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quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Dilma critica intervenção militar no Oriente em seu discurso na ONU



Quarta-feira, 24 de setembro de 2014 às 12:50   (Última atualização: 24/09/2014 às 13:02:26)
Dilma: Brasil está preparado para contribuir para paz, sustentabilidade e inclusão social no mundo

“Estou certa de que não nos furtaremos a cumprir, com coragem e lucidez, nossas altas responsabilidades na construção de uma ordem internacional alicerçada na promoção da Paz, no desenvolvimento sustentável, na redução da pobreza e da desigualdade”, afirmou Dilma na abertura do Debate Geral da Assembleia da ONU. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR.
“Estou certa de que não nos furtaremos a cumprir, com coragem e lucidez, nossas altas responsabilidades na construção de uma ordem internacional alicerçada na promoção da Paz, no desenvolvimento sustentável, na redução da pobreza e da desigualdade”, afirmou Dilma na abertura do Debate Geral da Assembleia da ONU. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR.

ONU

A presidenta Dilma Rousseff abriu, na manhã desta quarta-feira (24), a 69º Assembleia da Organização das Nações Unidas, em Nova Iorque. Ela afirmou que o Brasil está pronto a dar sua contribuição em um cenário de grandes desafios internacionais. Para Dilma, o ano de 2015 desponta como “um verdadeiro ponto de inflexão”.

“Estou certa de que não nos furtaremos a cumprir, com coragem e lucidez, nossas altas responsabilidades na construção de uma ordem internacional alicerçada na promoção da Paz, no desenvolvimento sustentável, na redução da pobreza e da desigualdade”, afirmou.

Segundo a presidenta, o Brasil é hoje um país democrático e realizou uma grande transformação em busca de uma sociedade mais inclusiva. Ela celebrou a realização das eleições como um símbolo da democracia conquistada há quase trinta anos.

Nos últimos doze anos, o País conseguiu avanços importantes para a construção de uma sociedade baseada na igualdade de oportunidade. Uma “grande transformação” que exigiu, ao mesmo tempo, forte participação popular, respeito aos Direitos Humanos e uma visão sustentável. Dilma apontou também a importância de uma agenda internacional marcada pelo multilateralismo, pelo respeito ao Direito Internacional, pela busca da paz e pela prática da solidariedade.

Veja abaixo os pontos abordados pela presidenta em seu discurso.

Inclusão
Um dos resultados desse processo transformador foi a notícia de que o Brasil saiu do mapa da fome da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).

Segundo Dilma, a valorização dos salários, o aumento dos empregos e as políticas sociais e de transferência de renda reunidas no Plano Brasil Sem Miséria, tiraram 20 milhões de pessoas da miséria durante o seu governo. Desde 2003, 36 milhões saíram da pobreza extrema, segundo Dilma.

Ela também informou que o Brasil atingiu as Metas do Milênio de redução da mortalidade infantil. Sobre educação, exaltou a reestruturação do ensino técnico, a criação de novas Universidades Públicas, além do oferecimento de bolsas, instituição de cotas e do Programa Ciência sem Fronteiras. Para Dilma, todos esses esforços fazem parte do desafio da construção de uma “sociedade do conhecimento”.

Dilma reiterou a importância do uso de recursos finitos, como os do petróleo do Pré-Sal para a melhora da educação, conhecimento científico e tecnológico e inovação. “Esse será nosso passaporte para o futuro”, ressaltou.

Economia
Dilma afirmou que o Brasil apresenta solidez fiscal e estabilidade monetária, conseguindo proteger o Brasil durante a crise econômica mundial, deflagrada em 2008. Neste período, enquanto o mundo desempregava centena de milhões de trabalhadores, o Brasil gerou 12 milhões de empregos formais.

“Resistimos às suas piores consequências: o desemprego, a redução de salários, a perda de direitos sociais e a paralisia do investimento. Continuamos a distribuir renda, estimulando o crescimento e o emprego, mantendo investimentos em infraestrutura”, afirmou.

Ela informou dados que demonstram como o Brasil está preparado para o cenário de volatilidade externa. Lembrou que o País é, hoje, a 7ª maior economia do mundo, a renda per capita mais que triplicou e a desigualdade caiu. Além disso, os investimentos externos e em infraestrutura foram retomados e a situação fiscal é sólida.

Mesmo com bons números, Dilma afirmou que a crise atingiu o Brasil, de forma mais aguda, nos últimos anos. Para ela, uma consequência da falta de dinamismo da economia global.

“É imperioso pôr fim ao descompasso entre a crescente importância dos países em desenvolvimento na economia mundial e sua insuficiente participação nos processos decisórios das instituições financeiras internacionais, como o FMI e o Banco Mundial. É inaceitável a demora na ampliação do poder de voto dos países em desenvolvimento nessas instituições”, defendeu Dilma.

A presidenta afirmou que um dos passos para o desenvolvimento sustentável e justo da economia mundial foi dado pelos BRICS, que realizou a sexta reunião de cúpula no Brasil neste ano.

Conselho de Segurança
A manutenção da paz é um dos mais importantes desafios da conjuntura atual, segundo Dilma. Para a presidenta, as intervenções militares não têm contribuído para o fim dos conflitos, pelo contrário. Como exemplo, citou a questão palestina, um conflito “precariamente administrado”.

Por isso, Dilma voltou a exigir uma reforma do Conselho de Segurança. Ela considera os 70 anos das Nações Unidas, celebrados em 2015, a ocasião propícia para o avanço que a situação requer. “Um Conselho mais representativo e mais legítimo poderá ser também mais eficaz”, enfatizou.

Mudança climática
Dilma comemorou a convocação da Cúpula do Clima, aberta ontem na ONU. A presidenta afirmou que o governo brasileiro se empenhará para que o resultado das negociações leve a um novo acordo equilibrado, justo e eficaz. Ela pediu compromisso dos países desenvolvidos com o desenvolvimento sustentável, definindo metas de financiamento e cooperação científica.

“A mudança do clima é um dos grandes desafios da atualidade. Necessitamos, para vencê-la, sentido de urgência, coragem política e o entendimento de que cada um deverá contribuir segundo os princípios da equidade e das responsabilidades comuns, porém diferenciadas”, defendeu.

O Brasil tem feito a sua parte para enfrentar a mudança do clima. Dilma lembrou o comprometimento brasileiro com a redução voluntária de emissões e a redução do desmatamento em 79% nos últimos dez anos, uma conquista do empenho de governo, sociedade e agentes públicos e privados.

Discriminação e exclusão
A presidenta reiterou o compromisso do Brasil com a valorização da mulher no mundo do trabalho, combate à violência contra mulher, defendeu a promoção da igualdade racial e repudiou a homofobia.

“Acreditamos firmemente na dignidade de todo ser humano e na universalidade de seus direitos fundamentais. Estes devem ser protegidos de toda seletividade e de toda politização”, defendeu.

Na abertura da sessão, Dilma disse que o Brasil tem “grande satisfação” em ver na Presidência desta Sessão da Assembleia Geral “um filho da África”, Sam Kutesa, ministro de Relações Internacionais de Uganda. Para ela, a miscigenação brasileira é um “orgulho”.

“Os brasileiros somos ligados por laços históricos, culturais e de amizade ao continente africano, cuja contribuição foi e é decisiva para a constituição da identidade nacional de meu país”, lembrou.

Corrupção
Dilma reafirmou o empenho do Brasil no “combate sem tréguas à corrupção”. Ela afirma que o fim da impunidade e a melhora da fiscalização são os caminhos para o fim dessa prática. A presidenta citou criação do Portal da Transparência, aprovação da Lei de Acesso à Informação e criação de leis que punem corrupto e corruptor.

“O fortalecimento de tais instituições é essencial para o aprimoramento de uma governança aberta e democrática”.

Internet
A presidenta Dilma relembrou a discussão sobre a governança mundial da internet na reunião de 2013, quando Brasil e Alemanha provocaram esse debate e Dilma propôs a criação de um marco civil para a governança e o uso da Internet.

“É indispensável tomar medidas que protejam eficazmente os direitos humanos tanto no mundo real como no mundo virtual, como preconiza resolução desta Assembleia sobre a privacidade na era digital”, pediu Dilma.

Confira a íntegra

Tags:Assembleia Geral da ONU, conselho de segurança da ONU, Debate Geral, desenvolvimento sustentável, Dilma, Dilma Rousseff, estabilidade monetária, FAO, governo federal, inclusão social, Mapa da Fome, metas .

ONU

A presidenta Dilma Rousseff afirmou em entrevista coletiva nesta terça-feira (23), durante a Cúpula do Clima, em Nova Iorque, que o Brasil terá a segunda maior expansão em energia solar do mundo no ano que vem, se os demais países mantiverem a expansão atual. Em 2014 a produção de energia solar brasileira era 4.557 megawatts e a projeção para 2015 é de 10.473 megawatts.

Segundo ela, esse avanço é muito significativo, porque que marca a presença de uma fonte alternativa importante, que está estabilizando o seu custo. “Está reduzindo seu custo de kilowatt instalado e também aumentando seu grau de eficiência, que antes era baixo”, comentou.

Ela explicou que, geralmente, as fontes de energia alternativas têm grau de eficiência baixo. Ou seja, a diferença entre a capacidade instalada e o que é efetivamente produzido, é menor do que nas hidrelétricas, por exemplo. Já as térmicas têm aproveitamento ainda maior, mas são mais caras e mais poluentes.

Ela lembrou que o Brasil é um dos poucos países do mundo, ao lado do Canadá, a ter uma forte presença de energia renovável em sua matriz energética, a maior parte dela produzida por hidrelétricas. “Nós, hoje, temos 79% da matriz elétrica brasileira sendo fornecida por fontes renováveis”, disse. E lembrou que essa é uma energia de base, enquanto a energia eólica e solar são complementares da matriz.

Tags:Cúpula do Clima, Dilma, Dilma Rousseff, energia solar, governo federal,

Quarta-feira, 24 de setembro de 2014 às 8:30
Abertura do Debate de Alto Nível da 69ª Assembleia Geral das Nações Unidas

Agenda presidencial

Nesta quarta-feira (24), a presidenta Dilma Rousseff cumpre agenda em Nova Iorque na Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU). Às 09h35, no horário de Brasília, Dilma encontra o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon.

Às 10h, também no horário de Brasília, a presidenta abre o Debate de Alto Nível, na “General Assembly Hall”, Sala Plenária.

Tags:agenda oficial, Assembleia-Geral, Ban Ki-moon, Dilma Rousseff, ONU

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Terça-feira, 23 de setembro de 2014 às 21:08
Brasil pode impulsionar debate sobre reforma nas estruturas de governança global na ONU

ONU

A necessidade de atualização das estruturas políticas e financeiras de governança global e o desenvolvimento sustentável devem pautar a agenda brasileira na 69ª Assembleia Geral da ONU, é o que avalia o conselheiro Marcelo Viegas, chefe da Divisão das Nações Unidas do Itamaraty em entrevista ao Blog do Planalto. E de acordo com ele, o discurso do chefe de estado brasiliero geralmente dá o tom das discussões, tendo como referência o cenário internacional do momento. A presidenta Dilma Rousseff abrirá o Debate de Alto Nível nesta quarta-feira (24), como manda a tradição desde 1947, quando o o diplomata brasileiro Oswaldo Aranha deu início à primeira assembleia. O Brasil foi escolhido por ter sido o primeiro país a se tornar membro das Nações Unidas, em 1945, após o fim da Segunda Guerra.

Ele explicou também que neste ano haverá uma preparação para a Assembleia de 2015, quando as Nações Unidas completarão 70 anos. A ocasião é considerada propícia tanto para aprovação das reformas visando adequar a estrutura das Nações Unidas às realidades contemporâneas, como para adoção dos objetivos de desenvolvimento sustentável.

“Acredito que [a presidenta Dilma] não deixará de mencionar a necessidade de atualização das estruturas de governança global seja no âmbito financeiro, como também no âmbito político, quer dizer, as estruturas decisórias no Banco Mundial, no FMI e também a questão da reforma do Conselho de Segurança”, observou Viegas. “Espera-se que a comunidade internacional possa chegar a uma decisão no âmbito da próxima sessão da Assembleia Geral, decisão essa que tem que ser construída e negociada ao longo dessa sessão”, declarou.

As conquistas do Brasil na questão do desenvolvimento sustentável pautaram a fala da presidenta Dilma Rousseff hoje, durante a Cúpula do Clima, na sede da ONU. Para Viegas, o País exerce papel de liderança no debate em torno da necessidade de um acordo climático global e da adoção de medidas que unam o desenvolvimento à preservação do meio ambiente.

“O Brasil é o país com maior contribuição prestada para a redução de agentes de promoção da mudança do clima. É um país com papel de liderança também no processo de estabelecimento dos objetivos de desenvolvimento sustentável. Os padrões de fomento no desenvolvimento da agricultura familiar, por exemplo, são referência mundial. Compartilhamos programas a custo zero nesta área com vários outros países em desenvolvimento, em particular com o continente africano”, explicou Viegas.

Ele finalizou ressaltando o papel brasileiro como condutor das discussões sobre o tema, além da realização da Rio+20 como exemplo de capacidade proativa brasileira.


Terça-feira, 23 de setembro de 2014 às 19:26   (Última atualização: 23/09/2014 às 20:30:48)
Governo brasileiro defende direitos indígenas em conferência da ONU

ONU

Foi encerrada hoje a 1ª Conferência Mundial dos Povos Indígenas, antecedendo a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, em Nova Iorque. Falando em nome do governo brasileiro, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, reforçou a necessidade de assegurar o direito dos povos indígenas

“Temos a necessidade de assegurar o direito dos povos  indígenas, garantir os seus territórios”, afirmou Cardozo. O ministro disse também que o Brasil deve mostrar que tem avançado bastante na formulação de políticas, principalmente na área de saúde e educação indígenas, e que o país cumpre o seu papel em respeito aos direitos constitucionalmente assegurados a esses povos.

O ministro fez uma ressalva de como a cultura indígena tem sido vista por algumas comunidades não-indígenas. De acordo com Cardozo, ainda existe preconceito em relação à questão indígena no mundo. “Um congresso com essa natureza coloca com matizes diferenciadas uma realidade que existe em todo globo terrestre em relação aos povos originais. Então nós temos não só que apresentar um balanço da nossa experiência, como verificar de que maneira podemos estar integrados internacionalmente para desenvolver políticas nessa área”, enfatizou Cardozo.

A 1ª Conferência Mundial dos Povos Indígenas reúne mais de mil delegados indígenas e não indígenas. O objetivo do encontro é analisar e compartilhar perspectivas para a concretização de direitos baseados na “Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas”, aprovada pela ONU em setembro de 2007. Segundo a organização, existe hoje cerca de 370 milhões de indígenas espalhados por 70 países. Isso representa 5% da população mundial.

Fonte: Ministério da Justiça

Tags:Conferência Mundial dos Povos Indígenas, José Eduardo, Ministério da Justiça, Nações Unidas, ONU, povos indígenas

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Terça-feira, 23 de setembro de 2014 às 17:16   (Última atualização: 23/09/2014 às 20:38:26)
Precisamos reverter a lógica de que combater mudança do clima é danoso à economia, diz Dilma

ONU

A presidenta Dilma Rousseff afirmou, nesta terça-feira (23), nos Estados Unidos, que os países em desenvolvimento não renunciarão ao imperativo de reduzir as desigualdades e elevar o padrão de vida de sua gente. “Temos igual direito ao bem-estar. E estamos provando que um modelo socialmente justo e ambientalmente sustentável é possível. O Brasil é exemplo disso”, disse a chefe de Estado brasileira, ao participar da Cúpula do Clima 2014, na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque.

Dilma acrescentou que os custos para enfrentar a mudança do clima são elevados, mas os benefícios compensam. “Precisamos reverter a lógica de que o combate à mudança do clima é danoso à economia. A redução das emissões e ações de adaptação devem ser reconhecidas como fonte de riqueza, de modo a atrair investimentos e lastrear novas ações de desenvolvimento sustentável”, alertou.

“Em um quadro de injustiça ambiental, as populações pobres são as mais vulneráveis, principalmente em nossas cidades”, afirmou Dilma Sessão Plenária da Cúpula do Clima da ONU, em Nova Iorque. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR.
“Em um quadro de injustiça ambiental, as populações pobres são as mais vulneráveis, principalmente em nossas cidades”, afirmou Dilma na Cúpula do Clima da ONU. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR.

A presidenta lembrou ainda que desastres naturais relacionados à mudança do clima têm ceifado vidas e prejudicado as atividades econômicas em todo o mundo – e as populações pobres são as que mais sofrem. “Em um quadro de injustiça ambiental, as populações pobres são as mais vulneráveis, principalmente em nossas cidades”, afirmou.

No Brasil, o governo implementou a Política Nacional de Prevenção e Monitoramento de Desastres Naturais, com o objetivo de impedir que esses desastres causem danos às pessoas, ao patrimônio e ao meio ambiente. “Até o final deste ano, submeteremos à sociedade brasileira uma parte da política acima referida, o Plano Nacional de Adaptação”.

Historicamente, os países desenvolvidos alcançaram o nível de bem estar de suas sociedades graças a modelo de desenvolvimento, baseado em altas taxas de emissões de gases danosos ao clima, disse Dilma, ressalvando que o Brasil não quer repetir esse modelo.

A Cúpula do Clima 2014 antecede a 69ª Assembleia Geral da ONU, convocada pelo secretário-geral da organização, Ban Ki-moon, e será aberta pela presidenta brasileira nesta quarta-feira (24).

Tags:Cúpula do Clima, desastres naturais, desenvolvimento sustentável, Dilma, Dilma Rousseff, governo federal, mudança do clima, ONU

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Terça-feira, 23 de setembro de 2014 às 16:00
Atletas brasileiros entram na reta final de preparação para o Rio 2016

Faltam 683 dias para os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio 2016. Serão cerca de 10.500 atletas de 204 países que colocarão todo o treinamento à prova para disputar 306 provas com medalhas em 42 esportes. Os atletas brasileiros estão treinando e competindo em alto nível para representar bem o Brasil nos Jogos. Alguns deles foram recebidos pela presidenta Dilma Rousseff na sexta-feira (19). Na ocasião, a presidenta enfatizou que estava diante de pessoas que ultrapassavam seus limites. O Blog do Planalto conversou com eles sobre a preparação e a emoção de representar o País.

Uma das caçulas da delegação brasileira, a ginasta Flávia Saraiva foi uma das surpresas brasileiras nos Jogos Olímpicos da Juventude de Nanquim, na China, em agosto. A carioca de 1,31cm e apenas 15 anos conquistou três medalhas – ouro no solo e pratas na trave e no individual geral. Agora, Flávia é uma das esperanças do Brasil para os Jogos Olímpicos. “Eu treino de manhã, estudo de tarde e treino novamente à noite. É uma experiência muito boa e temos que dar tudo que nós podemos”, conta.

Flávia já sabe da responsabilidade de representar o seu País. “Eu tento não botar peso em mim, porque senão posso não competir bem. Eu tento competir com toda a minha força e todo o carinho que eu tenho pelo meu esporte. Eu pretendo treinar mais para chegar em 2016 e trazer mais medalhas para o Brasil”, completa.

Bruna_mesatenista_Jogos_Paraolimpicos_Londres
“Meu objetivo é ser medalhista em Paraolimpíada e, claro, se tiver a oportunidade, jogar os jogos Olímpicos também”, afirma Bruna.

Colecionadora de medalhas
A mesatenista Bruna Alexandre tinha quase 200 medalhas quando participou dos Jogos Paraolímpicos de Londres, em 2012, com apenas 17 anos. De lá para cá, vem treinando forte para o Rio 2016. Prova disso foi a conquista da inédita medalha de bronze no Mundial Paraolímpico de Tênis de Mesa, se tornando a primeira latino-americana a garantir o feito.

Para Bruna, que teve parte do braço direito amputado com três meses de idade, o resultado foi reflexo da rotina de treinamentos. “Hoje eu treino com a seleção olímpica, em São Caetano (SP). Treino de segunda a sábado, das 9h à 12h e das 14h40 às 17h, e depois vou para o preparo físico, das 17h às 18h. E à noite faço curso de inglês”, explica.

Bruna planejou o seu futuro, e está ansiosa para competir no Brasil. “Em Londres, o Brasil já fez sucesso. Agora vai ser maior ainda. Jogando em casa, com o apoio da torcida brasileira. Tem tudo para ser cada vez melhor”, garante a atleta.

Marcus_Vinicius_arqueiro
“Não vejo nada disso [treinamentos intensos] como peso, vejo como uma honra por estar representando o meu país. Não apenas eu, mas a equipe inteira”, avalia Marcus Vinicius.

Pontaria em dia
O arqueiro Marcus Vinícius D’Almeida, 16 anos, conquistou a inédita medalha de prata para o Brasil na Copa do Mundo da modalidade, disputada há duas semanas, na Suíça. O jovem não esconde a alegria da conquista, depois de apenas três anos de prática na modalidade, iniciada no Centro de Treinamento de Maricá (RJ).
“É uma coisa inédita nesse esporte. Foi sensacional para mim e para toda a equipe envolvida nisso. Agora o Brasil está bem visto pela comunidade internacional e pela federação internacional. Com esse apoio que a gente está recebendo, como o centro de treinamento, a gente tem tudo para ser uma potência no Tiro com Arco”, analisou.

Além do talento, Marcus credita seu bom rendimento também ao forte treinamento feito junto ao resto da equipe brasileira de Tiro ao Arco. “Eu treino cinco dias por semana, normalmente durante a tarde, porque estudo de manhã. O treino é de 13h30 às 20h. Além disso, tenho fisioterapia, academia e psicólogo”, explica o arqueiro.

Mayra_Aguiar_judoca
“No judô a gente tem um dia só para tudo dar certo. Então com o incentivo, com a família, com o povo brasileiro torcendo, garanto que vou competir com bastante alegria”, disse a judoca.

Campeã Mundial
Mayra Aguiar, 23 anos, já aparece como favorita para os Jogos Olímpicos Rio 2016. Além de ter sido medalhista olímpica de bronze em Londres 2012, a gaúcha venceu o Mundial de Judô da Rússia, em agosto deste ano, se tornando a maior medalhista brasileira da competição, com quatro medalhas. Agora ela parte para o seu maior desafio. “Eu adoro competir no Brasil. A torcida a favor, o clima. Tudo favorece para uma boa competição”, analisa.

Porém, Mayra não esconde a pressão de competir no próprio país, mas diz estar preparada. “Tem os dois lados. Tem o lado de não aguentar a pressão. E tem o outro lado, de estar todo mundo ali torcendo por ti. A gente faz isso todo dia, mas é um dia ali que você batalhou quatro anos pra chegar lá bem e mostrar tudo que você sabe fazer. Uma competição dessas é muito psicológica, tem que estar com a cabeça boa”, explica a campeã mundial.

Tags:arqueiro Marcus Vinícius D’Almeida, Dilma Rousseff, ginasta Flávia Saraiva, judoca Mayra Aguiar, Olimpíadas Rio 2016, paraolimpíadas, Rio 2016

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Terça-feira, 23 de setembro de 2014 às 14:56   (Última atualização: 23/09/2014 às 14:57:46)
Brasil é um dos países que mais contribuiu para redução de emissões, destaca Izabella Teixeira

ONU

O Brasil tem se tornado exemplo de desenvolvimento sustentável: o País reduziu emissões de gases na atmosfera em cerca de 79% da meta pretendida para 2020. De acordo com a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, que apresenta resultados brasileiros esta terça (23) e quarta-feira (24) na Cúpula do Clima, na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque, o Brasil assumiu voluntariamente essa meta, com o compromisso de reduzir as emissões associadas ao desmatamento.

“O Brasil investe em soluções associadas a agricultura de baixo carbono, os planos setoriais que a nossa política nacional de clima definiu em torno de mudar o cenário de tendencial de emissões do Brasil em função do nosso desenvolvimento, ou seja, estamos praticando desenvolvimento com inclusão social, com erradicação da pobreza, gerando emprego e estamos mudando aquilo que seria a curva esperada de emissões nossas”, ressaltou a ministra.

Mais de 120 chefes de Estado e de governo participam a Cúpula do Clima. A presidenta Dilma Rousseff foi um dos chefes de estado a discursar na Cúpula. Em sua fala, dentre outros destaques, enfatizou que o crescimento das economias é compatível com a redução de emissões.

Avanços
A ministra afirma que o País acabará com o desmatamento ilegal e investirá cada vez mais em tecnologias e energias renováveis. Segundo Izabella, a contribuição do Brasil para as emissões, que era significativa na questão do desmatamento, está sendo reduzida.

“O Brasil tem muito o que mostrar voluntariamente. É um país que a ONU reconhece que tem as maiores contribuições em torno do enfrentamento da mudança do clima no mundo e, mais do que isso, temos contribuições no que diz respeito ao futuro, em torno no chamado dos setores estratégicos de geração de emissões, particularmente na manutenção da nossa matriz renovável e em torno da agricultura de baixo carbono”, explicou.

Ela afirma que o Brasil está levando conhecimento de monitoramento para outros países, contribuindo para manutenção das florestas tropicais do planeta, citando parceria com países da bacia amazônica e da bacia do Congo, na África. Além disso, há cooperações na área de agricultura e energia renováveis.

O desmatamento na Amazônia em 5.891 km² foi a segunda menor taxa registrada anualmente nos últimos 25 anos. O número foi confirmado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), por meio do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal (Prodes), espécie de acompanhamento via satélite, e abrange período de agosto de 2012 a julho de 2013.

Outro relatório mostrou que degradação florestal na Amazônia Legal atingiu, em 2013, o menor valor registrado desde o início da série histórica, em 2007.

Tags:baixo carbono, Cúpula do Clima, desenvolvimento sustentável, desmatamento na amazônia, emissão de gases, Inpe, Izabella Teixeira, Ministério do Meio Ambiente, ONU, Prodes, redução do desmatamento

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Terça-feira, 23 de setembro de 2014 às 13:14   (Última atualização: 23/09/2014 às 17:47:10)
Acordo do clima precisa ter força para promover desenvolvimento sustentável, diz Dilma na ONU

“Entre 2010 e 2013, deixamos de lançar na atmosfera a cada ano, em média, 650 milhões de toneladas de dióxido de carbono. Alcançamos em todos esses anos as quatro menores taxas de desmatamento da nossa história”, afirmou Dilma na Cúpula do Clima, na ONU, em Nova Iorque. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR.
“Entre 2010 e 2013, deixamos de lançar na atmosfera a cada ano, em média, 650 milhões de toneladas de dióxido de carbono. Alcançamos em todos esses anos as quatro menores taxas de desmatamento da nossa história”, afirmou Dilma na Cúpula do Clima, na ONU. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR.

ONU

Construção de um novo acordo global sobre clima com amplitude e força necessárias para enfrentar atuais desafios mundiais neste setor, inclusive os econômicos, foi o que defendeu a presidenta Dilma Rousseff, nesta terça-feira (23), na Cúpula do Clima 2014, que ocorre na sede da ONU em Nova Iorque. Ela lembrou que, no último domingo (21), centenas de milhares de pessoas saíram em marcha pelas ruas das grandes capitais do mundo, como Nova Iorque, Paris, Londres, Nova Délhi, Berlim, Bogotá, Melbourne, Vancouver e Rio de Janeiro, entre outras, para pedir avanços concretos nas negociações em curso no âmbito da Convenção-Quadro sobre Mudança do Clima.

Segundo a presidenta, o Brasil está sintonizado com este anseio. “Temos participado ativamente destas negociações. Defendemos a adoção coletiva de medidas justas, ambiciosas, equilibradas e eficazes para enfrentar este desafio”, enfatizou.

A chefe de Estado brasileira voltou a afirmar que o novo acordo climático precisa ser universal, ambicioso e legalmente vinculante, respeitando princípios e dispositivos da Convenção-Quadro, em particular os de equidade e das responsabilidades comuns, porém diferenciadas.

Este acordo deverá ser robusto em termos de mitigação, adaptação e meios de implementação. “O Brasil almeja um acordo climático global, que promova o desenvolvimento sustentável. O crescimento das nossas economias é compatível com a redução de emissões”, enfatizou, em referência ao tema do debate geral da 69ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), que será aberto pela presidenta em Nova Iorque, na quarta-feira (24).

Brasil reduz desmatamento em 79%
Dilma destacou ainda em seu discurso que o Brasil tem feito seu dever de casa neste campo, com vários avanços notáveis, “ao mesmo tempo em que diminuímos a pobreza e a desigualdade social, protegemos o meio ambiente. Nos últimos 12 anos, temos tido resultados extraordinários.”

Em 2009, por exemplo, na Conferência do Clima de Copenhague, o Brasil anunciou o compromisso voluntário de reduzir entre 36 e 39%, as emissões projetadas até 2020. “Desde então, pusemos em marcha ações decisivas. Nosso esforço tem dado grandes resultados”, lembrou a presidenta. E acrescentou que, ao longo dos últimos dez anos, o desmatamento no Brasil foi reduzido em 79%. “Entre 2010 e 2013, deixamos de lançar na atmosfera a cada ano, em média, 650 milhões de toneladas de dióxido de carbono. Alcançamos em todos esses anos as quatro menores taxas de desmatamento da nossa história”.

Além disso, as reduções voluntárias do Brasil contribuem de maneira significativa para a diminuição das emissões globais no horizonte de 2020. “O Brasil, portanto, não anuncia promessas. Mostra resultados. Nossa determinação em enfrentar a mudança do clima não se limita à Amazônia brasileira”, afirmou Dilma Rousseff.

A presidenta lembrou ainda que o Brasil está cooperando com os países da Bacia Amazônica em ações de monitoramento e de combate ao desmatamento. E vai contribuir também para a redução do desmatamento com os países da Bacia do Congo.

Internamente, o governo adotou planos setoriais para a redução do desmatamento no Cerrado brasileiro; para o aumento das energias renováveis e para a promoção da Agricultura de Baixo Carbono.

O País é um grande produtor de alimentos, acrescentou a presidenta. “Temos consciência que as técnicas agrícolas de baixo carbono, ao mesmo tempo em que reduzem emissões, elevam a produtividade do setor agrícola”.

Ela destacou também a pequena agricultura familiar, onde as práticas agroecológicas ajudam a reduzir a pobreza no campo. Ambos programas são decisivos para a segurança alimentar.


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