Maracanã

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sexta-feira, 18 de abril de 2014

quando visitei o memorial JK, em 2010, em Brasília








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Bela noite para voar- o filme sobre JK
Aparecida Torneros
O filme traz de volta um momento da história brasileira, tão presente e recente, em nossa geração, que parece que tudo aquilo ainda está acontecendo e a gente pára no tempo.
O ator José de Abreu faz um JK intenso, esforça-se para transmitir o carisma do Nonô, e consegue passar a intensidade do homem público visionário que ele foi. Um JK viajante das estrelas e dos céus, um pássaro voador, um presidente Bossa Nova, repaginado, através do filme, como um perseguido comandante em chefe de Forças Armadas em constante levante contra seu governo.
O episódio principal do filme refere-se a um complô de militares da Aeronáutica que tentaram impedir o Presidente na aterrissagem em Belo Horizonte, em momentos do ano de 1960, às vésperas da inauguração de Brasilia, e de passar o governo ao seu sucessor.
JK conta então, com a perspicácia e inteligência de sua Princesa, uma namorada extra casamento, interpretada pela atriz Mariana Ximenez, que o salva do golpe conseguindo que sua aeronave pouse numa pequena pista mal iluminada com ajuda de taxistas da cidade que se perfilam com faróis acesos, como a formar um chão de estrelas para que os pilotos enxerguem a pista. A sorte e o amor parecem ter sido os protagonistas da vida de JK.
Um belo filme e dá para se voar um pouco com o nosso Nonô, nas nuvens da paixão nacional pelo futuro de um Brasil que ele sonhou, e que projetou, concretamente. Quando o avião do Presidente pousou e a Princesa chorou de alegria, confesso, também chorei, por saber que ele não merecia a traição dos seus subordinados , muito menos ter sido sabotado como foi, por tantas vezes.
A história recontada romanceada e intrigante, mostrando atores que encarnam Prestes, Lacerda, Lott, Oscar Niemeyer, entre outras figuras da vida nacional, preenchendo lacunas ainda muito fortes nos livros e nas pesquisas, para que se compreenda realmente a marcha do Brasil nos últimos 50 anos.
Aparecida Torneros é jornalista


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