terça-feira, 15 de abril de 2014

Ternura antiga, loucura eterna, amargura superada!


Em algum do lugar do passado de cada um, ficou um desejo que se frustrou. Mas, foi preciso seguir em frente. Saudades acumuladas se transformaram em vidas novas que refeitas e superadas, cicatrizaram feridas, reconstruiram caminhos e o mundo ganhou novas cores.
Assim é o movimento saudável da resolução dos nossos conflitos interiores, caímos e levantamos, recomeçamos a andar, ainda que claudicantes, enfrentamos abandonos, solidões,  noites insones de choros profundos, mas saudamos o amanhecer,  quando um sol de esperança renasce em nossos olhos, iluminando alma sensível,  sofrida, mas, cujas amarguras se superam com mais amor e mais luta.
O ciclo pode parecer louco, mas, no fundo, é a salvação da espécie. 
Realmente, Dolores Duran, na canção da fossa, revelou que não se ama porque se quer, mas que se pudesse esqueceria, sim, porque esquecer é o único caminho para sobreviver. 
Quando não se consegue esquecer , se morre um pouco mais depressa...
Cida Torneros

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