Maracanã

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segunda-feira, 27 de julho de 2009

Chuva... cai na minha cabeça... inunda minha alma...



Tem uma chuva insistente
caindo sobre a minha cabeça
é uma torrente, à francesa,
molha meu corpo, me esfria,
traz o gelo da saudade,
mata o calor, me desvia
de qualquer caminho,
tira o meu carinho,
por ti, por ti, por ti...

Tem uma chuva tão gelada
me entranhando os ossos,
minha alma se arrepia,
com essa tempestade fria,
onde está o ardor do teu amor,
onde morreu o desejo da tua vida,
em que ponto do caminho,
em que momento da estrada,
mudou entre nós o tempo,
virou entre nós o clima,
fez-se em nós a debandada
dos sentimentos grudados,
para nos deixar enfim,
alagados em rios gelados,
inundados em solidão,
sob a chuva de cada senão,
sob a mais cruel precipitação
que sobre nós desce assim...
Cida Torneros

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