Maracanã

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quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Inventei palavras


Inventei palavras

tão frágeis, que, embora, pensei, fossem ágeis, se perderam no tempo, se diluíram, nas saudades infindas, de tardes tão lindas, de noites bem-vindas, quando a vida nos juntava, em abraços sinceros, eu acreditava, em beijos marcantes, eu achava, em prazeres eternos, eu sei agora, porque já que é pra sempre, se adora a lembrança, a memória, se escreve a história, de nós dois, de um casal de namorados amantes, um canal das palavras, dos sonhos e dos desejos: não viverei jamais sem receber seus beijos, só viverei porque os apanho cada dia, no vento que sopra daí pra cá, pela via do pensamento, da nossa eterna sintonia... Inventei palavras... como se inventa a vida... acho... e me escondi entre elas... me achei deveras... em priscas eras... nos sons e significados... descobri estados... ora líquidos... ora gelados.. sólidos... gasosos... ares... cantares... ciganos sentidos... inventei gemidos... criei sustenidos... compus sinfonias... encontrei noites vadias... como a de agora, da cheia lua... renasci com luz que incendeia.. iluminei minha alma na tua... inventei o amor até... cadeia... e me prendi para sempre nessa teia...

Cida Torneros

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