Maracanã

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quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

O chope das meninas!


O Chope das Meninas versus o Xote das Meninas..

Histórias assim, boas de contar e boas de beber, boas de sorrir e ótimas de gargalhar, só acontece com "meninas", como nós, que caímos na vida para curtir as amizades, a energia de contagiar luzes e cores, como aconteceu no bar "antigamente", na segunda feira, 13 de dezembro. Soninha, a mentora do encontro, Erika, minha "filha do coração", que vai passar o Natal na Europa, Eliane, a fotógrafa oficial do trem das onze, Tania, a cantora-jornalista prêmio Esso, que tanto nos orgulha, a Maria Beatriz, falando de casamento e lembrando que deve se casar aos 40, Patrícia, a boliviana-carioca organizadora da vida, Marcia, a inquieta guria que aquece corações com frases perfeitas para ocasiões necessárias, e eu, a "tia" de todas, aquela que se deu o direito de ensiná-las como saborear um croquete, fino, porém gostoso,rs.

Nossas gargalhadas, projetos de vida, viagens, lembranças de momentos que vivemos antes, juntas ou separadas, tudo veio para a mesa do bar, como antigamente... Curtir nossas presenças era como revolver um armário lotado de coisas bonitas, muitas vezes esquecidas, mas que ao serem tocadas, vibram, saem do dito armário, prontas para brilhar aos olhos dos que observam mulheres a caminho de soluções, à custa de empurrões, suspiros, porradas, arranhões, carinhos, puladas de cerca, sapos goelas abaixo, ou, ainda bem, amores vividos, sonhados, relembrados, amados, futuros, presentes, caprichados, resolvidos, a caminho, na fila de espera, ora, são tantas as paixões das meninas pela vida e por seus pares, que é preciso respirar fundo e viver cada qual na dose recomendada, para que não provocar intoxicação...

Os "meninos" nos conhecem pouco, esta é a nossa verdade. Somos  e podemos muito mais do que eles imaginam. Sabemos driblar conceitos e preconceitos. Falamos deles com respeito e sentindo sempre sua falta. Mas sabemos que no nosso Chope... menino não entra...rs

Como diz a canção: menina quando enjoa da boneca é sinal de que o amor já chegou no coração.
Nossos corações não se enjoam nunca da sede de amar e sermos amadas, estamos no eterno estágio de "quem sabe faz a hora, não espera acontecer", portanto, nossa confraternização para despedir 2011, foi perfeita... Éramos a mesa mais alegre, enquanto o conjunto musical da casa tocava chorinho, nós sorríamos, talvez inconscientemente homenageando a nossa pioneira do choro e do carnaval, Chiquinha Gonzaga, que fez da sua vida um exemplo de mulher forte, sensível, inteligente, livre e maestra formada em tempo em que as "meninas" só ficavam de fogão ou de bordados.

Somos as novas "meninas", as do "croquete" , fino porém saboroso... Somos as amigas de tantos anos e partilhamos vitórias, dividimos experiências, projetamos sucessos, torcemos cada uma por todas e todas por uma.  Melhor chope não poderia ter sido. Foi um encontro muito bom, divertido, energético, intenso por nossa egrégora luminosa, fechamos o ano com aquela boa certeza de que "unidas" vencemos e derrubamos as pedras que porventura surgirem na nossa estrada, e que, em 2012, como a maioria do grupo é de jornalistas, daremos início aos ensaios do "Imprensa que eu gamo", lindonas e festeiras, como nos cabe ser.

Suspeita e orgulhosíssima de tê-las em minha vida, a cronista se descobre emocionada, agradecida e muito feliz com o nosso Chope no Antigamente....     

Cida Torneros, 14 de dezembro de 2011

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