Maracanã

Maracanã

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Leonardo Favio












Leonardo Favio. 
Onze entre dez diretores argentinos confirmam que ele é uma das grandes personalidades do cinema do país vizinho. Favio foi descoberto por Torre-Nilsson, outro nome fundamental do cinema do Prata, com quem fez El Secuestrador, Fin de Fiesta e La Mano en la Trampa. Em 1964, ele fez seu primeiro longa, Crónica de Un Niño Solo, a que tive o privilégio de assistir em Buenos Aires. Depois vieram Este es el Romance del Aniceto y la Francisca e Juan Moreira. 

Todos esses filmes fazem parte da minha memória, mas gostaria muito de revê-los. Mais para o fim dos anos 60, Favio iniciou outra carreira, de cantor e compositor. Foi sempre paradigma de um cinema argentino combativo e politizado. Líder peronista, teve um hiato de quase 20 anos na carreira como diretor. 

Fez seu monumental documentário sobre Perón, Sinfonia del Sentimiento, que tem,  umas seis horas, mas só o título me deixa nos cascos.  Leonardo Favio será tudo aquilo que está escrito na nossa memória e na de tantos artistas argentinos que fomos conhecendo depois? Será? Vale tentar rever alguns de seus filmes, pelo menos. Leonardo Favio representa, sempre representou, a resistência do cinema latino ao colonialismo cultural. 

( extraído de um texto de Luiz Carlos Merten)


Nenhum comentário: