Referencial erótico
num ponto que chamavam "G", ela sentiu que o mundo flutuava
mas não podia perder assim o controle de tudo, sua vulva melava,
a pele arrepiada pedia mais carinho, mais beijo e o toque dele,
em repetidos e alisados abraços, em sutis apertos lambuzados...
percebeu que os olhos dele faiscavam o desejo animal, amou aquilo,
como fêmea feliz ali a fazer dele um dos seus machos realizados,
ela grunhiu de gozo múltiplo o movimento que os uniu os corpos,
ajeitou seu sexo ao dele, muitas vezes, para que não escapasse nada,
era necessário juntar tudo num só prazer embora tantos gozos se soltassem...
quando ouvia as palavras dele, os xingamentos sensuais, os verbos excitantes,
crescia nela o tesão de sempre, a delícia de ser a muher de agora e de antes,
e se fartava do sêmen dele, do seu deleite, para que gozassem e só se amassem...
ouvir seu nome, na voz dele, naquele momento, era um acorde virtuoso e denso,
porque ele definia que estava presente em sua entrega, dando-se à ela, tenso,
e relaxando depois, nos suspiros mansos, que se seguiam ao ápice imenso...
aí, ela o abraçava aconchegando o corpo mole em si mesma, em sua molhada gruta,
sentindo que ele era dela, mais uma vez, com frenesi especial, com gula, espasmo,
e ela era dele, com referencial erótico, como uma dama da noite ou dedicada puta...
Pepita Angeles
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