Bambino, menino, bebê, você...

Bambino,
pequenino, vejo você no meu abraço,
inteiro cabe no meu colo, um laço,
de aconchego e muito chamego,
lá vem seu beijo, seu desejo, seu encanto...

Bambino,
homem do meu destino, um acalanto,
me traz o porquê mais resolvido da vida,
me dá um sentido de amanhã, sem pranto,
me faz pensar no amor como um grande passo...

Bambino,
você me aquece a alma, me enrola o manto
da fascinação, da salvação e até do sossego, 
aquela fase em que chega de buscar por aí,
o que se achou, finalmente,  e está bem aqui...

Bambino,
meu doce menino da noite e do dia claro,
meu bebê de colo e homem de atitude,
meu intenso e selvagem parceiro onde amparo
a sensação do porto ancorado em beatitude...

Bambino,
adormeça assim, sempre, ao meu lado entregue,
aos sonhos possíveis, e aos impossíveis também,
pois nosso encontro é um grande sonho que não negue
a certeza do tesouro, que é só nosso maior bem...
                                                                     Cida Torneros