aqui tem música, poesia, reflexões, homenagens, lembranças, imagens, saudades, paixões, palavras,muitas palavras, e entre elas, tem cada um de vocês, junto comigo... Cida Torneros
Maracanã
sexta-feira, 31 de agosto de 2012
quinta-feira, 30 de agosto de 2012
quarta-feira, 29 de agosto de 2012
Salve as meninas, no Siri, na sexta de agosto, ao gosto!!!
Salve as meninas, no Siri, na sexta de agosto, ao gosto!!!
Salve as meninas, no Siri, na sexta de agosto, ao gosto!!!
Uma cena revivida. Ponto de ônibus, três pessoas esperam pela condução que levará uma delas, para o outro lado da baía. Os três aguardam que o bus de Niterói passe até quase meia noite. E lá vem ele, outros passageiros também vão embarcar na viagem de volta pra casa. Quantas vezes, depois do trabalho, da escola ou da mesa do buteco, nós esperamos por um transporte que nos leve com o cansaço...ou pra caminha ou para o segundo tempo da noite que pode mesmo ser uma criança.
Salve as meninas, no Siri, na sexta de agosto, ao gosto!!!
Uma cena revivida. Ponto de ônibus, três pessoas esperam pela condução que levará uma delas, para o outro lado da baía. Os três aguardam que o bus de Niterói passe até quase meia noite. E lá vem ele, outros passageiros também vão embarcar na viagem de volta pra casa. Quantas vezes, depois do trabalho, da escola ou da mesa do buteco, nós esperamos por um transporte que nos leve com o cansaço...ou pra caminha ou para o segundo tempo da noite que pode mesmo ser uma criança.
Salve as meninas, no Siri, na sexta de agosto, ao gosto!!!
Cheguei cedo no Siri, restaurante que frequento, na Vila Isabel, pertinho de casa, há mais de 30 anos. Aliás, busquei o Osmar, o "meu" garçom, como eu o chamo, durante estas décadas. A casa começava a lotar, noite de sexta, a cariocada esticando na alegria de festejar o fim de semana que chegou. Troca de torpedos, telefonemas, vou direcionando as meninas do grupo que precisam saber como saltar na Felipe Camarão, ou no Metrô Sans Peña, e caminhar pela Major Ávila.
De repente, surge Erika. Uma alegria imensa rever a guria que me chama de "mummy" desde seus tempos de estagiária, na comunicação social da prefeitura do Rio. Então, o bando de borboletas inicia seu pouso na noite da sexta de agosto. Começam os trabalhos, reunião que não acontecia há mais de meses, caramba, Eliane, Sonia, cadê a Márcia, e a Bia casou?, a Tania, nem sinal dela, tem gente nova no pedaço, Sonia traz amigas, eu convidei a Lydia que chega com champanha ( mas é pra abrir no baile que irá em seguida, na festa de aniversariantes do mês). Todas compreendemos, ora, no buteco , nem combina. Seguem os pedidos, Osmar fica tonto, e tome fotos, e tome gargalhadas, e tome de se contar alegrias e tristezas em ritimo de frenetic dance days... Sou a mais jovem do grupo? rs...com certeza, pois é como me sinto ali, no meio delas, algumas foram alunas, ou companheiras de trabalho, outras estou conhecendo agora, mas com aquela sensação de que já nos cruzamos por aí, nas esquinas da vida.
Ou terá sido nos pontos de ônibus? Eliane, a fotógrafa, fala da linda filha Maria Clara, que vimos nascer e hoje já tem 15. Minha nossa, o tempo corre, e este buzão pra Nicty que não chega, a prima da Erica chegou de Bom Jesus, tá lá esperando para curtirem a noite que começa exatamente na meia noite de sexta para sábado. Lydia, vestida para bailar, já levantou acampamento, pegou o táxi e foi sacudir o esqueleto, depois de falar dos dois filhos, mostrar fotos feitas pelo Dani, que quer ser fotógrafo quando crescer. Soninha precisa comer comida. Nada de pastéizinhos e chope. Ela passou por uma cirurgia recentemente, toma suco e se alimenta. A mesa ficou pequena, de repente, Osmar, arranja mais cadeiras. Chegaram mãe e filha, chegou a da pulseira que parece com a minha. Eliane, fotografe as jóias das coroas, pulseiras, anéis, brincos e o colar da Lydinha, que arrazo.
Conversa animadíssima, que tal falar dos meninos, e tome de contar casos, historinhas, as antigas , a gente enfeita, as novas, a gente exagera no conto, tem muita viagem pintando, um brinde à Escócia, à Espanha, à Inglaterra, Erika fica na dúvida, morar em Londres ou em Dublin? Soninha precisa voltar ao Porto e definir sua nacionalidade dupla, é também portuguesinha. Já a Erika, com seu sangue italiano, claro, é descoberta por um audaz navegante, em plena noite, o Marcelo, também jornalista, que invade a área protegida, Osmar, mais uma cadeira pro "gajo", que vem cortejar a amiga, que ele reecontrou por acaso e faro. Maravilha ele ter chegado, assim, alguém vai bater fotos para todas aparecerem, Eliane ajeita a máquina possante e tome polca, a noite é mesmo uma menina.
Ah, Lydia come bolinhos de bacalhau, eu estou em momento diet, porque não quero ultrapassar certo peso x, e nem como nada y, mas não dispenso os pastéis e uns chopinhos, equilibradamente. Pede a conta, parece que o último buzao pra Nicty passa agora, vamos levar Erika no ponto. É um beija-beija, uma gargalhada, uma loucura de passa cartão, fecha a conta, quem comeu o que?, quem bebeu isto ou aquilo, ah, mas a Erikinha marcou no guardanapo o número de chopes consumidos pela mesa, e confere. Sucos, água tônica, aquele ar de sobriedade enquanto estamos todas ( e o intruso!) a cruzar informações profissionais, pessoais, etc. etc.
Quem é quem? vamos botar ordem no estabelecimento. Dividam-se as tarefas, a mim, como escrivã da frota, cabe-me produzir a presente ata. Alguém fecha os trabalhos, solenemente. Não vale olhar pra trás, vamos para o ponto do ônibus, tchau Osmar, até a próxima. Na rua dos Artistas, quem sabe no Antigamente, da Ouvidor, ou noutro lugar a ser remarcado, para nossa alegria, tudo bem.
Aí vem o bus. Erika embarca, mas me passa um torpedo em seguida. Adoro você, Cida, muito boa a nossa reunião!
Respondo só às duas da madrugada, ok, Filhinha, bjs...e descubro pelo face que Lydia já voltou da gafieira, que Soninha tá em casa, que Eliane estár com o namorado, também alpinista, com quem vai no vôo das sete passar o fim de semana em Belo Horizonte.
O bus que levou a Erika sumiu no belo horizonte. Era uma meninada no ponto, Marcelo caminha comigo e me deixa na porta da vila onde moro, já não me parece tão intruso, digamos que foi uma testemunha consentida do encontro do clube das meninas do chope, e além de ser coleguinha, amigão da Erika, vai viajar com a namorada brevemente para a Itália, em aí, começa tudo outravez, quando nos veremos para contar as aventuras pelo mundo?
Os ecos das meninas no Siri, na sexta de agosto, ressoam em mim, ao gosto, ao tempero, da boa energia que formamos, estando juntas ou em pontos estratégicos de lugares da aldeia global. Aeroportos, estações de trem, pontos de ônibus, olha lá a meninada se movimentando, eta mulherada bem disposta a enfrentar os caminhos da vida.
Precisei dormir algumas horas e nesta manhã de um sábado lindo, eis-me aqui, cumprindo meu dever. Senhoras, Senhores, declaro encerrada a ata, e registrada a reunião de 24 de agosto, das meninas do chope, tenho dito!
Cida Torneros
sábado, 25 de agosto de 2012
sexta-feira, 24 de agosto de 2012
quinta-feira, 23 de agosto de 2012
segunda-feira, 13 de agosto de 2012
sábado, 11 de agosto de 2012
sexta-feira, 10 de agosto de 2012
quinta-feira, 9 de agosto de 2012
ilusão de ótica
quinta-feira, 9 de agosto de 2012
ilusão de ótica
sou esta mulher que tu não consegues ver
sou o vulto que passa ao largo
escondes-me por trás de olhos negros
sem luz, para ti, que pensas me ignorar,
mas brilho, sabias? brilho intensa e internamente,
sigo brilhando pelo mundo e para o mund
sou o vulto que passa ao largo
escondes-me por trás de olhos negros
sem luz, para ti, que pensas me ignorar,
mas brilho, sabias? brilho intensa e internamente,
sigo brilhando pelo mundo e para o mund
o,
apesar das vestes, das mantas, das burkas,
das maquiagens, dos rímeis, sombras, batons,
não consegues apagar a intensidade e a interiorização
da luminosidade que emito...
sou esta fêmea fulgurante que caminha pelas ruas do planeta
pelas florestas dos continentes, pelos becos das megalópoles,
pelas sendas dos desejos carnais, pelos caminhos das conquistas espirituais, sou feita de plasma e material incandescente,
trago o sol dentro de mim, e nem tentes me ofuscar...
queimar-te-ei as intenções.. desde o florescer de cada uma delas...
por séculos, por milênios, sou aquela que se ressurge em todas as outras...
para te proteger de ti mesmo, crio-te no meu ventre, te acolho,
dou-te vida..dou-te chances...dou-te perdões e te abandono quando te vejo assim... sem me conheceres verdadeiramente...
já que não consegues me reconhecer...me ver ou me entender...
apareço como star de shows e te iludo...
sou esta mulher que tu preferes perceber como uma ilusão de ótica...
Maria Aparecida Torneros ( agosto, 2012)
apesar das vestes, das mantas, das burkas,
das maquiagens, dos rímeis, sombras, batons,
não consegues apagar a intensidade e a interiorização
da luminosidade que emito...
sou esta fêmea fulgurante que caminha pelas ruas do planeta
pelas florestas dos continentes, pelos becos das megalópoles,
pelas sendas dos desejos carnais, pelos caminhos das conquistas espirituais, sou feita de plasma e material incandescente,
trago o sol dentro de mim, e nem tentes me ofuscar...
queimar-te-ei as intenções.. desde o florescer de cada uma delas...
por séculos, por milênios, sou aquela que se ressurge em todas as outras...
para te proteger de ti mesmo, crio-te no meu ventre, te acolho,
dou-te vida..dou-te chances...dou-te perdões e te abandono quando te vejo assim... sem me conheceres verdadeiramente...
já que não consegues me reconhecer...me ver ou me entender...
apareço como star de shows e te iludo...
sou esta mulher que tu preferes perceber como uma ilusão de ótica...
Maria Aparecida Torneros ( agosto, 2012)
quarta-feira, 8 de agosto de 2012
caetano veloso - un caballero de fina estampa
As televisões, as emissoras de
rádio, os jornais, as revistas semanais...todos, em uníssono, proclamam
os 70 anos de Caetano Veloso.
Para nós, que o conhecemos nos tempos de jovenzinho magro e cabeludo, risonho sempre, reflexivo e atuante, presente e contestador, inovador e provocante de frêmitos, figura quase frágil envolto em aura luminosa e forte, criatura que caminhou contra o vento, sem lenço e sem documento, parece que o retrospecto dos seus 50 anos de carreira, entre idas e vindas, polêmicas e declarações engajadas, somaram justamente a síntese de toda uma geração que se fez jovem nos anos 70 e adulta nos tempos subsequentes.
Aí está o caballero de fina estampa, elegante, grisalho, movimentando corpo e olhos por sobre nossas cabeças que permanecem atentas aos seus poemas em forma de canções inusitadas, aquelas que nos despertam que nos sacodem nas noites pasmaceiras, suas pegadas em nossos corações desalinhados, umas coisas tão próprias e apropriadas que nos embalam sábados e semanas inteiras, levando-nos a questionar a fonte de onde ele tira tantas idéias incríveis, tantos versos prazerosos, tantas verdades antes indizíveis.
Seu coração segue vagabundo, sem cansar de ter esperança de um dia ter tudo o que quer... talvez seja mesmo o porta-voz de milhões de outros corações tímidos que através dele se dispõem a amar terra e povo, gente e sonhos, eta Caetano que se sobrepõe a cada nova aparição. O cara dá a volta no exílio, canta London London, exprime a angústica da saudade da terra e quando volta, nos envolve debaixo dos caracóis dos seus cabelos, pela solidariedade de um outro da jovenguarda, o Roberto, sem preconceito. Aí está o jovem Caetano ao lado da não menos jovem Maria Gadú, e que dupla embevecedora. Um instante de magia...quando interpretam..deixa eu gostar de você... introsamento de vozes e corações...teu corpo combina com meu jeito...como dizer o contrário? este é o Caetando atemporal...
Com Gal e com Betânia, nem dá pra adjetivar...com Gil, nem se fala...os quatro parece terem sido feitos uns para os outros em moldes conjuntos.
Sintonia baiana e perfeita...
Quando ele canta Mimar Você, permitam-me sonhar...ele canta pra mim....que o amo assim... o tempo que passamos juntos, mesmo em sonhos...
"Te quero só pra mim"... ora, Cae, nem me fale assim, que me derreto, te esperando mais um verão...
Cida Torneros
Para nós, que o conhecemos nos tempos de jovenzinho magro e cabeludo, risonho sempre, reflexivo e atuante, presente e contestador, inovador e provocante de frêmitos, figura quase frágil envolto em aura luminosa e forte, criatura que caminhou contra o vento, sem lenço e sem documento, parece que o retrospecto dos seus 50 anos de carreira, entre idas e vindas, polêmicas e declarações engajadas, somaram justamente a síntese de toda uma geração que se fez jovem nos anos 70 e adulta nos tempos subsequentes.
Aí está o caballero de fina estampa, elegante, grisalho, movimentando corpo e olhos por sobre nossas cabeças que permanecem atentas aos seus poemas em forma de canções inusitadas, aquelas que nos despertam que nos sacodem nas noites pasmaceiras, suas pegadas em nossos corações desalinhados, umas coisas tão próprias e apropriadas que nos embalam sábados e semanas inteiras, levando-nos a questionar a fonte de onde ele tira tantas idéias incríveis, tantos versos prazerosos, tantas verdades antes indizíveis.
Seu coração segue vagabundo, sem cansar de ter esperança de um dia ter tudo o que quer... talvez seja mesmo o porta-voz de milhões de outros corações tímidos que através dele se dispõem a amar terra e povo, gente e sonhos, eta Caetano que se sobrepõe a cada nova aparição. O cara dá a volta no exílio, canta London London, exprime a angústica da saudade da terra e quando volta, nos envolve debaixo dos caracóis dos seus cabelos, pela solidariedade de um outro da jovenguarda, o Roberto, sem preconceito. Aí está o jovem Caetano ao lado da não menos jovem Maria Gadú, e que dupla embevecedora. Um instante de magia...quando interpretam..deixa eu gostar de você... introsamento de vozes e corações...teu corpo combina com meu jeito...como dizer o contrário? este é o Caetando atemporal...
Com Gal e com Betânia, nem dá pra adjetivar...com Gil, nem se fala...os quatro parece terem sido feitos uns para os outros em moldes conjuntos.
Sintonia baiana e perfeita...
Quando ele canta Mimar Você, permitam-me sonhar...ele canta pra mim....que o amo assim... o tempo que passamos juntos, mesmo em sonhos...
"Te quero só pra mim"... ora, Cae, nem me fale assim, que me derreto, te esperando mais um verão...
Cida Torneros
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