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terça-feira, 1 de junho de 2010

67 mulheres contam como conquistaram seu espaço no jornalismo

Em livro, 67 mulheres contam como conquistaram seu espaço no jornalismo


da Livraria da Folha


Por meio do relato de 67 jornalistas, a incursão das mulheres no meio

Na década de 1950, havia um pouco mais de 30 mulheres na imprensa paulista. A maior parte delas atuava apenas em suplementos femininos, colunas sociais ou escrevia assuntos mais amenos para a época.


Política, economia ou noticiário internacional não estavam em suas projeções escritas. O que não ocorre hoje em dia. Nos anos 1970, vieram os primeiros cargos de chefia até a transformação do jornalismo em profissão híbrida. "Mulheres Jornalistas: a Grande Invasão", de Regina Helena de Paiva Ramos, retrata muito bem como se deu esse avanço feminino na imprensa ao longo de seis décadas.

A jornalista, autora e aluna formada na quarta turma de jornalismo na Faculdade Cásper Líbero (1952) traça um panorama de 67 mulheres que insistiram na luta e conquistaram seu espaço nos veículos de mídia. O leitor saberá, por exemplo, que Lenita Miranda de Figueiredo foi a fundadora do caderno Folhinha, da Folha de S.Paulo.

Inspirada na revista infantil "O tico-tico", a jornalista criou o caderno em 1963, com a finalidade de formar, informar e entreter as crianças. O número 1 saiu no dia 8 de setembro daquele ano. Na capa, um menino pendurado em uma cerca, no zoológico, medindo o pescoço de uma girafa. O filho era de Lenita.


Lucinha Fragata chegou a ser impedida pelo porteiro de entrar no "Jornal da Tarde" porque lá só trabalhavam homens. Teresa Otondo foi a primeira editora de economia do país, e Maria Lúcia Sampaio foi a primeira a trabalhar no "L'Osservatore Romano". O volume também mostra mulheres que cobriram fatos históricos importantes como a morte de Che Guevara, por Helle Alvez.


Conquistas, curiosidades e histórias que comovem. Regina perfila cada uma dessas mulheres e expõe o quão importante foram para a história da imprensa tanto brasileira quanto mundial.

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