As televisões, as emissoras de
rádio, os jornais, as revistas semanais...todos, em uníssono, proclamam
os 70 anos de Caetano Veloso.
Para nós, que o conhecemos nos tempos de jovenzinho magro e cabeludo, risonho sempre, reflexivo e atuante, presente e contestador, inovador e provocante de frêmitos, figura quase frágil envolto em aura luminosa e forte, criatura que caminhou contra o vento, sem lenço e sem documento, parece que o retrospecto dos seus 50 anos de carreira, entre idas e vindas, polêmicas e declarações engajadas, somaram justamente a síntese de toda uma geração que se fez jovem nos anos 70 e adulta nos tempos subsequentes.
Aí está o caballero de fina estampa, elegante, grisalho, movimentando corpo e olhos por sobre nossas cabeças que permanecem atentas aos seus poemas em forma de canções inusitadas, aquelas que nos despertam que nos sacodem nas noites pasmaceiras, suas pegadas em nossos corações desalinhados, umas coisas tão próprias e apropriadas que nos embalam sábados e semanas inteiras, levando-nos a questionar a fonte de onde ele tira tantas idéias incríveis, tantos versos prazerosos, tantas verdades antes indizíveis.
Seu coração segue vagabundo, sem cansar de ter esperança de um dia ter tudo o que quer... talvez seja mesmo o porta-voz de milhões de outros corações tímidos que através dele se dispõem a amar terra e povo, gente e sonhos, eta Caetano que se sobrepõe a cada nova aparição. O cara dá a volta no exílio, canta London London, exprime a angústica da saudade da terra e quando volta, nos envolve debaixo dos caracóis dos seus cabelos, pela solidariedade de um outro da jovenguarda, o Roberto, sem preconceito. Aí está o jovem Caetano ao lado da não menos jovem Maria Gadú, e que dupla embevecedora. Um instante de magia...quando interpretam..deixa eu gostar de você... introsamento de vozes e corações...teu corpo combina com meu jeito...como dizer o contrário? este é o Caetando atemporal...
Com Gal e com Betânia, nem dá pra adjetivar...com Gil, nem se fala...os quatro parece terem sido feitos uns para os outros em moldes conjuntos.
Sintonia baiana e perfeita...
Quando ele canta Mimar Você, permitam-me sonhar...ele canta pra mim....que o amo assim... o tempo que passamos juntos, mesmo em sonhos...
"Te quero só pra mim"... ora, Cae, nem me fale assim, que me derreto, te esperando mais um verão...
Cida Torneros
Para nós, que o conhecemos nos tempos de jovenzinho magro e cabeludo, risonho sempre, reflexivo e atuante, presente e contestador, inovador e provocante de frêmitos, figura quase frágil envolto em aura luminosa e forte, criatura que caminhou contra o vento, sem lenço e sem documento, parece que o retrospecto dos seus 50 anos de carreira, entre idas e vindas, polêmicas e declarações engajadas, somaram justamente a síntese de toda uma geração que se fez jovem nos anos 70 e adulta nos tempos subsequentes.
Aí está o caballero de fina estampa, elegante, grisalho, movimentando corpo e olhos por sobre nossas cabeças que permanecem atentas aos seus poemas em forma de canções inusitadas, aquelas que nos despertam que nos sacodem nas noites pasmaceiras, suas pegadas em nossos corações desalinhados, umas coisas tão próprias e apropriadas que nos embalam sábados e semanas inteiras, levando-nos a questionar a fonte de onde ele tira tantas idéias incríveis, tantos versos prazerosos, tantas verdades antes indizíveis.
Seu coração segue vagabundo, sem cansar de ter esperança de um dia ter tudo o que quer... talvez seja mesmo o porta-voz de milhões de outros corações tímidos que através dele se dispõem a amar terra e povo, gente e sonhos, eta Caetano que se sobrepõe a cada nova aparição. O cara dá a volta no exílio, canta London London, exprime a angústica da saudade da terra e quando volta, nos envolve debaixo dos caracóis dos seus cabelos, pela solidariedade de um outro da jovenguarda, o Roberto, sem preconceito. Aí está o jovem Caetano ao lado da não menos jovem Maria Gadú, e que dupla embevecedora. Um instante de magia...quando interpretam..deixa eu gostar de você... introsamento de vozes e corações...teu corpo combina com meu jeito...como dizer o contrário? este é o Caetando atemporal...
Com Gal e com Betânia, nem dá pra adjetivar...com Gil, nem se fala...os quatro parece terem sido feitos uns para os outros em moldes conjuntos.
Sintonia baiana e perfeita...
Quando ele canta Mimar Você, permitam-me sonhar...ele canta pra mim....que o amo assim... o tempo que passamos juntos, mesmo em sonhos...
"Te quero só pra mim"... ora, Cae, nem me fale assim, que me derreto, te esperando mais um verão...
Cida Torneros
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