sábado, 8 de agosto de 2009

Porque sou uma Anja Caída (Cidade dos Anjos)









Porque sou uma Anja Caída

Na noite daquela cidade subi no alto da Torre
e me joguei sem medo, sem asas, feri-me, meu sangue brotou...
Fiz-me humana, senti dor e desejo, toquei o rosto querido,
tornei-me mortal, entreguei-me aos gostos e cheiros,
deixei-me levar pelo sentimento, aprendi tudo sobre o amor...

Não me arrependo de nada, faria tudo outra vez,
buscar a condição humana era necessário para viver a plenitude,
só assim pude provar o gosto da vida e dar sentido à criação divina...

Na manhã daquela cidade desci ao porão do desconhecido
e sobrevivi, atravessando o tempo, congelando os sentidos,
com a dádiva da reciprocidade, e o castigo da efemeridade...

Mas, que seja de lembranças o meu futuro, a reviver momentos,
não importa, lancei-me nos ares para voar pelos céus da paixão,
caí na escuridão porque outros anjos te levaram para bem longe,
entretanto, a melhor parte de ti ficou em mim, é o meu tesouro...

Reencontrei a luz, continuo a observar cada nascer e cada por do sol,
é em tua homenagem que rendo graças por ter te encontrado um dia,
por ti, oro e canto canções de bem-estar nas madrugadas solenes,
na tua direção caminho todos os passos que meus pés aguentarem,
é por tua energia infinita que creio na profecia bendita da eternidade...
Cida Torneros

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