão ansiosos pelo desaparecimento de Odette. Ela aparece e conta do plano de Rothbart, dizendo que antes do amanhecer ela deve morrer. Houve-se o barulho de um trovão. Siegfried a acha e implora seu perdão. Enquanto o amanhecer se aproxima, Rothbart aparece mais uma vez disfarçado de feiticeiro. Odette conta a Siegfried que ela deve se matar, ou então será eternamente um cisne. Siegfried, sabendo que seu destino está mudado para sempre, declara que ele irá morrer com ela, assim quebrando o poder de Rothbart. Os apaixonados se jogam no lago. Rothbart recebe um choque mortal e todo o seu poder está acabado. Enfim, o casal estará unido para sempre na vida após a morte.
Rivais no Oscar (Estadao)
Rivais no Oscar
Divulgação
"'O Discurso do Rei', favorito ao prêmio de melhor produção "
Chegou a grande noite do glamour e dos meganegócios do cinema americano. A partir das 23 horas (horário de Brasília, com transmissão pela Globo e canal TNT), quando os primeiros envelopes forem abertos, começa a 83.ª edição do Oscar que, diante dos holofotes, vai ser marcada pela tradicional disputa entre as estrelas, enquanto, atrás das cortinas, produtores calculam os lucros proporcionados pelas estatuetas. Uma luta estratégica, que até define a qualidade dos filmes deste ano, divididos entre o classicismo e a nova tecnologia.
Representando o primeiro está O Discurso do Rei, favorito ao prêmio de melhor produção do ano e também de ator, com Colin Firth. Do outro lado, A Rede Social, intrigante drama sobre a criação do mais importante site de relacionamento, o Facebook, que deverá ganhar a estatueta de direção, para David Fincher.
Como de hábito, a Academia de Ciências de Hollywood acolhe novidades tecnológicas, mas prefere aplaudir de pé o tradicionalismo. Assim, apesar de se apoiar em uma maciça campanha pelas mídias sociais (haverá transmissão pelo Twitter e Facebook), o convencional parece que ainda lhe agrada mais. Basta lembrar do ano passado, quando o inovador Avatar saiu de mãos abanando, obrigado a acompanhar a vitória de Guerra ao Terror que, embora criativo na direção, não apresentou nenhum recurso novo.
Veja também:
Quais são as suas apostas? Vote!
Ouça as músicas que concorrem a 'Melhor Canção'
Televisão Social. Hoje todos veremos o Oscar juntos
A boa e velha expectativa. Vã?
Filmes bons, não inesquecíveis
Cisne Negro ganha 4 prêmios Spirit
O mesmo deve acontecer neste ano - o Kodak Theatre, local da festa, já está revestido do tradicional tapete vermelho para receber estrelas bem e mal vestidas. O foco deverá ser a equipe de O Discurso do Rei, líder nas indicações (12). A história da gagueira do rei George VI é narrada com um perfeccionismo exemplar pelo diretor Tom Hooper, artífice do mais puro classicismo cinematográfico tanto na trama como na narrativa, ambas apoiadas por notáveis atuações.
Já A Rede Social busca um equilíbrio entre roteiro e direção ao narrar a vertiginosa origem do famoso site, utilizando a mesma velocidade que caracteriza as navegações na internet para apresentar o amado e odiado personagem vivido por Jesse Eisenberg.
As vitórias se baseiam em regras básicas, que vão desde a comprovada eficiência artística como, principalmente, a bem manobrada campanha nos bastidores, na garimpagem pelos votos dos 5.755 eleitores da Academia. Sim, o Oscar não tem preço, mas a vitoriosa ascensão de O Discurso do Rei consumiu entre US$ 10 milhões e US$ 15 milhões em divulgação paga pela produtora Weinstein Co., segundo o jornal New York Times.
Trata-se da empresa do magnata Harvey Weinstein que, em 1999, quando comandava a Miramax, passou a rasteira no então favorito O Resgate do Soldado Ryan e faturou os principais prêmios com Shakespeare Apaixonado. Como? Na reta final dos votos, uma blitze publicitária avaliada em US$ 15 milhões ressaltou as qualidades do filme. E os prêmios turbinaram as bilheterias.
E onde fica a arte? Hollywood habituou-se a reservar seu olhar mais artístico para categorias secundárias, como as de filme estrangeiro e documentário, na qual o Brasil está participando com Lixo Extraordinário, coprodução da O2 Filmes. 'O filme vem surpreendendo por mostrar a superação das pessoas', disse ao Estado o codiretor João Jardim. É o caso do reciclador de lixo Tião dos Santos, que vai cruzar à noite, e de queixo erguido, o tapete vermelho. 'Sempre fomos desprezados', comenta.
A vitoriosa trajetória do filme será acompanhada hoje por um telão em Jardim Gramacho, no Rio. 'Mais de 5 mil pessoas vão assistir', acredita Tião.
Divulgação
"'O Discurso do Rei', favorito ao prêmio de melhor produção "
Chegou a grande noite do glamour e dos meganegócios do cinema americano. A partir das 23 horas (horário de Brasília, com transmissão pela Globo e canal TNT), quando os primeiros envelopes forem abertos, começa a 83.ª edição do Oscar que, diante dos holofotes, vai ser marcada pela tradicional disputa entre as estrelas, enquanto, atrás das cortinas, produtores calculam os lucros proporcionados pelas estatuetas. Uma luta estratégica, que até define a qualidade dos filmes deste ano, divididos entre o classicismo e a nova tecnologia.
Representando o primeiro está O Discurso do Rei, favorito ao prêmio de melhor produção do ano e também de ator, com Colin Firth. Do outro lado, A Rede Social, intrigante drama sobre a criação do mais importante site de relacionamento, o Facebook, que deverá ganhar a estatueta de direção, para David Fincher.
Como de hábito, a Academia de Ciências de Hollywood acolhe novidades tecnológicas, mas prefere aplaudir de pé o tradicionalismo. Assim, apesar de se apoiar em uma maciça campanha pelas mídias sociais (haverá transmissão pelo Twitter e Facebook), o convencional parece que ainda lhe agrada mais. Basta lembrar do ano passado, quando o inovador Avatar saiu de mãos abanando, obrigado a acompanhar a vitória de Guerra ao Terror que, embora criativo na direção, não apresentou nenhum recurso novo.
Veja também:
Quais são as suas apostas? Vote!
Ouça as músicas que concorrem a 'Melhor Canção'
Televisão Social. Hoje todos veremos o Oscar juntos
A boa e velha expectativa. Vã?
Filmes bons, não inesquecíveis
Cisne Negro ganha 4 prêmios Spirit
O mesmo deve acontecer neste ano - o Kodak Theatre, local da festa, já está revestido do tradicional tapete vermelho para receber estrelas bem e mal vestidas. O foco deverá ser a equipe de O Discurso do Rei, líder nas indicações (12). A história da gagueira do rei George VI é narrada com um perfeccionismo exemplar pelo diretor Tom Hooper, artífice do mais puro classicismo cinematográfico tanto na trama como na narrativa, ambas apoiadas por notáveis atuações.
Já A Rede Social busca um equilíbrio entre roteiro e direção ao narrar a vertiginosa origem do famoso site, utilizando a mesma velocidade que caracteriza as navegações na internet para apresentar o amado e odiado personagem vivido por Jesse Eisenberg.
As vitórias se baseiam em regras básicas, que vão desde a comprovada eficiência artística como, principalmente, a bem manobrada campanha nos bastidores, na garimpagem pelos votos dos 5.755 eleitores da Academia. Sim, o Oscar não tem preço, mas a vitoriosa ascensão de O Discurso do Rei consumiu entre US$ 10 milhões e US$ 15 milhões em divulgação paga pela produtora Weinstein Co., segundo o jornal New York Times.
Trata-se da empresa do magnata Harvey Weinstein que, em 1999, quando comandava a Miramax, passou a rasteira no então favorito O Resgate do Soldado Ryan e faturou os principais prêmios com Shakespeare Apaixonado. Como? Na reta final dos votos, uma blitze publicitária avaliada em US$ 15 milhões ressaltou as qualidades do filme. E os prêmios turbinaram as bilheterias.
E onde fica a arte? Hollywood habituou-se a reservar seu olhar mais artístico para categorias secundárias, como as de filme estrangeiro e documentário, na qual o Brasil está participando com Lixo Extraordinário, coprodução da O2 Filmes. 'O filme vem surpreendendo por mostrar a superação das pessoas', disse ao Estado o codiretor João Jardim. É o caso do reciclador de lixo Tião dos Santos, que vai cruzar à noite, e de queixo erguido, o tapete vermelho. 'Sempre fomos desprezados', comenta.
A vitoriosa trajetória do filme será acompanhada hoje por um telão em Jardim Gramacho, no Rio. 'Mais de 5 mil pessoas vão assistir', acredita Tião.
sábado, 26 de fevereiro de 2011
Ainda somos amantes?
cida torneros escreveu isso em 2007
Ainda somos amantes?
ela perguntou a si mesma
era madrugada, o sentiu
apesar de estar tão longe
dele veio um cheiro, um gesto,
de amor, ela questionou, intuiu,
parecia um sonho, parecia alucinação...
um dedo resvalou na sua nuca
ela arrepiou-se, não podia ser verdade,
devia estar ficando senil, era a idade,
como saber-se amada ainda, tão depois,
era coisa de mulher carente e maluca,
questionou-se sobre a voz que sussurrava,
era dele, não tinha dúvida, dizia que a amava,
ela se encolheu na cama, se enroscou,
um peso sobre si, um nó de braços,
uma sensação de se apertar como um sopro,
ela nem conseguia mover-se, ficou lívida,
nem devia crer no que lhe parecia louco,
nem devia pensar ou sentir o que se passou,
o tempo os deixara para trás, a vida os separou,
nada daquilo era real, ela chorou a dívida
de uma paixão que virou amor que se desfez...
... ele a deixou porque era inteligente e profunda,
foi o que argumentou, ela lembrou de repente,
e profunda era a dor que sentia agora, da saudade,
seria inteligente emitir algum som e indagar ao ausente,
ao mesmo ser que se fazia presente ali como um fantasma,
o quanto havia de verdadeiro naquela visita extra-corpórea,
ela e ele tinham tudo bem gravado no corpo e na memória...
... tomou coragem, a mulher abandonada e solitária,
deixou que o pranto se abrandasse e que sua alma falasse...
finalmente perguntou, ainda atada ao corpo ectoplasmático
tão entrelaçados eram seus movimentos, muita identidade...
- Soletrou devagar, o peito arfante, a boca tímida, ouvido atento,
as ancas ondulantes em posição de sentido, as pernas trêmulas,
o sentimento infeliz de insegurança, medo e perda, o desalento...
- Por que vieste esta noite me tocar no leito, por que me atormentas,
pensas que sou a mulher que o espera eternamente como antes?
não tens o direito de me fazer reviver o ardor dos nossos encontros,
nem sei onde paramos, mas também não sei se ainda somos amantes....
Ela, então respondeu, a si mesma...
melhor deixá-lo ir... se é o que ele quer...
mas, sentindo cada vez mais apertado o laço que a prendia,
adormeceu presa ao homem que a visitava como uma fantasia...
E, se houve o amor, o prazer , ou a entrega,
só o sonho poderia contar sobre o delírio insano,
adormecida, jogada na cama, despida, estava cega
de amor, saudade, imaginação, interrompido plano
de terem sido amantes eternamente, para serem assim,
seres atravessando continentes e ares para se amarem, enfim...
Aparecida Torneros
12/06/07
Ainda somos amantes?
ela perguntou a si mesma
era madrugada, o sentiu
apesar de estar tão longe
dele veio um cheiro, um gesto,
de amor, ela questionou, intuiu,
parecia um sonho, parecia alucinação...
um dedo resvalou na sua nuca
ela arrepiou-se, não podia ser verdade,
devia estar ficando senil, era a idade,
como saber-se amada ainda, tão depois,
era coisa de mulher carente e maluca,
questionou-se sobre a voz que sussurrava,
era dele, não tinha dúvida, dizia que a amava,
ela se encolheu na cama, se enroscou,
um peso sobre si, um nó de braços,
uma sensação de se apertar como um sopro,
ela nem conseguia mover-se, ficou lívida,
nem devia crer no que lhe parecia louco,
nem devia pensar ou sentir o que se passou,
o tempo os deixara para trás, a vida os separou,
nada daquilo era real, ela chorou a dívida
de uma paixão que virou amor que se desfez...
... ele a deixou porque era inteligente e profunda,
foi o que argumentou, ela lembrou de repente,
e profunda era a dor que sentia agora, da saudade,
seria inteligente emitir algum som e indagar ao ausente,
ao mesmo ser que se fazia presente ali como um fantasma,
o quanto havia de verdadeiro naquela visita extra-corpórea,
ela e ele tinham tudo bem gravado no corpo e na memória...
... tomou coragem, a mulher abandonada e solitária,
deixou que o pranto se abrandasse e que sua alma falasse...
finalmente perguntou, ainda atada ao corpo ectoplasmático
tão entrelaçados eram seus movimentos, muita identidade...
- Soletrou devagar, o peito arfante, a boca tímida, ouvido atento,
as ancas ondulantes em posição de sentido, as pernas trêmulas,
o sentimento infeliz de insegurança, medo e perda, o desalento...
- Por que vieste esta noite me tocar no leito, por que me atormentas,
pensas que sou a mulher que o espera eternamente como antes?
não tens o direito de me fazer reviver o ardor dos nossos encontros,
nem sei onde paramos, mas também não sei se ainda somos amantes....
Ela, então respondeu, a si mesma...
melhor deixá-lo ir... se é o que ele quer...
mas, sentindo cada vez mais apertado o laço que a prendia,
adormeceu presa ao homem que a visitava como uma fantasia...
E, se houve o amor, o prazer , ou a entrega,
só o sonho poderia contar sobre o delírio insano,
adormecida, jogada na cama, despida, estava cega
de amor, saudade, imaginação, interrompido plano
de terem sido amantes eternamente, para serem assim,
seres atravessando continentes e ares para se amarem, enfim...
Aparecida Torneros
12/06/07
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
pussycat dolls - Perhaps, perhaps, perhaps en español
Talvez, talvez,talvez
Cida Torneros*
O dia começou e meu amigo me escreve de Paris, “estoy solito”, justo neste 14 de fevereiro, quando se comemora por lá (e também na América) o Valentin’s Day, Dia dos Namorados.
Meu amigo é brasileiro, tem trabalhos que o fazem peregrinar por aí, pelos lugares mais distantes, segue amanhã para o Oriente Médio. Vai quase sempre em missão que une negócios e política, digamos que é seu ofício observar o mundo, a evolução econômica dos povos, articular-se para que o Brasil se insira cada vez mais no panorama do crescimento moderno. Ele é um idealista.
Mas todos os enamorados da vida são idealistas…sonham com mundo melhor, com felicidade mais bem repartida, com liberdade nos países ditatoriais, com ausência da fome, com saúde e bem estar para si e para os outros.
Namorar alguém significa desejar viver o bem a dois, um bem compartilhado, o exercício da emoção conjunta de ver o por do sol ou de acordar e ter a tal criatura no pensamento, como primeira imagem do dia. Pode ser mais. Pode ser menos. O namoro pode oscilar, tipo aquela brincadeira, esquenta e esfria, mas quando é namoro, é e pronto.
Hoje eu lembrei que no baile de formatura dos meus vinte e poucos anos, aluguei um namorado, rs, literalmente.
Sempre fui sapeca e avançada. Já que não tinha um oficial, foi mais fácil contratar um que passou o baile inteiro (anos 70) fazendo o papel de namorado meu e inveja às minhas amigas. Truque de garota experta. Eu estava feliz, apesar…ora eu me formava, era estudiosíssima, corria atrás de trabalho, dançava e curtia demais a vida. Também andava metida em algumas reuniões políticas e ia nas passeatas contra a ditadura.
Leio no blog de outro amigo uma alusão ao Dia dos Namorados que ele passou, entre amigos e familiares, em Nova York há 11 anos atrás, e ele postou a canção “Quiçás, quiçás, quiçás”, na voz do Nat King Cole.
O talvez provavelmente é o tempero do namoro. Talvez ele me ame de verdade, talvez ela nem se lembre que eu existo, talvez você venha viver comigo pra sempre, talvez daqui a alguns anos eu nem sinta mais o que sinto hoje por alguém. Talvez seja um namoro de ocasião. Mas se é Dia dos Namorados, cabe mandar flores, oferecer bombom, ouvir e dançar bela música como a do “talvez” e beijar o beijo ofegante, avassalador, do encontro e do medo da perda.
Um grande dia para os enamorados, e para os que vivem de recordar seus ex… vale embonecar-se e sair por aí… amar a vida, amar a alegria de viver, amar ter sido amada, amar poder amar alguém de verdade, ou mesmo de brincadeirinha… vale tudo… qualquer maneira de amar vale a pena…
Deixar de namorar, de desejar, de amar é que não tá com nada, senhores, vamos à luta, e amemos pois, cada um ao seu jeito, de mãos dadas, abraçadinhos, olhos nos olhos, que o espetáculo da Vida é um só, a cada segundo…
Feliz dia de São Valentim pra todos nós… Na falta de um namorado oficial, que tal um virtual, ou um imaginário? Como é bom curtir um sonho de amor e ser premiado com um suspiro interior de alegria de viver.
Na falta de um namorado ou de uma namorada, sugiro que se enamorem do próprio Amor!!! Assim, não estarão perdendo tempo, com tanto talvez, talvez, talvez!
*Cida Torneros é jornalista.
domingo, 20 de fevereiro de 2011
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
Paris, lugar para se amar...muito...a vida...
Retorno a Paris, em maio...dois anos depois da primeira vez...
como dizem que a primeira vez, a gente nunca esquece...é evidente que tudo segue em mim à flor da pele...
mas, as novas sensações de visão, olfato, gosto, audição e tato estarão renovadas... quero sentir uma nova Paris, com mais lucidez e menos êxtase...quero estar bem acordada... perceber nuances extremas e desfrutar dos poucos dias em que por lá estarei, com alegria, muito amor à vida, e principalmente, um coração apaziguado...não mais apaixonado loucamente...agora, estarei com a devida maturação dos sentimentos ultrapassados... e viva Paris, que espera pelos seus amantes eternos, de todas as partes do mundo...
Cida Torneros
como dizem que a primeira vez, a gente nunca esquece...é evidente que tudo segue em mim à flor da pele...
mas, as novas sensações de visão, olfato, gosto, audição e tato estarão renovadas... quero sentir uma nova Paris, com mais lucidez e menos êxtase...quero estar bem acordada... perceber nuances extremas e desfrutar dos poucos dias em que por lá estarei, com alegria, muito amor à vida, e principalmente, um coração apaziguado...não mais apaixonado loucamente...agora, estarei com a devida maturação dos sentimentos ultrapassados... e viva Paris, que espera pelos seus amantes eternos, de todas as partes do mundo...
Cida Torneros
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
TALVEZ, TALVEZ, TALVEZ...
Talvez, talvez, talvez…
Cida Torneros*
O dia começou e meu amigo me escreve de Paris, “estoy solito”, justo neste 14 de fevereiro, quando se comemora por lá (e também na América) o Valentin’s Day, Dia dos Namorados…
Meu amigo é brasileiro, tem trabalhos que o fazem peregrinar por aí, pelos lugares mais distantes, segue amanhã para o Oriente Médio. Vai quase sempre em missão que une negócios e política, digamos que é seu ofício observar o mundo, a evolução econômica dos povos, articular-se para que o Brasil se insira cada vez mais no panorama do crescimento moderno. Ele é um idealista.
Mas todos os enamorados da vida são idealistas…sonham com mundo melhor, com felicidade mais bem repartida, com liberdade nos países ditatoriais, com ausência da fome, com saúde e bem estar para si e para os outros.
Namorar alguém significa desejar viver o bem a dois, um bem compartilhado, o exercício da emoção conjunta de ver o por do sol ou de acordar e ter a tal criatura no pensamento, como primeira imagem do dia. Pode ser mais. Pode ser menos. O namoro pode oscilar, tipo aquela brincadeira, esquenta e esfria, mas quando é namoro, é e pronto.
Hoje eu lembrei que no baile de formatura dos meus vinte e poucos anos, aluguei um namorado, rs, literalmente.
Sempre fui sapeca e avançada. Já que não tinha um oficial, foi mais fácil contratar um que passou o baile inteiro (anos 70) fazendo o papel de namorado meu e inveja às minhas amigas. Truque de garota experta. Eu estava feliz, apesar…ora eu me formava, era estudiosíssima, corria atrás de trabalho, dançava e curtia demais a vida. Também andava metida em algumas reuniões políticas e ia nas passeatas contra a ditadura.
Leio no blog de outro amigo uma alusão ao Dia dos Namorados que ele passou, entre amigos e familiares, em Nova York há 11 anos atrás, e ele postou a canção “Quiçás, quiçás, quiçás”, na voz do Nat King Cole.
O talvez provávelemente é o tempero do namoro. Talvez ele me ame de verdade, talvez ela nem se lembre que eu existo, talvez você venha viver comigo pra sempre, talvez daqui a alguns anos eu nem sinta mais o que sinto hoje por alguém. Talvez seja um namoro de ocasião. Mas se é Dia dos Namorados, cabe mandar flores, oferecer bombom, ouvir e dançar bela música como a do “talvez” e beijar o beijo ofegante, avassalador, do encontro e do medo da perda.
Um grande dia para os enamorados, e para os que vivem de recordar seus ex… vale embonecar-se e sair por aí… amar a vida, amar a alegria de viver, amar ter sido amada, amar poder amar alguém de verdade, ou mesmo de brincadeirinha… vale tudo… qualquer maneira de amar vale a pena…
Deixar de namorar, de desejar, de amar é que não tá com nada, senhores, vamos à luta, e amemos pois, cada um ao seu jeito, de mãos dadas, abraçadinhos, olhos nos olhos, que o espetáculo da Vida é um só, a cada segundo…
Feliz dia de São Valentim pra todos nós… Na falta de um namorado oficial, que tal um virtual, ou um imaginário? Como é bom curtir um sonho de amor e ser premiado com um suspiro interior de alegria de viver.
Na falta de um namorado ou de uma namorada, sugiro que se enamorem do próprio Amor!!! Assim, não estarão perdendo tempo, com tanto talvez, talvez, talvez!
*Cida Torneros é jornalista.
Cida Torneros*
O dia começou e meu amigo me escreve de Paris, “estoy solito”, justo neste 14 de fevereiro, quando se comemora por lá (e também na América) o Valentin’s Day, Dia dos Namorados…
Meu amigo é brasileiro, tem trabalhos que o fazem peregrinar por aí, pelos lugares mais distantes, segue amanhã para o Oriente Médio. Vai quase sempre em missão que une negócios e política, digamos que é seu ofício observar o mundo, a evolução econômica dos povos, articular-se para que o Brasil se insira cada vez mais no panorama do crescimento moderno. Ele é um idealista.
Mas todos os enamorados da vida são idealistas…sonham com mundo melhor, com felicidade mais bem repartida, com liberdade nos países ditatoriais, com ausência da fome, com saúde e bem estar para si e para os outros.
Namorar alguém significa desejar viver o bem a dois, um bem compartilhado, o exercício da emoção conjunta de ver o por do sol ou de acordar e ter a tal criatura no pensamento, como primeira imagem do dia. Pode ser mais. Pode ser menos. O namoro pode oscilar, tipo aquela brincadeira, esquenta e esfria, mas quando é namoro, é e pronto.
Hoje eu lembrei que no baile de formatura dos meus vinte e poucos anos, aluguei um namorado, rs, literalmente.
Sempre fui sapeca e avançada. Já que não tinha um oficial, foi mais fácil contratar um que passou o baile inteiro (anos 70) fazendo o papel de namorado meu e inveja às minhas amigas. Truque de garota experta. Eu estava feliz, apesar…ora eu me formava, era estudiosíssima, corria atrás de trabalho, dançava e curtia demais a vida. Também andava metida em algumas reuniões políticas e ia nas passeatas contra a ditadura.
Leio no blog de outro amigo uma alusão ao Dia dos Namorados que ele passou, entre amigos e familiares, em Nova York há 11 anos atrás, e ele postou a canção “Quiçás, quiçás, quiçás”, na voz do Nat King Cole.
O talvez provávelemente é o tempero do namoro. Talvez ele me ame de verdade, talvez ela nem se lembre que eu existo, talvez você venha viver comigo pra sempre, talvez daqui a alguns anos eu nem sinta mais o que sinto hoje por alguém. Talvez seja um namoro de ocasião. Mas se é Dia dos Namorados, cabe mandar flores, oferecer bombom, ouvir e dançar bela música como a do “talvez” e beijar o beijo ofegante, avassalador, do encontro e do medo da perda.
Um grande dia para os enamorados, e para os que vivem de recordar seus ex… vale embonecar-se e sair por aí… amar a vida, amar a alegria de viver, amar ter sido amada, amar poder amar alguém de verdade, ou mesmo de brincadeirinha… vale tudo… qualquer maneira de amar vale a pena…
Deixar de namorar, de desejar, de amar é que não tá com nada, senhores, vamos à luta, e amemos pois, cada um ao seu jeito, de mãos dadas, abraçadinhos, olhos nos olhos, que o espetáculo da Vida é um só, a cada segundo…
Feliz dia de São Valentim pra todos nós… Na falta de um namorado oficial, que tal um virtual, ou um imaginário? Como é bom curtir um sonho de amor e ser premiado com um suspiro interior de alegria de viver.
Na falta de um namorado ou de uma namorada, sugiro que se enamorem do próprio Amor!!! Assim, não estarão perdendo tempo, com tanto talvez, talvez, talvez!
*Cida Torneros é jornalista.
domingo, 13 de fevereiro de 2011
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
A viagem do amor...
A viagem do Amor
arrumei a bagagem...
meus lábios e minhas sensações...
não precisava muito mais..
talvez a musculatura mais tensa...
talvez fosse bobagem...
o que contavam eram as emoções...
e quando a gente pensa
não se permite sentir sem freios...
chegou o dia...embarquei na viagem do Amor...
acomodei-me nos braços dele, envolvi-me...
viajei sem perceber a velocidade dos movimentos,
apreciei a paisagem mas não fixei detalhes,
eram muitas informações em pouco tempo...
atravessei oceanos, ares, visitei países de sonhos,
descansei nas curvas da estrada que leva ao seu coração,
adormeci em intervalos nao muito precisos, ouvi sussurros,
gemi com o vento, espreguicei com a maré, deleitei-me...
viajei por cada lugar insólito, indescritível, conheci do Amor,
tantas facetas, tantos prazeres, tantas fugazes palavras...
e... um dia, precisei voltar ao ponto de partida... aos murros,
aos pontapés, no entrecortado banho de lucidez, abandonei o rumo,
fugi daquela viagem sem muito destino certo... e estacionei num canto...
aqui estou, enclausurada nas minhas lembranças daquela viagem,
mas não me sinto infeliz, de forma alguma, foi um passeio especial,
viajei bem acompanhada, aproveitei cada minuto, cada segundo...
agora, se alguém me perguntar o que de melhor ficou em mim,
do que restou da aventura, direi que dentro de mim ficou o mundo...
lá fora, nem sei mais, acho que há muitos caminhos e novas viagens,
mas nem me atrevo, nem que me atraem, bastou aquela viagem do Amor
para me fazer entender a eternidade dos passos que damos em direção
aos nossos próprios pensamentos, aos nossos sentimentos reordenados...
lembro bem que na virada do tempo, o Amor me trouxe de volta,
me deixou quieta, me deixou plena, o Amor me deu o Paraíso,
conduziu-me pelas sendas da magia ofereceu a mim, a Paz dos afortunados...
Aparecida Torneros
arrumei a bagagem...
meus lábios e minhas sensações...
não precisava muito mais..
talvez a musculatura mais tensa...
talvez fosse bobagem...
o que contavam eram as emoções...
e quando a gente pensa
não se permite sentir sem freios...
chegou o dia...embarquei na viagem do Amor...
acomodei-me nos braços dele, envolvi-me...
viajei sem perceber a velocidade dos movimentos,
apreciei a paisagem mas não fixei detalhes,
eram muitas informações em pouco tempo...
atravessei oceanos, ares, visitei países de sonhos,
descansei nas curvas da estrada que leva ao seu coração,
adormeci em intervalos nao muito precisos, ouvi sussurros,
gemi com o vento, espreguicei com a maré, deleitei-me...
viajei por cada lugar insólito, indescritível, conheci do Amor,
tantas facetas, tantos prazeres, tantas fugazes palavras...
e... um dia, precisei voltar ao ponto de partida... aos murros,
aos pontapés, no entrecortado banho de lucidez, abandonei o rumo,
fugi daquela viagem sem muito destino certo... e estacionei num canto...
aqui estou, enclausurada nas minhas lembranças daquela viagem,
mas não me sinto infeliz, de forma alguma, foi um passeio especial,
viajei bem acompanhada, aproveitei cada minuto, cada segundo...
agora, se alguém me perguntar o que de melhor ficou em mim,
do que restou da aventura, direi que dentro de mim ficou o mundo...
lá fora, nem sei mais, acho que há muitos caminhos e novas viagens,
mas nem me atrevo, nem que me atraem, bastou aquela viagem do Amor
para me fazer entender a eternidade dos passos que damos em direção
aos nossos próprios pensamentos, aos nossos sentimentos reordenados...
lembro bem que na virada do tempo, o Amor me trouxe de volta,
me deixou quieta, me deixou plena, o Amor me deu o Paraíso,
conduziu-me pelas sendas da magia ofereceu a mim, a Paz dos afortunados...
Aparecida Torneros
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
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