Charles Aznavour
Que c’est triste Venise
Au temps des amours mortes
Que c’est triste Venise
Quand on ne s’aime plus
On cherche encore des mots
Mais l’ennui les emporte
On voudrais bien pleurer
Mais on ne le peut plus
Que c’est triste Venise
Lorsque les barcarolles
Ne viennent souligner
Que des silences creux
Et que le cœur se serre
En voyant les gondoles
Abriter le bonheur
Des couples amoureux
Que c’est triste Venise
Au temps des amours mortes
Que c’est triste Venise
Quand on ne s’aime plus
Les musées, les églises
Ouvrent en vain leurs portes
Inutile beauté
Devant nos yeux déçus
Que c’est triste Venise
Le soir sur la lagune
Quand on cherche une main
Que l’on ne vous tend pas
Et que l’on ironise
Devant le clair de lune
Pour tenter d’oublier
Ce qu’on ne se dit pas
Adieu tout les pigeons
Qui nous ont fait escorte
Adieu Pont des Soupirs
Adieu rêves perdus
C’est trop triste Venise
Au temps des amours mortes
C’est trop triste Venise
Quand on ne s’aime plus
Tags: arte, canto, Charles Aznavour, musica, Que c'est triste Venice
1 COMENTÁRIO PARA "Que c’est triste Venise":
Comentado por Maria Aparecida Torneros da Silva em 11/03/2009 - 00:11h:
Tributo a Charles Aznavour!! fui assisti-lo no Vivo Rio…em 2008
Decidi repentinamente. Faltavam 15 minutos para as 8 da noite, de um domingo frio, chuvoso. Meus sentimentos eram de que o show do Aznavour ia começar a alguns quilômetros da minha casa e talvez eu nunca estivesse tão perto dele de novo, pelo menos fisicamente, já que sua canção permanece dentro de mim, há décadas. Mas, um furor tomou-me conta, aprontei-me em 10 minutos, peguei um táxi, rumei para a casa de shows. Cheguei lá e a bilheteira informou-me que acabara de fechar o borderô, era possível ouvir o som da sua voz ecoando no subsolo, onde fica o palco. Meu olhar pedinte, talvez, a sensação de vitoriosa investida para conseguir um lugar na platéia, ou quem sabe, a energia que emanava do artista e me pegava de jeito definitivo, tudo isso fez com que a mulher me vendesse a entrada, e eu corresse para pegar pelo menos uma hora de show.
Sentei na tal fila às escuras e vislumbrei a cabeça branca dele, no traje escuro, emocionando os ouvintes, esbanjando vitalidade. Seguiram-se os clássicos, vi e ouvi o bom Charles cantar La Boheme, Que cest triste Venize, Her encore, Ave Maria, She.
Tentei fotografar e filmar, atrapalhei-me toda, estava mesmo emocionada. A cada aplauso, o sentido da vida desse artista encantador, e seus volteios, quando cantou Dance in the old fashion way, me fizeram respirar profundamente.
O homem capaz de fazer sonhar uma platéia de românticos que se repete no mundo inteiro, nas suas turnês, quando sua missão é dar sentido mesmo ao amor que as pessoas podem se orgulhar de identificar nas melodias, nas palavras e nas almas invadidas pela melhor das ilusões huamanas.
Saí de lá tão leve, tão dona de mim mesma, do meu intenso dom de agradecer mais uma vez à vida, pela oportunidade. Meu coração permanece apaixonado. Sozinha, imaginei que o amor nem precisava me acompanhar, ele estava dentro de mim.
Ao chegar em casa, tratei de me fotografar. Sabia que meu rosto resplandecia a arte do Charles, e meu coração ainda batia ao compasso do último momento. Quando corri à beira do palco e pude ver e fotografá-lo abrindo a cortina para um aceno que flagrei, com imagem inesquecível, incrivelmente próxima, no auge da minha tietagem explícita e da solene busca do olhar que o Charles me lançou sorrindo e eu retribuí chorando. Coisas de fã, evidentemente. Coisas de gente da minha geração que saúda um grande intérprete, com tanta força de viver, exemplo vivo do bem que nossa alma traz latente, ele, aos 84, estava ali e nos encantou, com talento e doação espiritual, a mim , pelo menos, acho que me enfeitou os olhos, apurou os ouvidos e lapidou frases que agora tento pôr pra fora, como torrente de imperativa eloquência para contar que eu fui , vi e ouvi o Charles Aznavour, como um prêmio e um ritual de vida.
Aparecida Torneros
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