Noivas, casamentos...
As noivas são como pérolas cultivadas, com esmero e desvelo
Lá vem elas adentrando nas naves, acompanhadas por seus pais,
ou mentores, ou preceptores, ou guardadores, ou vem sozinhas,
mas levitam em direção aos seus amores ou seus penhores,
empenham suas vidas e corações nas vidas e corações dos pares,
sonham porque as culturas fazem sonhar e elas bailam nos ares...
Deixai que as noivas voem e sonhem, porque é seu momento especial
elas enfeitam o futuro, prometem felicidade, dizem sim, nos emocionam...
Noivas há que sorriem com a alma, outras enlevam e nos apaixonam...
Noivas meninas e noivas senhoras, nos cartórios ou igrejas, é igual,
são flores que desabrocham em cores para nos ofertar seus perfumes...
Nem tentai sentir delas ciúmes, já escolheram a quem amar dali para frente,
até quando for possível, e é possível até que seja para sempre, por agora,
nada as aflige, precisam só serem felizes, como nós todos desejamos,
irão singrar mares de calmaria e tempestade, alternando tempo afora
suas esperanças e decepções, por isso, olhai cada uma com afeto crescente,
elas são como borboletas voando à nossa volta, nos revivem tudo que amamos...
Noivas belas, noivas luminosas, pobres ou ricas, tem os olhos da perpetuação
dos sentimentos da espécie que se atreve a crer que o amor é eterno e terno,
que a paixão é solidária ao vento, que os astros conspiram por novos ninhos
e lá se vão, a desafiar o enredo do processo familiar em construção...
Observai seus gestos, suas expressões faciais, seus movimentos de carinhos,
nada que venha delas será desperdiçado, seu dia feliz, o céu dos caminhos,
que nos invadam os corações, as ilusões, nos incitem sussurrar uma oração,
orai por elas, vós todos, que podeis unir energias para as noivas de maio,
as do ano inteiro, do passado, do presente, do futuro, dos contos de fada,
oferecei-lhes uma chuva de bênçãos, votos, luz, paz na longa estrada...
Que sejam todas realizadas e firmes, mulheres destinadas a somar o mundo
com sua aura de glória, como bonecas de porcelana, magas do amor profundo...
Cida Torneros
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