Maracanã

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quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Quero voltar a Paris, em abril!





 O ano está acabando, surpreendi-me, porque esse 2009 correu assim, além da velocidade, nem me dando tempo pra sentir mais prazerosamente os minutos do que ele me proporcionou. De tudo, e põe tudo nisso, destaco a viagem que fiz em maio, com 3 amigas, à Europa, passando por Espanha, Portugal e França. Tudo foi lindo e emocionante. Ter conhecido a terra dos meus ancestrais, em Verin, na Galícia, situou minha razão de ser, consegui voltar no tempo, na memória genética, e no pequeno cemitério da Razela, conversei com meus bisavós Antonio e Manuela, sobre a vida, sim, pude falar da vida dos seus filhos Obidio e Carmen, que emigraram para a América e nunca mais voltaram para revê-los. Disse-lhes que sua família é bem grande, netos e bisnetos espalhados no Brasil e nos Estados Unidos, representei todos naquela pequena estada, num fim de tarde, com lágrimas nos olhos e coração apaziguado.

O resto da viagem eu vivi na sombra de uma paixão. A paixão maior, pela vida, me conduziu a monumentos, praias, cidades, museus, igrejas, estações de metrô, longas viagens rodoviárias, percursos de trem, avançando em direção a última cidade que iria me deslumbrar. Estou falando, claro, de Paris. Ali, reencontrei o amor. Ou melhor, ele foi me encontrar. Surgiu na manhã de uma sexta-feira. Trazia um beijo especial, com gosto de dentifrício, para me marcar a boca, perplexamente. Acompanhou-me , de mãos dadas, pelos passeios nas ruas parisienses, levou-me ao Café de Flore, abraçou-me com muito carinho, disse nos meus ouvidos todas as palavras que um amante sabe dizer para eternizar seus sentimentos.

Voltei de Paris direto para o Rio de Janeiro, no último dia de maio. E, nesse resto de ano, tenho estudado francês, pois decidi que em 2010, visito outravez a cidade-luz. Há muito a ver que fiquei devendo a mim mesma. Preciso de mais tempo por aquela deslumbrante Paris. Mas quero ir em abril, acho que preciso chegar lá, junto com o resplandecer de uma primavera que me aguarda renascente de flores, colorida de esperança, cheia de amor, e, sei que este também enfeitará de brilhos e cores o meu coração amadurecido e rejuvenecido pela sua presença em minha vida. Quero reencontrar o mesmo amor que lá deixei, num abril esfusiante, naquela mesma Paris que eterniza o amor e ressuscita as almas dos amantes reencontrados.
                                                  Cida Torneros   

Um comentário:

Helena Teixeira disse...

Olá Cida!
Mesmo nao passando tantas vezes aqui como gostaria,nao tenho esquecido a menina :) Recebeu meu postalito?Foi um pequeno gesto fofo que quis lhe oferecer.
Vai para Paris em Abril?Já marcou passagem?É que eu também estou a pensar ir lá nessa altura.Possivelmente passar lá a Páscoa :)
Jocas gordas
Lena