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sábado, 11 de junho de 2011

Cida Torneros: A escritora carioca se apaixona pela Cidade Eterna, canta “Arrivederci Roma” na partida, e promete voltar

Posted on 04-06-2011



Cida Torneros: A escritora carioca se apaixona pela Cidade Eterna, canta “Arrivederci Roma” na partida, e promete voltar




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CRÔNICA/ETERNA






Arrivederci Roma !!!






Maria Aparecida Torneroso






A guia espanhola Miria, do tour que nos conduzia por muitas cidades da Italia, depois de uma semana percorrendo MilÃo, Verona, Veneza, Florença, Padua, Siena e Assis, ao entrarmos no perimetro urbano da capital italiana, assim definiu : Roma nos ricibe con un poquito de lluvia, pero luego nos donara suya historia y sus diversas caras…






Em realidade, dos nove dias previstos para estar em Roma, hoje, na vespera de deixar a cidade, não canso de explorar suas muralhas, escavações, movimentos artisticos, praças memoraveis, restaurantes com pastas e pizzas deliciosas, seu ir e vir impregnado de paixão, turismo, arte, religiosidade, um mundo mixto em que convivem leituras possiveis de tantos Imperadores, da ascensão do Cristianismo, da organização republicana, das origens do Direito Romano, e ainda, das comemorações dos 150 anos da unidade da Italia, em 2 de junho.






Compareci ao desfile militar misturando me ao povo, pude sentir seu orgulho e nacionalismo.






Pairando no ar, era fácil respirar o clima veramente italiano, diante de séculos de conquistas e lutas, de superações de guerras, de desenvolvimento econômico, e, sobretudo, de união em torno da sua propria identidade nacional.






A força aerea italiana abriu e fechou a parada militar desenhando nos céus a bandeira em fumaça colorida de verde, vermelho e branco. Era possivel observar familias postadas diante das laterais das ruas do desfile, com crianças, senhores, senhoras, aplaudindo os vários setores que compuseram a marcha, representando regimentos, com seus uniformes históricos, de combates centenários ou recentes, compostos de homens e mulheres treinados para defender a Patria. Quando velhinhos ex -combatentes passavam de pé, em jipes, segurando a bandeira nacional, o povo gritava Bravo! e um arrepio corria em resposta ao sentimento perfeitamente identificavel do quanto a Italia de hoje está consolidada e identificada no coração da sua gente.






Em visita a uma exposição comemorativa, destaquei as informações sobre a emigração italiana entre 1870 e a grande guerra, 14 milhões de italianos emigraram e somente 2 milhões foram repatriados. O sangue italiano espalhou -se por outros continentes, principalmente Amèrica, implantando em terras distantes sua cultura e impondo seus costumes.






Por aqui, no velho mundo, a Italia segue sendo a soma de regiões distintas que se complementam.






Em Roma, vive- se exatamente a sintese do espirito italiano formatado neste século e meio de unidade nacional. diante do Coliseo, inaugurado no inicio da era cristã, a constatação de uma grandiosidade arquitetonica cujas ruinas, a despeito de catástrofes e terremotos, comprovam a vocação deste lugar para impor-se ao mundo, ainda que através de seculos tenham se habituado a compreender que há por aqui o que os historiadores chamam de cidades superpostas.






A cada nova escavação, novas descobertas, o velhissimo se junta ao moderno e a cidade se atropela, com 4 milhões de habitantes, 2 milhões de automóveis e um milhaã de motocicletas. Sem contar os milhares de turistas que por aqui transitam diariamente em busca de desvendar o segredo que infesta suas ruas , as famosas praças como Navona e Espagna, a Fontana de Trevi, um misterioso segredo de alma inquieta, numa cidade peculiarmente impregnada de eternidade entre glorias e derrotas.






Roma despertou lembranças adolescentes, os filmes como Vacaciones em Roma, com Audrey Hepburn, o amor dos anos 60, na Roma do Candelabro Italiano, o recente Gladiador, ou mesmo o clássico e inesquecivel Ben Hur.






Roma è mesmo cinematografica, como não lembrar da cena de La dolce vita, com Mastroiani na Fontana de Trevi…






No Vaticano, pompa, circunstancia, tudo se junta, fè, poder, seu museu é impressionantemente rico em arte e ouro. A capela Sistina, um convite a interpretar o gênio que foi Miguel Angelo, sua Pietá, na Basilica de S. Pedro, inspira o divino e conduz o humano desejo de endenter a divindade.






Não basta estar em Roma, caminhar por suas ruas, observar seus volteio, buscar sua beleza eterna, histórica, frenética, religiosa, comerciante, turistica, politica, coalhada de monumentos, anjos imensos no Castelo Santangelo, estatuas equestres imponentes, bandeiras tremulantes, a figuraçao da Loba amanentando Romulo e Remo, os arcos de Tito e Constantino, a estação Termini, e o Pantheon, que cultuou os sete Deuses da antiguidade e que agora se rende a Cristo.






Roma, com suas mais de 400 igrejas catolicas, os milhares de tratorias, cafés, ristorantes, o gosto pela boa comida, boa musica, tudo isso faz de Roma exatamente um mundo a parte.






Roma è um lugar onde se quer voltar, e de onde se sai, lembrando suas muitas caras, cantarolando Arrivederci Roma, eu voltarei!






Cida Torneros é jornalista e escritora, mora no Rio de Janeira e está em viagem pela Europa.


(1) Comment Read More Comments


Cida Torneros on 5 junho, 2011 at 4:47 # Vitor, hj estou em Lisboa, sempre maravilhosa. Na quarta, 8 de junho,  retorno ao Brasil,obrigada pelo carinho!!!bjs

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