O samba-rock, meu irmão, dos novos, velhos baianos, saudade!!!



Descubro , nessas andanças pelo youtube, um vídeo dos novos baianos, dos anos 70, e tão apropriadamente chegado na época do carnaval. O grupo, que fez história na música brasileira, estourou com sua cadência especial e sua verve explosivamente jovem no período em que se precisava tanto de gente nova, com sotaque baiano, jeito acariocado e um tempero descolado.

Conheci a Baby Consuelo numa manhã de verão, final de 1969, na redação do velho Diário de Notícias, na rua do Riachuelo, no Rio de Janeiro. Eu era estagiária de jornalismo, tinha 19, e vi entrar aquela figurinha saltitante, bem menina, que ali foi para avisar que sua banda tocaria ali perto, na Lapa, naquela noite.

Logo um pequeno grupinho masculino, do plantão insosso, cercou a inquieta figura, e um ar curioso tomou de assalto a rapaziada, lembro que no tal staff, estava meu coleguinha de faculdade, também iniciando carreira, Joaquim Ferreira dos Santos, o chefe da redação Gener Augusto, uns dois ou três fotógrafos embevecidos, o chargista Adail, e eu que também fui receber a Baby. 

O motivo de tanto "interesse",  evidentemente não era ainda a performance da Banda, que depois viemos a conhecer, acompanhar e a admirar ,por seu trabalho vanguardista. O fato é que a jovem cantora vestia um longo estilo hyppie, cor bem clarinha e totamente transparente, e por baixo, ninguém conseguiu divisar ou distinguir nenhuma peça naquela silhueta espevitada.

Mas, a pequena entrevista saiu no domingo, valeu o esforço da jovem Baby ao divulgar o início da trajetória do seu grupo. Recordo que nos contou que era de Niterói e que foi pra Bahia onde conheceu seus companheiros, falou do som deles com entusiasmo, nos convenceu a irmos vê-los mais tarde, cantarolou pedacinhos do seu repertório, soltou uma linda voz e desviou a atenção dos moços que esqueceram do modelito "nada por baixo" e se concentraram no talento de uma estrela que surgia para brilhar nos céus das nossas canções.

Os Novos Baianos, cuja história se confunde com os anos rebeldes e com as agruras da Ditadura Militar Brasileira, nos legaram uma obra de estimulado questionamento, além de me impregnar de saudade ao revê-los no vídeo antigo. Meninos quase, atrevidos e de bom astral, cantaram o tal samba-rock, com jeito incomparável, movimentaram com seu conteúdo sui-generes o cenário da música nacional e marcaram para sempre com sua assinatura, a grande novidade da sua presença em nossas vidas.

Talvez um dia, envelhecessem, ou talvez ficassem jovens pra sempre, acho que esta saída é a mais honrosa, pois sua arte continua através das carreiras-solos, e do trabalho diversificado que os componentes da banda desenvolveram nas últimas décadas. Porém, a semente que plantaram, juntos, floresce ainda, tem dado frutos, é capaz de germinar, no chão dos nossos sentimentos, mais que a saudade, a certeza de que beberam na fonte encantada, o elixir da juventude. 

E foi na Bahia, naturalmente! Viva o samba dos Novos Baianos!
Cida Torneros

Antes que termine o dia, si seulement...



Ian (Paul Nicholls) e Samantha (Jennifer Love Hewitt) formam um casal feliz e cheio de planos para o futuro. Enquanto Samantha busca demonstrar seu amor a todo momento, Ian procura voltar sua atenção para a carreira e os amigos. Após um dia em que tudo deu , eles terminam o namoro. Entretanto um acidente faz com que a vida deles mude de rumo. No dia seguinte Ian percebe que acordou novamente no dia anterior, tendo a chance de refazer tudo o que tinha feito antes, só que agora da forma correta.





Et si le destin lui offrait une seconde chance ?... Jusqu'à présent, Ian avait toujours fait passer sa réussite professionnelle avant tout. Mais le jour où sa fiancée Samantha meurt dans un violent accident, il est totalement effondré et regrette de ne pas avoir su lui prouver d'avantage son amour. Le lendemain matin, Ian se réveille... dans les bras de Samantha. Il réalise alors qu'il revit la dernière journée de sa fiancée et qu'il a peut-être une chance de changer le cours du destin...



C'est une bande-annonce du film "Si Seulement..." que j'ai créé avec la musique "One Day In Your Life" de Michael Jackson. J'espère que vous aimerez...

sábado, 30 de janeiro de 2010

Elvis Presley and Meryl Streep duet - You don't know me





You give your hand to me
And you say hello


And I can hardly speak


My heart is beating so


And anyone can tell

You think you know me well


But you don't know me


No, you don't know the one


who thinks of you at night

And longs to kiss your lips


And longs to hold you tight


To you I'm just a friend


It's all I've ever been

Well you don't know me


I never knew the art of making love


Thought my heart aches with love for you


Afraid and shy, I let my chance go by


The chance that you might love me too

You give your hand to me


Then you say goodbye


I watch your walk away


Beside that lucky guy


No, you'll never, never know

The one who loves you so


Well, you don't know me



You don't know me  ( tradução em português)



Você não me conhece


Você dá sua mão pra mim


E você diz oi


E eu mal consigo falar


Meu coração está batendo tanto


E ninguém pode dizer


Você acha que me conhece bem


Mas você não me conhece


Não, você não conhece a pessoa


que pensa em você de noite


E deseja por beijar seus lábios


E deseja por te abraçar apertado


Pra você eu sou apenas um amigo


É tudo o que eu sempre fui


Bem, você não me conhece


Eu nunca soube a arte de fazer amor


Apesar de meu coração doer de amor por você


Medroso e tímido, eu deixo a minha chance passar


A chance de que você pode me amar também


Você dá sua mão pra mim


Depois você diz adeus


Eu vejo você se ir embora


Do lado daquele cara de sorte


Não, você nunca saberá


Daquele que te ama tanto


Bem, você não me conhece


Não, você não me conhece


Você não me conhece

Elvis Presley - Nana Mouskouri - And I Love you So





El rey del rock y la grandísima cantante griega nos deleitan con este clásico

Ouvindo uma gaita galega...



Susana Seivane Hoyo "SUSANA SEIVANE".- Naceu en Barcelona no ano 1976, é a herdeira da familia Seivane, unha das familias con máis prestixio e sona universal dentro do mundo dos gaiteiros ...




Ouvindo uma gaita galega...


Nos meus poucos anos, ao ouvir uma gaita galega, geralmente, quando minha avó punha na vitrola antiga um disco da sua pequena coleção, eu me encolhia num canto da casa, e fechava os olhos. Queria imaginar como seria aquele instrumento que nunca vira de onde saía um som melodioso, às vezes lamentoso e noutras trazendo a alegria de um povo que era meu, embora estivesse tão longe... A Galícia que só fui conhecer pessoalmente em 2009, com quase 60 anos, andou povoando meus sonhos desde menina, não somente pelas histórias que me contaram, mas, e sobretudo, pela curiosidade que me levou a ler e buscar seus assuntos toda a minha adolescência. Na fase adulta, dirigi então um jornal para imigrantes espanhóis no Brasil - o Jornal de España - e entrei em contato mais direto justo com o povo galego, maioria dos que vivem por aqui, tendo deixado suas terras, nos anos de intensa debandada por que passou aquela parte da Espanha.


A cada vez que um grupo musical de lá veio apresentar-se, eu me reencontrei com a sonoridade da sua expressão, através da gaita, de origem celta, que em mim, provoca mesmo o arrepio genético de voltar centenas de anos atrás e correr por um prado verde, como um daqueles que pude ver, nas bandas de Verin, em Orense, em maio do ano passado.
 Música marcante e misteriosa, quando visitei a catedral de Santiago, um gaiteiro me saudou, e naqueles instantes, voltei à minha infância, vi-me enredada na própria história de meus ancestrais, agradeci aos céus pela oportunidade, fechei um ciclo, atingi um grau de conquista pessoal, que era bem mais profundo...eu voltava áquelas terras em lugar dela, da Carmencita, que nunca pudera voltar. E por ela, fui visitar o túmulo dos seus pais, meus bisavós, na pequenina Razela. Também por ela, homenageio a gaita galega, marca da cultura galega, através de duas mulheres, Rosalia a poeta antiga, e Susana, a gaitera jovem...ambas representam a força feminina dessa gente tão corajosa com quem me identifico e tenho a honra de me sentir parte integrante por sangue e coração...


Cida Torneros

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

The glory of love




The glory of love


You've got to give a little, take a little,


and let your poor heart break a little.


That's the story of, that's the glory of love.






You've got to laugh a little, cry a little,


until the clouds roll by a little.


That's the story of, that's the glory of love.






As long as there's the two of us,


we've got the world and all it's charms.


And when the world is through with us,


we've got each other's arms.






You've got to win a little, lose a little,


yes, and always have the blues a little.


That's the story of, that's the glory of love.


That's the story of, that's the glory of love.




Charles Aznavour Emmenez-Moi



Charles Aznavour

Música: Emmenez-Moi

Vers les  docks, où le poids et l'ennui
Me courbent le dos
Ils arrivent, le ventre alourdi de fruits,
Les bateaux
ls viennent du bout du monde
Apportant avec eux des idées vagabondes
Aux reflets de ciel bleu, de mirages
Traînant un parfum poivré
De pays inconnus
Et d'éternels étés,
Où l'on vit presque nu,
Sur les plages
Moi qui n'ai connu, toute ma vie,
Que le ciel du nord
J'aimerais débarbouiller ce gris
En virant de bord
Emmenez-moi au bout de la terre
Emmenez-moi au pays des merveilles
Il me semble que la misère
Serait moins pénible au soleil
Dans les bars, à la tombée du jour,
Avec les marins
Quand on parle de filles et d'amour,
Un verre à la main
Je perds la notion des choses
Et soudain ma pensée m'enlève et me dépose
Un merveilleux été, sur la grève
Où je vois, tendant les bras,
L'amour qui, comme un fou, court au devant de moi
Et je me pends au cou de mon rêve
Quand les bars ferment, et que les marins
Rejoignent leurs bords
Moi je rêve encore jusqu'au matin,
Debout sur le port
Emmenez-moi au bout de la terre
Emmenez-moi au pays des merveilles
Il me semble que la misère
Serait moins pénible au soleil
Un beau jour, sur un raffiot craquant
De la coque au pont
Pour partir, je travaillerai dans
La soute à charbon
Prenant la route qui mène
A mes rêves d'enfant, sur des îles lointaines,
Où rien n'est important que de vivre
Où les filles alanguies
Vous ravissent le coeur en tressant, m'a-t-on dit
De ces colliers de fleurs qui enivrent
Je fuirai, laissant là mon passé,
Sans aucun remords
Sans bagage et le coeur libéré,
En chantant très fort
Emmenez-moi au bout de la terre
Emmenez-moi au pays des merveilles
Il me semble que la misère
Serait moins pénible au soleil
Emmenez-moi au bout de la terre
Emmenez-moi au pays des merveilles
Il me semble que la misère
Serait moins pénible au soleil

1994, uma viagem inesquecível, Jacksonville, EUA



Aquela viagem... inesquecível... Eu, minha prima Carmen, sua filha Luciana e meu filho Leandro, os jovens, com 16 anos, nós quarentonas, brincalhonas e divertidas.

Hoje Léo e Lu tem 32 anos. Ela é mãe da Bia , casada com o Saulo e moram em Salvador. O Léo é professor, mora no Rio.



Fomos pra casa da Edie, uma americana que era viúva do nosso tio-avô Obidio, irmão da avó Carmen, ela  nos recebeu em Orlando, e de carro, fomos para sua casa em Jacksonville, norte da Florida.


Dias de frio, idas a shoppings, o forte de Sant Agostin, Miami, passeios, estradas, pizzas, sanduiches, histórias, risadas, feiras, caminhadas, compra de um 486, que era o computador mais moderno da época, rs, uma sucessão de encontros com o dia a dia do Way or life, dos americanos.

Cansamos de repetir sobre o Brasil para a Suzete, a Sula, a Jennie, os amigos, os vizinhos da Edie, que conheciam muito pouco sobre o nosso país. Estranhavam porque nós quatro sabíamos falar bem o inglês, se nunca tínhamos morado fora daqui... preconceito, desinformação, e um jeito de ser muito comercial, que nos incomodava muito.

Entretanto, o carinho da Edie compensava tudo. Sua vontade de nos agradar, as comidinhas que fazia, a dispensa abastecida de refrigerantes de todos os sabores, da cereja à uva, pra nós, naquele tempo,uma grande novidade.

Eu, morena, ainda, de cabelos escuros naturais, cheia de cachos ( kurls) que elas elogiavam tanto. Lu, lindissima, magrela, sonhando em ser médica, e o meu Léo ainda nâo definira o papel de professor que assumiu nos últimos anos, mas, devorava os jogos Sonic, e nos guiava, por lá como um cicerone, usando sempre boné e rabo de cavalo.


Brindamos algumas vezes ao sentimento melhor que nos uniu naquele janeiro de 94, o amor, a glória dele, o amor entre familiares, o sentimento que nos proporcionou encontro tão marcante, cujas lembranças hoje rememoro.


Na volta, quando dormimos uma noite num motel de Miami, deu pra sentir a pujança da cidade, mas nossos melhores dias tinham ficado pra trás, no aconchego da casa cercada de grama, calefação a 21 graus, enfeitada de lembranças que a Edie colecionara em tantas viagens que fez ao Brasil, na companhia do tio Obie.

Sessões de slides, pipocas, brincadeiras, ela nos fazia rir quase o tempo inteiro, e ainda, o papagaio dela na cozinha, o Sean, a repetir " good morning" toda a vez que acendíamos a luz ,mesmo de madrugada. A lareira foi acesa uma vez e desligamos a calefação. Motivo: ela queria que os meninos comessem mashmellow torrado nas brasas, tradição americana.

Enquanto lavávamos a louça do jantar, muitas vezes, cantarolamos juntas: "You have to give a litlee, wait a litlee, that is the glory of love". Também , uma noite, descobrimos que ambas éramos apaixonadas por Dina Washington e a ouvimos quase até o amanhecer.


Quando a saudade batia, nos anos subsequentes, ela, já doente, ligava pra mim nas noites de sábado... e sussurrava...I love you, Maria... eu respondia, embargada....Me too, aunt Edie, I love you too!


Cida Torneros

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Edith Piaf - La Vie En Rose



La Vie En Rose


Edith Piaf

Composição: Edith Piaf

Des yeux qui font baiser les miens,

Un rire qui se perd sur sa bouche,

Voilà le portrait sans retouche

De l'homme auquel j'appartiens



[Refrain]

Quand il me prend dans ses bras

Il me parle tout bas,

Je vois la vie en rose.

Il me dit des mots d'amour,

Des mots de tous les jours,

Et ça m'fait quelque chose.

Il est entré dans mon coeur

Une part de bonheur

Dont je connais la cause.

C'est lui pour moi,

Moi pour lui dans la vie,

Il me l'a dit, l'a juré

Pour la vie.

Et dès que je l'apercois

Alors je sens en moi

Mon coeur qui bat



Des nuits d'amour à plus finir

Un grand bonheur qui prend sa place

Des ennuis des chagrins s'effacent

Heureux, heureux à en mourir.




Edith Piaf - La Vie En Rose (tradução) Lyrics


Olhos que fazem baixar os meus


Um riso que se perde em sua boca


Ai está o retrato sem retoque


Do Homem a quem eu pertenço



Quando ele me toma em seus braços


ele me fala baixinho


Vejo a vida cor-de-rosa



Ele me diz palavras de amor


Palavras de todos os dias


E isso me toca



Entrou no meu coração


Um pouco de felicidade


Da qual eu conheço a causa



É ele pra mim, eu pra ele


Na vida, ele me disse


Jurou pela vida



E desde que eu percebo


Então sinto em mim


Meu coração que bate



Noites de amor que não acaba mais


Uma grande felicidade que toma seu lugar


Os aborrecimentos e as tristezas se apagam


Feliz, feliz até morrer

Quando ele me toma em seus braços


Ele me fala baixinho


Eu vejo a vida cor-de-rosa

Ele me diz palavras de amor


Palavras de todos os dias


E isso me toca

Entrou no meu coração


Um pouco de felicidade


Da qual eu conheço a causa´



É ele pra mim, eu pra ele


Na vida, ele me disse


Jurou pela vida



E desde que eu percebo


Então sinto em mim


Meu coração que bate


terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Tá combinado, Maria Betânia/ POEMA PARA QUEM ABRIU A PORTA...









POEMA PARA QUEM ABRIU A PORTA

COMBINAMOS ASSIM
VOU DEIXAR A PORTA ABERTA
VOCÊ ENTRA E ME BUSCA
VOCÊ VEM E ME AMA
VOCÊ CHEGA E ME ABRAÇA

SE NÃO FOR POSSÍVEL AMAR
PELO MENOS, ME ILUDA UM POUCO
SE NÃO FOR FORTE O SEU ABRAÇO
TENTE AO MENOS ME AQUECER
SE NÃO TIVER AINDA ME ENCONTRADO
SAIBA QUE EU ME ESCONDO NO SEU OLHAR...

COMBINAMOS DA MELHOR MANEIRA
PARA QUE POSSAMOS NOS DESCOBRIR NA PAZ
DE UM BOM ENCONTRO, NA TARDE CALMA,
ENQUANTO O MUNDO LÁ FORA ESTACIONA
E AQUI DENTRO DE NÓS A VIDA PULSA E FERVE...

DEPOIS, POR FAVOR, AO SAIR, FECHE A PORTA COM CUIDADO
PORQUE EU A OLHAREI SEMPRE COM MUITO CARINHO
FIXANDO A SUA IMAGEM ATRAVESSANDO-A  A VIR EM MINHA DIREÇÃO...

COMBINAMOS ASSIM... EU O RECEBO DE BRAÇOS ABERTOS,
A PORTA QUE LHE DÁ A PASSAGEM PARA O MEU CORAÇÃO, 
A MESMA PORTA QUE LEVA AO MEU CORPO E AO MEU DESEJO,
É AINDA A PASSAGEM PARA O ENCANTO QUE NOS INUNDA AS HORAS...

TÁ COMBINADO, COMO NA CANÇÃO, SOMOS A AMIZADE E NOS QUEREMOS,
O BEM QUE NOS FAZ NOSSA MÚTUA PRESENÇA, O CARINHO QUE NOS RELAXA,
AS PALAVRAS QUE NOS FAZEM FLUTUAR, OS MOMENTOS QUE SÃO TÃO NOSSOS...

PARA VOCÊ, A PORTA DO MEU AFETO SEMPRE ESTARÁ ABERTA,
E ATRAVÉS DELA, SEI QUE UM FORTE VENTO SOPRA TRAZENDO O MEU BEM 
O MESMO BEM QUE É O SEU BEM, O NOSSO BEM, O BEM VIVER E O BEM QUERER...

AINDA BEM QUE SOUBEMOS COMBINAR ABRIR A PORTA AO NOS ACEITARMOS
TAL QUAL É CADA UM DE NÓS, SEM CHAVES OU CADEADOS, SEM ALGEMAS,
SEM PRISÕES OU PORÕES ESCUROS, OS RAIOS DO SOL ILUMINAM NOSSA PORTA...

A CADA CHEGADA SUA EU ME ALEGRO E A CADA SAÍDA EU AGRADEÇO SUA VINDA,
A CADA PARTIDA EU O ABENÇOO COM MINHA PRECE DE ACONCHEGO E SAUDADE,
A CADA VOLTA, EU ME FELICITO PELO PRÊMIO QUE É VOCÊ NA MINHA VIDA...

                                       CIDA TORNEROS   

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Nossos momentos

Nossos momentos



(Haroldo Barbosa e Luiz Reis)





Momentos são iguais àqueles


Em que eu te amei


Palavras são iguais àquelas


Que eu te dediquei


Eu escrevi na fria areia


Um nome para amar


O mar chegou, tudo apagou


Palavras leva o mar

Teu coração praia distante


Em meu perdido olhar


Teu coração, mais inconstate


Que a incerteza do mar


Meu castelo de carinhos


Eu nem pude terminar


Momentos meus que foram teus

Agora é recordar..

Sampa, onde todos se encontram ( artigo publicado no jornal A TARDE e no livro A mulher necessária), 2008

Quando o táxi passou diante da Igreja da Consolação, ícone da tradição paulistana, devo ter rezado duas frases bem rapidamente, tipo: Senhora, console os aflitos ou Senhor, tende piedade das cidades grandes. Voltei a Sampa depois de um ano, coisa que me incomoda, pois adoro o cheiro da megalópole que me liga como cordão umbilical ao Brasil que fabrica freneticamente o futuro, que corre dia e noite, que produz como nunca no mundo moderno para nos elevar ao patamar dos incluídos no rol dos países do primeiro mundo.



Mas quero falar é sobre consolação. Encontrei o cantor Jerry Adriani, hospedado no mesmo hotel onde fico há mais de 20 anos, que logo tirou uma foto comigo e minha amiga Deisemar. Foram dois dias corridos, a cidade tem a propriedade de esticar as horas, pulsando 24 horas. Almocei no Gigetto com amigo sindicalista, discutindo as diferenças do petismo e do lulismo. Descobri que Sampa ainda me ama, pois me ofereceu um sol maravilhoso, como um presente, um céu limpo e a marca do início do outono.


Na despedida do cantor, o Jerry, este começou a chorar, desculpando-se e dizendo que sua mãezinha está muito doente. Gesto imediato, o abracei.



No mesmo instante, me veio à cabeça a Senhora da Consolação, falei palavras de carinho ao artista que aprecio, especialmente, quando ouço sua interpretação da canção italiana Se piangi, se ridi, como prenúncio dos movimentos da vida.

Seu choro, dizendo baixinho "mamãe está doente", comoveu-me como se fosse um irmão querido e pude expressar a sintonia que a dor humana nos faz acessar em freqüência constante.



Esta é a São Paulo que eu admiro. Onde todos se encontram ou nos hotéis ou nas cantinas do Bexiga. Onde se comemora o aniversário do Zé Dirceu, no Avenida Club, com mais de duas mil pessoas na madrugada de uma segunda-feira, onde a Parada Gay vira evento latino-americano e a pizza é uma instituição nacional. Meu amigo Horácio, português-angolano gerente do hotel, sempre arranja um tempinho para tomar comigo o café da manhã, para repassarmos a amizade antiga.

Hora de retornar ao Rio, ligo antes para a Lenise, cujo filhinho Davi está aprendendo a andar, mas ainda não foi desta vez que pude conhecê-lo, tal a correria de todos nós. Prometo voltar, num fim de semana, talvez com mais tempo, que vira moeda valiosa nessa cidade do espanto.

Se há dores, se cai a obra do metrô, se há tragédias, há a superação do mote principal. Há a consolação da Senhora que protege os aflitos, que toma conta das amizades que o rincão-berço dos bandeirantes vai ampliando. Quando o maître do restaurante me disse que era baiano, parecia revelar que todo brasileiro é tão baiano quanto pode ser paulista. Atrevo-me a imaginar que a mistura de sotaques é a força da terra da garoa; a italianada, a japonesada, a cariocada, a mineirada e a baianada, e todo o resto do Brasil, se encontram mesmo em São Paulo é para se consolarem; agora, tenho certeza e me pergunto: como eu não tinha pensado nisso antes?

 Aparecida Torneros

Eu com a família, no shopping Tijuca, depois do cineminha de domingo!


Ana Paula, sobrinha, o namorado dela, Rafael, Chistiane e Belliza, em foto logo depois do cineminha de domingo. Assistimos "Amor sem escalas", e aproveitamos para registrar nosso encontro.

domingo, 24 de janeiro de 2010

Senhor do Bonfim

http://blogdamulhernecessaria.blogspot.com/2008/11/bahia-livro-e-agradecimetnto-no-bonfim.html

Samba de Verão, de Marcos Valle e Paulo Sergio valle

Você viu só que amor



Nunca vi coisa assim


E passou, nem parou


Mas olhou só pra mim


Se voltar vou atrás


Vou pedir, vou falar


Vou dizer que o amor


Foi feitinho pra dar










Olha,


é como o verão


Quente o coração


Salta de repente


Para ver a menina que vem










Ela vem sempre tem


Esse mar no olhar


E vai ver, tem que ser


Nunca tem quem amar


Hoje sim diz que sim


Já cansei de esperar


Nem parei nem dormi


Só pensando em me dar










Peço, mas você não vem


Bem


Deixo então


Falo só


Digo ao céu


Mas você vem

sábado, 23 de janeiro de 2010

BIA - Ana Beatriz, a prima baianinha, que visitei no Rio...


Luciana, a mamãe carioca que é médica em Salvador, a gorduchinha Ana Beatriz, e eu, tia, avó, prima corujonaaaaaaaaaa.... o papai Saulo, baiano, fisioterapeuta,  personal trainer da cantora Daniela Mercory, está em Campinas nas suas aulas de pós graduação. Bia só tem três meses, mas promete ser uma arretada garota do verão de 2018, salve ela!!!
Cida Torneros

Meninas no Peró, Cabo Frio, janeiro, 2010...


Cida , Laura, Cris e Helô, eta mulherada feliz de viver!!!

Fim de semana...Rio, verão, 2010!



Fim de semana...


O fim de semana começa na sexta à noite. Pode se iniciar mais cedo, com um telefonema da Cris, de Búzios, falando da ida a Buenos Aires, no seu niver, em 29 de janeiro. Helô já marcou, irá dia 4 de fevereiro, e só volta depois do carnaval. Pena que ainda não poderei ir com elas, por agora. Mas o verão no Rio é imperdível, desculpem a imodéstia!


Reja também ligou, convidou pra assistir peça de teatro, mas não poderei ir, marquei outras coisas, fica pro próximo. Katia chamou pra ir na casa dela no Recreio, adiei, entrou na fila, ela compreendeu.

Quanto ao fim de semana, pra todos os efeitos, é quando o pessoal pára nos bares da cidade e entorna chope após chope, pelo menos neste tórrido verão de 2010, enquanto o temporal me prende por mais de uma hora dentro de um ônibus entre o Leblon e a Vila Isabel, no auge das oito da noite. Fui na igreja de santa Mônica, rezar e me solidarizar pela perda da D. Antonia, mãe do Luiz e sogra da Tê, casal que considero irmão nesta vida. Antes da chuva, peguei a carona da Verinha, para estar na missa, em tempo.


Consigo chegar em casa às dez, mas tô tão cansada pra sair e a cidade tá alagada. Falo por telefone com um bando de amigas e familiares. Perdi a novela da Helena.


Então, combinamos a tarde de sábado, uma visita à mais nova integrante do clã das "mujeres" descendentes de Carmen Torneros. Ana Beatriz tem 3 meses de idade, é baiana, está no Rio pela segunda vez na vida, veio em dezembro, e voltou nesta semana de janeiro, com a mãezona Luciana, e a vó Carminha, mas a belezinha precisa retornar a Salvador, pois a Lu é médica e recomeça o trabalho em fevereiro.


Vou conhecer a Bia, minha priminha-sobrinha-neta que é fofa e adora um avião, ainda bem! Aí, me bateu mesmo uma saudade da Bahia. Vou combinar com a Lu, não dá mais tempo de me organizar para o carnaval, mas vou depois, com certeza. Adoro Salvador, sinto-me em casa e sua aura me tranporta para um clima de muita paz toda vez que por ali caminho, quando como o acarajé, olho o mar, sinto a sua gente tão acolhedora, onde fiz vários amigos e ainda por cima, cheiro seus temperos tão quentes.


No sábado à noite, minha sobrinha Ana Paula ( jornalista quase "pronta", que me orgulha muito!) sugeriu irmos no Siri, pertinho de casa, que tem os melhores pastéis de camarão do pedaço, lugar pra se jogar conversa fora, e curtir frutos do mar. Prometo convidar uma galera, quem sabe mais primos e primas da ala jovem, que curtem esse programinha conosco. Quanto à manhã de domingo, já que a Cris ( outra prima, jovem estudante de biologia) vem dormir aqui em casa, penso em caminhar com ela em volta do Maraca, e levá-la pra frazer a tal visita guiada por lá, que ensina tudo sobre a sua história, além de encontrar bandos de gringos que todo o dia ali vão conhecer a história do futebol brasileiro.


Já marquei também um cineminha light na tarde de domingo, tipo quatro e meia, no shopping Tijuca, o filme, comédia, "amor sem escalas", pra refrescar a cuca, comer pipoca, preciso convidar a Belliza e outras priminhas, quem sabe topam a curtição de uma jovem tarde de domingo versão dois mil e dez?


Para fechar o fim de semana, programão: show as oito, do outro lado da baía ( ou da poça como costumamos brincar!), na praia de Icaraí, com o Marcos Valle, e uma tschurma de responsa...50 anos da Bossa Nova. Meu ex aluno da faculdade, Luiz Fernando, jornalista da Secretaria de Cultura de Niterói ( Nikite) me convidou, já avisei a umas cinco amigas e tá praticamente confirmado. Atravessaremos o mar pela ponte em busca de uma comemoração justa, bem ao estilo da nossa geração, talvez eu até durma por lá, na casa da Dê, outra jornalista antenada e alegre, e só retorno ao Rio na segunda cedo, pra resolver os probleminhas da outra semana que começa.


Por enquanto, nossa, eta sábado quente, este! As praias estão apinhadas, minha amiga Beatriz, de Buenos Aires está no Rio, ontem encontrei com a Tereza Cristina, que me avisou. Preciso ligar hoje pra ela, e marcar de ir na Argentina em tempo recorde, por uns três dias, ou um "ratito" mais...


Ah, na lista dos telefonemas, devo incluir meu filhão, que talvez possa nos encontrar no cineminha amanhã, se estiver de folga do trampo, já que o Pedro, meu sobrinho também jornalista de esportes, estará de plantão, acompanhando as peripécias do campeonato futebolístico e afins.


Nossa, além de tórrido, cada fim de semana deste verão é entupido de coisas a fazer, realizar, comidinhas e bebidinhas gostosas, gargalhadas, e ontem, na costumeira sessão de psicanálise que tenho nas manhãs de sexta, ouvi do terapeuta um compensador elogio, sobre o meu jeito "vibrante" de levar a vida... e pensei comigo, feliz, que para coroar tudo isso tenho a companhia maravilhosa de um amor que habita nas vizinhanças do meu coração e comparece no meu ego a cada bom dia que nos trocamos pela vida.


Afinal, desejar bom dia uns aos outros é espargir energia positiva, e pode-se acrescentar na receita, beijos , abraços, sorrisos, saudades arrefecidas, certezas felizes de que há em todo fim de semana, na verdade, um recomeço de vida, embutido e prestes a romper a casca do ôvo.


Vou lá, o week end tá borbulhando em mim, o que não quer dizer que eu não sinta as dores dos irmãos que no mundo sofrem as injustiças e as intempéries, mas significa que é preciso viver o que a vida nos oferece e entender que tudo é mesmo passageiro como um breve fim de semana. O ideal é valorizar cada instante em que se pode sorrir e abraçar alguém, nas semanas que recomeçam e nas almas que se reencontram.


Cida Torneros