Foi uma festinha improvisada, de ultima hora. Passei no mercado e pedi ao confeiteiro para escrever meu apelido carinhoso de familia cidinha com o numero 60. Comptrei na sessão de festas infantis, bolas, copos, pratinhos e chapéus coloridos. Em casa, fiz canapes espetados em palitos, fritei uns pastéis de massa pronta , fiz um manjar de coco, peguei um vestido vermelho no armário e lembrei dos adereços comprados meses antes em Barcelona. Brincos, xale, peneita, leque, me enfeitei para receber minha mãe, irmão, filho, cunhada e sobrinhos. Liguei para uma amiga de vida toda, que mora perto, a Eliane, convidei-a explicando que ela representaria todos, pois eu resolvera comemorar na volta do trabalho e pegara todo mundo de surpresa.
Afinal, pensei, não devia deixar passar em branco data tão especial.
Meu irmão me trouxe de presente um dvd do Chico Buarque, nos alegramos todos, minhacsobrinha fez as fotos, e eu, depois que todos se foram, fui dormir com a sensação da virada da vida!
Agradeci baixinho, sonhei com as novas festas de outras idades que viriam, se Deus me desse chance.
E, hoje, aos 64, sou muito feliz comigo mesma, aceito dores, supero fases, aprecio musica, amo familia e amigos, escrevo para desafogar alma e coração, sou plena de amor e se encontro o amor, sei que ele me oferece mimos, peço-lhe apenas que me compreenda muito e seja paciente!
Sou uma senhora, mas dentro de mim, mora uma menina festeira!
Maria Cida Torneros
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