Maracanã

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sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Confusos amores...


Confusos amores
Ainda que não pudesse, mesmo que não tentasse, apesar das desistências, a par das reticências, em detrimento dos adiamentos, considerando os contratempos, ainda assim, ele, o amor, insistia em renascer.

Ele brotava tão verde quanto os galhinhos atrevidos em troncos de árvores vividas, e brilhava com jeito especial, ao mostrar-se capaz de fazer reviver sentimentos adormecidos...

Era só mais um amor...dentre tantos amores confusos, já vinha este, novo e especial, a lhe fazer arder as entranhas, aquecer as ancas, entumescer as extremidades, secar-lhe a bôca, tornando-a ávida de abrir-se à idéia de reconhecer, em outro ser, a sensação da busca que se faz entrega , do sonho que se faz real.

Não lhe valiam mais, nesse momento, os argumentos baseados em histórias vividas, em lembranças marcantes de amores intensos com despedidas passionais, isso já nem contava mais agora, porque , a cada final de conto, ela, decididamente, acrescentava um ponto... de interrogação...e agora?

Ainda que não quisesse, mesmo que não se permitissem, apesar das diferenças, de mundos, idades ou crenças, em detrimento dos sofrimentos, considerando os desencantos, ainda assim, ela, esse amor...viveria...

Aparecida Torneros

Um comentário:

Regina disse...

Querida Cida:
Através de um e-mail da Regina li seu lindo texto( como todos), sobre o ANO NOVO. QUERO LHE DAR OS PARABÉNS pela sensibilidade que coloca as palavras, dando uma beleza às mínimas coisas. Já coloquei seu blog nos meu FAVORITOS e não vou perder nenhuma postagem. Aproveito para lhe desejar um ANO NOVO maravilhos, em todos os sentidos, e que a LUZ que transmite às pessoas com o que escreve se expanda e volte a você com muita PAZ. Beijos,
Regina Vidal.