sexta-feira, 27 de julho de 2012

Freud implica ( com as mulheres)


Freud implica ( com as mulheres)


( baseada em texto de Ana Cristina Reis)


E como implica!!!
Esse homenzinho muito inteligente e implicante chegou para confundir e não para explicar. Objeto de teses aos milhares, o texto de Freud, que por si só, não esgota o inesgotável questionamento sobre a psique humana, com certeza, tem o mérito inquestionável de provocar reações nos inconscientes incomodados com o mistério da vida e com as diferenças comportamentais entre machos e fêmeas.
Artigo recente da jornalista Ana Cristina Reis pôs mais lenha na fogueira e provocou reações nos seus leitores do jornal O Globo, quando ela recebeu uma avalancha de emails masculinos em sua maioria “instando a falar sobre as neuras femininas”.
A articulista aceitou o desafio e respondeu com as considerações a seguir, suas, evidentemente, mas muito interessantes, para  se repensar nossa cultura quanto ao que o pai da psicanálise falou sobre as mulheres. Ela escreveu:
“E desta vez, sem muita ajuda de Freud – seja porque ele pensou pouco nas mulheres, seja porque não entendi o que ele escreveu sobre elas. Portanto, o que se segue são considerações advindas da observação:
1)  Mulheres que só têm prazer se relacionando com homens imprudentes, galinhas e de caráter duvidoso. Sofrem do complexo “ligações perigosas”. Depois de muito padecer, tentam achar um sujeito legal. Geralmente não conseguem. Então dizem que o mercado só tem homem casado ou gay. Dependendo de onde procuram, o quadro é esse mesmo.
2)  Não só alguns homens só gostam de se relacionar com mulheres mais novas. Há mulheres que procuram homens mais velhos e não é golpe do baú. Elas buscam o homem/pai. Seja porque o pai foi omisso, seja porque foi presente demais.
3)  Algumas das mulheres que não viveram bem a relação com o pai enfrentam dificuldades no sexo. Não gozam. No máximo acham que têm orgasmo, mas é algo clitoriano, rápido, pouco eficaz. Não confiam nos homens, não se soltam.
4)  Algumas amam demais. Viram mães dos maridos, se anulam, fazem tudo para agradar. E o que conseguem? Desprezo e pena a médio prazo. Solidão a longo prazo.
5)  Algumas amam de menos. Por medo de amar demais.”

Dá para sentir o quanto o tema sexualidade feminina encerra de espaços vazios a serem observados, como fez a jornalista em cinco resumidas conclusões que ela mesma ressalta que poderiam ser dez ou mais. Há uma infinita possibilidade de considerações possíveis a serem tecidas a partir da vivência de cada mulher no universo inteiro. Cada uma, em que pese sua cultura, seu contexto social e econômico, sua formação religiosa, sua história pessoal, seguramente terá muito mais que dez observações sintéticas a relatar sobre os sentimentos que a impulsionam a amar e viver.
Em sua maioria, no mundo todo, nem sequer terão lido Freud, e, se tivessem lido, talvez não fizesse a menor diferença para minimizar a inquietação natural resultante pela busca de desvendar seu próprio mundo.
Para cada Eva, jovem ou madura,  deve existir um Adão resolvido a levá-la a um paraíso sonhado.
Assim diz a lenda bíblica. No mais, é bom repetir o aforisma freudiano: “quase se pode dizer que a mulher inteira é um tabu”. O que significa que o grande psicanalista e pensador não conseguiu mesmo foi desvendar o tabu. Apenas implicou com ele!

sábado, 21 de julho de 2012

Beijos de baton

BEIJOS DE BATON
Maria Aparecida Torneros
Beijos de baton

Vermelhos lábios de macho marcam teu corpo de mulher
beiços borrados de cor e sabor, em forma de talher...
São eles a fantasia dos desejos, a tatuagem dos mistérios,
porque nivelam o mundo dos sexos de dois hemisférios,
equilibrando os opostos que se atraem e se traem nas funções,
sôfregos atos de busca dos prazeres, da entregas, dos senões...
E tu, fêmea delirante, percebes a surpresa nele, a perplexidade,
a revelação de um segredo inconsciente, na verdade...
Observas a felicidade, o poder do encontro, a eternidade
do casal que vive assim, da descoberta da própria animalidade...
Pena não seres dele a companheira e cúmplice, a parceira,
lastimas o fato de estarem assim como pássaros viajantes,
e, juntos, não terem construído o ninho no momento que passou,
no instante que não aconteceu no dia certo, nos anos idos...
Mas, peregrina das paixões, amante dos pães de cada dia,
nos dejejuns com tulipas, com cores, sabores, tantos amores...
Por que não agradecer somente agora, essa chance passageira
esses dias de sol, noites de lua cheia, esses minutos vividos,
enquanto a história se borra de baton e se anuvia...??????
Ri da cena, da brincadeira, do despojamento, da besteira...
Ri, pra seres mais verdadeira, da certeza de alcançar a alma
do homem que te faz das mulheres resolvidas, a mais inteira...
Da próxima vez que os beijos de baton acontecerem, tenha calma!
Observa a importância da atitude, a doação da amizade,
reflete em ti, muito mais, bem mais ainda a doce saudade...
A saudade dessa boca que te marca, sobe e desce,
e, num ufanismo feminista, vê nele o homem que jamais te esquece...

A mãe do mestre

artigo publicado no meu livro A mulher necessária, de 2008

A mãe do mestre


( meu filho me pediu que não mencione ou alardeie por aí que sou sua mãe...então, liguei para o editor, o livro estava no prelo, cheguei a pedir para excluir)


Mas, meu coração ficou pequeno, eu tinha escrito esta crônica em homenagem ao professor responsável e capaz que ele é, e também com muito orgulho de quanto é hones
to e trabalhador.

Aí, fiz algumas modificações,pois o fato de tê-lo como filho já é uma grande sorte que tenho nesta vida, o resto, é torcer para que ele siga sendo muito feliz, sempre.


Quem é esse homem que passa sempre correndo, cheio de atividades, de uma inteligência apregoada pelos que convivem com ele, sendo chamado, carinhosamente, desde pequeno, de "cientista"?


Pra mim, até parece que ele ainda é um menino. Muitas vezes me lembro daquele guri alegre e curioso que me alegrava e continua alegrando os dias desde que nasceu.


Um ser estranhamente sintonizado com a natureza, assim, o meu gurizinho risonho, ao completar 9 anos me pediu de presente um microscópio, e dali pra cá, foi um tal de colecionar asas de borboleta, besouros coloridos, mosquinhas infelizes, baratas capturadas, para desespero das empregadas da casa.


Fui percebendo sua sede de saber e pesquisar a cada momento novo durante sua infância. Houve um dia, em que tive certeza do seu ateísmo, de cunho científico, quando li o texto adolescente que ele produzira sobre o pensamento de um cientista, seu compromisso com a verdade.


Poderia ter ficado muito preocupada, mas não fiquei. Apenas me preparei ainda mais para o que veio depois. Aprendi a conviver com a sua imagem no Fantástico, nos jornais como O Globo ou como o Diário do Vale do Rio Preto, nas revistas como Veja, e em programas de TV, como uma vez, no SBT, em que falou sobre a não existência de vida depois desta nossa.


Um pesquisador, um cientista, um estudante eterno da Física, um profissional da Ciência da Computação, um professor.


Coisa de mãe coruja, pode até parecer, mas é o que ouço o pessoal do seu convívio sempre repetir. Claro que me orgulho. Claro que torço todos os dias para que ele seja só feliz... Que continue descobrindo da vida os segredos das asas das borboletas, assim como a felicidade de amar e ser muito amado.


Como ele mesmo diz: a vida é uma só e é preciso fazer dela a melhor coisa, pois só temos essa chance. E sei que ele saberá preservar seu caminho de luta em busca dos seus ideais.


Rogo aos deuses (sou contaminada por este conceito) a bem-aventurança de protegê-lo, para que escreva seus livros de cunho científico .


Porque um filho como ele é, tão cheio de energia, me renova a crença numa humanidade mais justa, me faz reaprender a viver como ser humano sintonizada com os novos tempos. Esse homem que ele é hoje, o professor respeitado, o cientista solicitado, o mestre, assim chamado carinhosamente por seu bando de alunos e ex-alunos, dando-me a oportunidade de ressaltar o meu respeito por ele.


Mais ainda, um professor que me desperta a sede de aprender mais e mais, toda a vida.


Agora, descubro que a emoção do amor, definido por ele pra mim um dia, como "sentimento necessário para a perpetuação da espécie", perpetua, em mim, a razão de ser feliz, por ser sua mãe, eternamente.


Dentre as suas expressões mais marcantes, lembro de uma, eu em Brasília, trabalhando, liguei pra casa no Rio, ele devia ter uns 8 anos, perguntei se estava tudo bem, ele me descreveu seu dia, as coisas que fizera, e antes de desligar, me bombardeou com ares de cobrança: - Mãe, posso te perguntar uma coisa? Por que você não é só minha mãe e mais nada?


Senti a culpa da mãe moderna, da jornalista viajante que o deixava na casa da avó e nas escolas, tantos cursos, que só dividia com ele, as noites e parte das férias em passeios inesquecíveis por lugares de alegria. Naquele momento, eu ainda não tinha a resposta.


Agora, tenho: porque sou a mãe do mestre, e, para um mestre, uma mãe é sempre muito pequena... se é apenas sua mãe...tem que ser múltipla, e isso é o que tento ser todos os dias, confiando no seu discernimento e aprendendo com ele sobre o sentimento mais puro de repassar conhecimentos e incentivar pessoas a crescerem em suas vidas.


Um verdadeiro mestre se sente honrado quando um discípulo atinge objetivos subindo na escala social, a partir da semente que ele planta. E isso, vejo que o meu filho faz com grandeza de espírito e caráter altruísta. Mesmo assim, peço desculpas pela imodéstia, característica defeituosa da mãe do mestre.

Maria Aparecida Torneros DA Silva

Não me deixes escapar...

 

Não me deixes escapar...

Pensei muito nos últimos dias como a vida é labirintosa, cheia de escapes, escotilhas, saídas de emergência, lugares ou rotas de fuga, principalmente dos chamados sentimentos profundos.

As tais doenças psicossomáticas, as traições do inconsciente que nos impelem a deixar para trás aquilo que nem sabemos como seria, de verdade...o tal medo de viver a nova experiência, de se deixar dominar pelo sentimento de entrega ou pela mudança de hábitos, vida, cultura, como se a acomodação fosse mesmo a receita salutar para uma vidinha comum, controlável e bem programada...

Foi pensando nisso que respondi ao novo cardiologista sobre o que tinha feito da minha vida nos meus 62 anos...respondi..."devia ter dançado e ao invés disso, trabalhei, estudei..." falei em dançar, pela expressão de insólito devaneio que os movimentos do corpo aliados ao som da canção podem proporcionar o necessário equilíbrio entre físico e mente, um compasso especialmente saudável para não desenvolver doenças do coração, do estress, da oscilação arterial, dos males "fabricados" pelas denominadas pragas auto-imunes...

Se a gente segue a vida inteira protelando recomeçar vida saudável, boa alimentação, bom sono, bons amores, boa qualidade de paz ou de busca dela, na verdade, em algum momento, quando a chance se faz presente, é preciso ser humilde o bastante e pedir que não nos deixem escapar... é o mínimo que podemos fazer por nós mesmos, buscar ajuda para a necessária coragem de enfrentar novos desafios, mudar atitudes, amar com entrega e sem medo, buscar novos trabalhos, trocar de atividades, movimentar pernas e braços, exercitar a cabeça, refletir sobre cores, flores, estrelas, pesquisas, números, tudo ao seu devido tempo e com a docilidade da eterna criança curiosa...sem correr para a primeira porta que nos livre daquela sensação de chão afundado... ou flutuante...

Pensei muito, sigo pensando, por que não danço? por que me canso? Por que me entristeço? porque me abasteço de passado?

Sei porque...sei mesmo... por ser cômodo, por ser previsível, por ser extremamente protetor de mim mesma, não correr maiores riscos a esta altura do campeonato? O que fazer nos próximos 26 anos?

Devo ser humilde e pedir: não me deixes escapar...

Quando perceberes em mim o menor movimento de quem sorrateiramente arranja subterfúgios para sumir da tua vida, puxa-me, prende-me, agarra-me, convence-me, persuade-me, e faz-me atrever a enfrentar novos caminhos, quaisquer que sejam eles, enquanto o tempo me dá chance de estar contigo, por favor, repreende-me, cria laços nos meus passos, encanta-me com tuas histórias, faz-me rir, dá-me sorrisos e abraços, acalenta-me, amaina minha ansiedade, festeja meus olhares ainda infantis e me torna tua grande companheira de viagem.

Vamos escalar montanhas, por que não? vamos descobrir estradas e atalhos juntos... vamos nos oferecer oportunidades, recomecemos, juntos, mas, não te esqueças... tentarei escapar, muitas vezes... é uma infeliz predisposição...tu, sim , a ti cabe a tarefa de estares atento, e por favor, não me deixes escapar, nem pelas janelas, nem pelos sonhos, nem pelas nuances de vagos e insensatos pensamentos...

Acata-me assim, junto a ti, aos teus desejos e medos, quero dividir os meus contigo, quero tentar ainda algo inusitado e novo, algo que a vida nos acena e ilumina com luzes faiscantes...tenhamos coragem... prometo, que também não te deixarei escapar de mim...
nos próximos 26...pelo menos...

Cida Torneros , em 3 de abril de 2012

Ne me laissez pas échapper à ...



Ne me laissez pas échapper à ...

J'ai beaucoup réfléchi ces derniers jours que la vie est pleine de labirintosa fuites, les écoutilles, les issues de secours, des lieux ou des voies d'évacuation, en particulier les sentiments dits profonds.Les maladies psychosomatiques telles, les trahisons de l'inconscient qui nous obligent à laisser derrière eux ce que nous ne savons pas comment il serait, vraiment ... juste la peur de vivre une nouvelle expérience d'être dominés par des sentiments de la livraison ou par l'évolution des habitudes la vie, la culture, comme si le logement était encore une recette pour une vie saine peu commune, contrôlable et bien planifié ...En pensant à la nouvelle cardiologue dit que ce qu'il avait fait dans ma vie dans mes 62 ans ... a dit ... "aurait dansé et au lieu, travaillé, étudié ..." J'ai parlé de la danse, l'expression de la rêverie que les mouvements du corps inhabituels alliés à la chanson peut fournir le nécessaire équilibre entre l'activité physique et l'esprit, une boussole n'est pas particulièrement sain pour développer une maladie cardiaque, le stress, l'oscillation de pression, les maux " fabriqué "par des parasites appelés auto-immune ...Si nous suivons la vie de retarder commencer à vivre en bonne santé, la bonne nourriture, bonne nuit de sommeil, l'amour bonne, bonne qualité de la paix ou vers elle, en fait, à un moment donné, quand la chance est présente, vous devez être assez humble pour et en leur demandant de ne pas le laisser échapper ... est le moins que nous pouvons faire pour nous-mêmes, chercher de l'aide pour le courage nécessaire pour affronter de nouveaux défis, le changement des attitudes, avec la livraison et l'amour sans crainte, chercher de nouveaux emplois, évolution des activités, bougeant les bras et les jambes, l'exercice de sa tête, réfléchir sur les couleurs, les fleurs, les étoiles, les enquêtes, les chiffres, tous les en temps voulu et avec la douceur de l'enfant curieux éternelles ... sans courir dans la première porte pour nous libérer de ce sentiment de terrain naufrage internautes ou flottant ...J'ai beaucoup réfléchi, je continue à penser, pourquoi ne pas danser? pourquoi se fatiguer? Pourquoi devrais-je pleurer? parce que je faire le plein par le passé?Je sais pourquoi ... sais même pas ... avoir de la place pour être prévisible, étant extrêmement protecteur de moi-même, pas à risque élevé à ce point? Que faire dans les 26 prochaines années?Je dois être humble et se demander: ne me laissez pas échapper à ...Lorsque vous voyez en moi le moindre mouvement qui organise subrepticement subterfuge pour disparaître de votre vie, me tire, me tenir, me saisit, me convainc, me persuader et me fait oser faire face à de nouvelles voies, quel que soit ils, que le temps me donne une chance d'être avec vous, s'il vous plaît me reprends, crée des liens dans mes traces, m'enchante avec vos histoires, me fait rire, me donner sourit et embrasse, nourrit moi s'apaise mon angoisse, mes yeux célèbre encore l'enfance et qui me rend votre compagnon de voyage idéal.Escalader des montagnes Laissez, pourquoi pas? les routes et les raccourcis que nous allons découvrir ensemble ... Nous allons offrir des possibilités, de recommencer, ensemble, mais ne pas oublier ... tenter d'échapper, souvent ... est un parti pris regrettable ... vous, oui, vous avez la tâche de estares écoute, et s'il vous plaît ne me laisse pas échapper, même à travers les fenêtres, ni par les songes, ni les nuances de pensées vagues et stupide ...Accepte-moi ainsi, avec vous, avec vos désirs et de peurs, envie de partager avec vous ma, toujours envie d'essayer quelque chose d'inhabituel et de nouveau, quelque chose que la vie nous donne, et s'allume avec les feux clignotants ... avoir du courage ... Je vous promets, il ne sera pas aussi vous laisser sortir de moi ...
le 26 prochain ... au moins ...
Cida Torneros sur 3 Avril, 2012
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My Heart Will Go On

My Hea

My Hea

My Heart Will Go On

rt Wil

My Heart Will Go On

l Go On

rt Will Go On

O Timão e a partícula de Deus!‏

Essa coisa de unanimidade, em tempos de globalização, é advento dos Deuses, ou é conversa particular de um Deus que se deixa descobrir através de uma partícula, anunciada e comemorada, pelos físicos do mundo inteiro, num 4 de julho infestado de festas. A grande festa do futebol brasileiro aconteceu, finalmente, em São Paulo, com a conquista da taça Libertadores pelo Timão, o Corinthians que anestesia milhões de torcedores em torno da sua bandeira em preto e branco.

Começo a me interessar pela tal descoberta da partícula de Deus, na verdade, o Bózon de Higgs, este objeto de estudo dos físicos que buscam entender e explicar a origem do Universo.
Encontro muitas informações na internet, a maioria delas me foge à compreensão porque tenho pouco repertório no campo da matemática, mas consigo entender por exemplo esta:
"Uma equipe de físicos do LHC, o acelerador de partículas do Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (CERN), anunciou a descoberta de uma suposta Partícula de Deus, o Bóson de Higgs. Mas, qual a importância dessa partícula para física?

Segundo Alberto Santoro, físico brasileiro que trabalha em um dos experimentos do Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (CERN), ao afirmar a sua existência, é possível comprovar a teoria do Modelo Padrão, capaz de mudar fundamentalmente o conhecimento da física sobre o Universo.

Isso porque o físico Petter Higgs propôs uma teoria a fim de entender como o Universo foi criado. Para ele, quando aconteceu o Big Bang, a explosão que originou o Universo há 14 bilhões de anos, todas as partículas eram iguais.

Após a explosão, o cosmos esfriou e se formou um campo de força invisível, o "campo de Higgs", com seus respectivos bósons (um tipo de partícula subatômica). Então, essa partícula, o Bóson de Higgs, interagiu com todas as outras e passou uma massa para cada uma.

Esse campo permanece no cosmos e qualquer partícula que interaja com ele recebe uma massa através dos bósons. Quanto mais interagem, mais pesadas se tornam. As partículas que não interagem permanecem sem massa. Portanto, as partículas só conseguiram ganhar massa devido ao Bóson de Higgs.

Então, descobrir a existência dessas partículas em simulações no LHC, acelerador de partículas, explica como as partículas têm massas tão diferentes umas das outras. Logo, a descoberta do Bóson de Higgs confirma as teorias criadas nas últimas décadas, uma vez que essa partícula é a única que falta ser analisada.

Além de um problema da física ser resolvido, todos saberão que as massas têm uma origem bem definida. Isso é muito importante para todas as leis fundamentais da física."

Bem, uma enorme massa de torcedores se envolve hoje com a alegria da vitória do Timão. É massa que movimenta intensa energia humana, em mundo competitivo que se move à custa de movimento de corpos no espaço, busca de marcação de gols, em aceleração contínua de músculos e objetivos em torno de um foco único: vencer e levantar a taça!

Assim,  equipes de homens e mulheres, integram a presença das suas forças na humanidade oferecendo ao Planeta, repentinamente, a concomitância de conquistas. Tanto no futebol, no esporte, quanto na física, na ciência, há que perceber que qualquer parte por menor que possa parecer, é responsável pelo resultado macro, ainda que ele escape, em teoria, ao nosso entendimento, é fácil sentir, intuir, se deixar contaminar pela alegria de constatar que funcionamos sim, em equipe, como diz o treinador técnico do Corinthians, o Tite, sobre a amizade do grupo, ou seja, o quanto é importante que pessoas se unam em torno de causas, para descobrir Deus, levantar taças ou até para tentar compreender o que uma coisa tem ou não tem nada a ver com a outra...

Aceleremos pois, e vamos comemorar a vitória das equipes tanto do LHC como do Timão, ora, ora!!

Ne me laissez pas échapper à ...



Ne me laissez pas échapper à ...


J'ai beaucoup réfléchi ces derniers jours que la vie est pleine de labirintosa fuites, les écoutilles, les issues de secours, des lieux ou des voies d'évacuation, en particulier les sentiments dits profonds.
Les maladies psychosomatiques telles, les trahisons de l'inconscient qui nous obligent à laisser derrière eux ce que nous ne savons pas comment il serait, vraiment ... juste la peur de vivre une nouvelle expérience d'être dominés par des sentiments de la livraison ou par l'évolution des habitudes
la vie, la culture, comme si le logement était encore une recette pour une vie saine peu commune, contrôlable et bien planifié ...
En pensant à la nouvelle cardiologue dit que ce qu'il avait fait dans ma vie dans mes 62 ans ... a dit ... "aurait dansé et au lieu, travaillé, étudié ..." J'ai parlé de la danse, l'expression de la rêverie que les mouvements du corps inhabituels alliés à la chanson peut fournir le nécessaire équilibre entre l'activité physique et l'esprit, une boussole n'est pas particulièrement sain pour développer une maladie cardiaque, le stress, l'oscillation de pression, les maux "
fabriqué "par des parasites appelés auto-immune ...
Si nous suivons la vie de retarder commencer à vivre en bonne santé, la bonne nourriture, bonne nuit de sommeil, l'amour bonne, bonne qualité de la paix ou vers elle, en fait, à un moment donné, quand la chance est présente, vous devez être assez humble pour et en leur demandant de ne pas le laisser échapper ... est le moins que nous pouvons faire pour nous-mêmes, chercher de l'aide pour le courage nécessaire pour affronter de nouveaux défis, le changement des attitudes, avec la livraison et l'amour sans crainte, chercher de nouveaux emplois, évolution des activités, bougeant les bras et les jambes, l'exercice de sa tête, réfléchir sur les couleurs, les fleurs, les étoiles, les enquêtes, les chiffres, tous les en temps voulu et avec la douceur de l'enfant curieux éternelles ... sans courir dans la première porte pour nous libérer de ce sentiment de terrain naufrage internautes
ou flottant ...
J'ai beaucoup réfléchi, je continue à penser, pourquoi ne pas danser? pourquoi se fatiguer? Pourquoi devrais-je pleurer?
parce que je faire le plein par le passé?
Je sais pourquoi ... sais même pas ... avoir de la place pour être prévisible, étant extrêmement protecteur de moi-même, pas à risque élevé à ce point?
Que faire dans les 26 prochaines années?
Je dois être humble et se demander: ne me laissez pas échapper à ...
Lorsque vous voyez en moi le moindre mouvement qui organise subrepticement subterfuge pour disparaître de votre vie, me tire, me tenir, me saisit, me convainc, me persuader et me fait oser faire face à de nouvelles voies, quel que soit ils, que le temps me donne une chance d'être avec vous, s'il vous plaît me reprends, crée des liens dans mes traces, m'enchante avec vos histoires, me fait rire, me donner sourit et embrasse, nourrit moi s'apaise
mon angoisse, mes yeux célèbre encore l'enfance et qui me rend votre compagnon de voyage idéal.
Escalader des montagnes Laissez, pourquoi pas? les routes et les raccourcis que nous allons découvrir ensemble ... Nous allons offrir des possibilités, de recommencer, ensemble, mais ne pas oublier ... tenter d'échapper, souvent ...
est un parti pris regrettable ... vous, oui, vous avez la tâche de estares écoute, et s'il vous plaît ne me laisse pas échapper, même à travers les fenêtres, ni par les songes, ni les nuances de pensées vagues et stupide ...
Accepte-moi ainsi, avec vous, avec vos désirs et de peurs, envie de partager avec vous ma, toujours envie d'essayer quelque chose d'inhabituel et de nouveau, quelque chose que la vie nous donne, et s'allume avec les feux clignotants ... avoir du courage ...
Je vous promets, il ne sera pas aussi vous laisser sortir de moi ...
le 26 prochain ... au moins ...
Cida Torneros sur 3 Avril, 2012

Não me deixes escapar...

Não me deixes escapar...

Pensei muito nos últimos dias como a vida é labirintosa, cheia de escapes, escotilhas, saídas de emergência, lugares ou rotas de fuga, principalmente dos chamados sentimentos profundos.

As tais doenças psicossomáticas, as traições do inconsciente que nos impelem a deixar para trás aquilo que nem sabemos como seria, de verdade...o tal medo de viver a nova experiência, de se deixar dominar pelo sentimento de entrega ou pela mudança de hábitos, vida, cultura, como se a acomodação fosse mesmo a receita salutar para uma vidinha comum, controlável e bem programada...

Foi pensando nisso que respondi ao novo cardiologista sobre o que tinha feito da minha vida nos meus 62 anos...respondi..."devia ter dançado e ao invés disso, trabalhei, estudei..." falei em dançar, pela expressão de insólito devaneio que os movimentos do corpo aliados ao som da canção podem proporcionar o necessário equilíbrio entre físico e mente, um compasso especialmente saudável para não desenvolver doenças do coração, do estress, da oscilação arterial, dos males "fabricados" pelas denominadas pragas auto-imunes...

Se a gente segue a vida inteira protelando recomeçar vida saudável, boa alimentação, bom sono, bons amores, boa qualidade de paz ou de busca dela, na verdade, em algum momento, quando a chance se faz presente, é preciso ser humilde o bastante e pedir que não nos deixem escapar... é o mínimo que podemos fazer por nós mesmos, buscar ajuda para a necessária coragem de enfrentar novos desafios, mudar atitudes, amar com entrega e sem medo, buscar novos trabalhos, trocar de atividades, movimentar pernas e braços, exercitar a cabeça, refletir sobre cores, flores, estrelas, pesquisas, números, tudo ao seu devido tempo e com a docilidade da eterna criança curiosa...sem correr para a primeira porta que nos livre daquela sensação de chão afundado... ou flutuante...

Pensei muito, sigo pensando, por que não danço? por que me canso? Por que me entristeço? porque me abasteço de passado?

Sei porque...sei mesmo... por ser cômodo, por ser previsível, por ser extremamente protetor de mim mesma, não correr maiores riscos a esta altura do campeonato? O que fazer nos próximos 26 anos?

Devo ser humilde e pedir: não me deixes escapar...

Quando perceberes em mim o menor movimento de quem sorrateiramente arranja subterfúgios para sumir da tua vida, puxa-me, prende-me, agarra-me, convence-me, persuade-me, e faz-me atrever a enfrentar novos caminhos, quaisquer que sejam eles, enquanto o tempo me dá chance de estar contigo, por favor, repreende-me, cria laços nos meus passos, encanta-me com tuas histórias, faz-me rir, dá-me sorrisos e abraços, acalenta-me, amaina minha ansiedade, festeja meus olhares ainda infantis e me torna tua grande companheira de viagem.

Vamos escalar montanhas, por que não? vamos descobrir estradas e atalhos juntos... vamos nos oferecer oportunidades, recomecemos, juntos, mas, não te esqueças... tentarei escapar, muitas vezes... é uma infeliz predisposição...tu, sim , a ti cabe a tarefa de estares atento, e por favor, não me deixes escapar, nem pelas janelas, nem pelos sonhos, nem pelas nuances de vagos e insensatos pensamentos...

Acata-me assim, junto a ti, aos teus desejos e medos, quero dividir os meus contigo, quero tentar ainda algo inusitado e novo, algo que a vida nos acena e ilumina com luzes faiscantes...tenhamos coragem... prometo, que também não te deixarei escapar de mim...
nos próximos 26...pelo menos...

Cida Torneros , em 3 de abril de 2012
Le Temps... a surpresa do amor, o mistério da vida... resposta ao tempo...

Uma boa conversa via internet, repentinamente, me faz atravessar o tempo...meu interlocutor encontra-se em Argel, capital da Argelia, visitando sua terra de origem, já que vive na França, desde tenra idade.

O tempo, eu me pergunto, para que ele serve, na vida e na morte das pessoas. Tem tantas histórias que o tempo engrandece e outras tantas que ele apaga, o tempo revela coisas antes impublicáveis mas também pode sepultar para sempre amores que não vingaram, que não se superaram, que se escafederam, para surpresa de corações pulsantes que um dia acreditaram em amores eternos. Mas, como não imaginar que a eternidade seja a própria brevidade do mistério que é a vida. Que são 80 ou 100 anos na história de alguém ou da própria humanidade? São nada ou quase nada. Para se respeitar algo consistente em termos de tempo, faz-se mister contar centenários ou milênios, talvez mais um pouco, ou talvez menos? Um amor que dura meses é amor também? Mais do que o tempo de sua duração, a intensidade dos seus sentimentos ou a fortaleza dos seus propósitos? Quem sabe o inquietante ir e vir de expectativas ou mesmo a surpresa dos sentidos incontroláveis, sejam hormonais ou racionais? Corpos que se glorificam, brilhando em torno da luz de alguma boa fala, em qualquer língua dissonante...Salam!!! saudo meu amigo árabe, meu amigo francês, meu amigo argelino, em momento feliz por saber que ele existe e eu também. Saber que é possível atravessar as ondas do tempo, através dos ventos, alcançar terras distantes, perceber a magia dos encontros que a vida oferece e apesar de tudo, crer na efemeridade do nosso tempo por aqui, nossa passagem por um mundo tão intenso e misterioso, tão diferenciado em raças, hábitos, culturas, histórias...


Do outro lado, meu amigo me fala de Farfar. Sua vila de nascimento, de onde saiu aos 3 anos para viver com a família, em Paris. Avisa-me que no próximo domingo irá ali, visitará familiares velhinhos, alguns beirando os 100 anos, que por lá fincaram raízes, onde ele reencontrará suas origens, enquanto ainda há tempo para trocar algo substancial ou espiritual com sua própria gente.


Falo que no Rio de Janeiro o calor está grassando, ele me diz que lá está muito frio. Rimos juntos das nossas falas entrecortadas em línguas díspares, um pouco do francês, de minha parte, mal escrito, uma dose consensual de inglês, algumas saudações em espanhol e árabe, palavras soltas em português, que tento  explicar, principalmente no que diz respeito ao futebol, do qual ele é fã inconteste.


Ele me diz que ama o Brasil desde 1970, desde a Copa do Mundo. Já se passaram mais de 40 anos e no entanto, as imagens daquela Copa estão marcadas em mim  e nele, que nem sequer imaginávamos um dia nos conhecermos ou falarmos sobre isso.


A vida segue, cheia de surpresas, os amores que confessamos são tão importantes quanto os que nem ousamos imaginar, os mistérios do tempo nos enveredam por almas religiosas ou não, aí está a física para provar ( ou pretenciosamente questionar) que não há espaço-tempo, no final das contas.


O mundo roda, gira a Terra, somos o nosso próprio tempo, em corpos que se buscam ou se bastam, que se desenvolvem ou se desgastam, em mentes que se surpreendem ou se deterioram, em crenças que se arraigam ou se amansam, aí vamos nós...


Ao nos despedirmos, podemos dizer Au revoir, Salam, Adiós, Até logo, Bye, ou somente... silenciar , com o tempo...


Ao nos reencontrarmos, qualquer dia desses, talvez em Paris, talvez no Rio de Janeiro, quem sabe em que tempo, poderemos  zombar do tempo, como faz a Nana, na canção...ou será que o tempo é que zomba de nós? Vou voltar no tempo e re-ouvir a música...Resposta ao tempo, uma das mais lindas que já escutei, pode ser que, com o tempo, eu consiga decifrar quem de nós controla o próprio tempo ou simplesmente o joga pelo ralo com as águas da chuva? 


Ah, lembrei...o tempo ri, na letra da canção...vale a pena passar como o tempo passa...

Diz que somos iguais...ele é o tempo...

Nós somos o que ele nos deixa ser...

Isso me consola...pelo menos, agora...


Maria Aparecida Torneros