Neste sábado, 22 de novembro, estivemos reunidos em torno da minha amiga irmã, Regina Lúcia Mendonça Dias.
Apresentação do leu livro de poemas "Translúcida", para o qual tive a honra de escrever o prefácio. Falar da poeta Regina Lúcia é confundir-me com décadas de amizade e irmandade, que nos une, desde os anos 60. Ela é sensibilidade e alegria em estado latente. Seu texto espraia energia positiva e emoção.
O evento, realizado na Escola Afonso Pena, na Tijuca, onde ela foi professora por 22 anos, reuniu amigos, familiares e ex alunos. Programação cuidadosa, com música, declamação de poesias, apresentação de dançarinos de tango, direito a emoções fortes e harmonia entre todos que la´estiveram para partilhar com ela da sua criação, misto de luz e realeza. A querida Dedé, mãe da poeta, também declamou seus versos, Nane, a filha, leu o belíssim poema "ser mãe!, o filho Ricardo e o marido Léo cuidaram da administração da festa e o irmão Jorge Ricardo a acompanhou no violão. Amigas e amigos declamaram e dançaram, o repentista deu o tom do cordel à reunião onde a harmonia era o fator principal. Regina passou alegria, felicidade e muita esperança aos nossos corações, sem falar, claro da emoção que tocou a cada um de nós que lá estivemos. Aproveitei para entregar à Dedé, um exemplar de A Mulher Necessária.
Destaco trecho do prefácio que escrevi:
" A poesia de Regina Lucia é como uma terapia positiva, tal a mensagem que ela permeia de reencontro com o em, a alegria, a paz, o amor, a reverência pelas deliciosas coisas da vida".
Orgulho-me de fazer parte da vida dela há tantos anos, e transcrevo poema dela, sobre nós e a Zazá, trio inseparável nos anos em que estudamos juntas, nos colégios Instituto de Educação e Pedro II, para registrar sua arte que me emociona:
Cireza
quem são essas três
elétricas
que escrevem poemas
sem métrica,
e enlouquecem
mas também enternecem,
sem pudores,
seus ilustres professores?
Quem são essas três
garotinhas
futursa professorinhas
posseiras da chave do futuro,
já que não têm medo
nem do escuro?
Quem são esses três
furacões
que sabem todas as lições
mas tremem na hora da prova
e depois tiram notões
( quem sabe,sabe - e inova?)
Quem são essas três
simpatias
que espalhando ilusões e verdades
reunidas num jardim,
vão colecionando amizades?
Quem são essas três
grevistas
do inesquecível sessenta e oito,
donas de gestos afoitos
e discursos feministas?
Quem são essas três audaciosas
que dão respostas maldosas
e surpreendem a moçada
que faz perguntas inusitadas?
Quem são essas três amigas
que inventaram um muro e a sigla
pra cercar e rotular
sum mundo único , singular?
CIDA, REJA E ZAZÁ,
que vivem
do lado de cá...
À Cida, Reja e Zazá,
um trio imbatível desde 1967...
40 anos em 2007!!!
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