Luzinhas instantâneas e teus olhos encontraram os meus
questionei-os, entre nós o espaço de menos de um terremoto
porque dentro de nós havia o tremor dos sentidos, o desconhecido...
Por mais que se olhassem nossos olhos parecia que nem nos víamos,
apenas nos buscávamos, e na espreita de um segundo, o breve tempo
nos induzia a clamar pela hipnose, não era mais possível desviar o olhar,
porque a fixação da dupla imagem ali estava, no fundo deles, o reflexo...
Miradas intensas e tantas perguntas sem respostas, por aquelas íris brilhantes
passavam nossos desejos e temores, atravessavam nossos cantos e encantos,
era por aqueles pequenos elos que nos uníamos então e para todo o sempre...
Ficaste assim, um ser intacto de movimentos leves, uma quase esfinge de pedra,
enquanto eu, no auge da inquietação, desbravei caminho para dentro de ti,
percorri infinito labirinto emocional e cheguei ao teu coração como uma flecha,
mas não queria magoar-te, só precisava mesmo era ajeitar-me por algum atalho,
somente ia buscar a luz que teus olhos me injetavam, para te amar eternamente...
Cida Torneros
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