Palavras de Amor
Maria Aparecida Torneros da Silva
Românticos ainda podemos ser ainda que não pudéssemos, seríamos... Palavras nos tocam, nos põem a perder as almas adolescentes, os corações meninos... Releio teus versos e me arrepio mais até do que sentindo que iríamos nos rever um dia desses na velhice ou no cio... Entendo agora por quem dobram os sinos... São os toques do amor que nos ressoam vêm em ondas pelas frases, pelas poesias, nos acolhem na solidão, da distância e na saudade... Nossas almas, indefesas, perdidas, voam em direção absurdamente confusa na nossa idade, e buscam a luz que vem das vozes vazias de som, indelével e pálido que se ouve em hinos de louvor ao mundo vasto, ao mundo excuso, ao mundo tolo, ao mundo enorme, ao mundo que recuso aceitar porque me fez sentir tua pele e me tirou o toque me deixou o gozo e me roubou a paz, como um reboque, me plugou um plus que carrego, pesadamente, quando sinto o peso da saudade, de cada amenidade, de toda a afinidade que ainda cultivamos... Somos assim, incorrigíveis seres, amigos necessitados de consolos vários, abraços estranhos, bocas passageiras, que nos substituem... Somos mesmo assim: amigos interligados pela internet, pelo cosmus, pela admiraçao, pela frustração infinda pelo romântico desejo de nos encontrar alguma vez ainda...
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