aqui tem música, poesia, reflexões, homenagens, lembranças, imagens, saudades, paixões, palavras,muitas palavras, e entre elas, tem cada um de vocês, junto comigo... Cida Torneros
segunda-feira, 30 de janeiro de 2012
Sexo...
| ||
que coisa é essa...estranha coisa... impulso cruel acima da razão tormento animal essa pulsão que busca o gozo , incauto prazer... que doidice é essa... esse refazer de sedução e abandono, buraco negro onde somem as defesas e se plantam híbridas sementes... se, pelo sexo, tu mentes... se, por ele, tu te afogas... se, em nome dele, tu me buscas se, por causa dele, tu me sentes... que loucura é essa... esse desperdiçado sentimento esse bota-fora de hormônios renascentes, essa expedição de mensagens biológicas, tantas explicações, todas ilógicas, por serem tão somente, pura e simplesmente, o lugar da neutralidade física, do desejo de matar a fome de amor, a sede de acariciar, a necessidade de ser querido... que maluquice é essa... esse gesto tão dolorido de prender-se à fantasia, quando tudo passa, levando a dor pra bem longe de cada história, mandando embora pros confins, todos os fins... sexo é amplexo é falta de nexo é tu e eu sem acordo é o meu solitário fardo carregado nas entranhas nas lembranças estranhas das noites cujo sono é sonho e cujo sonho é abandono... sexo tem preço tem fim no ápice tem começo no beijo tem gosto no cálice do líquido espesso tem cheiro no hálito da boca ávida de sorver o encanto de encontro atávico se eu me despir do sexo sou apenas o sonho sou a alma sou a chama leve para que alguém me eleve ao cume em breve onde pousa a águia e se renova a pele para se tornar outro ser e, até poderia ser somente um cântico que soasse prático ensinando a quem quisesse a transformar-se em gente... sexo faz gente nascer... sexo faz gente morrer... sexo faz a gente compreender o incompreensível ________________________________ | ||
|
Quando o inverno chegar... na viagem da Vida...
Quando o inverno chegar... na viagem da Vida...
Ando buscando um amor para o inverno da vida. A voz de Tim Maia ressoa dentro de mim... Reescrevo minha própria vida... Minha primeira viagem internacional foi em 1972, fui trabalhar no Japão.
Depois, em 1993, estive em Jacksonville, na Flórida, em casa de uma tia, levei meu filho, então adolescente.
No início de 99 fui conhecer a Argentina, onde voltei em 2006 e 2007, e vou de novo em março próximo.
Em 2005, durante o carnaval, fui ao Chile, adorei Santiago, Valparaiso e Viña del Mar.
Em 2008, passei alguns dias de outono em Nova York. Fazia um certo frio suportável, apenas uma noite, o termômetro marcou zero graus e o sistema de calefação do apartamento em que eu estava funcionou automaticamente.
O melhor daquele período foi que pude observar as cores da vegetação, amarela, rósea, alaranjada, em certos tons esmaecidos de um verde mutante. Também, o clima era de perplexidade econômica, iniciava-se a tal crise efeito dominó, as informações eram desencontradas, o mercado despencava, Obama fazia sua campanha, os sentimentos dos americanos oscilavam entre a má surpresa e a boa esperança. Felizmente, parece, um ano depois, eles já se organizam e superam a fase mais difícil.
Em 2009, na primavera, passei quase um mês viajando por três paises europeus. Espanha, Portugal e França. Na península ibérica, por duas semanas, percorri e conheci diversas cidades, de carro e de ônibus, tendo tido a chance de ver as flores alegrando as beiras das estradas, e o céu muito azul anunciando o tempo de florescer. Também senti frio, umas poucas vezes, o tal frio suportável, utilizando casacos, botas, gorros e até luvas.
Em Paris, vivi dias inesquecíveis, aprendi o máximo que pude sobre a cultura francesa, no primeiro contato com seu povo. Deslumbrei-me com tudo, e voltei disposta a falar a língua, a qual estudo já há alguns meses.
Em agosto de 2010, fui ao Uruguai, conheci Montevidéo, Sacramento, Punta del Leste.
Programei voltar à Europa, em 2011 e a viagem foi de 25 dias. Incluí a Itália no roteiro, pois aquele país, com sua história e seu ar romântico, me estimularam a curiosidade e o envolvimento emocional. Voltei a Paris e à Lisboa.
Em maio próximo, por obra do Deus Amor, vou de novo a Paris, com um casal de amigos, vou encontrar meu "amour" e voltaremos juntos ao Brasil.
Preciso também conhecer o sul da Espanha, a bela Andaluzia. Granada, Sevilha, Córdoba, Almeria, Torremolinos, Alicante e já penso em ir em agosto e setembro deste 2012.
Gosto de viajar no momento do clima temperado. Parece que me sinto melhor, concluí, fora das estações extremas, verão e inverno. Há qualquer coisa de profundamente equilibrado em estações como primavera e outono. Quem sabe é como a maturidade apaziguadora?
Portanto, já que eu vivo no Rio de Janeiro e tenho que viver os dias tórridos do verão carioca, tentando compensar o calorão para conseguir ultrapassar os picos de canícula, também posso me deixar acarinhar por alguns poucos dias de inverno verdadeiro que acontece debaixo do Equador, em minha terra tropical.
O intenso brilho da estação fogosa, enseja muitos amores de verão, os que sobrevivem desde os dezembros até os carnavais, e se alimentam de samba e suor, praia e chope. Não resistem à pasmaceira das estações temperadas.
Já os amores de inverno, estes são os realmente profundos. Quando as pessoas resolvem ser fiéis e se dedicam aos seus parceiros , eleitos dos seus corações, se definem como tranquilas de alma e corpo, esbanjando modos de viver em paz, aninhadas nos braços dos seus amados e amadas. Vivo o instante de me render ao amor do meu inverno. Já o encontrei, ou melhor, ele me achou... e tudo caminha para que nos façamos companhia um ao outro, nos dias frios que , na nossa velhice, já não serão solitários como imaginamos antes.
Na primavera da vida, esperamos que o verão nos queime de desejos para que depois, ao chegar o outono, saibamos vive-lo com leveza e a sensação do quanto já vivenciamos e aprendemos sobre cada sentimento.
Aí, quando nos surpreende o inverno, aquela fase da aposentadoria, da liberdade para saborear a vida sem correria, vamos em busca enfim do aconchego permanente e eterno de alguém que nos acolha em seu carinho e nos permita também aconchegar seu espaço em nossos braços.
Acho que os próximos outonos, e por muitas primaveras, seguiremos, juntos, viajando, conhecendo lugares e povos.
Mas, nos verões, não posso abrir mão do fogo das areias e das caminhadas pela beira mar.
Quanto aos invernos, meu amor, ainda bem , que terei sempre a sua companhia, e já o elegi, meu cobertor de orelha!
Marie Cida Torneros
Ando buscando um amor para o inverno da vida. A voz de Tim Maia ressoa dentro de mim... Reescrevo minha própria vida... Minha primeira viagem internacional foi em 1972, fui trabalhar no Japão.
Depois, em 1993, estive em Jacksonville, na Flórida, em casa de uma tia, levei meu filho, então adolescente.
No início de 99 fui conhecer a Argentina, onde voltei em 2006 e 2007, e vou de novo em março próximo.
Em 2005, durante o carnaval, fui ao Chile, adorei Santiago, Valparaiso e Viña del Mar.
Em 2008, passei alguns dias de outono em Nova York. Fazia um certo frio suportável, apenas uma noite, o termômetro marcou zero graus e o sistema de calefação do apartamento em que eu estava funcionou automaticamente.
O melhor daquele período foi que pude observar as cores da vegetação, amarela, rósea, alaranjada, em certos tons esmaecidos de um verde mutante. Também, o clima era de perplexidade econômica, iniciava-se a tal crise efeito dominó, as informações eram desencontradas, o mercado despencava, Obama fazia sua campanha, os sentimentos dos americanos oscilavam entre a má surpresa e a boa esperança. Felizmente, parece, um ano depois, eles já se organizam e superam a fase mais difícil.
Em 2009, na primavera, passei quase um mês viajando por três paises europeus. Espanha, Portugal e França. Na península ibérica, por duas semanas, percorri e conheci diversas cidades, de carro e de ônibus, tendo tido a chance de ver as flores alegrando as beiras das estradas, e o céu muito azul anunciando o tempo de florescer. Também senti frio, umas poucas vezes, o tal frio suportável, utilizando casacos, botas, gorros e até luvas.
Em Paris, vivi dias inesquecíveis, aprendi o máximo que pude sobre a cultura francesa, no primeiro contato com seu povo. Deslumbrei-me com tudo, e voltei disposta a falar a língua, a qual estudo já há alguns meses.
Em agosto de 2010, fui ao Uruguai, conheci Montevidéo, Sacramento, Punta del Leste.
Programei voltar à Europa, em 2011 e a viagem foi de 25 dias. Incluí a Itália no roteiro, pois aquele país, com sua história e seu ar romântico, me estimularam a curiosidade e o envolvimento emocional. Voltei a Paris e à Lisboa.
Em maio próximo, por obra do Deus Amor, vou de novo a Paris, com um casal de amigos, vou encontrar meu "amour" e voltaremos juntos ao Brasil.
Preciso também conhecer o sul da Espanha, a bela Andaluzia. Granada, Sevilha, Córdoba, Almeria, Torremolinos, Alicante e já penso em ir em agosto e setembro deste 2012.
Gosto de viajar no momento do clima temperado. Parece que me sinto melhor, concluí, fora das estações extremas, verão e inverno. Há qualquer coisa de profundamente equilibrado em estações como primavera e outono. Quem sabe é como a maturidade apaziguadora?
Portanto, já que eu vivo no Rio de Janeiro e tenho que viver os dias tórridos do verão carioca, tentando compensar o calorão para conseguir ultrapassar os picos de canícula, também posso me deixar acarinhar por alguns poucos dias de inverno verdadeiro que acontece debaixo do Equador, em minha terra tropical.
O intenso brilho da estação fogosa, enseja muitos amores de verão, os que sobrevivem desde os dezembros até os carnavais, e se alimentam de samba e suor, praia e chope. Não resistem à pasmaceira das estações temperadas.
Já os amores de inverno, estes são os realmente profundos. Quando as pessoas resolvem ser fiéis e se dedicam aos seus parceiros , eleitos dos seus corações, se definem como tranquilas de alma e corpo, esbanjando modos de viver em paz, aninhadas nos braços dos seus amados e amadas. Vivo o instante de me render ao amor do meu inverno. Já o encontrei, ou melhor, ele me achou... e tudo caminha para que nos façamos companhia um ao outro, nos dias frios que , na nossa velhice, já não serão solitários como imaginamos antes.
Na primavera da vida, esperamos que o verão nos queime de desejos para que depois, ao chegar o outono, saibamos vive-lo com leveza e a sensação do quanto já vivenciamos e aprendemos sobre cada sentimento.
Aí, quando nos surpreende o inverno, aquela fase da aposentadoria, da liberdade para saborear a vida sem correria, vamos em busca enfim do aconchego permanente e eterno de alguém que nos acolha em seu carinho e nos permita também aconchegar seu espaço em nossos braços.
Acho que os próximos outonos, e por muitas primaveras, seguiremos, juntos, viajando, conhecendo lugares e povos.
Mas, nos verões, não posso abrir mão do fogo das areias e das caminhadas pela beira mar.
Quanto aos invernos, meu amor, ainda bem , que terei sempre a sua companhia, e já o elegi, meu cobertor de orelha!
Marie Cida Torneros
sábado, 28 de janeiro de 2012
Un "Touareg" dans ma cour ...Um "tuaregue" no meu quintal ( conto publicado no meu livro Contra-ataque do amor, em 2010)
Un "Touareg" dans ma cour ...Um "tuaregue" no meu quintal ( conto publicado no meu livro Contra-ataque do amor, em 2010)
OK, donc la chaleur de plus de 40 degrés l'été de 2010 échauffe la tête de tout chrétien, et encore moins un «pèlerin gitan,« que je tape capable de sentir le cœur fondu comme une glace pisse, chacun cherche un mendiant, mon mystérieux visiteur promenades à me jeter ces derniers temps.
Est-ce un "Touareg" est venu visiter ma cour, sans plus, peut provenir du Sahara, enveloppé dans son manteau qui couvre la tête, mais elle laisse ouverte la partie inférieure d'un œil audacieux, qui me fait attendre et adoucissantes . Il est grand et fort, sourit du coin des lèvres, engourdissement et une voix parle en langue des signes, à faible pente bips d'une langue à déchiffrer. Les gestes communs aux adolescents effrayés. Utilise l'argot de savoir ce pas, essayer de traduire comme je peux et ne peut donc besoin de comprendre le pourquoi de sa venue à moi, mes années dans la chaleur des mécréants, quand je pensais avoir tout vu et j'ai été laissé avec presque rien à apprendre ainsi.
Parfois je pense que c'est un ancien esprit d'essayer de communiquer quelque chose de surnaturel. Bien sûr, que, bien qu'il n'ait jamais officiellement intervenue ébouillanter sables des déserts africains, je n'imagine pas combien il est coûteux d'être un mirage quand l'esprit fou des rêves d'oasis vertes, les vents qui rafraîchissent les organes en sueur, gorges assoiffées des eaux arrosé de liquide rafraîchissant .
Le plus dur, c'est quand vous devriez être surpris par la dure réalité après la vision fantastique du rêve, et découvre que ces images ne sont pas plus que la production prodigieuse délicieux et l'imagination défensive dans le sol infertile, ou plutôt un survivant bonne attitude, à un moment crucial et dévastatrice, la folie qui se passe à travers un désert, où l'infini est tout, c'est tout l'horizon, le ciel et le sol de sable est presque rien, et le monde se résume à des jours et des nuits de solitude, propice à la méditation et le jeûne.
Eh bien c'est pas celui apparu dans ma cour "Touareg"?
A du mal à croire que je ressentais sa présence très lentement. D'abord, j'ai regardé sa marche maladroite d'aller autour de mon jardin, il avait l'impression qu'il me voulait comme une femme de prendre la bosse d'un chameau. Mais souvenez-vous qu'au Maroc, par exemple, ils échangent une femme chameaux précieux, et j'ai vu une histoire niché là-haut, à Marrakech, où ils sont entrés un pincement.
J'ai vu alors, comme une créature volé, enlevé par une origine berbère musulmane, avec son siège antique de douteux et de possessivité. C'était sa chance de me conduire à l'une de ces tentes en peluche avec des oreillers, si doux et soyeux, me donner à boire des jus ou aphrodisiaques qui m'a amené à manger des dattes séchées comme si elles étaient des raisins frais. Puis je me suis habitué à porter des robes qui adhèrent à mes courbes, mais pas de signaler les détails de mes contours. J'ai été inspiré en burka, colliers et boucles d'oreilles d'Alice pour me protéger du mauvais oeil, rouge ongles peints, j'ai soulevé mon cou vers le bleu et je me suis concentré sur les espoirs de ce qui pourrait arriver à tout moment.
Voyagé dans la mayonnaise, après tout, que mes amis disent que tant que je causeuses, il ya des périodes entre la récolte et il y en a d'autres, de la force intense de la nature, quand il pleut dans notre jardin. C'est ce que j'ai conclu, "il pleut dans mon jardin, un guerrier du désert, intense et passionnant, viens à mon jardin et je veux dire."
Que puis-je attendre ou offrir? Je me demande si prendre un café, boisson commune dans le Brésil, la terre, un peu différent de votre habitude de tisanes, et son goût vif pour la menthe. Il abord pour ramasser la tasse qui a le symbole d'une équipe de football, est à craindre que l'affiliation religieuse, me demander ce qu'elle est dirigée vers le haut pour le rouge et le blanc. Hésité à tenir l'objet, où vous servir la boisson chaude, sombre et parfumée, je viens de commander le «génie» de la machine à café qui ont répondu à un de mes trois souhaits que je suis en droit à une matinée ensoleillée de ce vendredi. Une gorgée de café est l'odeur de ma carte d'accueillir les visiteurs venus de loin.
Faites bien comprendre qui peut prendre sans crainte dans la Chine ancienne, est l'héritage de mon père et la coquille est un club traditionnel de Rio, qui vit dans le coeur de tous les fans pas un fanatique. Je me réfère à l'Amérique, pourquoi la guilde ont une affection particulière. Il se détend, hoche la tête en remerciement à Allah, boire d'un trait, donne-moi la tasse, mais sournoisement, ses doigts de mon côté, un geste qui dure une seconde avec préméditation, ce qui me donne un courant électrique provoquant un frisson extra-corporelle, en secouant mon foie et Wandering Spirit, réunissant les extrêmes qui servent de fils de terre, me connecter à quelque chose de si nouveau et surprenant, la suite.
J'essaie de revenir à mon état émotionnel conscient de l'équilibre. Rien, je flotte à la merci de cette réalisation est assumé, les auras et l'énergie me confondre. Je fais appel à mon étude de la puissance positive de l'esprit », sapeca" discours d'un professeur d'université, je dis qu'il est dans le pays des étrangers, parler de nos distances, des impossibilités de conserver tout type de relation, n'oubliez pas que nous sommes comme la Terre et le Soleil, Christian et les musulmans, vous remercier pour votre visiteur inattendu, je peux encore l'entendre dire qu'il rêvait avec moi, mais je entrer, fermer la porte, je me cache derrière la fenêtre, tire les rideaux. Je change. Je suis impatient de se désister.
J'ai été fatigué de conversations d'hommes d'endroits éloignés. Je connais déjà les ficelles des Américains, Italiens, Français, Portugais, Brésiliens d'autres villes, l'espagnol, et maintenant, j'ai juste manqué que, comme un habitant de ces nomades de manière disparate à me vaincre avec leur persévérance, comme ils disent, le Je mange par les banques.
Beaucoup d'heures et de jours plus tard, j'ose à revoir ma cour. Il est la figure de lui. Hautaine, debout, enveloppé dans le manteau de la tête, sourire contenu, regard dirigé à ma porte. - Tu es toujours là, "Touareg"? Vous n'allez pas loin? (Je demande, entre timides et curieux)
Sa réponse est une course dans ma direction. Un sort avec les vents venant du sable qui traverse ma solitude. Son étreinte exploser une bombe à l'intérieur, je ne peut pas contenir une explosion, un avant-goût de la salive vieille me prend, mes gémissements sont caractéristiques de courses dans la jungle, quand la proie est toujours la pensée d'échapper au chasseur audacieux, je pense que la fraîcheur de l'entrelace la chaleur de vos doigts, ne savent pas qui je suis ou qui il est.
Il «a pris».
Il a envahi ma maison, entra avec ses chansons où je me protéger contre le harcèlement de l'homme, vous me connaissez si bien que je ne sais pas comment lui refuser son premier baiser, où il vole dans la cuisine près de l'évier, cette scène m'a rappelé le film "Fatal Attraction". Mais l'un des terrains de Mouammar Kadhafi, serait connaître la signification d'un film comme la voie nord-américaine de la vie? Ce moment magique, j'ai pensé: "Je suis ...", fu, après tout, n'est pas tous les jours qu'un" Touareg "lignée princière, semblant plus intelligents, comme cette chanson que Gal Benjor enregistrée en 70 ans, il bien sur la manière dont un écrivain d'histoires fantastiques. Je m'abandonne.
Cependant, je ne demande qu'une chose. Et il répond à ma demande, stupéfait, mais ludique. C'est la première fois que j'ai assisté à son rire. Il rit, ravi, avant de remplir ce mendier à la hauteur de la folie, qui mène déjà nous à la quatrième. Par coïncidence, je l'avoue, dans mon lit, des oreillers moelleux et la même couleur de la tente où je pensais qu'il le ferait.
Je me sens me pincer avec plaisir, me mord avec colère, me secoue avec l'animalité. Demandez-moi de prouver que ce qui se passait réellement n'était pas un mirage du désert et nous étions éveillés. - Pincez-moi, pour savoir si je suis encore vivant!
A partir de ce jour où j'ai l'odeur musquée qui rend la brise à travers la fenêtre de ma chambre, bureau, exécutez la porte ouverte et je regarde en arrière là-bas, souvent silencieuse, dans d'autres, avec des paroles chuchotées, en attente de quitter le viennent à nouveau, à vivre ce que nous vivons, et les rêves, oui, ce qui est juste en rêver, halluciner dans la chaleur d'un été torride qui nous a réunis.
Il existe vraiment et il vit dans ma cour, la garde, a l'air de «mon maître», je pense qu'il est venu de prendre soin de moi. Est-ce un mirage? Dans l'ombre de la nuit, il disparaît dans la lumière du jour, il réapparaît ... comme le soleil "Touareg" m'éclairer ... moi et me réchauffe à la maison à vivre ...
Cida Torneros
Février 2010
Em português:
Um “tuaregue” no meu quintal...
Tá
certo que o calor de mais de 40 graus deste verão de 2010 esquenta a
cabeça de qualquer cristão, o que dirá de uma “cigana peregrina”, como
eu, do tipo capaz de sentir o coração derretido como um sorvete mijão, a
cada olhar de pedinte, que o meu misterioso visitante anda a me lançar,
ultimamente.
É que um
“tuaregue” passou a visitar o meu quintal, sem mais nem menos, vindo
talvez desde o Saara, envolto em manto que lhe cobre a cabeça, mas lhe
deixa livre o fundo de um olho atrevido, que me espreita e faz
enternecer. Ele é alto e forte, sorri com o canto dos
lábios, tem voz anestesiante e fala através de linguagens de sinais, em
tom baixo emite sons de um idioma que tento decifrar. Faz gestos comuns a
adolescentes assustados. Usa até gírias que nem conheço direito, tento
traduzir, como posso e consigo, pois necessito compreender os porquês
das suas vindas a mim, no calor dos meus anos incrédulos, quando eu
pensava que já tinha visto de tudo e não me restava aprender quase nada
além.
Às vezes penso que ele é um espírito antigo querendo me comunicar algo de sobrenatural. Claro, que, apesar de nunca ter pisado oficialmente nas areias ferventes dos desertos africanos, não me é custoso imaginar
como sejam as miragens, quando a mente ensandecida sonha com oásis
verdejantes, ventos que refrescam corpos suados, águas que dessedentam
gargantas sequiosas de líquido revigorante.
O
duro deve ser quando se é surpreendido pela cruel realidade após a
visão fantástica do sonho, e se descobre que aquelas imagens deliciosas
não passaram de produção prodigiosa e defensiva de imaginação fértil em
solo infértil, ou melhor, uma grande postura sobrevivente, em momento
crucial e devastador, a loucura que é atravessar um deserto onde o
infinito é tudo, o horizonte é tudo, o céu e o chão de areia são quase
nada, e o mundo se resume a dias e noites de solidão, propícia à
meditação e ao jejum.
Pois não é que no meu quintal apareceu um “tuaregue”?
Custei
a crer, fui sentindo sua presença bem devagarinho. Primeiro, observei
seu andar desengonçado a circundar o meu jardim, tive dele a impressão
de que me queria como uma mulher para se levar na corcova de um camelo.
Mas, lembrei que no Marrocos, por exemplo, eles trocam as
mulheres por camelos valiosos, e me vi metida numa história pra lá de
Marraquesh, onde entraria numa roubada.
Eu me vi, então, como
uma roubada criatura, abduzida por um berbere de origem mulçumana, com
sua questionável e milenar sede de possessividade. Era a sua chance de
me conduzir a uma dessas tendas recheadas com almofadas, tão macias e
sedosas, dando-me sucos afrodisíacos para beber ou me induzindo a comer
tâmaras secas como se fossem uvas frescas. Habituei-me então a usar
vestidos que aderissem às minhas curvas mas que não denunciassem
detalhes dos meus contornos. Inspirei-me nas burkas, aliciei colares e
brincos para me protegerem dos maus olhados, pintei de vermelho as unhas
dos pés, ergui meu pescoço em direção ao azul e me concentrei na espera
do que poderia acontecer a qualquer instante.
Viajei
na maionese, afinal, como dizem minhas amigas tão namoradeiras quanto
eu, há períodos de entre safra e há outros, de intensa força da
natureza, em que chove na nossa horta. Foi o que concluí,
“tá chovendo na minha horta, um guerreiro do deserto, intenso e
instigante, vem ao meu quintal e diz que me quer”.
O
que posso esperar ou lhe oferecer? Pergunto se toma café, bebida comum
na terra brasilis, um pouco diferente dos seus habituais chás de ervas e
seu apurado gosto pela menta. Ele, a princípio, ao pegar a caneca que
tem o símbolo de um time de futebol, teme que seja uma inscrição
religiosa, pergunta-me do que se trata apontando o desenho vermelho e
branco. Titubeia ao segurar o objeto, onde lhe sirvo a
bebida quente, escura e perfumada, que acabo de ordenar ao “gênio” da
cafeteira elétrica que atendeu um dos meus três pedidos a que tenho
direito nesta manhã ensolarada de uma sexta-feira. Um gole de café
cheiroso é meu cartão de boas vindas ao visitante que veio de longe.
Esclareço
que pode pegar sem susto na porcelana antiga, é herança do meu pai e o
escudo é de um tradicional clube carioca, que mora no coração de todo
torcedor não fanático. Refiro-me ao América, agremiação pela qual tenho
carinho especial. Ele relaxa, acena para Alah em agradecimento, bebe de
um só gole, devolve-me a xícara, porém, maliciosamente, encosta seus
dedos nos meus, num gesto que dura um segundo premeditado, o que me
passa uma corrente eletrificada causadora de um arrepio extra-corpóreo,
sacudindo-me as entranhas e o espírito vagante, unindo extremos que
funcionam como fios terra, ligando-me a algo tão novo quanto
surpreendente, a partir de então.
Tento
voltar ao meu estado emocional de equilíbrio consciente. Nada, ando
flutuando ao sabor da materialização que este ser assumiu, sua aura e
energia me confundem. Apelo para meus estudos de poder positivo da
mente,“sapeco” discurso de professora universitária, digo
que ele está em terra de estranhos, falo de distâncias nossas,
impossibilidades para mantermos qualquer tipo de relacionamento, lembro
que somos como a Terra e o Sol, Cristãos e Mulçumanos, agradeço sua
visita inesperada, ainda consigo ouvi-lo falar que sonhou comigo, mas
entro, fecho a porta, escondo-me atrás da vidraça, cerro as cortinas.
Fico muda. Aguardo que desista.
Ando
cansada de conversas de homens de lugares distantes. Já conheço as
manhas dos americanos, italianos, franceses, portugueses, brasileiros de
outras cidades, espanhóis, e agora, só me faltava essa, um habitante
tão nômade, de costumes tão díspares a me conquistar com sua
perseverança, como dizem por aí, a me comer pelas beiras.
Muitas
horas e dias depois, ouso olhar de novo o meu quintal. Lá está o vulto
dele. Altivo, de pé, manto enrolado na cabeça, sorriso contido, olhar
direcionado à minha porta. – Ainda estás aí, “Tuaregue”? Não vais
embora? ( pergunto, entre tímida e curiosa)
Sua
resposta é uma corrida em minha direção. Um feitiço vindo com os ventos
arenosos perpassa a minha solidão. Seu abraço me detona uma bomba
interior, não consigo conter a explosão, um gosto de antiguidade me toma
a saliva, meus gemidos são característicos de corridas na selva, quando
a presa ainda pensa em fugir do caçador atrevido, acho que um frescor se entremeia ao calor dos nossos dedos, não sei mais quem sou ou quem é ele.
Ele me “pegou”.
Invadiu
minha casa, adentrou com seus cânticos o lugar onde me protejo dos
assédios humanos, sabe tanto de mim que nem sei como negar-lhe o
primeiro beijo, que ele me rouba na cozinha, junto da pia, cena que me
fez recordar o filme “Atração fatal”. Mas alguém das terras de Muamar
Kadafi, saberia o significado de um filme tão way of life norte
americano? Nesse instante mágico, penso comigo: “estou fu...”, afinal,
não é todo dia que um “tuaregue” de linhagem principesca, com ares de
mandingueiro, como o daquela música do Benjor que a Gal gravou nos anos
70, surge assim no caminho de uma escritora de contos fantasiosos.
Rendo-me.
Entretanto, só que lhe peço uma única coisa. E ele atende ao meu pedido, aturdido, mas galhofeiro. É a primeira vez que eu testemunho sua sonora gargalhada. Ele ri, extasiado, antes de cumprir o que lhe imploro,
no auge da doidice, que já nos conduz ao quarto. Coincidentemente,
reconheço, na minha cama, as mesmas almofadas macias e coloridas da
tenda onde imaginei que ele me levaria.
Sinto
que me belisca com prazer, morde-me com fúria, sacode-me com
animalidade. Pedi que me provasse que aquilo estava realmente
acontecendo, não era miragem do deserto e que estávamos acordados. –
Belisca-me, pra saber se estou mesmo viva!
A
partir desse dia, quando sinto o odor almiscarado que a brisa faz
entrar pela janela do meu quarto-escritório, corro até a porta, abro e o
revejo ali, muitas vezes, mudo, noutras, com palavras sussurradas, à
espera de que o deixe entrar novamente, para que vivamos o que nos cabe
viver, e sonhemos, sim, o que nos é direito sonhar, no calor alucinante
de um tórrido verão que nos uniu.
Ele
existe mesmo e tá morando no meu quintal, montando guarda, tem ares de
“meu dono”, acho que veio para tomar conta de mim. Será miragem? Na
sombra da noite, ele some, na luz do dia, reaparece... como o Sol o
“Tuaregue” me ilumina...me aquece e me devolve a sede de viver...
Cida Torneros
Fevereiro 2010
sexta-feira, 27 de janeiro de 2012
Manhã outonal de maio e a leitura do conto de amor
Manhã outonal de maio e a leitura do conto de amor
A manhã está friorenta, mas ensolarada. minha secretária chega e eu a abraço efusivemente. é seu aniversário. ela está comigo há quase 30 anos. já virou minha irmã de vida que dá tantas voltas e ela me acompanha em cada virada, cada mudança, ela me ajuda a arrumar as caixas a ajeitar os livros nas novas casas de uma cigana inquieta, que é o que eu sou. ontem, fui buscar o livro do psicanalista-escritor. avisei a ele que sou boa leitora. iniciei há pouco mais de uma hora a leitura do seu conto de amor. parei na volta dele para nova york levando uma cópia de um quadro. achei que era um bom ponto para interromper a leitura que, ele me avisou que pega..
e tá "pegando", ele tinha razão. como ele, também sou contadora de histórias, de gente estranha e de gente da família. toda família tem muita história a ser contada. a nossa, dele e minha é de imigrantes, ancestrais que ficaram pela Europa e outros que vieram fazer a América. invejo a Nicoletta, personagem do livro, nem sei bem porque. afinal , convivi com minha avó espanhola e herdei dela o gosto pela literatura. do meu avô português, tenho a composição nata, como ele, faço poesias, me redescubro nas palavras, cantando sentimentos e submergindo em mundos sonhados, enquando deixo para os leitores as sensações de pseudo-realidade. a manhã me escapa de repente, vou ao jardim, minha mãe toma sol, entre as rosas que ela plantou. um rosa cor de rosa se abriu para nós, a vermelha também, com inveja, supostamente, e vemos juntas, que há um botão solene, da amarela, pronto para se abrir, isso deve acontecer amanhã...
o dever me chama, o trabalho fora me convoca. preciso me travestir de executiva e ganhar a rua. tenho que ir ao encontro da tal responsabilidade sobrevivente. ouvirei declarações materiais inconsistentes, delas vou retirar a essência e esquecer a maquiagem supérflua. importante é fazer parte da transformação que as obras oferece às comunidades carentes. sou assessora de uma empresa que toca o tal plano de aceleração do desenvolvimento, no Rio de Janeiro. acelero o meu tempo. corro.
à noite, quando voltar à casa da minha mãe, onde moro há pouco tempo, vou retomar a leitura do conto de amor.
mas, a sensação de calor da mão do escritor, quando nos cumprimentamos ontem, ainda esquenta minha necessidade de compreender os momentos da vida. terei sido alguém que foi buscar um livro, um conto, uma história, na fonte.
mas a história dele, é como a minha, como a dos personagens do seu livro, auto-retratados, desde o contador na primeira pessoa, coisa que sabemos fazer e bem.
egos auto-retratados, em pinturas imaginadas e criadas para extravazar o inconsciente lotado de lembranças antigas.
a manhã me deixa e lá vou eu à cata de mais uma tarde de outono, que, depois, com certo pudor, tentarei repensar ou ressentir, para que meu coração se aquiete, meu corpo me surpreenda tão cansado ou tão satisfeito pelo chamado dever cumprido.
cumprirei as tarefas de escrever, entrevistar, concluir, externar, compor, enquanto, dentro de mim, questões permanecem irrespondíveis, e, a minha secretária aniversariante, acaba de me lembrar de olhar a lua esta noite, pois na noite passada, esqueci de ver como estava linda, ela me chama a atenção por essa falha, e eu me pergunto: por que esqueci de ver a lua ontem, justo na noite em que trouxe comigo o livro do conto de amor, e ainda, como prêmio, a dedicatória de carinho e amizade do escritor-psicanalista, além, do presente que foi seu aperto de mão tão "caliente"?
olho de novo minha mãe no jardim, recostada, olhando as flores, os gatos deitados à sua volta e o vaso de flores sobre a mesa da varanda, com as tulipas vermelhas, que ganhei domingo do meu filho e nora, totalmente abertas para saudar o sol, imagem inesquecível, penso, oferta de deuses atrevidos, que me querem provar a importância do calor da vida e do calor de mãos que se apertam, numa noite de lua nova. emociono-me. sei que é consequência do conto de amor que estou lendo. preciso correr com o dia e continuar a leitura. esse livro já está me pegando. o autor me avisou.
Cida Torneros
A manhã está friorenta, mas ensolarada. minha secretária chega e eu a abraço efusivemente. é seu aniversário. ela está comigo há quase 30 anos. já virou minha irmã de vida que dá tantas voltas e ela me acompanha em cada virada, cada mudança, ela me ajuda a arrumar as caixas a ajeitar os livros nas novas casas de uma cigana inquieta, que é o que eu sou. ontem, fui buscar o livro do psicanalista-escritor. avisei a ele que sou boa leitora. iniciei há pouco mais de uma hora a leitura do seu conto de amor. parei na volta dele para nova york levando uma cópia de um quadro. achei que era um bom ponto para interromper a leitura que, ele me avisou que pega..
e tá "pegando", ele tinha razão. como ele, também sou contadora de histórias, de gente estranha e de gente da família. toda família tem muita história a ser contada. a nossa, dele e minha é de imigrantes, ancestrais que ficaram pela Europa e outros que vieram fazer a América. invejo a Nicoletta, personagem do livro, nem sei bem porque. afinal , convivi com minha avó espanhola e herdei dela o gosto pela literatura. do meu avô português, tenho a composição nata, como ele, faço poesias, me redescubro nas palavras, cantando sentimentos e submergindo em mundos sonhados, enquando deixo para os leitores as sensações de pseudo-realidade. a manhã me escapa de repente, vou ao jardim, minha mãe toma sol, entre as rosas que ela plantou. um rosa cor de rosa se abriu para nós, a vermelha também, com inveja, supostamente, e vemos juntas, que há um botão solene, da amarela, pronto para se abrir, isso deve acontecer amanhã...
o dever me chama, o trabalho fora me convoca. preciso me travestir de executiva e ganhar a rua. tenho que ir ao encontro da tal responsabilidade sobrevivente. ouvirei declarações materiais inconsistentes, delas vou retirar a essência e esquecer a maquiagem supérflua. importante é fazer parte da transformação que as obras oferece às comunidades carentes. sou assessora de uma empresa que toca o tal plano de aceleração do desenvolvimento, no Rio de Janeiro. acelero o meu tempo. corro.
à noite, quando voltar à casa da minha mãe, onde moro há pouco tempo, vou retomar a leitura do conto de amor.
mas, a sensação de calor da mão do escritor, quando nos cumprimentamos ontem, ainda esquenta minha necessidade de compreender os momentos da vida. terei sido alguém que foi buscar um livro, um conto, uma história, na fonte.
mas a história dele, é como a minha, como a dos personagens do seu livro, auto-retratados, desde o contador na primeira pessoa, coisa que sabemos fazer e bem.
egos auto-retratados, em pinturas imaginadas e criadas para extravazar o inconsciente lotado de lembranças antigas.
a manhã me deixa e lá vou eu à cata de mais uma tarde de outono, que, depois, com certo pudor, tentarei repensar ou ressentir, para que meu coração se aquiete, meu corpo me surpreenda tão cansado ou tão satisfeito pelo chamado dever cumprido.
cumprirei as tarefas de escrever, entrevistar, concluir, externar, compor, enquanto, dentro de mim, questões permanecem irrespondíveis, e, a minha secretária aniversariante, acaba de me lembrar de olhar a lua esta noite, pois na noite passada, esqueci de ver como estava linda, ela me chama a atenção por essa falha, e eu me pergunto: por que esqueci de ver a lua ontem, justo na noite em que trouxe comigo o livro do conto de amor, e ainda, como prêmio, a dedicatória de carinho e amizade do escritor-psicanalista, além, do presente que foi seu aperto de mão tão "caliente"?
olho de novo minha mãe no jardim, recostada, olhando as flores, os gatos deitados à sua volta e o vaso de flores sobre a mesa da varanda, com as tulipas vermelhas, que ganhei domingo do meu filho e nora, totalmente abertas para saudar o sol, imagem inesquecível, penso, oferta de deuses atrevidos, que me querem provar a importância do calor da vida e do calor de mãos que se apertam, numa noite de lua nova. emociono-me. sei que é consequência do conto de amor que estou lendo. preciso correr com o dia e continuar a leitura. esse livro já está me pegando. o autor me avisou.
Cida Torneros
Detalhes
CRÔNICA
DETALHES
Maria Aparecida Torneros
Como profetizou o Rei Roberto, o tempo pode até transformar todo o
amor em quase nada, mas um dia , muitos anos depois, você acorda e não é
que lembra dele, por um detalhe, um movimento qualquer do dia-a-dia que
faz com que sua lembrança volte, de repente, mesmo que o sentimento
tenha se escafedido, o cara reaparece por uma frase que alguém disse,
ressuscitado pela magia da memória que devolve o encanto por algum
milésimo de segundo. E você se pergunta: onde ficou aquela criatura que
me despertou a tal paixão avassaladora daqueles dias da minha mocidade?
Aliás, em tempos de tanto botox, tanta cirurgia plástica, tanta
academia, haja “curves”, para conter o avanço da velhice sobre a
juventude que se torna objeto de cultivo raro… por seu bom humor e
inconsequencia, muito mais do que por sua contaminação de beleza,
leveza, soltura de gestos, falta de dores musculares, ou coisa que o
valha, pensemos, em contrição e com certa compaixão por nossa caminhada
em mundo tão visual, onde parece até que ter peitos e coxas, bundas e
faces, etc, etc, conservados em formol, daria a chave para abrir as
portas do paraíso…
Como não se curvar diante daquele pequeno detalhe que alguém nos
legou para florescer, exatamente, 20, 30, 40 anos depois, como se fora
um feitiço virando contra o enfeitiçado? Aí, o som daquela voz antiga
volta como num filme, o brilho de certo olhar insistente e pedinte
ressurge das cinzas, o desenho de uma boca, de um nariz e até o contorno
dos dedos dos pés podem oferecer registro póstumo para um amor que já
morreu, uma daqueles transformado em “quase nada”, que, como diz a
própria canção , o próprio “quase também é mais um detalhe…
Aí, melhor embarcar na sucessão de “quases”, deixar-se levar pela
emoção revivida, anunciar ao velho coração que “tá tudo bem”, que pode
se permitir reviver, rememorar, talvez o gosto de um velho beijo, quem
sabe o calor de um abraço que virou nada, até a sensação da presença de
alguém que a vida já levou para o outro lado, e a gargalhada, seu eco,
sua marca, suas piadas, a luz da sua passagem em nossas vidas, pode ser
de gente que está viva, nos deu momentos sublimes, e saiu por aí,
casando e descasando, como todos nós, buscando pares novos para velhos
desejos de sermos felizes…
E estar feliz é exatamente isso, é ter boas recordações, viver
intensos encontros, continuar na luta em função de armazenar detalhes
tão pequenos que um dia, ora, pode ser hoje e agora, nos tornam pessoas
grandes, profundas, maduras, agradecidas por termos lembrancinhas de
amores passados, pérolas de brilhos rejuvenescidos, tesouros interiores.
São tantass coisinhas miúdas, patrimônio nosso de cada dia, como o
“pão nosso”, como o detalhe nosso, aquele que deixamos marcado em gente
que nos ama ou já amou, nos recorda, e até nos reaparece numa manhã de
terça-feira, como um presente que o correio deixou de entregar, levou
anos na prateleira, e lá vem ele, exatamente no instante em que a gente
descobre que estar vivo para reviver, é uma chance única, só nos resta
agradecer…
Cida Torneros, jornalista e escritora, mora no Rio de Janeiro, onde edita o Blog da Mulher necessária
Comentários
Anabela de Araújo on 16 novembro, 2010 at 19:06 #
Obrigada pela partilha, Cida.
GOSTEI.
Parabéns!
Bjissss
GOSTEI.
Parabéns!
Bjissss
regina on 17 novembro, 2010 at 12:41 #
Ah, O AMOR, e suas tramas, seus personagens e seus enredos… sempre haverá tempo para ele!!!!
Beijos Cida!
Beijos Cida!
José Manuel on 21 novembro, 2010 at 10:56 #
Obrigado prezada Amiga pela partilhe de um texto muito interessante. Peço perdão pelo atraso na resposta.
Beijinho, bom domingo e feliz semana.
Beijinho, bom domingo e feliz semana.
CASTANHOLAS
CIDA TORNEROS
|
||
|
http://ouricoelegante.blogspot.com/2011/01/historinha-musical-una-furtiva-lagrima.html
L'elisir d'amore - Ópera de Gaetano Donizetti
Baseado no libreto de Scribe para a ópera Le Philtre, de Auber, por sua vez baseado em In Filtro, de Silvio Malaperta.
Primeira apresentação: 12 de maio de 1832.
Ato 2 -Una Furtiva Lagrima
Sinopse
Adina, uma bela, jovem e rica, na sua casa de fazenda, lê histórias de amor para suas amigas, sem acreditar em nenhuma delas. Sobre Tristão e Isolda, com o filtro mágico do amor, reafirma sua descrença dizendo que, felizmente, nada existe que prenda o coração de uma mulher a um homem. Suas amigas riem de Nemorino, um jovem camponês, que está próximo e é apaixonado por Adina.
Chega um destacamento militar sob o comando do sargento Belcore que também é pretendente da jovem fazendeira. Esta gosta do seu estilo decidido e é inclinada a ter o seu amor, para desespero de Nemorino. À aldeia chega o Dr. Dulcamara, um médico ambulante, que entre vários medicamentos, oferece um elixir que resolve tudo milagrosamente. O ingênuo Nemorino, lembrando-se da história contada por Adina, pergunta ao esperto e espalhafatoso Dr. Dulcamara se ele possui algo semelhante. Dulcamara detesta perder dinheiro e, imediatamente, lhe oferece um poderoso Elixir do Amor, na verdade um vinho tinto comum. "Ao ingerir alguns goles, qualquer homem, em 24 horas, terá nos seus braços, completamente apaixonada, a mulher que ama", diz ele. Nemorino dá a ele todo o dinheiro que lhe resta. Ao ficar sozinho, bebe o Elixir e passa a cantar e a dançar furiosamente, despertando a atenção de Adina que chega surpreendendo-se com a energia do rapaz que é normalmente triste e cabisbaixo e por quem ela também tem um certo afeto.
Nemorino, entretanto, fica indiferente o que leva Andina a dizer-se disposta a casar com Belcore que partirá em breve com as tropas. Nemorino ri e dança mais agitado, despertando a ira de Adina que decide casar-se no mesmo dia. Isto provoca desespero em Nemorino já que não haverá tempo para o remédio fazer efeito. Assim ele pede a Adina que adie por 24 horas o casamento, mas ela não concorda.
No segundo ato, os convidados estão reunidos para o casamento. Nemorino vendo que perderá a amada, resolve tomar mais do Elixir do Amor. Não tendo dinheiro - Dulcamara não vende fiado - alista-se na tropa de Belcore, recebe um adiantamento, converte em mais um frasco do Elixir que bebe imediatamente. Nisto chega a notícia que morrera um tio de Nemorino deixando-lhe uma grande fortuna. Sem saber do acontecido, ele é assediado por todas as moças da aldeia interessadas na herança. Ele pensa que é efeito do Elixir.
Adina, sabendo que Nemorino, agora indiferente, alistara-se por amor, implora para que ele fique, comprometendo-se a restituir o soldo que obtivera no alistamento. Neste jogo de indiferenças e aproximações, acabam os dois ficando juntos completamente apaixonados, favorecendo o sucesso de Dulcamara que termina o espetáculo vendendo todo o seu estoque de numerosos frascos do fabuloso Elixir do Amor.
(Informações do blog "o que é meu é nosso")
Postado por
Sueli
Marcadores:
LÍNGUA DE TRAPO - Baú do Ouriço
Una furtiva lágrima, uma das canções mais lindas que conheço
Compositor: Gaetano Donizetti
Título original: L'elisir d'amore
Estreno: Teatro de la Canobbiana de Milán
Fecha: 1832 - 12 de mayo
Ambientación: Italia rural, en una época indeterminada
Título original: L'elisir d'amore
Estreno: Teatro de la Canobbiana de Milán
Fecha: 1832 - 12 de mayo
Ambientación: Italia rural, en una época indeterminada
Argumento: Un breve preludio en dos partes nos introduce en el primer acto.
La rica y encantadora Adina tiene dos pretendientes: el sencillo
campesino Nemorino, que es demasiado tímido para confesarle su amor, y
el sargento Belcore, que ha recibido la orden de hospedarse en la casa
de Adina, a la que comienza a cortejar con impaciencia.
Adina se burla del pobre Nemorino, que la ama fielmente y no puede
sacarse de la cabeza una historia que le ha contado Adina y en la que se
hablaba de un elixir de amor que procuró a un tal Tristán el amor de
Isolda.
Entonces llega el coche de un viajero destacado.
Todos los habitantes del pueblo, curiosos, lo rodean. El coche
pertenece a Dulcamara, un curandero que pregona a los cuatro vientos su
fama y ofrece una multitud de extraños remedios.
Nemorino le pregunta si no hay un elixir para el amor. Naturalmente
que Dulcamara tiene uno. De todos modos cuesta todos los ahorros de
Nemorino y tendrá efecto sólo 24 horas después (o sea, cuando el
curandero se haya marchado del lugar).Sin embargo, los primeros efectos
se producen de inmediato: el vino tinto común, pues no se trata de otra
cosa , pone a Nemorino muy alegre. Canta y baila como nunca y de
repente, deja de interesarse por Adina. Por eso ésta decide, por
despecho y por aparentar, casarse de inmediato con el sargento Belcore.
Cuando aparece el notario, Adina declara repentinamente que ya no tiene
prisa, a pesar de que su prometido debe irse a la guerra a la mañana
siguiente.
Nemorino está tan satisfecho con el elixir que quiere comprar otro
frasco. Puesto que no tiene más dinero, Dulcamara se lo niega. Sin
embargo, Nemorino, que ha espabilado, encuentra una solución: se alista
en el ejército y con el dinero que recibe compra otro frasco.
Adina se siente cada vez más atraída por él, sobre todo porque cree
que Nemorino quiere ir a la guerra a causa de su indiferencia. Pero
Nemorino se muestra más esquivo que antes, porque ahora cree firmemente
en los efectos del elixir; ¡incluso ha observado una lágrima oculta en
los ojos de Adina! A esa lágrima le canta un aria, en el estilo del bel
canto, que se ha hecho famosísima: «Una furtiva lagrima».
Nemorino se asombra del éxito rotundo del elixir; todas las jóvenes
se pelean por él, quieren estar en su compañía, lo agasajan. Se han
enterado (antes que el mismo Nemorino) de que ha muerto su tío, que le
ha dejado en herencia una gran fortuna.
Por último, Adina, que todavía no sabe nada de la suerte de Nemorino,
no puede quedarse como simple espectadora. Compra su libertad en el
regimiento y se arroja en sus brazos para que no se marche a la guerra.
Belcore se consuela rápidamente. Y el curandero hace el mejor negocio
de su vida, pues todo el pueblo quiere poseer el extraordinario elixir
de amor.
Fuente:
http://www.hagaselamusica.com/clasica-y-opera/pera/el-elixir-del-amor/
http://www.hagaselamusica.com/clasica-y-opera/pera/el-elixir-del-amor/
quarta-feira, 25 de janeiro de 2012
Te amo, espanhola!
Espanha , cuida de mim..
Maria Aparecida Torneros da Silva
Espanha, me chama, me canta, me espanta
me encanta e me pranteia, na canção e na saudade
tua misteriosa magia me entontence e invade,
Espanha, me apanha na curva do mar da Galícia,
me embarca no porto rumo a Barcelona, me esvazia
do pote de euforia e me faz dançar em Andaluzia...
Espanha, me puxa e me prende, me fascina e ilumina,
me engana e me mostra teu lado mais duro, tuas dores
que toureias nas praças dos milhares de amores
que se vão, se superam, se matam e renascem, qual sina
dos navegantes buscadores de terras, de mundos distantes,
Espanha, me põe um sinal de bruxaria na testa, me empresta
tua poesia, tua arte, teus pintores, tuas infinitas cores,
me traz de volta ao céu, e me deixes provar do inferno
que tua força maior, terror dos temores, das bombas,
das guerras, os ditadores de mierda, injustiças e abandonos...
Espanha, cuida de mim, de ti mesma, dos teus muitos donos.
Te amo, espanhola
Bailaora, volteias, frenética,
aos olhos dos homens encantas...
Sapateias, patética,
sempenteias os dedos, braços alados,
teus males de amor e paixão, espantas...
Apertas as castanholas sonoras,
és, então,de todas as senhoras,
a que centraliza os amados...
Eles te desejam, te comem com olhares...
Esbanjas sedução, pedem que não pares,
não deixes de sapatear estonteantemente...
Tentadora, passeias, poética,
pelo tablado carregando babados,
és flor entreaberta, és luz intensamente....
Palmas, eles te acompanham, sonhadores,
são teus amantes no flamengo que agitas,
enredados na tua magia cigana,
cada um deles te quer como troféu,
na fantasia da dança, que incitas,
podes levá-los em direção ao céu,
e ao seres amada, assim, humana,
gritas olé, em atitude mundana!!
E tua alma de bruxa, de fada, de feiticeira,
faz do Amor de cada um deles, o teu prazer,
já não podes estancar a sede crescente e festeira,
de bailar, de superar-se, de enlouquecer...