Maracanã

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terça-feira, 17 de março de 2009

Premiada a Rainha da Jordânia - Rania



Prémio merecido para uma mulher excepcional


A rainha Rania da Jordânia recebeu ontem em Lisboa o prémio do Centro Norte-Sul do Conselho da Europa pelo trabalho desenvolvido na defesa dos direitos das crianças e das mulheres na região do Médio Oriente e em todo o mundo.

O seu exemplo é visto como um modelo de liberdade para as mulheres árabes e muçulmanas. Vestida pelos melhores estilistas, esta bela mulher de 38 anos não cobre o rosto e é fã do YouTube, que aproveita para divulgar as suas mensagens.

É claro que Rania também beneficia muito do facto de a monarquia jordana ter uma imagem cosmopolita. A sua própria sogra, Antoinette Gardiner, era inglesa, tendo-se convertido ao islão só depois do casamento e recebido o nome de Muna al-Hussein. A Jordânia é um país especial na região. Além disso, sendo o seu marido um descendente hashemi, que normalmente tinha mais apoio junto da população beduína do que palestiniana, o casamento com uma mulher de origem palestiniana, precisamente, também veio contribuir para a união interna da Jordânia.

Mas é de elogiar que alguém que podia perfeitamente ter vivido à sombra da sua boa posição social e pessoal tenha escolhido lutar por uma causa tão necessária nos dias de hoje, a dos direitos das mulheres no mundo muçulmano. E fê-lo da melhor maneira: dando o exemplo. ( extraído do Diário de Notícias, Lisboa)

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