Maracanã

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domingo, 26 de abril de 2009

Conde, o amigo, o homem público, o pai de família...











Conhecer e conviver com o Conde é privilégio inenarrável. Ou quase. Tentarei contar um pouco do ele nos inspira.
Figura apaixonável por suas risadas diante da vida, seu jeito bonachão de ser, o modo como adota os adultos que passam pelo seu caminho. Nele, confundem-se dons humanos de profundidade que beiram o ar professoral daqueles que esbanjam sapiência na vida.
No sábado, 25 de abril, ele e sua esposa, a também arquiteta Rizza Conde, comemoraram bodas de ouro, junto da linda família que plantaram e cercados de amigos que consquistaram ao longo da vida, pública e privada.
O lugar não poderia ter sido melhor escolhido. No Outeiro da Glória, pedacinho carioca que ele não cansa de elogiar e de onde sempre me contou tantas histórias. Por exemplo, a subida de um piano para a casa onde morou com seus pais e irmãos, num tempo em que a mãe era professora de música e recebia seus alunos, assim como gosta de falar no tio, o maestro Oscar Lorenzo Fernández, expoente da música clássica, que nos legou obras reconhecidas.

Conde é figura carismática, não resta dúvida. Sua paixão pela cidade do Rio de Janeiro, fez dele um prefeito capaz de atrair crianças de tal modo que ao acompanhá-lo nas rotineiras visitas às comunidades carentes onde desenvolveu o Programa Favela-Bairro, e ainda nas muitas inaugurações de creches que ele se criou para atender em escala crescente, meninos e meninas cariocas, foi comum, que ao seu redor, se fizesse sempre grande roda infantil, risonha, pegando sua mão, agarrando suas pernas, até deitando nas suas costas, quando ele se sentava. Uma vez, a fotógrafa da nossa equipe flagrou um gurizinho que simplesmente adormeceu, em pé, recostado nos ombros do Conde, enquanto este dava uma entrevista para os repórteres curiosos sobre seus atos na Prefeitura.

A foto para mim é inesquecível. Um Conde explicando a vida da cidade e um anjinho dorminhoco entregue ao seu calor humano, sentindo o quanto um homem pode ultrapassar o status do poder e ser somente um ser que irradia aconchego e proteção.

Assim é o Luiz Paulo que conheço. O Conde da Rizza, ele mesmo já declarou várias vezes que foi ela, durante o curso de Arquitetura, onde se conheceram e casaram , ainda estudantes, que o carimbou chamando pelo sobrenome espanhol. Ela, mulher inteligente e bonita, o acompanha e, juntos, formaram uma família linda com três filhos e muitos netos.

Na singela festa das Bodas de Ouro, o clima foi de muita felicidade e paz, havia em cada olhar dos presentes a sensação do premiado encontro que é a passagem de alguém pela nossa vida, do porte humanitário do prefeito Luiz Paulo Conde.

Durante a missa, a emoção de ver tantas sementes germinadas, tantas flores do carinho exalando o perfume da amizade e respeito. Também, era possível sentir a presença do imenso buquê de gratião que todos traziam ali, ao compartilhar com o casal, da felicidade de viver o lado bom da vida.

Conde é essa criatura que lembra um condutor plácido de rebanho heterogêneo, quando é preciso ter o melhor chamado interior para conservar o grupo em caminho objetivamente traçado. Nas vezes em que tive oportunidade de trabalhar ao seu lado, não bastava a alegria do dia-a-dia, havia a tensão do dever a ser cumprido, e acima de qualquer dúvida, ele nos incutia a fé no quanto era possível construir pelo povo na nossa cidade do Rio de Janeiro. Em inúmeros episódios, tanto administrativos, como políticos, principalmente nos momentos de campanha, seu sorriso nos revelava um dom de incentivar para que prosseguíssemos sem titubear, buscando fazer o melhor e dar o melhor de nós pela causa da sociedade tão desigual.

Muita coisa há para se contar a seu respeito, entretanto, nesta pequena homenagem- registro da comemoração das suas Bodas de Ouro, ratifico sua capacidade de entendimento com a linguagem infantil. Observando seus netos, que o cercaram durante a recepção,foi fácil detectar a referência sólida que ele é para as novas gerações de seus descendentes. Um deles, menino dos seus 11 anos, a todo instante, vinha no seu ouvido e perguntava quem era este ou aquele fulano que o cumprimentara. Ele, enconstando a boca no ouvido do pequenino, dava lá suas explicações, em segredo de avô, ensinando talvez a melhor das políticas humanas, o exemplo de ser querido e acarinhado por senhores, senhoras, jovens e crianças, enquanto o mundo girava e
a cidade resplandescia um sol de um brilho magnífico. Para completar, a paisagem do céu carioca nos brindava com um azul digno de um dia de festa nas almas dos que estão do lado do Conde, o lado bom dos seres que amam a vida, a família, os amigos, a cidade, o país e de modo infinito, a fé num mundo que reencontre a paz.

Maria Aparecida Torneros
jornalista- Rio de Janeiro

Um comentário:

Unknown disse...

Poxa!! que lindo seu blog,parabens!!!
você sempre foi surpreendente, sinto muita sua falta amiga beijos!!!.
Um grande abraço.
Ricardo Issa.