quinta-feira, 6 de agosto de 2009

SÓ NÓS DOIS ...



Vcs conhecem, eu imagino o tradicional fado "só nós dois", antigo e atual sempre.
Os versos falam de um amor presumivelmente dificil de ser vivido , mas cuja intensidade só os dois amantes tem condição de avaliar e sentir...
Amei esta interpretação do jovem Tiago Bettencourt, ao piano, e fui até buscar outras aparições dele, pois seu talento me conquistou...
Encontrei uma apresentação dele em 2008 no Coliseu de Lisboa, cantando Laços, tb maravilhosa...(http://www.youtube.com/watch?v=5bUYy3P0qHA)
Mas vejam e ouçam primeiro Só nós dois...
Fiz até um texto (está embaixo) pra homenagear o intérprete e a canção...
Estou com a emoção à flor da pele, é verdade...
Ando sensível..desculpem...
Mas divido tudo com os meus amigos e amigas.
beijos procês...
Tenham paciência comigo, tá? nessa fase de dengozinha e bobalhona...rs
Cida


Só nós dois...

Desde aquele primeiro olhar, foi crescendo dentro de nós um fogo cruzado, um duelo de titãs, atração irresistível, tivemos que enfrentar primeiro, isso é fato, nossos próprios impedimentos e censuras pessoais. Como podia acontecer conosco, nas circunstâncias em que vivemos, nos deixarmos envolver assim, sem muitas chances de desistir, tamanho sentimento que nos tomou de assalto, nos fez entrar na frequência um do outro, nos invadindo corpo em sensações irrefreáveis e o pensamento, de um jeito que durante dias e noites, só lembrávamos de nossos sorrisos, trejeitos, os modos de caminhar, as mãos que se buscavam, a necessidade de nos afastarmos pois parecia que causaríamos um choque elétrico se nos encostássemos os corpos.

Mas, impossível ficou fugirmos do destino e lá fomos nós, em direção fatal, ao encontro que marcamos, às escondidas, desafiando a lei dos homens, ultrajando os dogmas religiosos, rejeitando as diferenças de idade, de classe social , de nível cultural, de expectativas e conceitos de vida. Apenas nos queríamos para consumar um desejo de nos fundirmos, um dentro do outro, ao final e ao cabo, para que nos reencontrássemos, pois era como se um estivesse perdido no labirinto do outro ser,
e sem identidade, a única maneira de reavê-la era exatamente, esta.

Trancamo-nos num quarto de hotel, por quase um dia inteiro. Ali, longe do mundo lá fora, descobrimos quem somos realmente, o quanto precisamos desse amor, tudo o que não é possível traduzir para os que nos olham de soslaio, certamente, a nos julgarem sem direito ou razão, e, com toda certeza, sem poderem entender o que só nós dois é que sabemos, só nós dois, e mais ninguém.
Cida Torneros

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