aqui tem música, poesia, reflexões, homenagens, lembranças, imagens, saudades, paixões, palavras,muitas palavras, e entre elas, tem cada um de vocês, junto comigo... Cida Torneros
Maracanã
quinta-feira, 4 de junho de 2009
beijos...prometidos e cumpridos...
Cumpram-se
estava escrito nos planos superiores
havia beijos que se formavam pelos ares
duas bocas eram seu alvo para novos amores
prometeram-se
espelhava-se o sentido de formação de pares
dois seres estavam para se olhar nos olhos
comprometeram-se
esperaram o amanhecer de uma primavera
e se dissolveram um dentro do outro como quimera...
Metam-se
estiveram assim, metidos, intrometidos, enfiados, confiados...
beijos os entrelaçaram, laçaram-se, amaram-se, perderam-se
um no calor do outro, como fumaça em fogo forte, arderam-se...
Mordam-se
nem se deram conta do quanto se beliscaram, faíscaram, brilharam
suas peles reluziam, seus lábios iluminavam-se, como se amaram...
Esperam-se
dali em diante, todos os dias, todas as noites, todas as manhãs
virão dizer que se pertencem, que seus beijos prometidos são revividos
que seus beijos cumpridos são renascidos, que suas bocas são maçãs
Comam-se
como se comem os doces mais melados, os pratos mais saborosos
os assados mais crocantes e as massas mais deliciosas, estão desejosos
de repetir seus gostos, suas degustações, seus êxtases de paixão,
Devoram-se
entre beijos e abraços, gozos e promessas, sensações e encontros,
sonhos e realidades, amizades e sentimentos, aconchegos e xamegos...
Cida Torneros
4 de junho de 2009
Domingo, 3 de Maio de 2009
Beijos poemados e premiados
perfumados, prometidos, perseguidos,
os que nem demos ainda...
são aqueles que nos fazem sonhar...
a mim, provocam ganas de poemar...
a ti, que me incitas a pressentir seus gostos,
dão o tom das nomeações...epidêmicos, perdidos,
reencontrados, emudecidos, estalados, molhados,
tímidos ou audaciosos, parisienses, brasileiros...
com quantos deles se faz um amor que se inicia?
ou qual terá sido o número fatal dos beijos de amores
que a história guardou para sempre na memória dos poetas?
beijos, somente beijos, eternos beijos de paixão,
trocados em momentos inesquecíveis, ainda que roubados no tempo...
beijos calmantes, beijos alucinantes, beijos sobreviventes de guerras
beijos imaginados e nunca dados, beijos devolvidos em cartas que voltaram
beijos de mulheres desiludidas, beijos de homens angustiados,
beijos de fêmeas felizes e de machos amados, beijos reais, beijos virtuais...
beijos com sabor de sonhos, beijos com gosto de aventura, beijos proibidos,
os permitidos pela vida, os camuflados pelo adeus, os decididos pela razão,
até os cuspidos pelo arrependimento, todos valem seu existir em lábios oferecidos,
violados, entregues, fugitivos, fechados, abertos, beijos escapantes,
de bocas que exalam sentimentos enredados como nós tão intrincados,
lábios que podem até apascentar corações revoltosos ou descompassados...
teus beijos me virão buscar qualquer dia desses, em qualquer lugar do mundo,
sei deles porque os antecipo, os aguardo e os calo, vou acalentá-los, senti-los...
depois, nada mais me fará poetar que não seja com a aura deles, seu gosto e perfume,
teremos atingido o nirvana dos beijos que a felicidade guardou para nós, um prêmio...
cida torneros
rio, 3 de maio de 2009
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Um comentário:
Ah! o amor...não há palavras definam, que esgotem um sentimento tão profundo...
(A propósito: Gosto do Zeca Pagodinho)
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