aqui tem música, poesia, reflexões, homenagens, lembranças, imagens, saudades, paixões, palavras,muitas palavras, e entre elas, tem cada um de vocês, junto comigo... Cida Torneros
Maracanã
segunda-feira, 31 de maio de 2010
Feitinha pro poeta...lindaaaaaaaaaaa....
FEITINHA PRO POETA
Composição: Baden Powell e Lula Freire
Ai, quem me dera ter a namorada
Que fosse para mim a madrugada
De um dia que seria minha vida
E a vida que se leva é uma parada
E quem não tem amor não tem é nada
Vai ter que procurar sem descansar
Tem tanta gente aí com amor pra dar
Tão cheia de paz no coração
Que seja carioca no balanço
E veja nos meus olhos seu descanso
Que saiba perdoar tudo que faço
E querendo brigar me dê um abraço
Que fale de chegar e de sorrir
E nunca de chorar e de partir
Que tenha uma vozinha bem macia
E fale com carinho da poesia
Que seja toda feita de carinho
E viva bem feliz no meu cantinho
Que saiba aproveitar toda a alegria
E faça da tristeza o que eu faria
Que seja na medida e nada mais
Feitinha pro Vinícius de Moraes
Enfim, que venha logo e ao chegar
Vá logo me deixando descansar
Oh, descansar, descansar
Filhos e netos emprestados...
Filhos e netos emprestados...
Deus me livre de esquecer como é ser criança! É coisa que incluo nas minhas solitárias e diárias orações. Porque a energia infantil é soberana, no universo humano, não tem coisa que se compare a ela. Nem sexo de adultos, que me desculpem os adoradores da prática.
Tudo bem que relaxe, atualizando amor e paixão, que revigore ou que dê boa saúde, segundo recomendação do Ministro do setor; mas uma risada que a nossa “criança” interna pode abrir, junto a outras crianças “reais” é como a liga do céu com a terra. Um aderente sonho de leveza espiritual, incomparável elo entre o mundo passageiro e a vida eterna.
É claro que nas horas do encontro amoroso, flui em cada um de nós uma criança que brinca de viver e fazer viver. Isso é evidente. Entretanto, refiro-me àquele prazer inocente de descobrir as cores da asa de uma borboleta ou de imaginar que uma borrachinha possa representar um carro esporte. Fazê-lo vencer uma corrida no sofá da sala que vira autódromo, com direito a comemorações, torcidas, gritos e urros de felicidade verdadeira, pura expressão da alegria de estar no mundo, de perceber mil coisas ao mesmo tempo.
Ao longo da vida, tenho tido chance de “pegar” filhos e netos emprestados, primos e primas que foram nascendo, aumentando a família, sobrinhos que me encantam porque cresceram e hoje seguem a tia, na profissão, mas todos continuam a ser bebês que chegaram para completar ciclos, proporcionar festinhas de aniversário, com direito a muito docinho “brigadeiro” e animação.
Até hoje, como esquecer suas carinhas e vozes, corridinhas, falas e folguedos, em tantas ocasiões? Com certeza, os chorinhos e manhas também entraram para minha lista de recordações. Fazem parte do histórico dessas crianças que me acrescentam energia, que alimentam minha menina interior. Aliás, meu bom humor, creio, tem a ver com a abertura constante que dou para essa infante antiga e magricela que brinca em mim, pulando “corda”, jogando “amarelinha”, jogando “pique-esconde”, comendo massa crua de bolo com dedos e boca suja, nas cozinhas da mãe, das tias, da avó... que delícia era raspar a latinha de leite condensado antes de ser jogada no lixo. Era um prazer para o qual elas me chamavam, acho que gostavam de testemunhar minha felicidade naquele momento solene...
Fui premiada com o meu próprio filho, de sangue e emoção, que segue sendo um menino “trintão”, maduro, porém capaz de me fazer rir muito ainda. Durante sua infância fui aprendendo a lidar com o futuro cientista, convivi sempre com um menino curioso, perguntador, irreverente, voz rouquenha, de riso fácil, que numa noite de ano novo, vendo tantos fogos no céu, perguntou por que não se pregava aquelas luzes todas com band-aid?
Por esses dias, fui lembrando os “filhos” e “filhas” que incorporei. Nas aulas da faculdade, alguns viraram de verdade quase, como a Liliam que por um tempo morou na minha casa. A afilhada e prima, Magdinha, os enteados, filhos do ex-marido, que povoaram de sonhos e baladas, a adolescência deles e “minha” , dos anos 80, e depois seguiram trazendo pra mim, os netos do pai, que por uns instantes, foram meus “netos” também.
Seguindo, a vida me deu e me dá chances de conferir a vocação de ser eterna criança quando estou com eles. Por exemplo, as filhas da minha amiga Elza, Camila e Carina, agora ambas mães de Matheus e Cauã. Convivi com elas bem crianças, iam pra minha casa de Petrópolis, viajávamos para Cabo Frio, dançavam e cantavam em dueto, a vassoura era o microfone. Uma vez, uma delas me telefonou bem cedo, no dia do seu aniversário: - tia, sei que você quer me dar um presente logo mais na festa, né? Então, não diz pra minha mãe que eu te pedi, mas me traz aquele disco da Xuxa, com a música “Boas notícias”, tá? Vou fazer de conta que você adivinhou o que eu queria!
Assim foi feito, e por estes dias, eis-me com os filhos delas, meninos de quase 3 anos, contando histórias no carro da avó durante pequeno trajeto do shopping onde almoçamos até a minha casa. Riram muito. Imitei coelhinho, sapo, abelhinha, zumbi e fiz gestos. Eles se divertiram e ao chegar na minha porta, os olhinhos tristes, o silêncio, a pergunta susssurrada do porquê eu tinha que ir dormir, nossa, fiquei "passada".
Na férias do recente verão, o filho de um amigo, que veio passar um tempo com o pai, apareceu na minha janela, esticou o beiço inferior abrindo-o, disse: olha aqui tia!...confesso que não vi nada, mas ele insistiu...rs..é que eu mordi...mas foi sem querer! Assunto sério, pensei, o Yan queria me dizer que ali estava uma leve e importante marquinha da sua infância, um momento partilhado comigo, naturalmente por simpatia e solidariedade. - Não foi nada, disse eu, já passou...e ele abriu aquele sorriso compensador...perguntando-me logo pelos meus gatinhos que desejava visitar.
Na próxima semana, viajo a Salvador, vou ao batizado, dia 6 de junho, da Ana Beatriz, nascida em outubro, baianinha, filha da Luciana e do Saulo, neta da minha prima Carmen. Precisa dizer que vou pegá-la como netinha emprestada? Já peguei! Não resisto a uma criança e muito menos à possibilidade de vê-la sorrir, aprender a andar e falar, dividir com ela instantes de puro encantamento pela vida que se renova e por um futuro que pode e deve ser de esperança renovada, dentro de cada um de nós, exatamente naquele ponto onde sabemos que há um menino falante ou uma menina sapeca a tornar mágica a passagem pelo mundo...
Cida Torneros
domingo, 30 de maio de 2010
Niver da "coleguinha" Elza Gimenez, almocinho em família!!!
com um almocinho familiar, na Parmê, comemoramos neste domingo, o niver da amada Elza Gimenez, "coleguinha" que rala, na TV Globo. suas filhas, Camila e Carina, seus netos, Cauâ e Mateus, sua amiga Lidia e o filhote, eu, Hermê, "coleguinha" da rádio Globo e a irmã dela, a simpática Rita.
Elza merece seguir festejando, com seus pais, irmãos, amigos e companheiros de trabalho...trata-se de gente boa, guerreira, lutadora e nota 10...
beijoooooooooooooo
Cida Torneros
Elza merece seguir festejando, com seus pais, irmãos, amigos e companheiros de trabalho...trata-se de gente boa, guerreira, lutadora e nota 10...
beijoooooooooooooo
Cida Torneros
MORTE DE DENNIS HOPPER
Emoção e saudade… A morte de Dennis Hopper refaz, em nossa memória, da geração que tinha 20 anos em 1970, exatamente o clima do seu inesquecível “sem destino”, lembro bem, das sensações que o filme me passou, naquela época… havia o horror da guerra do Vietnam, a fuga das drogas, a tentativa de desestabilizar a corrida desenfreada da industrialização capitalista…era um sonho de toda uma juventude, ele representou isso muito bem, não só nesse filme, mas na própria vida pessoal e por toda sua carreira. Ele participou do filme que o meu pai dizia ser o melhor que viu em seus 85 anos de vida: assim caminha a humanidade.
Que descanse em paz, e que sua arte nos faça reviver sempre que um dia acreditamos que era possível mudar tudo ou parte de tudo… Reproduzo artigoa abaixo, do jornalista Celso Lungaretti , que define muito bem quem foi esse homem do nosso tempo.
Cida Torneros
UMA PONTE ENTRE OS REBELDES DOS
ANOS 50 E OS CONTESTADORES DOS '60
Celso Lungaretti (*)
Dennis Hopper poderia ter sido um artista maior, se levasse mais a sério sua carreira e o próprio cinema.
Mas, preferiu aceitar praticamente todos os projetos que lhe ofereceram, os poucos ótimos, a infinidade de medianos e até alguns péssimos.
Isto confundirá ainda mais os críticos, já habitualmente confusos. Não esperem deles necrológios perspicazes...
Depois de trabalhar num e noutro seriado de TV, Hopper estreou no cinema como coadjuvante no clássico Juventude Transviada (dirigido por Nicholas Ray, 1955), filme cujo título original acabou sendo mundialmente adotado para designar aqueles jovens que não suportavam o american way of life mas ainda eram incapazes de oferecer-lhe alternativa: os rebeldes sem causa, com suas jaquetas de couro, correntes e motocicletas.
Novamente trabalhou ao lado de James Dean em Assim Caminha a Humanidade (d. George Stevens), filmado em 1955 e lançado em 1956.
James Dean e Marlon Brando (O Selvagem) foram os símbolos máximos dessa primeira geração de revoltados do pós-guerra.
O fato é que, depois das privações, do sofrimento e do morticínio, não sobreveio a paz sonhada. Pelo contrário, começou a guerra fria, a bomba atômica passou a inspirar pesadelos e paranóias, os Estados Unidos mostraram sua pior face na caça às bruxas desencadeada por McCarthy e Nixon.
O imenso desencanto foi o pano-de-fundo sobre o qual se projetaram o nascente rock'n roll e as escuderias de motoqueiros.
James Dean, entretanto, saiu da vida cedo demais, vitimado por um acidente automobilístico aos 24 anos. E, mais do que entrar na História, virou lenda: aquele que não se deixou domesticar, morrendo rebelde.
"Prefiro morrer antes de envelhecer", proclamou Pete Townshend. Mas quem fez isto foi James Dean, em setembro de 1955.
Como se tivesse herdado o pathos de James Dean, Dennis Hopper lançou uma ponte entre os revoltados de duas décadas, ao realizar o filme-manifesto Sem Destino (1969).
Além de dirigir, ele foi co-autor do roteiro, ao lado de Peter Fonda. E os dois ficaram também com os papéis principais, como hippies que querem seguir os passos de Wyatt Earp e Billy the Kid, saindo com suas imponentes Harley-Davidson (as motos como referência que remete à geração anterior...) para descobrir os verdadeiros EUA.
Só que, ao enfurnarem-se pelos estados mais atrasados, acabam se chocando com a boçalidade, o preconceito e a truculência: são gratuitamente assassinados pelos jecas.
Juntamente com o registro cinematográfico do festival de Woodstock, foi Sem Destino que apresentou ao mundo a cultura paz & amor dos hippies, bem como as novas formas de contestação que surgiam com força total e acabaram por tirar os EUA do Vietnã.
Catapultado instantaneamente para a fama, Hopper ficou tão identificado com o personagem Billy que praticamente o repetiu como o assaltante que tenta regenerar-se em Kid Blue Não Nasceu para a Forca (d. James Frawley, 1973) e como o fotógrafo pirado de Apocalypse Now (d. Francis Ford Coppola, 1979).
Para não falar do pai da lenda viva em O Selvagem da Motocicleta (d. Francis Ford Coppola, 1983), um Billy que envelheceu e foi buscar consolo na garrafa, mas manteve uma percepção aguda das coisas.
E do fruto tardio da safra de filmes contestadores que Hopper dirigiu, além de colaborar no roteiro: Out of the Blue (1980).
Mais emblemática, entretanto, foi sua participação em O Amigo Americano (1977), a obra-prima de Wim Wenders. O Tom Ripley que Hopper compôs é exatamente o pós-hippie, o cowboy angustiado da cidade desumanizada, à procura de motivos para continuar vivendo, nem que seja uma complicada forma de vingar uma pequena ofensa.
É este o seu papel magnífico, inesquecível, e não o de Frank Booth em Veludo Azul (1986), contaminado pela artificialidade intrínseca de David Lynch.
O pior é que, daí em diante, os estúdios arquivaram a imagem de hippie, substituindo-a pela de vilão: ele passou a ser cada vez mais requisitado, para fazer cara de mau em filmes piores ainda do que Blue Velvet...
Foi quando ele parece ter-se curvado à evidência dos fatos, passando a fornecer a intepretação convencional que mantinha a engrenagem funcionando e o dinheiro entrando.
Deve ter chegado à mesma conclusão como diretor, depois de realizar a obra-prima não reconhecida As Cores da Violência (1988), que detectou no nascedouro, com olhar crítico, a subcultura das drogas pesadas, do rap e dos grafites.
Entre filmes de cinema e tralha para TV, há mais de 200 títulos listados em seus 56 anos de trajetória (incluindo aqueles em que ele só contribuiu com a voz).
E pena que a morte física tenha chegado duas décadas depois da morte artística. [Se for a última imagem que ficar, coitado!]
É que, no meio de tanto calhau, as pessoas tenham dificuldade para encontrar as pedras preciosas. Que, indiscutivelmente, existem.
Daí este meu pequeno esforço para destacar aquilo pelo que Dennis Hopper deve ser respeitado e lembrado.
--------------------------------------------------------------------------------
* Jornalista e escritor, mantém os blogues
http://naufrago-da-utopia.blogspot.com/
http://celsolungaretti-orebate.blogspot.com/
Que descanse em paz, e que sua arte nos faça reviver sempre que um dia acreditamos que era possível mudar tudo ou parte de tudo… Reproduzo artigoa abaixo, do jornalista Celso Lungaretti , que define muito bem quem foi esse homem do nosso tempo.
Cida Torneros
UMA PONTE ENTRE OS REBELDES DOS
ANOS 50 E OS CONTESTADORES DOS '60
Celso Lungaretti (*)
Dennis Hopper poderia ter sido um artista maior, se levasse mais a sério sua carreira e o próprio cinema.
Mas, preferiu aceitar praticamente todos os projetos que lhe ofereceram, os poucos ótimos, a infinidade de medianos e até alguns péssimos.
Isto confundirá ainda mais os críticos, já habitualmente confusos. Não esperem deles necrológios perspicazes...
Depois de trabalhar num e noutro seriado de TV, Hopper estreou no cinema como coadjuvante no clássico Juventude Transviada (dirigido por Nicholas Ray, 1955), filme cujo título original acabou sendo mundialmente adotado para designar aqueles jovens que não suportavam o american way of life mas ainda eram incapazes de oferecer-lhe alternativa: os rebeldes sem causa, com suas jaquetas de couro, correntes e motocicletas.
Novamente trabalhou ao lado de James Dean em Assim Caminha a Humanidade (d. George Stevens), filmado em 1955 e lançado em 1956.
James Dean e Marlon Brando (O Selvagem) foram os símbolos máximos dessa primeira geração de revoltados do pós-guerra.
O fato é que, depois das privações, do sofrimento e do morticínio, não sobreveio a paz sonhada. Pelo contrário, começou a guerra fria, a bomba atômica passou a inspirar pesadelos e paranóias, os Estados Unidos mostraram sua pior face na caça às bruxas desencadeada por McCarthy e Nixon.
O imenso desencanto foi o pano-de-fundo sobre o qual se projetaram o nascente rock'n roll e as escuderias de motoqueiros.
James Dean, entretanto, saiu da vida cedo demais, vitimado por um acidente automobilístico aos 24 anos. E, mais do que entrar na História, virou lenda: aquele que não se deixou domesticar, morrendo rebelde.
"Prefiro morrer antes de envelhecer", proclamou Pete Townshend. Mas quem fez isto foi James Dean, em setembro de 1955.
Como se tivesse herdado o pathos de James Dean, Dennis Hopper lançou uma ponte entre os revoltados de duas décadas, ao realizar o filme-manifesto Sem Destino (1969).
Além de dirigir, ele foi co-autor do roteiro, ao lado de Peter Fonda. E os dois ficaram também com os papéis principais, como hippies que querem seguir os passos de Wyatt Earp e Billy the Kid, saindo com suas imponentes Harley-Davidson (as motos como referência que remete à geração anterior...) para descobrir os verdadeiros EUA.
Só que, ao enfurnarem-se pelos estados mais atrasados, acabam se chocando com a boçalidade, o preconceito e a truculência: são gratuitamente assassinados pelos jecas.
Juntamente com o registro cinematográfico do festival de Woodstock, foi Sem Destino que apresentou ao mundo a cultura paz & amor dos hippies, bem como as novas formas de contestação que surgiam com força total e acabaram por tirar os EUA do Vietnã.
Catapultado instantaneamente para a fama, Hopper ficou tão identificado com o personagem Billy que praticamente o repetiu como o assaltante que tenta regenerar-se em Kid Blue Não Nasceu para a Forca (d. James Frawley, 1973) e como o fotógrafo pirado de Apocalypse Now (d. Francis Ford Coppola, 1979).
Para não falar do pai da lenda viva em O Selvagem da Motocicleta (d. Francis Ford Coppola, 1983), um Billy que envelheceu e foi buscar consolo na garrafa, mas manteve uma percepção aguda das coisas.
E do fruto tardio da safra de filmes contestadores que Hopper dirigiu, além de colaborar no roteiro: Out of the Blue (1980).
Mais emblemática, entretanto, foi sua participação em O Amigo Americano (1977), a obra-prima de Wim Wenders. O Tom Ripley que Hopper compôs é exatamente o pós-hippie, o cowboy angustiado da cidade desumanizada, à procura de motivos para continuar vivendo, nem que seja uma complicada forma de vingar uma pequena ofensa.
É este o seu papel magnífico, inesquecível, e não o de Frank Booth em Veludo Azul (1986), contaminado pela artificialidade intrínseca de David Lynch.
O pior é que, daí em diante, os estúdios arquivaram a imagem de hippie, substituindo-a pela de vilão: ele passou a ser cada vez mais requisitado, para fazer cara de mau em filmes piores ainda do que Blue Velvet...
Foi quando ele parece ter-se curvado à evidência dos fatos, passando a fornecer a intepretação convencional que mantinha a engrenagem funcionando e o dinheiro entrando.
Deve ter chegado à mesma conclusão como diretor, depois de realizar a obra-prima não reconhecida As Cores da Violência (1988), que detectou no nascedouro, com olhar crítico, a subcultura das drogas pesadas, do rap e dos grafites.
Entre filmes de cinema e tralha para TV, há mais de 200 títulos listados em seus 56 anos de trajetória (incluindo aqueles em que ele só contribuiu com a voz).
E pena que a morte física tenha chegado duas décadas depois da morte artística. [Se for a última imagem que ficar, coitado!]
É que, no meio de tanto calhau, as pessoas tenham dificuldade para encontrar as pedras preciosas. Que, indiscutivelmente, existem.
Daí este meu pequeno esforço para destacar aquilo pelo que Dennis Hopper deve ser respeitado e lembrado.
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* Jornalista e escritor, mantém os blogues
http://naufrago-da-utopia.blogspot.com/
http://celsolungaretti-orebate.blogspot.com/
sábado, 29 de maio de 2010
Poema que o Theo Drummond me deu de presente!
Para Cida, cujas qualidades defino, simplesmente, como amiga e mulher necessárias.
DÁDIVA
Théo Drummond
Que a tua voz, tão cristalina e pura,
continue a falar das coisas belas
que o mundo só reserva à criatura
capaz de descobrí-las, compreendê-las.
Ao conservares, sempre, essa postura,
seja andando na chuva ou sob estrelas,
a tua voz só fala com candura,
e as palavras são simples de entendê-las.
Por isso é que ao ouvir o que tu dizes
as pessoas se sentem mais felizes,
porque és o que és, assim, desde menina.
Em ti nada mudou - pelo contrário:
nem o teu coração extraordinário
nem tua voz, tão pura e cristalina.
Amor: guerra ou jogo? Seriam as mulheres grandes perdedoras ou ardilosas vencedoras?
Estávamos sentados no Caravelas. Almoçando.
A senhora escritora ( eu), os editores Tomaz e Bárbara, e o jovem poeta, Bruno Graciano, que acabava de lançar na semana anterior, na Bienal de Minas Gerais, seu primeiro livro. Na sua camiseta uma palavra cintilante: sucesso! pensei... o mesmo sucesso que um jogador busca no jogo da vida, o sonho do vencedor, ou seria a vitória do guerreiro?
Durante a conversa, entremeada de brincadeiras, falou-se sobre o meu novo livro, de contos, cujo título "O contra-ataque do amor", remete à idéia do quanto o tal sentimento humano, animal, Tao selvagem e tão natural pode se transformar, em nossa cultura, num intrincado jogo ou numa guerra incessante que vai oferecendo combates ou esfacelando vítimas abatidas, o papo foi se diluindo em reticências... cada um tem suas próprias histórias de amor ou suas experiências que buscam redefinir sentimentos muitas vezes indecifráveis.
Falamos do papel da literatura, a tal vida que imita a arte e do quanto a vida pode ser muito mais surreal do que a imaginação dos escritores.
Lembrou-se dos contos bizarros, das desculpas de assassinos para fugirem da condenação, das mentiras de amantes traidores, das ilusões de quem acredita ou deseja ser amado como se fosse um ícone obsessivamente adorado, das doenças emocionais, das atitudes passionais, e no inconsciente coletivo, a tal premissa, do "matar ou morrer", salvar-se , em atitude de legítima defesa.
Os indefesos da paixão, quem seriam? os jogadores que já entram em campo para perder o jogo? aqueles que se sentem inferiores ao tentar alcançar objetivos ou os que desistem de tanto buscar parceiros pelo caminho e preferem viver de passado ou de saudades?
Era preciso pensar na capa do livro. Falei do meu amigo português, o Telmo Gabriel, que sugeriu uma cama onde houvesse um tabuleiro de xadrez e peças com cabeças femininas e masculinas a disputarem o xeque-mate.
A idéia é boa. Vamos desenvolver, em poucos dias, talvez dez, porque a Bienal em Sampa, acontece em agosto, e o lançamento do livro, acertamos ontem, será no dia 14, um sábado, no stand da Editora Usina das Letras.
Despedi-me do grupo, rumo a caminhos interiores que me envolvem em verdadeiros labirintos. Pus-me a pensar nas batalhas que já travei e ainda travo em nome do amor. Confesso que muitas vezes me sinto cansada. Mas luto, porque, segundo meus companheiros de juventude, aliás inesquecíveis idealistas de esquerda, "a luta continua".
E, por uma questão de literatura, de escrita, de viver a vida, cá estou, nesta manhã de um sábado outonal, sentindo na pele e na alma, um imenso desejo de amar com maturidade, se isso ainda for possível.
Ontem, antes do tal almoço, na minha visita semanal ao Arruda, meu terapeuta, refletimos sobre o papel dos homens imaturos na passagem pela vida de mulheres que, como eu, vão amadurecendo, vão se desiludindo, vão asssentando mais os pés no chão, vão, para desencanto dos poetas, endurecendo, emburrecendo, esquecendo os sonhos, vão desviando do coração e do corpo, sentidos antes tão fortes. Mas como diria Che : "hay que endurecer, pero sin perder la ternura, jamás".
Lembrei das tais "tias" solteironas, pensei nas "viúvas" eternas, questionei as "solitárias" convictas, duvidei das "abandonadas" melancólicas , estranhei as "ditadoras" sádicas, interroguei as "poderosas" comandantes, penalizei-me das " enganadas" sabedoras, arrepiei-me pelas "assassinadas" indefesas, estremeci com as "injustiçadas" apedrejadas..."sofri" pelas mulheres "perdedoras" na guerra ou no jogo do amor...
Mas, num momento de lucidez necessária, vibrei com e pelas mulheres que contra-atacam. As que dão a volta, aquelas que amadurecem e vencem as partidas. As que não se deixam partir interiormente, que vão rejuntando cacos. Que sabem colar pedacinhos com a goma da esperança. São as que movem o mundo, criam filhos, sobrevivem, ainda se enfeitam, dançam, fazem comidas gostosas, deixam brilhar os olhinhos olhando a lua no céu, sentem as batidas fortes dos seus corações fatigados, mas permanecem na fé.
A fé é tudo, no jogo, na guerra, na vida, é tão feminina, a tal fé. Faz crer em dias melhores, em noites mágicas, em paixões possíveis, em amores premiados, em pessoas que virão aos nossos braços, que nos darão um ombro pra acalmar nossos medos e um colo para apaziguar nossos anseios.
Aí, recordei mulheres tão ardilosas que sabem vencer no jogo da vida, porque aprenderam a crer em si mesmas, aceitaram seu papel no mundo, fingem ser manipuladas, praparam inteligentes estratégias, levantam, sacodem a poeira e dão a volta por cima. Na próxima esquina, quem sabe lhes aguarda um troféu ou um pódium?
Talvez nem vençam a corrida, ou nem consigam o título maior, mas terão, sem dúvida, para sempre, o gosto honrado de terem sido bravas jogadoras e corajosas guerreiras. O segredo deve estar no seu talento em contra-atacar, mas eu não tenho certeza disso, e quem garante que venha a ter?
Cida Torneros.
A senhora escritora ( eu), os editores Tomaz e Bárbara, e o jovem poeta, Bruno Graciano, que acabava de lançar na semana anterior, na Bienal de Minas Gerais, seu primeiro livro. Na sua camiseta uma palavra cintilante: sucesso! pensei... o mesmo sucesso que um jogador busca no jogo da vida, o sonho do vencedor, ou seria a vitória do guerreiro?
Durante a conversa, entremeada de brincadeiras, falou-se sobre o meu novo livro, de contos, cujo título "O contra-ataque do amor", remete à idéia do quanto o tal sentimento humano, animal, Tao selvagem e tão natural pode se transformar, em nossa cultura, num intrincado jogo ou numa guerra incessante que vai oferecendo combates ou esfacelando vítimas abatidas, o papo foi se diluindo em reticências... cada um tem suas próprias histórias de amor ou suas experiências que buscam redefinir sentimentos muitas vezes indecifráveis.
Falamos do papel da literatura, a tal vida que imita a arte e do quanto a vida pode ser muito mais surreal do que a imaginação dos escritores.
Lembrou-se dos contos bizarros, das desculpas de assassinos para fugirem da condenação, das mentiras de amantes traidores, das ilusões de quem acredita ou deseja ser amado como se fosse um ícone obsessivamente adorado, das doenças emocionais, das atitudes passionais, e no inconsciente coletivo, a tal premissa, do "matar ou morrer", salvar-se , em atitude de legítima defesa.
Os indefesos da paixão, quem seriam? os jogadores que já entram em campo para perder o jogo? aqueles que se sentem inferiores ao tentar alcançar objetivos ou os que desistem de tanto buscar parceiros pelo caminho e preferem viver de passado ou de saudades?
Era preciso pensar na capa do livro. Falei do meu amigo português, o Telmo Gabriel, que sugeriu uma cama onde houvesse um tabuleiro de xadrez e peças com cabeças femininas e masculinas a disputarem o xeque-mate.
A idéia é boa. Vamos desenvolver, em poucos dias, talvez dez, porque a Bienal em Sampa, acontece em agosto, e o lançamento do livro, acertamos ontem, será no dia 14, um sábado, no stand da Editora Usina das Letras.
Despedi-me do grupo, rumo a caminhos interiores que me envolvem em verdadeiros labirintos. Pus-me a pensar nas batalhas que já travei e ainda travo em nome do amor. Confesso que muitas vezes me sinto cansada. Mas luto, porque, segundo meus companheiros de juventude, aliás inesquecíveis idealistas de esquerda, "a luta continua".
E, por uma questão de literatura, de escrita, de viver a vida, cá estou, nesta manhã de um sábado outonal, sentindo na pele e na alma, um imenso desejo de amar com maturidade, se isso ainda for possível.
Ontem, antes do tal almoço, na minha visita semanal ao Arruda, meu terapeuta, refletimos sobre o papel dos homens imaturos na passagem pela vida de mulheres que, como eu, vão amadurecendo, vão se desiludindo, vão asssentando mais os pés no chão, vão, para desencanto dos poetas, endurecendo, emburrecendo, esquecendo os sonhos, vão desviando do coração e do corpo, sentidos antes tão fortes. Mas como diria Che : "hay que endurecer, pero sin perder la ternura, jamás".
Lembrei das tais "tias" solteironas, pensei nas "viúvas" eternas, questionei as "solitárias" convictas, duvidei das "abandonadas" melancólicas , estranhei as "ditadoras" sádicas, interroguei as "poderosas" comandantes, penalizei-me das " enganadas" sabedoras, arrepiei-me pelas "assassinadas" indefesas, estremeci com as "injustiçadas" apedrejadas..."sofri" pelas mulheres "perdedoras" na guerra ou no jogo do amor...
Mas, num momento de lucidez necessária, vibrei com e pelas mulheres que contra-atacam. As que dão a volta, aquelas que amadurecem e vencem as partidas. As que não se deixam partir interiormente, que vão rejuntando cacos. Que sabem colar pedacinhos com a goma da esperança. São as que movem o mundo, criam filhos, sobrevivem, ainda se enfeitam, dançam, fazem comidas gostosas, deixam brilhar os olhinhos olhando a lua no céu, sentem as batidas fortes dos seus corações fatigados, mas permanecem na fé.
A fé é tudo, no jogo, na guerra, na vida, é tão feminina, a tal fé. Faz crer em dias melhores, em noites mágicas, em paixões possíveis, em amores premiados, em pessoas que virão aos nossos braços, que nos darão um ombro pra acalmar nossos medos e um colo para apaziguar nossos anseios.
Aí, recordei mulheres tão ardilosas que sabem vencer no jogo da vida, porque aprenderam a crer em si mesmas, aceitaram seu papel no mundo, fingem ser manipuladas, praparam inteligentes estratégias, levantam, sacodem a poeira e dão a volta por cima. Na próxima esquina, quem sabe lhes aguarda um troféu ou um pódium?
Talvez nem vençam a corrida, ou nem consigam o título maior, mas terão, sem dúvida, para sempre, o gosto honrado de terem sido bravas jogadoras e corajosas guerreiras. O segredo deve estar no seu talento em contra-atacar, mas eu não tenho certeza disso, e quem garante que venha a ter?
Cida Torneros.
sexta-feira, 28 de maio de 2010
Hoje, faz 3 anos, meu pai Ulysses viajou pro Céu!
Reproduzo agora o texto que enviei a amigos e amigos naquele dia de tanta dor.
Hoje, certa de que existe vida espiritual, nutro-me da sua saudade e do exemplo!
Amigos, amigas a dor é muito grande porque é muito difícil perdermos alguém a quem amamos tanto. meu Pai, meu melhor amigo, Ullysses, faleceu ontem, à noite, aos 85anos,. e será enterrado hoje, as 16 horas, no cemitério de Inhaúma, no Rio de Janeiro, onde repousará junto aos meus avós Carmen e Antonio e aos seus irmãos Paulo e Ovidio. agradeço , desde agora a todos que elevarem seu pensamento aos céus em oração, como reconhecimento da vida de um ser bom que passou pela terra. sua riqueza éramos nós, sua famíia. ele deixa minha mãe Norma, de 80, eu e meu irmão Paulo, a nora Alcina e os netos Leandro, Ana Paula e Pedro. todos estivemos ao seu lado nos desdobrando em atenção e carinho , o que o fazia referir-se a nós como os seus "anjos bons". meu pai era um trabalhador, mesmol nessa idade, mantinha uma oficina de carpintaria, no quintal de casa, onde gostava de fazer artefatos de madeira, que presenteava a nós todos. trabalhou como servidor público até os 70 anos, e era assíduo e responsável. apreciador da música clássica, era apaixonado por Mozart. em seu peito, nos últimos dias, após o banho, pregava com fita adesiva uma figurinha com a imagem da Nossa Sra. Aparecida, que ele dizia ser a sua padroeira. Viveu e morreu em paz, um exemplo de amor, dedicação, trabalho e dever cumprido. presto esta singela homenagem a ele, através das palavras, porque é uma forma que tenho de extravasar meus sentimentos de perda e tentar aceitar que ele partiu com a consciência do dever cumprido, tendo adormecido como um passarinho, sem nenhum sofrimento. estava , inclusive, sentadinho e sorrindo , assistindo a um filme dos Tres Patetas, e num cochilo, despediu-se do mundo, deixando o que de melhor um ser de luz pode deixar, o amor pelos seus irmãos, família, amigos, como um anjinho que só nos transmitiu harmonia e esperança, sempre. um beijo a todos,
Aparecida Torneros
quinta-feira, 27 de maio de 2010
O Meu Amor é sentimental...
O Meu Amor é sentimental...
Envia-me músicas pelo computador...
São canções de afeto, afinal...
Cuidadoso na escolha de cada flor...
Ele sonha com meu carinho, minha saudade...
Sentimental sou eu, também, sem vaidade,
sei que há entre nós a união das almas,
aquelas nuances de cores calmas,
um certo pudor de sermos remanescentes,
de um tempo romântico, floreado e antigo,
muitas vezes eu me contenho e nem lhe digo
o quanto me agradam seus segredos indescentes,
entremeados de frases óbvias de paixão e entrega,
ele vai me abrindo o coração e me deixando cega
pois consigo ver seus olhos na manhã onde parei
minha vida para seguir a dele, e não me reencontrei
sequer no dia ou tarde de algum outono manso,
é porque ele me alimenta de primaveras e sonhos,
ele é tão sentimental que me emociona e cala,
que se afasta, me observa tão distante e me chega
numa noite qualquer de um verão escaldante,
para me infernizar num caldeirão de promessas,
como um escritor vadio, talvez um peregrino louco,
ou quem sabe, ele é um arauto do sentimento puro,
porque mantem em mim o desassossego rouco
da garganta engasgada que tenta gritar de prazer
em meio ao silêncio morto duma madrugada dessas
O meu Amor é tão sentimental
que parece um cântico
a cada gesto seu, no infinito,
ressoa do animal um hurro
a cada palavra sua,
nos ares retumba o claro alvorecer,
ele me sintoniza o universo em música,
prosa e verso,
mostra-me a colheita em canções,
acorda-me com beijos,
é um ente pródigo de pulsão de vida
um piso adverso,
pois me faz flutuar, sem chão,
sem teto, sem anteparo,
ele me conduz sem que eu o veja ou ouça,
vou pelo faro,
sinto-lhe o rastro,
penetro-lhe a aura,
percebo sua inquietude,
absorvo seu pranto,
fico tensa, espetam-me seus lampejos...
envolvo-me no seu clima ,
ele é feito de reticências e gracejos...
tem sabor de café com creme, croiassant,
é recheado de romance ainda adolescente...
O meu Amor é tão sentimental
que vive além do tempo,
em mim, ele perpetua cada instante,
reberbera sua inspiração,
respira no meu pescoço,
expira no meu ouvido, é ilusão,
é um eterno e envolvente ser de luz
que me alimenta,
nem me importo
de onde manda sua mensagem lenta,
tampouco me alucina mais
sua mudez ou intenção,
pois nas linhas da vida,
nas entrelinhas da caminhada,
nos subterrâneos do inconsciente,
em lugar da retirada,
o que ele insiste em me oferecer
é bem maior que tudo,
é seu sentimento forte,
sua capacidade de sonhar comigo,
o que faz dele um homem tão especial ,
mais que um amigo,
mais que um parceiro,
além de um amante ocasional,
bem além,
o meu amor, de tão sentimental,
passou a ser meu doce,
meu eterno, meu reconfortante,
meu definitivo e único abrigo....
Cida Torneros
As três noites que te antecederam...
As três noites que te antecederam...
foram três, sim, três longas noites inquietas
o frio da cidade e a tua ausência invadiam as cobertas
tanto parecia que as janelas estavam abertas
mas não estavam...era o teu calor que me faltava
e eu nem sabia disso, ainda, nem imaginava...
foram três, sim, três noites de espera estranha
uma sensação vazia de buraco em cada entranha
algo me avisava, dizia sobre a sedução e a artimanha
da noite do nosso encontro, aquela que nos espreitava
tu nem sabias disso, ainda, mas meu corpo se preparava...
foram três, sim, três noites de interrogações latentes
sobre o certo, o errado, a surpresa, questões pertinentes,
para que o frio se tornasse calor, nos abraços, beijos quentes,
trocamos na quarta noite, quando teu carinho me inundava,
descobrimos energia própria de um novo ser unido, que encontrava,
após madrugadas solitárias, afinal, o tesouro que buscava...
Cida Torneros
quarta-feira, 26 de maio de 2010
O meu amor - Tetê Espíndola
O meu amor... tem um jeito manso que é só seu...
minha pele inteira fica arrepiadaaaaaaaaa
hummmmmm....esta música é lindaaaaaaa...
cama e mesa...rs...sou sua menina, viu?
coisas do amor doido que pega a gente, quando a gente menos espera.... nem sempre...pode ser um grande sonho...ou uma boa lembrança....ou melhor ainda... uma realidade viva, um jeito de me fazer entender que a vida é a vida...e que tudo passa... mas que é preciso viver cada segundo com coragem...e presença forte... o sentimento é parte da certeza de existir e encarar tudo frente a frente, apesar dos pesares... vamos seguindo, né? bom é ser feliz e fazer alguém feliz neste mundo tão cheio de provações... sou grata aos Deuses que me dão tantas boas oportunidades de viver ótimos momentos e de acreditar que sempre vale a pena...
Cida Torneros
Cida Torneros
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