sexta-feira, 5 de março de 2010

Sou muitas...

Sou muitas...


Sou muitas Tantas sou, tu sabes, tu me entendes, Tontas sou, sou muitas mulheres, Aquelas integrais que pretendes Guardar pra sempre nos teus talheres, Com gosto de quero mais, de feijoada, De sonhos cremosos, de camarão, Delícia dos deuses, um frenesi, Regado a catupiry, com sabor de tesão... Sou mesmo todas que procuraste, Até as que não gostaste De rever desde a adolescência, Porque te lembram o perdão Que proclamaste na essência, Por não suportar a ausência, A falta delas em ti, tantas vezes, Nas noites de solitários prazeres, Nos dias de constantes deveres, Ao se negar alegrias, ao se rever, Na dimensão da vida inteira, Te sinto nelas todas agora, Por favor, não nos jogues fora, Somos todas de qualquer maneira, Tantas mulheres matreiras, Que tu fabricaste imaginando, Que tu sonhaste formatando, Que tu encontraste procurando... Sou todas elas, tu sabes, Por favor não acabes, Com tanto sonho, nos amando... E no silêncio desta noite, Envolves a nós com teu manto Em forma de grande abraço... Somos todas tuas damas, É por nós que agora tu chamas, E aqui estamos, sem embaraço... Somos todas tuas meninas, Mulheres a quem fascinas, Com teu coração de homem paixão Amigo de tantas horas, um machão Tão doce quanto o mel puro, Uma linda luz no escuro, Um sopro de Amor no coração De todas nós que te amamos assim, Tu sabes, é um carinho sem fim...

Aparecida Torneros (escrito em 2001)

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