Maracanã

Maracanã

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Marilyn Monroe, 47 anos sem ela...eterna namoradinha da América







Uma Marilyn glamourosa enfeitiçou platéias no mundo todo, nos anos 50 e 60, tornando inesquecível seu sorriso, emoldurado por cabelos platinados, em corpo curvilíneo, um delírio masculino daqueles tempos, ela era mesmo a namoradinha da América que encantava com ar de menina dengosa um público ávido de vê-la desempenhar o papel de boneca mimada, em tantos filmes, na frente das câmeras, alimentando o sonho americano.

Por trás das luzes da ribalta, a quase indefesa Marilyn viveu a penumbra das recorrentes depressões e tentativas de suicídio, dos amores que a abandonaram, das decepções que pareciam não combinar com o frenezi dos repórteres e paparazzis que a seguiam buscando notícias estonteantes, enquanto ela passava por seus altos e baixos pessoais, entrando e saindo de romances perigosos ou tórridos, com diretores, políticos, mafiosos e escritores.

Interpretou mulheres ingênuas e fêmeas fatais, dançou diante de olhos desejosos, piscou para garotões e senhores, flertou com soldados no front, cumpriu jornada de estrela hollywwodiana espalhando nudez comportada ou beijos de bocas vermelhas com jeito de cerejas que deviam ser colhidas para a torta da casa da familia classe média americana.

Foi engolida pelo sonho, viveu então o pesadelo, não suportou a pressão, tomou medicamentos para dormir, dormiu para sempre, há 47 anos, surpreendendo seus fãs, porque estava no auge da vida, era uma figura carismática, representava a mulher para ser querida e não para morrer tão sofrida e solitária.

Marilyn continua a ser a namoradinha do cinema americano que antecedeu a tecnologia, ela pertence à galeria dos artistas cult, tem um lugar na história da indústria cinematográfica, um lugar de destaque, vendeu muitas imagens para salas espalhadas no mundo todo, imprimiu a marca da feminilidade a la perua, bem sexy, bem arredondada, muito rebolativa, bem maquiada, com cabelos descoloridos, ares de gata angorá, atriz obejto de desejo, expressiva criatura, cuja história pessoal confundiu-se com desamor e desencontro.

Mas, sua arte levou alegria e emoção a milhões de pessoas e ainda é possível abrir mão do preconceito e assisti-la em filmes memoráveis. Eu, quando preciso mergulhar numa fuga para o tempo das conquistas absolutamente desprovidas de interesses materiais, revejo sua atuação com Yves Montand, quando ela canta que seu coração pertence ao Papai, uma canção de Cole Porter, em momento máximo da sua carreira, que me faz admirar sua garra, em transparecer talento, apesar das suas lutas em defesa dos seu equilíbrio emocional. Nessa interpretação, ela aparece, magistral e sedutora, prendendo nossa atenção, o que nos faz compreender a extensão do seu alcance enquanto estrela do seu tempo, na calçada da fama e no céu da consagração merecida.
Cida Torneros


Nenhum comentário: